domingo, 1 de dezembro de 2013

A mais longa profecia de tempo na Bíblia — OS 7 TEMPOS DE LEVITICUS 26, por Rick Lee


Guilherme Miller e seus seguidores adventistas que proclamaram as 1ª. e 2ª. mensagens angélicas no Movimento do Advento de 1840-44 proclamaram os sete tempos de Levítico 26 como sendo uma profecia de tempo que findaria em 1843 A.D. De fato era geralmente entendido pelos adventistas como sendo a mais longa profecia de tempo na Bíblia inteira, e era uma das profecias de tempo fundamentais sobre que a Mensagem e Movimento do Advento estavam edificadas. Ao prosseguirmos nesse Documento-Estudo iremos verdadeiramente documentar sua aceitação e proclamação geral pelos adventistas, tanto antes de 1844 quanto depois do Grande Desapontamento. De fato, os pioneiros da Igreja Adventista do Sétimo Dia, que passaram pela experiência da 1ª. e 2ª. mensagens angélicas de 1840-44, ainda proclamaram essa profecia de tempo tal como anunciada pelos adventistas mileritas antes de 1844.

Contudo, ela foi completamente esquecida, negligenciada e tem sido mesmo negada como tendo qualquer cumprimento profético pelo autor principal sobre profecia bíblica entre os adventistas do sétimo dia. A negligência desta simples, porém fundamental, profecia de tempo tem se estendido por quase 125 anos agora, e quase todos os adventistas do sétimo dia estão completamente alheios a sua existência. Vejamos se este simples estudo pode ajudar a reavivar esta maravilhosa verdade.

A ESQUECIDA PROFECIA DE TEMPO DOS SETE TEMPOS DE LEVÍTICO 26

O Senhor prometeu a Seu povo de Israel que se dessem ouvidos a Suas correções que Ele lhes havia enviado, e se continuassem a caminhar contrariamente a Ele, então seriam punidos em sete vezes por seus pecados, e Ele os espalharia entre as nações.
Levítico 26:23-34: “Se ainda com estas coisas não vos corrigirdes voltando para mim, mas ainda andardes contrariamente para comigo, Eu também andarei contrariamente para convosco, e eu, eu mesmo, vos ferirei sete vezes mais por causa dos vossos pecados. Porque trarei sobre vós a espada, que executará a vingança da aliança; e ajuntados sereis nas vossas cidades; então enviarei a peste entre vós, e sereis entregues na mão do inimigo. Quando eu vos quebrar o sustento do pão, então dez mulheres cozerão o vosso pão num só forno, e devolver-vos-ão o vosso pão por peso; e comereis, mas não vos fartareis. E se com isto não me ouvirdes, mas ainda andardes contrariamente para comigo, também Eu para convosco andarei contrariamente em furor; e vos castigarei sete vezes mais por causa dos vossos pecados. Porque comereis a carne de vossos filhos, e a carne de vossas filhas. E destruirei os vossos altos, e desfarei as vossas imagens, e lançarei os vossos cadáveres sobre os cadáveres dos vossos deuses; a minha alma se enfadará de vós. E reduzirei as vossas cidades a deserto, e assolarei os vossos santuários, e não cheirarei o vosso cheiro suave. E assolarei a terra e se espantarão disso os vossos inimigos que nela morarem. E espalhar-vos-ei entre as nações, e desembainharei a espada atrás de vós; e a vossa terra será assolada, e as vossas cidades serão desertas. Então a terra folgará nos seus sábados, todos os dias da sua assolação, e vós estareis na terra dos vossos inimigos; então a terra descansará, e folgará nos seus sábados”.           




QUE PERÍODO DE TEMPO SIGNIFICAM OS SETE TEMPOS?

A história do rei babilônico Nabucodonosor ao perder a razão por causa de seu orgulho e recusa de reconhecer ao Deus do céu por sete tempos nos oferece um ponto de partida para entender quanto tempo o período de sete tempos de Levítico 26 representaria.
Daniel 4:22-26: “És tu, ó rei, que cresceste, e te fizeste forte; a tua grandeza cresceu, e chegou até ao céu, e o teu domínio até à extremidade da terra. E quanto ao que viu o rei, um vigia, um santo, que descia do céu, e dizia: Cortai a árvore, e destruí-a, mas o tronco com as suas raízes deixai na terra, e atada com cadeias de ferro e de bronze, na erva do campo; e seja molhado do orvalho do céu, e a sua porção seja com os animais do campo, até que passem sobre ele sete tempos; esta é a interpretação, ó rei; e este é o decreto do Altíssimo, que virá sobre o rei, meu senhor: Serás tirado dentre os homens, e a tua morada será com os animais do campo, e te farão comer erva como os bois, e serás molhado do orvalho do céu; e passar-se-ão sete tempos por cima de ti; até que conheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens, e o dá a quem quer. E quanto ao que foi falado, que deixassem o tronco com as raízes da árvore, o teu reino voltará para ti, depois que tiveres conhecido que o céu reina”.

            Comparando esta passagem com os comentários do historiador judaico Josefo sobre esse incidente da história sagrada aprendemos que este período de tempo da loucura do rei Nabucodonosor, ou seja, os “sete tempos”, representaram sete anos literais.

