Para 30º de
novembro a 7 de dezembro de 2013,
Muitos
anos atrás, quando esse movimento mundial do 3° anjo foi lançado e Deus restaurou à igreja Remanescente o dom de profecia, a escolhida
mensageira do Senhor, Ellen G. White, recebeu a seguinte instrução do anjo, oh! Notem isto,
"Vi então em relação ao contínuo, Daniel 8:12 que a palavra
sacrifício foi suprida pela sabedoria humana e não pertence ao texto..." Primeiros Escritos”, pág. 74.
Este acréscimo da palavra
sacrifício, feito em diferentes versos do livro de Daniel, foi adicionado,
inicialmente na versão King James, ao lado da palavra “diário”, ou “contínuo”,
ou ainda “costumado,” e todas versões, em todas as línguas seguiram o mesmo
erro
Em resumo, este acréscimo da
palavra sacrifício deu margem a um novo ponto
de vista do conceito do contínuo, ou diário, dizendo ser o ministério de
Cristo no Santuário Celestial, sendo que o
velho ponto de vista entendia ser o “paganismo” que Roma papal
“tirou” de Roma pagã e o apresentou ao mundo como cristianismo, pelo que, em
certo sentido, é obra de Satanás. A palavra diário refere-se à contínua obra de
Satanás resistindo à obra de Cristo por meio do paganismo.
Assim, devemos tomar cuidado a fim de verificar, claramente, o que a profecia do chifre pequeno nos está querendo transmitir, e ao
adotarmos o ponto de vista do Espírito de profecia e dos nossos pioneiros, expondo-o
aos outros, não devemos fazê-lo com espírito de
crítica e muito menos para causar polêmica, mas por desencargo de consciência, no intúito de fornecer aos irmãos, para
pesquisa, a verdade apresentada pelos piorneiros adventistas. Mas a serva do
Senhor nos diz:
O verdadeiro sentido do contínuo (ou DIÁRIO) não deve ser tornado questão de prova?” Mensagens Escolhidas, Vol. I, pág. 164.
Assim, igualmente, ninguém tem nossa autorização
para usar esta matéria com fins de discussão e divisão entre os irmãos, mas
apenas para estudos pessoais.
Mas é necessário que vejamos,
novamente, Primeiros Escritos págs.74,
agora até o final do parágrafo:
"Vi
então, em relação ao contínuo, Daniel 8: 12, que a
palavra sacrifício foi suprida pela sabedoria humana e não pertence ao texto, e que o Senhor deu a visão correta àqueles a quem deu o clamor
da hora do juízo. Quando houve união antes de 1844, quase todos eram unânimes, quanto à maneira correta
de se entender o contínuo, mas na confusão desde 1844, outras opiniões têm sido abrigadas, seguindo-se trevas e confusão" Primeiros Escritos”, pág. 74 (grifamos).
De acordo com o Comentário Bíblico Adventista, vol. IV,
no topo da pág. 65, o velho ponto de vista
sobre o que é o contínuo, ou o diário, “tamid” em hebraico, foi
consistentemente mantido pelos nossos pioneiros
e estudantes da Bíblia desde o princípio: Guilherme
Miller; Ellen White; “José Bates, na obra – Opening
in Heavens págs. 30-32; João
N. Andrews, na revista Review adn
Herald de 6 de Janeiro de 1853,
pág. 129; Urias Smith, idem, em 1° de novembro de 1864, págs.180 e 181; Tiago
White, idem, 15 de fevereiro de 1870, págs. 57 e 58,” etc., e, muito particularmente, peio pastor Frederico C. Gilbert, (Enciclopédia
Adventista, às págs. 515 e 516). No século XIX ele era o nosso maior
erudito na língua hebraica. Ele era judeu por nascimento e ao
tornar-se adventista do 7° dia,
cresceu fantasticamente no conhecimento da
língua hebraica, a qual estudou e entendeu profundamente. Sua exposição do
“contínuo”, ou “diário”, “tamid”, em hebraico, é extremamente
importante.
Nota: Outros pioneiros, além
destes acima citados, foram unânimes no entendimento correto (o velho ponto de
vista): Josiah Lietch, Sylvester Bliss, Hyrom Edison, Steven Haskell, O.A.Johnson,
J.G.Matson, F.C.Gilbert, L.A.Smith, Washberg, and Luthborough, todos criam que o
“diário” simbolizava paganismo — e eles apresentaram isto em seus escritos.
