domingo, 17 de março de 2013

O Evangelho na Criação, Waggoner, Introdução

O Evangelho na Criação, por Ellet J. Waggoner
INDICE: 
Introdução.
Vai da pág. 1, parágrafo 1º, até à pág. 3, parágrafo 1º, da NUMERAÇÃO da edição ORIGINAL
1º Capítulo - O SEGUNDO DIA: CRIAÇÃO E REDENÇÃO
Vai da 3, parágrafo 2º, até à pág. 18, parágrafo 4º,  da NUMERAÇÃO da edição ORIGINAL                   
2º Capítulo - O SEGUNDO DIA: As Nuvens são a Poeira dos Seus Pés
Vai da pág. 18, parágrafo 5º, até à pág. 23, parágrafo,  da NUMERAÇÃO da edição ORIGINAL
3º Capítulo - O TERCEIRO DIA: A PLENITUDE DO MAR
Vai da pág. 23, parágrafo 5º, até à pág. 31, parágrafo 2º,  da NUMERAÇÃO da edição ORIGINAL
4º Capítulo - O FIRMAMENTO MOSTRA AS OBRAS DAS SUAS MÃOS
Vai da pág. 31, parágrafo 3º, até à pág. 37, parágrafo 3º,  da NUMERAÇÃO da edição ORIGINAL
5º Capítulo -  O QUINTO DIA: PÁSSAROS, PEIXES E ANIMAIS
Vai da pág. 37, parágrafo 4º, até à pág. 39, parágrafo 5º,  da NUMERAÇÃO da edição ORIGINAL
6º Capítulo - O SEXTO DIA: O QUE É O HOMEM?
Vai da p. 40, parágrafo 1º, até à pág. 43, parágrafo 1º,  da NUMERAÇÃO da edição ORIGINAL
7º Capítulo - O SÉTIMO DIA: Descansando com o Senhor
Vai da pág. 43, parágrafo 2º, até à pág. 50, parágrafo 3º,  da NUMERAÇÃO da edição ORIGINAL




O Evangelho na Criação, por Ellet J. Waggoner

[Pág. 1] Introdução
Esta introdução vai da pág. 1, 1º parágrafo, até à pág. 3, 1º parágrafo, da NUMERAÇÃO da edição ORIGINAL)