“Antiguidades dos Judeus”, por Josefo, LIVRO X, CAP. X, SEÇÃO 6: - “Pouco depois disso o rei viu em seu sono novamente outra visão; de como cairia de seu domínio, alimentando-se com as bestas do campo, e que quando tivesse vivido dessa maneira por sete anos no deserto, ele recuperaria seu domínio novamente. . . . pois após ele ter prosseguido no deserto o intervalo de tempo mencionado, enquanto ninguém ousou tentar dominar o seu reino durante aqueles sete anos, ele orou a Deus para que recuperasse o seu reino, e a ele retornou”.

            Guilherme Miller nos ofereceu um comentário simples e conciso sobre este ponto que será de auxílio para nós.

“Evidence From Scripture And History Of The Second Coming of Christ, About The Year 1843; Exhibit In A Couse Of Lecures”, [Evidência da Escritura e da História da Segunda Vinda de Cristo, Pelo Ano 1843; Exposta numa Série de Conferências, por William Miller]; pág. 261: - “Sete tempos”, no sonho de Nabucodonosor, se cumpriram em sete anos. Nabucodonosor, por seu orgulho e arrogância contra Deus, foi levado a viver junto às bestas do campo, e foi induzido a comer capim, como o boi, até que sete tempos se passassem sobre ele, e até que aprendeu que o Altíssimo reina sobre os reinos dos homens e os daria a quem desejasse. Sendo essa uma questão da história, e como uma alegoria e amostra para o povo de Deus por seu orgulho e arrogância, ao recusar-se ser reformado por Deus, e reclamar o poder e vontade de fazer essas coisas eles próprios, -- também, a exemplo de Nabucodonosor, devem ser levados para ficar com as bestas do campo (significando os reinos do mundo), até que aprendam a soberania de Deus, e que Ele dispensa seus favores a quem quer que deseje. Sendo essa uma questão de história, e somente um modelo, foi cumprida em sete anos; mas isto, sendo uma profecia, somente se cumprirá em sete tempos proféticos, que serão 7 vezes 360 anos, o que forma 2.520 anos; . . .”

Evidência bíblica adicional que ajuda a confirmar estes 2.520 dias proféticos como sendo o que representariam os sete tempos é encontrada no Livro do Apocalipse com respeito ao tempo em que a mulher pura (ou seja, a igreja ou povo de Deus) teria que habitar no deserto.

A mulher teria que ser alimentada no deserto por um tempo, tempos e metade de um tempo, ou seja, 3 ½ tempos proféticos.

Apocalipse 12:14: “E foram dadas à mulher duas asas de grande águia, para que voasse para o deserto, ao seu lugar, onde é sustentada por um tempo, e tempos, e metade de um tempo, fora da vista da serpente.

Anteriormente, no mesmo capítulo, temos esse período de tempo claramente definido para nós.

Apocalipse 12:6: “E a mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por Deus, para que ali fosse alimentada durante mil duzentos e sessenta dias”.

            Portanto, 3 ½ tempos proféticos x 2 = 7 tempos proféticos, ou 2.520 dias proféticos, “nos quais o povo de Deus seria punido sob as dispensações judaica e cristã”. – “Views of the Prophecies and Prophetic Chronology, Selected from Manuscripts of William Miller with a Memoir of his life” [Pontos de Vista das Profecias e Cronologia Profética, Selecionados dos Manuscritos de Guilherme Miller com sua biografia], por Joshua V. Himes, Comentário sobre “Chronological Chart of the World” [Gráfico cronológico do mundo], no verso do livro, 1841.

            Os textos bíblicos seguintes ajudam a estabelecer a verdade de que um dia em profecia simbólica é igual a um ano literal de tempo.

Números 14:34: “Segundo o número dos dias em que espiastes esta terra, quarenta dias, cada dia representando um ano, levareis sobre vós as vossas iniquidades quarenta anos, e conhecereis o meu afastamento”.

Ezequiel 4:4-6: “Tu também deita-te sobre o teu lado esquerdo, e põe a iniquidade da casa de Israel sobre ele; conforme o número dos dias que te deitares sobre ele, levarás as suas iniquidades.

Porque eu já te tenho fixado os anos da sua iniquidade, conforme o número dos dias, trezentos e noventa dias; e levarás a iniquidade da casa de Israel. E, quando tiveres cumprido estes dias, tornar-te-ás a deitar sobre o teu lado direito, e levarás a iniquidade da casa de Judá quarenta dias; um dia te dei para cada ano”.

    Os sete tempos de Levítico 26 = 2.520 dias proféticos = 2.520 anos literais.





QUANDO OS SETE TEMPOS COMEÇAM?

            Temos um ponto de início que nos é dado no livro de Isaías.

Isaías 7:8: “Porém a cabeça da Síria será Damasco, e a cabeça de Damasco Rezim; e dentro de sessenta e cinco anos Efraim será destruído, e deixará de ser povo”.

Obs.: Dentro de 65 anos desde que essa predição foi feita pelo profeta Isaías, Efraim (que é o reino de Israel) será quebrado e não será um povo. Agora, se a sua versão King James tem à margem uma data cronológica, como se dá com a minha, para quando Isaías capítulo foi escrito, deve dizer 742 AC.

Tirando-se 65 anos de 742 AC, quando Isaías escreveu a profecia acima, chegamos a 677 AC.