Mas
voltemos ao pr. Frederico C. Gilbert, resumindo a abalizada
opinião dele, notamos que por quase toda
Palavra de Deus tamid é um adjetivo. E por ser um adjetivo “tamid”
modifica o substantivo2 a que é
juntado. Assim podemos falar, por exemplo, a respeito de contínua desobediência, contínua transgressão, contínua rebelião, e
assim por diante, em muitos diferentes empregos da palavra. Agora, por toda a
Bíblia aparentemente esta palavra hebraica é usada como um adjetivo, mas a
situação muda quando chegamos ao livro de Daniel,
ali tamid é empregada como um substantivo; em
outras palavras, o profeta Daniel sempre fala: “o
costumado”, “o diário”, “o contínuo”, “ha tamid”, é o que “ha” significa: artigo definido, masculino, singular, "o". Assim há algo
diferente a respeito de seu sentido como
empregado por Daniel. Por tal razão o pastor Frederico Gilbert declara que isso indica que ha tamid, o diário, no livro de Daniel, é a palavra básica e não a modificada. Daí ele prossegue mostrando que toda versão que temos hoje faz violência ao texto, trazendo uma ou mais palavras associadas com ha
tamid, o contínuo; contudo, segundo o texto, isto não é necessário. Seja qual for o argumento apresentado para suprir a
“aparente” elipse no texto, não há base nas Escrituras para tal necessidade. Toda palavra ou expressão acrescida ao texto carece de
divina autorização. Apesar de o anjo Gabriel não ter fornecido ao profeta
Daniel qualquer interpretação particular dessa
expressão o diário, ha tamid, ficamos
felizes que o anjo não deixou a igreja remanescente com a tarefa de imaginar
uma interpretação particular, nem é absolutamente necessário acrescentar ao, ou
diminuir do que consta das Escrituras originais.
Assim, quando lemos no livro
de Daniel, a expressão “sacrifício diário,” é, na
verdade, somente o diário, ha Tamid; a palavra sacrifício foi adicionada e isto é algo de que
precisamos nos lembrar. Ha tamid é uma palavra por si mesma, o diário, o costumado,
o continuo. Assim temos
autoridade divina de que a palavra sacrifício não pertence ao texto que não carece de adição
alguma.
Sendo que o
dom de profecia declarou que a palavra sacrifício foi suprida, e não pertence
ao texto, e não sugere qualquer outra palavra ou
palavras para serem inseridas ao texto, torna-se
evidente que o texto, originalmente dado ao profeta Daniel, é totalmente suficiente por si
só, e, sejam quais forem as palavras adicionadas, elas o foram por “sabedoria”
humana e não pertencem ao texto.
Os que aceitam como parte integrante do texto a
palavra “sacrifício”, que foi adicionada por “sabedoria humana e não pertence
ao texto” (Primeiros Escritos, pág.
74), e que passaram a ensinar
que tamid é o ministério de Cristo no Santuário
Celestial; estão em frontal e clara oposição ao velho ponto de vista que se apegava à noção de que o costumado,
ou diário ou continuo, tamid, era o paganismo; por
este modo de se entender seria o ministério de Satanás, pelo outro, o ministério de Cristo.
O Pr. John W. Peters3, sua tese de Doutorado,
defendida perante a Universidade de Andrews, intitulada, The Mystery of the Daily
(O Mistério do Diário), no capítulo 5.2.2.2, intitulado, “Ligação
de Hattamid com Gadal” , diz:
A visão (chazon)
aponta quatro atores principais: 1) o bode, 2) o cabrito, 3) o chifre pequeno
(fase masculina) e 4) o chifre pequeno (fase feminina), cada um com uma
característica dominante similar. O exame da visão revela que Daniel
consistentemente introduz e caracteriza cada um dos quatro poderes principais
com a palavra hebráica gadal com o significado da raiz de
“tornar-se grande” ou “fazer-se grande”. O Bode se tornou grande (verso 4), o
cabrito “cresceu muito grande” (verso 8) e “veio, um chifre do littleness
(muito pequeno), que cresceu excessivamente grande (verso 9) e o chifre muito
pequeno (do littleness, fase feminina) “se tornou grande” ou “se engrandeceu”
(verso 10). Finalmente, no verso 11, a fase masculina do chifre (Roma pagã) “se
exalta” (se torna grande) contra o Príncipe do exercito. Além disso, esta
atividade característica (gadal) é
transferida ou “levantada” (rum) dele
(de Roma pagã) por Roma papal. O quadro abaixo sumaria a característica de
“exaltação” dos 4 poderes do mundo em Daniel 8, que culmina na etapa final
(verso 11) em que Roma papal tira o “diário”, (caracterizado por “gadal”) de Roma pagã.