Conforto e Esperança Através das Escrituras

            Em Romanos 15:4, o Espírito de Deus, por meio do apóstolo Paulo, mostra a validade do Velho Testamento para nós hoje, dizendo: "Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que, pela paciência, e consolação das Escrituras, tenhamos esperança."
A razão pela qual encontramos conforto e esperança no Velho Testamento é claramen­te revelado por Cristo quando, ao responder aos judeus, deu a sanção divina a ele, e especialmente aos escritos de Moisés, dizendo: "Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de Mim testificam ". "Porque, se vós crêsseis em Moisés, creríeis em Mim; porque de Mim escreveu ele. Mas, se não credes nos seus escritos, como crereis nas Minhas palavras?" (João 5:39,46,47). Podemos encontrar conforto e esperança nas Escrituras, porque Cristo está nelas.
O espírito do Velho Testamento é o Espírito de Cristo. Lemos dos antigos profetas que investigaram "que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava, anteriormente testificando os sofrimentos que a Cristo, haviam de vir, e a glória que se lhes havia de seguir" (1ª Pedro 1: 11).
O Velho Testamento é o Evangelho
            Não somente isso, mas o Velho Testamento contém o evangelho. No verso 12 lemos: “Aos quais foi revelado que, não para si mesmos, mas para nós, eles ministravam estas coisas que ago­ra vos foram anunciadas por aqueles que, pelo Espírito Santo, enviado do céu, vos pregaram o evangelho". Isto é, os profetas, Moisés entre eles, ministrava exatamente as mesmas coisas que eram pregadas pelos apóstolos, a saber, o evangelho. Uma vez que o evangelho de Deus é "com respeito a Seu Filho Jesus Cristo nosso Senhor" (Romanos 1:1-3, KJV), e os judeus teriam, necessariamente, crido em Jesus se tivessem crido em Moisés, porque Moisés escreveu de Cristo, segue-se que o que Moisés escreveu era o evangelho.
O EVANGELHO NA CRIAÇÃO
A primeira coisa que Moisés escreveu, pela inspiração do Espírito de Deus, foi a história da Cria­ção. Isso, portanto, é uma das coisas mediante a qual podemos receber esperança e conforto. Por que é que po­demos receber esperança e conforto através da história da Criação? Porque ela contém o evangelho. Umas pou­cas palavras vão servir para estabelecer este fato antes que continuemos a estudar as lições detalhadamente.
A declaração do apóstolo, de que “o evangelho de Cristo ... é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê" (Romanos 1:16) é familiar a todos que ouviram constantemente a pregação do evangelho. O evangelho é a manifesta­ção do poder de Deus proposto para salvar os homens. A mesma coisa é declarada, em essência, pelo apóstolo Pedro quando ele fala da herança reservada no céu para aqueles que, "pelo poder de Deus sois guardados, mediante a fé, para a salvação" (1ª Pedro 1: 5, Alm. Contemporânea).
 [Pág. 2]  A CRIAÇÃO, A MEDIDA DO PODER DE DEUS
Mas qual é a medida do poder de Deus? Onde é visto de modo substancial? Leia Romanos 1:20, onde nos é dito que desde a criação do mundo, as coisas invisíveis de Deus, tal como o Seu eterno poder e Divindade, são claramente vistas, sendo entendidas pelas coisas que foram criadas. É na Criação, portanto, que o poder de Deus deve ser visto por todas as pessoas. Mas o poder de Deus, na linha da salvação, é o evangelho. Portanto, as obras da criação ensinam o evangelho. Isso é declarado no Salmo 19, na KJV, onde lemos: "Os céus declamam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das Suas mãos. Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite. Não há linguagem, nem há fala, sem que suas vozes sejam ouvidas; a sua linha se estende por toda a terra, e as suas palavras até ao fim do mundo".
A frase acima sublinhada eu a colhi da nota à margem da versão KJ, eis que se aproxima mais de perto do original. A idéia é que, não importa que idioma fale um povo, todos podem entender a linguagem dos céus. Sua mensagem pode ser lida muito mais facilmente do que se proferissem um som audível; pois todas as pessoas sobre a Terra não podem entender uma mesma língua falada, mas todos que têm entendimento podem ler a simples lingua­gem das obras de Deus.
Esse pensamento é belamente expresso no hino composto por José Addison (1672-1719), nº. 96 do Hinário Adventista americano, com o título “The spacious firmament,” e 39 do brasileiro, O Céu Azul”:

Primeira Estrofe
Segunda Estrofe
    “0 céu azul na amplidão,
    Estrelas mil em multidão,
    A luz do céu e seu fulgor
    Proclamarão o Criador.
    O Sol de luz, com seu calor,
    Louvor dará ao seu Autor,
    E sem falar, a resplender,
    Dirá de Deus e Seu poder.
    “Ao grande Deus, o som do mar,
    A flor gentil, a voz do ar,
    A doce paz da noite azul
    Aclamarão de norte a sul.
    Assim dirão o céu e o mar,
    Do Seu poder e amor sem par.
    E vós, nações clamai também!
    Louvai a Deus, Senhor! Amém.”

 [Pág. 3]  O evangelho é o poder de Deus, e o poder de Deus se manifesta nas coisas que Ele criou; portanto, o sal­mista está falando do evangelho, que os céus ensinam. Que isso é assim é demonstrado pelo apóstolo Paulo em Romanos 10:15-18. "Quão formosos os pés dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem alegres novas de boas coisas! Mas nem todos têm obedecido ao evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem creu na nossa pregação? De sorte que a fé é pelo ouvir e o ouvir pela palavra de Deus. Mas digo: Porventura não ouviram? Sim, por certo, pois por toda a ter­ra saiu a voz deles, e as Suas palavras até aos confins do mundo". O apóstolo está falando aqui sobre o evangelho, o qual, ele diz, todos não obedeceram. Então declara que todos ouviram, e como prova de que todos ouviram, ele cita do Salmo 19: “por toda a terra, se faz ouvir a Sua voz, e as suas palavras até ao fim do mundo.” As palavras deles concernentes a quê? Ora! Concernentes ao evangelho, logicamente. Assim temos uma declaração básica de que os céus completamente pregam o evangelho. Não há homem tão ignorante que não possa ler o evangelho; ne­nhum homem tão surdo nem tão desligado que não possa ouvir um sermão evangelístico. Esta verdade ficará mais clara ao prossigamos.
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