Os sete tempos começam desde quando o Senhor permitiu que o rei Manassés de Judá fosse levado cativo para Babilônia pelo rei da Assíria, por causa de sua recusa de obedecer ao Senhor e Seus mandamentos. Em outras palavras, ele e seu povo foram espalhados entre as nações pagãs por causa de sua persistente recusa em receber as correções que o Senhor lhes enviava mediante os Seus servos, os profetas.

2 Crônicas 33:9-11: “E Manassés tanto fez errar a Judá e aos moradores de Jerusalém, que fizeram pior do que as nações que o Senhor tinha destruído de diante dos filhos de Israel.
E falou o Senhor a Manassés e ao seu povo, porém não deram ouvidos. Assim o Senhor trouxe sobre eles os capitães do exército do rei da Assíria, os quais prenderam a Manassés com ganchos e, amarrando-o com cadeias, o levaram para Babilônia”.

Jeremias 15:4: Entregá-los-ei ao desterro em todos os reinos da terra; por causa de Manassés, filho de Ezequias, rei de Judá, e por tudo quanto fez em Jerusalém”.

Temos qualquer evidência cronológica da história que nos dá a data quando o início do cativeiro de Judá e o desterro entre os reinos da Terra tiveram lugar? Sim, nós temos, nos “THE ANNALS OF THE WORLD” [Anais do mundo] de James Ussher.

Os Annals of the World, págs. 87 e 88: “3327 AM, 4037 JP1, 677 AC . . . 697. Nesse ano a profecia foi cumprida como relatada por Isaías {Isa. 7:8}. Dentro de sessenta e cinco anos desde o início do reinado de Acaz, Efraimseria conquistado e nunca mais seria um país. Pois conquanto a maioria fosse levado por Salmanazer quarenta e quatro anos antes, e o reino foi completamente destruído, contudo, entre aqueles que foram deixados havia alguma forma de governo. Mas eles agora cessaram de ser um povo distinto por causa dos  muitos  estrangeiros  que foram ali morar. Comparado com a população total, o pequeno número dos efraimitas era insignificante. Uns poucos permaneceram em seu país, como aparece no relato de Josias {2 Crô. 34:6, 7, 33; 35:18; 2 Re. 23:19, 20} De vez em quando havia novas colônias de pessoas enviadas de Babel, Cuta, Ava e Sefarvaim, para viverem em Samaria e suas cidades {2 Re. 17:24}. Isso foi feito por Esar-Hadom, rei da Assíria (que também era chamado de Asnapar, o Grande e Magnífico). Isso é evidente da confissão dos cusitas em Esdras. {Esd. 4:2, 10}”

“698. Nessa ocasião segundo Israel era conquistada, Judá era atacada pelo mesmo exército assírio. Ele capturaram Manassés, o rei, enquanto se escondia num matagal. Eles o prenderam com correntes de bronze e o levaram cativo para Babilônia. {2 Crô. 33:11}. Alguns pensam que essa calamidade foi predita pelo profeta Isaías, quando disse:
“dentro de sessenta e cinco anos Efraim será destruído, e deixará de ser povo. Entretanto a cabeça de Efraim será Samaria, e a cabeça de Samaria o filho de Remalias; se não o crerdes, certamente não haveis de permanecer”. {Isa. 7:8, 9}

677 a.C. É O ANO QUANDO O CATIVEIRO DE JUDÁ, COMO REGISTRADO EM 2ª. CRÔNICAS 33:9-11, COMEÇOU, E DE ONDE PODEMOS DATAR O COMEÇO DOS SETE TEMPOS DE LEVÍTICO 26.

“Evidence From Scripture And History Of The Second Coming of Christ, About The Year 1843; Exhibit In A Couse Of Lecures”, [Evidência da Escritura e da História da Segunda Vinda de Cristo, Pelo Ano 1843; Exposta numa Série de Conferências, por William Miller]; pág. 256: “Mas desde os dias de Manassés ele não teve descanso em nenhum momento (isto é, a igreja—compilador) mas tem sido espalhada entre as nações da Terra, como Jeremias, o profeta, predisse que se daria. Jer. xv. 4, “Entregá-los-ei ao desterro em todos os reinos da terra; por causa de Manassés, filho de Ezequias, rei de Judá, e por tudo quanto fez em Jerusalém”. Aqui começa o “espalhar do poder do povo santo”, e quando sete tempos forem cumpridos, então todas “estas coisas” serão cumpridas; ou seja, a igreja então terá passado pela angústia de prova e castigo”.

            Notamos que Guilherme Miller citou diretamente de Daniel 12:7 com respeito ao espalhar do povo de Deus, cumprindo-se quando se completassem os sete tempos.

Daniel 12:7: “E ouvi o homem vestido de linho, que estava sobre as águas do rio, o qual levantou ao céu a sua mão direita e a sua mão esquerda, e jurou por aquele que vive eternamente que isso seria para um tempo, tempos e metade do tempo, e quando tiverem acabado de espalhar o poder do povo santo, todas estas coisas serão cumpridas”.

Obs.: Um ponto de interesse nesse verso é que esse Ser Celestial que faz esse juramento com respeito ao período profético e ao espalhar do “poder do povo santo” levanta ambas as mãos para o céu quando fazendo o Seu juramento, em vez do procedimento comum de levantar somente uma mão.