Hattamid caracterizado por Gadal, significando
“tornar-se grande”, ou “fazer-se grande”.
Verso
|
Verbo
exaltar
|
Poder do
mundo
|
4
|
Gadal
|
Carneiro
|
8
|
Gadal
|
Bode
|
9
|
Gadal
|
Chifre
(Masculino)
|
10
|
Gadal
|
Chifre
(Feminino)
|
11
|
Gadal
|
Chifre
(Masculino)
|
No
Velho Testamento o paganismo consistentemente se magnifica contra o
Senhor: Em Jer. 48:26, 42, Moab magnifica (higdil;
a raiz é gadal) a si próprio contra o
Senhor; em Salmo 35:26; 38:16 & 55:12, tudo com implicações Messiânicas, os
rebeldes se magnificam (gadal) (*
contra) o Senhor. Finalmente em Daniel 11: 36 e 37, o paganismo (rei do sul)
“se magnifica (gadal) acima de cada
deus… nem tem consideração para com deus algum, porque ele se magnífica a si
próprio (gadal) sobre todos.
A perpétua, contínua, atividade ou característica,
do paganismo através de toda a história tem sido de auto-exaltação. Esta
característica foi personificada pelos quatro poderes pagãos mundiais:
Babilônia, Medo-Persia, Grécia e Roma. Daniel propositadamente enfatiza esta
“contínua” característica com a palavra “gadal”,
que é a essência da adoração pagã ou auto-adoração de Baal. Daniel associa gadal com o termo cultista “hattamid” significando “o contínuo”
que é um substantivo ao invés do usual adjetivo (* tamid). Assim, o verso 11
pode ser (* literalmente) traduzido: “… ele se exaltou e dele o contínuo foi
tirado (levantado) …”.
Sugere-se que a evidência suporta fortemente o
entendimento de que hattamid ou “o contínuo” é representado e caracterizado pela
palavra hebraica, gadal, no contexto
de Daniel 8, significando “se exaltar a si próprio” no formulário do hiphil (higdil). Esta característica foi auto-manifestada pelas formas e práticas
da adoração pagã ou da adoração de Baal que foi primeiro exibida por Caim com a
oferta de grãos, desse modo evitando a cruz de Cristo. O fenômeno de
auto-exaltação cujo autor é Satanás (Isaias 14 e Eze. 28) exibiu-se não somente
em cada cultura pagã mas infiltrou-se no próprio Israel (Jer. 23:13; Oseas 2:
16 - 17) do mesmo modo que o cristianismo personificou Roma.
No capítulo
5.2.2.3. intitulado, Hattamid: The Daily
Identified, o Pr. John Peters diz:
“Recente
estudo adventista concluiu que o “diário” é associado com o ministério
sumo-sacerdotal de Cristo no santuário celestial. Mas os pioneiros adventistas
de sétimo-dia até 1900 identificavam o “diário”, ou “contínuo”, “hattamid”,
tanto como paganismo, como Roma pagã, (* interpretação esta) que não evocou
praticamente nenhuma controvérsia. Por exemplo,
Urias Smith identifica "o
diário" em Daniel 8:11 como Roma pagã, mas em Daniel 8:13 e 11:31 ele
identifica "o diário" como paganismo. Semelhantemente,
Guilherme Miller ligou "o
diário" de Daniel 8:11 com "o mistério da iniquidade" de 2ª
Tessalonicenses 2:7-8 identificando ambos como paganismo que era equivalente a
Roma pagã.
No entanto, uma distinção clara deve ser mantida
entre o termo "Roma pagã" e "paganismo." Roma pagã é um
poder nacional ou a besta terrível e espantosa, com dentes de ferro (Dan. 7: 7
e 19). Por outro lado, paganismo é uma "atividade" ou sistema
religioso falso em rebelião contra Deus, manifestado por atributos de caráter
de auto-exaltação contra Deus.