O comentário seguinte sobre este verso apareceu impresso em 1878 numa série de Conferências Bíblicas concernentes às doutrinas principais dos adventistas do sétimo dia, que lança luz adicional sobre este verso e o espalhar do povo de Deus.

BIBLICAL INSTITUTE – A SYNOPSIS OF LECTURES ON THE PRINCIPAL DOCTRINES OF SEVENTH-DAY ADVENTISTS [Instituto bíblico – Uma sinopse de conferências sobre as principais doutrinas dos adventistas do sétimo dia], págs. 55, 56, Lição no. 5 – A Visão de Daniel, Capítulo VIII – 1878: “Novamente foi dito a Daniel (12:7), “quando tiverem acabado de espalhar o poder do povo santo (ou seja, terá findado o espalhar do seu poder, ou sua opressão de entre as nações), todas estas coisas serão cumpridas”. Isso tudo mostra que o povo de Deus devia ser dominado, espalhado e sujeito à indignação, até que os tempos, ou reino, dos gentios se cumprissem”.

            O apóstolo João nos concedeu um dos propósitos que deviam ser cumpridos com a morte de Cristo, como sendo reunir num todo o povo de Deus que havia sido espalhado.

João 11:51 e 52: “Ora ele não disse isto de si mesmo, mas, sendo o sumo sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus devia morrer pela nação. E não somente pela nação, mas também para reunir em um corpo os filhos de Deus que andavam dispersos”’.

ELIMINANDO 677 ANOS ANTES DE CRISTO DOS 2.520 ANOS = 1843 APÓS CRISTO, OU 1843 A.D.

Esta é uma das profecias de tempo que os adventistas mileritas usavam para chegar à data de 1843 A.D. Logicamente levaria 677 ANOS COMPLETOS ANTES DE CRISTO, E 1843 ANOS COMPLETOS APÓS CRISTO PARA FORMAR OS 2.520 ANOS, e também seríamos obrigados a estender esse período até 1844 A.D., pois teria começado após o início de 677 A.C., o que, então, nos levaria ao ano de 1844 A.D., quando os 2.520 anos realmente findariam.

            E o povo de Deus foi realmente reunido, deixando as igrejas caídas, por terem rejeitado a Mensagem do Advento e o Movimento de 1840-44. Cinquenta mil crentes estavam unidos pela verdade do Advento da 1ª. e 2ª. Mensagens Angélicas, que se retiraram das igrejas caídas. Haviam sido reunidos pelo Senhor.

Spirit of Prophecy, vol. 4, pág. 232: “Quando as igrejas desprezaram o conselho de Deus por rejeitarem a mensagem do Advento, o Senhor as rejeitou. O primeiro anjo foi seguido por um segundo, proclamando, “Caiu, caiu Babilônia, aquela grande cidade, que a todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua fornicação”. [Apo. 14:8] Esta mensagem foi entendida pelos adventistas como um anúncio da queda moral das igrejas em consequência de sua rejeição da primeira mensagem. A proclamação, “Caiu Babilônia”, foi dada no verão de 1844, e como resultado, cerca de cinquenta mil abandonaram essas igrejas”. {The Spirit of Prophecy (O Espírito de Profecia) vol. 4, 1884, pág. 232.1}

Mas após o Grande Desapontamento em 1844, a esmagadora maioria do povo do Advento negou as profecias que haviam antes proclamado como corretas, e não aceitou a luz crescente sobre o Santuário e a Mensagem do 3º. Anjo, que teria explicado o seu desapontamento.

IBID., págs. 259 e 260: “Deus havia conduzido o Seu povo no grande movimento do Advento; Seu poder e glória haviam acompanhado a obra, e Ele não permitiria que ela findasse em trevas e desapontamento, desacreditada como uma excitação falsa e fanática. Ele não deixaria a Sua palavra envolta em dúvida e incerteza. Conquanto na sua maioria os adventistas abandonassem sua anterior contagem de períodos proféticos, e consequentemente negaram a correção do movimento nela baseada, uns poucos estiveram dispostos a renunciar a pontos de fé e experiência que eram respaldadas pelas Escrituras e pelo testemunho especial do Espírito de Deus”. {The Spirit of Prophecy (O Espírito de Profecia) vol. 4, 1884, págs. 259 e 260}

            Abaixo está um sumário da pena de Guilherme Miller a respeito dos períodos proféticos que ele pregava ser o fundamento do Movimento do Advento. Ele de fato inclui os 7 tempos entre esses.

The Advent Review [Revista do Advento], agosto de 1850, Vol. No. 1, pág. 9: “Tenho forte esperança de que este ano trará nosso glorioso Rei, e que as cenas do sétimo mês serão manifestas para marcar o início do soar da última trombeta. Se este cálculo demonstrar-se correto, então todos os nossos cálculos, os 2.300 dias, os 7 tempos, os jubileus, os 1335 dias, as trombetas dos ais, as taças, o tempo de espera, o tempo de paciência do lavrador, os sinais, a prova de nossa fé e paciência, a santificadora influência do sétimo mês, os extraordinários movimentos da providência de Deus nesse tempo, . . .”

            A declaração seguinte do Testemunho de Jesus identifica qual foi o erro dos crentes do Advento, e não foi o seu cálculo dos períodos proféticos—plural, mas seu entendimento do Santuário e o que era a sua purificação.

O Grande Conflito, edição de 1858, pág. 148: “Jesus não veio à Terra como aguardava o expectante e alegre  grupo, para purificar o santuário pela purificação da Terra pelo fogo. Vi que estavam corretos em seus cálculos dos tempos proféticos. O tempo profético encerrou-se em 1844. O seu erro consistiu em não entender o que era o Santuário, e a natureza de sua purificação”. {Originalmente com o título Spiritual Gifts (Dons Espirituais) vol. 1, pag. 148.1}





O GRÁFICO PROFÉTICO ENSINAVA OS SETE TEMPOS DE LEVÍTICO 26:

Abaixo fotocopiamos a porção relevante deste Gráfico Profético que se aplica aos sete tempos de Levítico 26:28-34, como iniciando-se em 677 A.C. com a ida de Israel para o cativeiro, e terminando em 1843 A.D.

GRÁFICO CRONOLÓGICO
DAS VISÕES DE DANIEL E JOÃO

Israel levado cativo,
2º Cron. 33:11





677,  Começo dos  
              sete tempos. 
Lev. 26:28 a 34
2.520 anos, - 7 tempos
   677 -  2º Crôn. 33:11
1.843, término dos 7 tempos


2.300.....................
457.....................                  
                 1.843................
Terminação dos 2.300 dias e fim do “último tempo da ira” (Dan 8:7 a 19 e 20)   

  7    Levíticos 26: 28 a 34
12





  84 Meses
X30 dias, simbolizando anos.
 2.520 7 tempos


Este gráfico foi desenhado por Charles FITCH e publicado por Joshua Vaughan HIMES


Carlos FITCH (1805-1844) foi o desenhista do “gráfico de 1843," assistido por Apollos Hale (veja nota___ abaixo). Fitch foi um destemido, agressivo e bem sucedido líder Milerita.  Ele começou a editar um jornal semanal chamado o Segundo Advento de Cristo, no qual, em 26 de julho de 1843, argumentou que o termo Babilônia não era mais limitado à Igreja Católica Romana, mas que já incluía também o grande corpo do cristianismo protestante. Ele argumentou também que o protestantismo era frio quanto à doutrina do segundo advento, e alguns a tinham espiritualizado a ponto de a neutralizar. Fitch morreu em 14 de outubro de 1844, pouco antes do dia da expectativa. (Enciclopédia Adventista, vol. 10 da série SDABC, págs. 462 e 463).

Josué V. HIMES (1805–1895) foi promotor e organizador do movimento Milerita. Em 1840 ele lançou a revista The Signs of the Times, e foi, dai em diante o distribuidor da literatura adventista. Em 1842 ele lançou também um jornal intitulado Midnight Cry. (Enciclopédia Adventista, vol. 10 da série SDABC, pág. 585).


O GRÁFICO PROFÉTICO FOI ELABORADO SOB A AÇÃO DO ESPÍRITO SANTO:

Spirit of Prophecy, Vol. 4, pág. 241: “A fé deles foi fortemente fortalecida pela aplicação direta e convincente dessas passagens que estabeleciam o tempo de espera. Já em 1842, o Espírito de Deus havia atuado sobre Charles Fitch para elaborar o gráfico profético, que era em geral considerado pelos adventistas como um cumprimento da ordem dada pelo profeta Habacuque: “escreve a visão e torna-a bem legível sobre tábuas”. {The Spirit of Prophecy (O Espírito de Profecia) vol. 4, 1884, pág. 241.2}

APÓS O GRANDE DESAPONTAMENTO, A INSPIRAÇÃO ENDOSSOU ESSE GRÁFICO E O SEU CONTEÚDO:

Coleção Spalding-Magan, Pág. 1: “Vi que a verdade devia ser tornada clara sobre tábuas, e a Terra e sua plenitude são do Senhor, e que meios necessários não deviam ser poupados para torná-la clara. Vi que o velho gráfico foi dirigido pelo Senhor, e que nenhum número nele devia ser alterado, exceto pela inspiração. Vi que as datas do gráfico era como Deus queria que fosse, e que a Sua mão estava sobre ele e ocultou um erro em algumas das datas, de modo a que ninguém o notasse até que Sua mão fosse removida”. {SpM 1.3}
Obs.: O Gráfico de 1843 podia somente ser alterado mediante inspiração; ou seja, mediante as mensagens do Espírito de Profecia. Ministros ou Comentaristas Bíblicos NÃO estavam autorizados a fazer quaisquer mudanças nas datas do Gráfico de 1843.