Sucintamente declarado, "o diário" é uma
atividade rebelde manifestando atributos de caráter de auto-exaltação.
Se Roma pagã é representada pelo pronome masculino
na frase preposicional, “dele (mimmennu)
o diário foi tirado” (verso 11), então, “o diário” (* ou contínuo) não pode
representar a entidade ou poder de Roma pagã. É um absurdo (ilogismo = falta de
lógica) sugerir que Roma pagã é tirada de Roma pagã. É sugerido que “o diário”
deve ser cuidadosamente definido como um princípio, a saber, o caráter de
auto-exaltação do paganismo, inerente à humanidade, do qual o Arianismo se
tornou integrado. A “abominação (transgressão) assoladora” em Daniel 8: 11 e
12, que substitui e restabelece “o diário,” pode ser definido como o caráter de
auto-exaltação do Cristianismo nominal, do qual o papado tornou-se a principal
fonte. A essência “do diário” é “o mistério da iniquidade” que procura se
tornar como Deus (Isaias 14: 12 - 14; 2ª Tess. 2: 3 - 7). O ponto da comunhão
entre “o diário” e a “abominação da desolação” é o “mistério da iniquidade.”
Este atributo do caráter foi elevado, retirado, por Roma papal de Roma pagã com
o resultado de que os sistemas religiosos falsos (paganismo) foram
restabelecidos e substituídos pelo Cristianismo nominal, um novo sistema
religioso falso professando Cristo, não criado, em contraste com o Cristo
criado do Arianismo. Este processo começou no ano 508 d.C. quando os poderes Arianos sob Teodorico fizeram a paz com
Clovis e a resistência dos poderes arianos começou a chegar a um fim.
A conclusão indicada acima de que “o diário” é
representado pelo princípio de exaltação própria, manifestado no caráter do
paganismo e inerente à humanidade.
O
Comentário Bíblico Adventista, volume,
IV, pagina 843, assim resume o velho ponto de vista, esposado pelos
nossos pioneiros:
Primeiro: o diário
representa o paganismo, em contraste com a abominação da desolação, o papado,
Daniel 11: 31; segundo: Os dois termos
identificam poderes perseguidores; terceiro: A palavra diário refere-se à contínua obra de satanás resistindo ao trabalho de Cristo por meio do paganismo; quarto: O tirar do diário e o
estabelecimento da abominação desoladora, representam Roma papal, substituindo
Roma pagã; quinto: Este evento é o mesmo descrito em 2ª Tessalonicenses 2: 7: "Pois
já o mistério da iniquidade
opera, somente há um que agora o detém, até que do meio seja afastado", e sexto: isto
está também profetizado em Apocalipse 13: 2, última parte: "O Dragão’, Roma pagã, ‘deu à besta’, Roma papal ‘o seu poder, o seu trono, e grande
autoridade".
No livro O Grande Conflito, pág. 50, Ellen G.
White dá suporte a esta interpretação dizendo que o “paganismo” e “suas
doutrinas, cerimônias e superstições incorporam-se à fé e o culto dos professos
seguidores de Cristo ...” o que “resultou no desenvolvimento do ‘homem do
pecado.”
Vamos nos aprofundar um pouco mais neste assunto: O
Pr. John W.
Peters, em sua tese de Doutorado, The
Mystery of the Daily, O Mistério do Diário, diz, na – Introdução (1.0): “O marco fundamental da igreja Adventista é a
doutrina do santuário, ‘uma chave que revelou os mistérios do desapontamento de
1844 e abriu à visão um completo sistema de verdades’” O Grande Conflito, pág. 423.
Intimamente associado com o decifrar da profecia de
tempo, de Daniel 8:14, está o entendimento do “diário” (o continuo, hattamid)4 em 8:1-13.
– Sumário histórico (2.0): “Guilherme
Miller conectou ‘o diário’, Daniel 8:14 e 12:11, com 2ª Tess. 2:75 Ele
identificava “o diário” com o paganismo que deu caminho a Roma papal.
“O diário foi interpretado como a ‘continua
abominação’, representado pelo paganismo em geral, ou Roma, mais
especificamente, e ‘a abominação desoladora’ foi identificada como Roma papal.