The Present Truth [A Verdade Presente], novembro de 1850, pág. 87: “O Senhor me mostrou que o gráfico de 1843 era dirigido por Sua mão, e que nenhuma parte dele devia ser alterada; que as datas eram como Ele queria que fosse. Que Sua mão estava sobre ele e ocultou um erro em algumas das datas, de modo a que ninguém o notasse até que Sua mão fosse removida”. { Coleção Spalding-Magan, Pág. 1}

APÓS O GRANDE DESAPONTAMENTO, OS ADVENTISTAS OBSERVADORES DO SÁBADO PIONEIROS AINDA MANTINHAM A INTERPRETAÇÃO PROFÉTICA MILERITA DOS SETE TEMPOS DE LEVITICO 26:

O propósito por detrás da impressão da revista “THE ADVENT REVIEW” em 1850 nos é dado pela comissão editorial de Hiram Edson, David Arnold, Geo. W. Holt, Samuel W. Rhodes e Tiago White, nas seguintes palavras:

The Advent Review, agosto de 1850, pág. 1: “Ao passarmos em revista o passado, citaremos abundantemente dos escritos dos líderes na causa do advento, e mostraremos que eles outrora advogavam ousadamente e publicaram para o mundo, a mesma posição, relativa ao cumprimento da profecia nos grandes movimentos do advento que nos conduziram em nossa experiência passada, ao que agora ocupamos; e que quando as hostes do advento estavam todas unidas em 1844, consideravam esses movimentos sob a mesma luz em que agora os consideramos, e assim mostramos que eles “DEIXARAM A FÉ ORIGINAL”.
(Obs.: A expressão “DEIXARAM  A   ORIGINAL” está como aparece no artigo original).

The Advent Review, agosto de 1850, pág. 2: “Datamos os ‘sete tempos’ ou os 2.520 anos, desde o cativeiro de Manassés, que eu, com grande unanimidade, situado por cronólogos em 677. Esta data é a única sobre que temos calculado para o começo desse período; e subtraindo 677 A.C. de 2.520 anos, resta somente 1843 A.D. Nós, contudo, não observamos que seriam requeridos 677 anos completos A.C. e 1843 anos completos A.D. para inteirar 2.520 anos, e que isso nos obrigaria a estender esse período até 1844 A.D., como devendo ter começado após o início de 677 A.C. O mesmo é verdade dos outros períodos”. (Reimpresso de “Advent Herald”, em de 13 de novembro de 1844. J. V. Himes, S. Bliss, e A. Hale, redatores”.)

The Advent Review, agosto de 1850, pág. 55: “SEGUNDO MARCO. O TEMPO DE ESPERA DO NOIVO”.
            “Mat. 25: 5. “E, tardando o esposo, tosquenejaram todas, e adormeceram”. Ao revisarmos nossa contagem inoperante e reexaminarmos nossas observações do passado, não pudemos descobrir nenhum erro. Mas descobrimos de fato uma coisa, que nos foi uma clara explicação de nosso texto, ao mesmo tempo tão simples que o máximo que podíamos dizer a respeito foi que Deus havia ocultado de nossos olhos este ponto, como fez com os dois discípulos que estavam na companhia de Jesus por ocasião de Sua ressurreição. E assim se deu que seis meses tinham ainda que ser acrescentados aos períodos proféticos antes que pudéssemos tê-lo completo e exposto. Por exemplo, agora podemos ver claramente que tomariam todas as horas de 457 A.C., e 1843 anos após, para preencher 2.300 dias ou anos; e assim se dá com os sete tempos dos gentios; 677 A.C. e 1843, eram somente 2.520 como apresentados no gráfico. Aqui vemos claramente que o mandamento para restaurar e edificar Jerusalém não foi emitido até meados de 457; assim também com o cativeiro de Manassés, em 677 A.C.(Por Joseph Bates; “SECOND ADVENT WAY MARKS AND HIGH HEAPS; Or, A CONNECTED VIEW OF THE FULFILLMENT OF PROPHECY, BY GOD’S PECULIAR PEOPLE, FROM THE YEAR 1840 TO 1847”).

O GRÁFICO PROFÉTICO DE 1850 MANTINHA A INTERPRETAÇÃO MILERITA DOS SETE TEMPOS DE LEVÍTICO 26:

Abaixo temos fotocopiadas as porções relevantes deste Gráfico Profético que aplica os sete tempos de Levítico 26 como se iniciando em 677 A.C. com a ida de Israel para o cativeiro, e findando em 1844 A.D., permitindo 677 anos completos antes de Cristo, e plenos 1843 anos após Cristo para cumprir esta profecia, e também dando espaço para a extensão desse período atingir 1844 A.D., sendo que poderia ter começado após o início de 677 A.C.

Em 677 antes de Cristo Israel foi levado cativo, 2º. Crôn. 33:11. Foi o começo dos 7 tempos.

EXPLICAÇÃO   DO   TEMPO 

Um “ano” ou “tempo” profético = 360 dias, simbolizando anos. 7 tempos X 360  =   2.520
Tempo, tempos e metade de tempo é 3½ X 360 = 1.260 anos. Um mês profético = 30 dias > 30 anos.
$2 meses são 42 X 30 = 1.260 anos. Um dia profético significa 1 ano, 1 hora, 15dias.
Israel ser pisado pelos gentios começou em 677 a.C..
1843 anos d.C. adicionado aos 677 anos de a.C. totalizam 2.520 anos = 7 tempos.
A extensão do diário,  Daniel 8:13, de 457 a.C até 508 d.C. — ...............................965  anos.
Do tempo em que o DIÁRIO foi tirado, até o estabelecimento do papado, 538 —   30 anos.
O tempo da abominação da desolação papal      1798     .............................. 1.260 anos.
De 1798 a 1844 ...................................................................................................... ..       45 anos
Total ..........................................................................................................................  2.520 anos


O GRÁFICO PROFÉTICO de 1850 TEVE ENDOSSO do PR. TIAGO WHITE e de SUA ESPOSA Ellen G. White:

Manuscript Releases nº. 15, pág. 207: - “[Carta escrita em 15 de agosto de 1850, da cidade de Centerport, Nova York, para o irmão e irmã Stockbridge Howland em Topsham, Maine]” :
            “Envio-lhes esta visão para que a leiam para a igreja em Topsham. O irmão Rhodes veio até aqui na última terça-feira, o que é somente um dia atrás. Ficamos contentes em revê-lo. Ele acaba de criar um novo gráfico. É maior do que qualquer gráfico que já vi; é bastante claro. Gostamos muito de seu gráfico”. (Carta 12, 1850).