Assim em Daniel 12:11 o império Romano seria tirado e Roma papal seria
estabelecida.6
“Após o grande desapontamento, os pioneiros do
adventismo incluindo José Bates, Tiago White, J. N. Andrews, Urias Smith, J. N.
Loughborough e S. N. Haskell, entre outros, seguiram a identificação que
Guilherme Miller fazia do ‘diário’ (o ‘continuo’), com Roma pagã, cujo
santuário (a cidade de Roma) foi herdada pelo papado. Este ponto de vista, do
‘diário’ conectou, Daniel 8:11-13;
11:31, e 12:11 com 2ª Tess. 2,7, e foi, teologicamente, parte da herança
adventista até 1900, quando L. R. Conradi, na Alemanha, interpretou o ‘diário’
como se referindo ao serviço sumo-sacerdotal de Cristo no ministério
celestial.” (como faz a lição de domingo,
1/12/13, ao dizer, no último §: “o ‘diário’ (tamid) se refere à continua mediação sacerdotal de Cristo no
santuário celestial”)
Após Conradi proeminentes lideres da igreja
Adventista, como A. G. Daniells e W. W. Prescott, aceitaram o ponto de vista de
Conradi sobre o “diário”, e posteriormente alguns apostataram, adotaram pontos
de vista divergentes concernente ao santuário, rejeitaram a inspiração de Ellen
G. White, já tendo se oposto à mensagem da Justiça de Cristo pela fé, na
conferência geral de 1888, opondo-se assim à própria profetiza Ellen G White
que apoiara e endossara tal ‘mui
preciosa mensagem’”7
“Conradi, posteriormente,
adotou o conceito evangélico de que Lutero proclamou as três mensagens
angélicas.
“Ellen White apoiou o ponto de vista dos pioneiros durante toda sua
vida, começando com sua clara declaração em Primeiros Escritos, págs. 74
e 75 (1850):
"Vi então, em relação ao contínuo, Daniel 8: 12, que a palavra sacrifício foi suprida pela
sabedoria humana e não pertence ao texto, e que o
Senhor deu a visão correta àqueles a quem deu o clamor
da hora do juízo. Quando houve união antes de 1844, quase todos eram unânimes, quanto à maneira correta de se entender o contínuo, mas na
confusão desde 1844, outras opiniões têm sido abrigadas, seguindo-se trevas e
confusão.”
“Esta declaração foi muito discutida; mas o Patrimônio dos Escritos de Ellen White
descobriu um manuscrito dela, de 1910, expressando sua desaprovação severa ao
irmãos A. G. Daniells e W.W. Prescott por promoverem o "novo ponto de
vista" entre nossos ministros (a mesma maneira de entender ‘o diário’ que
a nossa Lição advoga). Ela nunca em toda a sua longa vida proferiu sequer uma
palavra depreciativa, da maneira dos pioneiros entenderem este assunto. Destes,
os que sobreviveram os primeiros anos da década de 1900, quando o ‘novo ponto
de vista’ primeiro começou a agitar a igreja, o deploraram; nenhum deles creu
nele.’
Para vencer a corrente da rejeição de Conradi e os
que o seguiram, tais como A. G. Daniells, W. W. Prescott e Desmond Ford, entre
outros, “um contra-ataque foi iniciado por proeminentes teólogos e estudiosos
adventistas sob os auspícios do instituto de Pesquisa Bíblica (*da Conferência
Geral), publicando uma monumental obra em apoio à visão histórica do santuário.8
“Estes
esforços resultaram em significantes e benéficas realizações (*conclusões);
entretanto a exaustiva exegese de Dan. 8: 9-14 deixou sem solução algumas
dificuldades linguísticas e contextuais.
--Declaração
Sumária do Problema (3.0): “Linguisticamente
algumas das mais aparentemente difíceis passagens nas escrituras ocorre em
Daniel 8: 9 a 14. O texto é abundante em nuanças linguísticas e contextuais.
“Um exame
destas questões, entre outros temas, ajudará a lançar luz na interpretação do
‘diário’, ou ‘contínuo’ no livro de Daniel.”