Em 1º. de novembro de 1850, Tiago White acrescentou a seguinte observação a uma carta que sua esposa havia recém escrito para os Lovelands de Johston, Vermont:
Manuscript Releases, vol. 15, pág. 213: “Meu querido irmão e irmã Loveland:
            “Espero enviar-lhes alguns jornais em breve. O gráfico está sendo executado em Boston. Deus está nisso.
            “O irmão Nichols está no encargo disso”.

A PRIMEIRA EDIÇÃO DO COMENTÁRIO DE URIAS SMITH SOBRE O LIVRO DE DANIEL AINDA ENSINAVA A DATA 677 a.C. PARA O INÍCIO DO DOMÍNIO BABILÔNICO SOBRE O POVO DE DEUS:

A edição de 1873 de “Thoughts Critical, And Practical On The Book of Daniel”, (Pensamentos Críticos e Práticos sobre o Livro de Urias Smith), pág. 32a: -
Neste ponto estava inserida a estátua de Daniel 2, contendo as datas:

Babilônia, 677 a.C. a 538 a. C.;
Medo-Pérsia, 538 a.C a 331 a.C.;
Grécia, 331 a.C. a 161 a.C., e
Roma, 161 a.C. a 483 d.C.

            Até 1878 a data 677 a.C. para o início do reino de Babilônia na Imagem de Daniel 2 por causa de sua conquista sobre Judá naquele ano, estava ainda sendo ensinada como doutrina adventista do sétimo dia.

BIBLICAL INSTITUTE – A SYNOPSIS OF LECTURES ON THE PRINCIPAL DOCTRINES OF SEVENTH-DAY ADVENTISTS, pág. 34, Lição no. 3 – A Grande Imagem de Daniel Capítulo II – 1878:- “Um velho império assírio, fundado por Ninrode, o tataraneto de Noé, Gên. 10:6-10, havia reinado na Ásia por 1.300 anos. Sobre as ruínas deste foi fundado o império caldeu ou babilônico das Escrituras, por Belesis, o Baladã de Isa. 39:1, 747 A.C. Na profecia, data de 677 A.C., porque então se tornou ligado ao povo de Deus, pela captura de Manassés, rei de Judá. 2 Crô. 33:11”.

            Recorde-se do seguinte enfático endosso inspirado da correção dos líderes do Movimento do Advento com respeito a seus cálculos dos períodos proféticos.
O Grande Conflito, edição 1858, pág. 148: “Vi que estavam corretos em seus cálculos dos períodos proféticos”. {Originalmente com o título Spiritual Gifts (Dons Espirituais) vol. 1, pag. 148.1}

Harmonizando as declarações indubitáveis acima com o enfático endosso inspirado do Gráfico Profético de 1843, que dava destaque ao período profético dos 2.520 anos de Levítico 26, o ensino milerita concernente a esse período profético estava de fato correto.

URIAS SMITH FOI O INDIVIDUO QUE ALTEROU ESSA DATA PROFÉTICA EM SUAS ÚLTIMAS EDIÇÕES DE SEU LIVRO PARA AGORA INDICAR 606 A.C. COMO O PONTO INICIAL DO DOMÍNIO DE BABILÔNIA SOBRE O POVO DE DEUS. ESSA DATA TEM SIDO ACEITA E ENSINADA DESDE ENTÃO PELOS ADVENTISTAS DO SÉTIMO DIA, E ASSIM TEM SOLAPADO A DATA INICIAL PARA OS SETE TEMPOS DE LEVÍTICO 26:

A edição de 1890 de “Thoughts Critical, And Practical On The Book of Daniel”, (Pensamentos Críticos e Práticos sobre o Livro de Urias Smith), pág. 40a:-

Babilônia, 606 a.C. a 538 a. C.;
Medo-Pérsia, 538 a.C a 331 a.C.;
Grécia, 331 a.C. a 161 a.C., e
Roma, 161 a.C. a 483 d.C.

Assim, Urias Smith tinha por essa época (ou seja, 1890) começado a solapar o ensino milerita dos sete tempos proféticos de Levítico 26 entre os adventistas do sétimo dia. Todavia, algum tempo depois disso, ele foi até mais adiante, mudando a data 677 A.C. em suas interpretações proféticas relativas a Daniel 2. Ele chegou a escrever abertamente contra os sete tempos proféticos de Levítico 26, negando que tivessem qualquer significado no que dizia respeito a tempo profético. E desde esse tempo até hoje, os adventistas observadores do sábado mantêm-se quase completamente ignorantes dessa maravilhosa profecia de tempo, que foi uma das profecias de tempo fundamentais do Movimento do Advento.

NOTA DE APÊNDICE Nº. 2 DE “DANIEL AND THE REVELATION” POR URIAS SMITH, PÁGS. 692 E 693 (IMPRESSO PELA STANBOROUGH PRESS EM 1921):


OS “SETE TEMPOS” DE LEVÍTICO XXVI

            Quase cada esquema do “Plano das Eras”, “Era Por Vir”, etc., faz uso de um suposto período profético chamado os “Sete Tempos”, e a tentativa é feita para calcular um notável cumprimento por eventos na história judaica e gentílica. Todos esses especuladores podiam poupar-se de seus esforços; pois não existe tal período profético na Bíblia.
            A expressão é retirada de Levítico 26, onde o Senhor denuncia juízos contra os judeus se O esquecessem. Após mencionar uma longa lista de calamidades até o vs. 17, o Senhor diz: “E, se ainda com estas coisas não me ouvirdes, então Eu prosseguirei a castigar-vos sete vezes mais, por causa dos vossos pecados”. Verso 18. Os versos 19 e 20 enumeram os juízos adicionais, então é acrescentado no vs. 21: “E se andardes contrariamente para comigo, e não me quiserdes ouvir, vos trarei pragas sete vezes mais, conforme os vossos pecados”. Mais castigos são enumerados, e então nos vs. 23 e 24 a ameaça é repetida: “Se ainda com estas coisas não vos corrigirdes voltando para mim, mas ainda andardes contrariamente para comigo, Eu também andarei contrariamente para convosco, e Eu, Eu mesmo, vos ferirei sete vezes mais por causa dos vossos pecados”. No vs. 28 é repetida uma vez mais.
Assim, a expressão ocorre quatro vezes, e cada menção sucessiva traz à tona punições mais severas, porque não atentaram às precedentes. Agora, se “sete vezes” denota um período profético (2.520 anos), então teríamos quatro de tais, totalizando 10.080 anos, o que seria um tempo por demais longo para manter uma nação sob castigo.
Mas não precisamos perturbar-nos quanto a isso; pois a expressão “sete tempos” não denota um período de duração, mas é simplesmente um advérbio expressando grau, e estabelecendo a severidade dos juízos a serem trazidos sobre Israel.
Se denotasse um período de tempo, um substantivo e seu adjetivo seriam empregados, como em Daniel 4:16: “passem sobre ele sete tempos”. Aqui temos o substantivo (tempos) e o adjetivo (sete); destarte shibah iddargin; mas nas passagens citadas acima de Levítico 26, as palavras “sete vezes” são simplesmente o advérbio sheba, que significa “sétuplo”. A Septuaginta faz a mesma distinção, usando em Dan. 4:16, etc. hepta kairoi, mas em Levítico tão-somente o advérbio heptakis.
A expressão em Dan. 4:16 não é profética, pois é empregada em narração direta, literal. (ver verso 25).

Com toda esta documentação e fundamentação histórica contida neste Documento-Estudo, particularmente com o inspirado endosso do Testemunho de Jesus sobre os Gráficos Proféticos de 1843 e 1850, é impossível que a Sra. White escrevesse a seguinte declaração nas edições alteradas do O Grande Conflito, que descreve os 2.300 dias-anos de Daniel 8:14 como sendo o mais longo período de tempo profético! Fazer isto seria negar o que ela tinha escrito muitos anos antes endossando os Gráficos Proféticos que ensinavam os sete tempos proféticos de Levíticos 26.
            O Grande Conflito, edição de 1888, pág. 351:- A experiência dos discípulos que pregaram "o evangelho do reino" no primeiro advento de Cristo, teve seu paralelo na experiência dos que proclamaram a mensagem de Seu segundo advento. Assim como saíram os discípulos a pregar: "O tempo está cumprido, o reino de Deus está próximo", Miller e seus companheiros proclamaram que o período profético mais longo e o último apresentado na Bíblia estava a ponto de terminar, que o juízo estava próximo, e que deveria ser inaugurado o reino eterno. A pregação dos discípulos com relação ao tempo, baseava-se nas setenta semanas de Daniel 9. A mensagem apresentada por Miller e seus companheiros anunciava a terminação dos 2.300 dias de Daniel 8:14, dos quais as setenta semanas fazem parte. Cada uma dessas pregações se baseava no cumprimento de uma porção diversa do mesmo grande período profético. 
            Obs.:- A declaração acima NÃO aparece na edição original de O Grande Conflito, a de 1884, de modo algum. Foi adicionada nesta edição “revisada e aumentada” (isto é, alterada) a edição de 1888, para estar em harmonia com as interpretações proféticas de Urias Smith.

            “Se forem destruídos os fundamentos, que poderá fazer o justo?” — Salmo 11:3.

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Notas:
1) AM = Anos do mundo desde a criação; JP = Período Juliano – o ano Juliano começa em 1º de janeiro de 4.713 AC.

O irmão Rick Lee, hoje com 51 anos de idade, é adventista desde os quatro anos, quando sua mãe se converteu; assim ele cresceu na igreja adventista, e, durante toda sua vida, tem sido um intenso estudioso da Bíblia e dos originais do Espírito de Profecia. Ele sempre teve um profundo interesse em história e desde o início dos anos da década de 1990 estudou a história e as doutrinas dos primórdios da igreja adventista, o que resultou em um grande número de documentos detalhados.
Lee vive na cidade de Queensland, na Austrália, com sua mulher Sarah.