Hasel9
argumenta que a mudança em gênero em Daniel 8:9-12 (no texto Hebraico Masorético)
de feminino, no vs. 10, para masculino, no verso 11, denota uma mudança em
atividade de Roma pagã para Roma papal. Ele argumenta mais que os versos 9 e 10
são de natureza pagã e os vs. 11 e 12 de natureza papal.10
Concordamos com Hasel que a alternação em gênero em
Dan. 8:9-12 tem implicações significativas na identificação da fase especifica
da atividade do chifre pequeno, mas uma maior compreensão na oscilação do
gênero, nos diferentes versos, nos leva a concluir que o profeta Daniel,
intencionalmente, usou uma sintaxe peculiar para criar uma distinção genérica
entre as duas frases do chifre pequeno delineadas nos versos 9 a 12.
Verso
11. De quem o “diário” (ou continuo) foi tirado?
O
ponto central na interpretação do “diário” é a identificação do antecedente:
“dele”
Nas
nossas Bíblias em português, e na tradução grega, o antecedente é “o Príncipe
do exercito”, o que pode nos levar ao erro de entender como certo o “novo ponto
de vista” sobre o “diário”.
Mas
tomando-se por base o texto Masorético hebraico, e estritamente usando-se o
principio de “proximidade gramatical’ a primeira parte do vs. 11 finaliza com a
expressão “ele se exaltou a si mesmo” (higdil) e a segunda parte do verso 11
começa com “dele” (mimmennu)
Assim
o antecedente de “dele” é “exaltou-se a si mesmo”.
Hasel
salienta que contrario ao normal a ordem das palavras está invertida, o objeto
precede o sujeito.11
Ele
sugere que Daniel inverteu a normal sintaxe hebraica com o especifico propósito
de tornar indiscutível a conexão do antecedente (ele exaltou-se a si mesmo)
associado com a expressão “dele”, colocando-os juntos (“... ele exaltou-se a si
mesmo, e dele...”). Assim o “diário” é intimamente associado com o chifre
pequeno, e não com o Príncipe do exercito.
Em essência “o diário”, é o “mistério da
iniquidade” que procura tornar-se como Deus, Isaias 14: 12 – 14; 2ª Tess.
2:3-7. O ponto comum entre “o diário e a “abominação da desolação” é o mistério
da iniquidade.
Este atributo de caráter foi tirado por Roma papal
de Roma pagã com a consequência do falso sistema religioso (paganismo) foi
substituído (tirado ou posto à parte) pelo cristianismo nominal, um falso
sistema professando Cristo, não criado, em contraste com o cristo criado do
arianismo. Este processo começou em 508
a.D.,
--João Soares da Silveira
Notas:
1) Em algumas versões, como na
usada pela serva do Senhor, a KJV, e nas Almeida fiel e antiga, os termos
acrescidos aparecem em itálico.
2) Esta é a função gramatical
do adjetivo.
3) “The
Mystery of the Dayly”,
págs. 40 a 42 do pastor Dr. John W. Peters. Tese de doutorado apresentada na Andrews
University, e impressa na editora daquela instituição em 23 de dezembro de
1992, e (em forma de apostila, pág. 26), impressa pelo
1888 Message Study Committee,
8784 Valley Vew Drive,
Berrien Springs, MI. 49103, USA
Para pedir um exemplar escreva para este endereço ou pelo
Telefone: 001 XX 269 – 473-1888 ou Fax: 001 XX 269 – 473-5851
4) Ha tamid, ha’tamid e hattamid, são as três formas em que
encontrei o termo “contínuo”, ou “diário”, em diferentes publicações como sendo
a forma hebraica, escrita com caracteres do nosso alfabeto.
5) The Daily, Midnight Cry,
vol. 5, nº 7, págs. 52 e 53, 5 de outubro de 1843.
6) P.G. Damsteegt, Foundations
of the Seventh-day Adventist Message Mission, Berrien Springs, Andrews
University Press, págs. 38 e 39.
7) Testemunhos para Ministros, páginas 91 e
92 (mas leia até o final do capítulo).
8) F.B. Holbrook, Ed., Symposium of Daniel, Série da Comissão
(* de estudos) sobre Daniel e Apocalipse, Vol. 2, Instituto de Pesquisas
Bíblicas da Conferência Geral dos Adventistas do 7º dia, Washington,DC, 1986
(Veja também vol. 1 e 3-6).
9) Simpósio de Daniel, Série sobre Daniel e Apocalipse, Vol. 2,
Instituto de Pesquisas Bíblicas da Conferência Geral dos Adventistas do 7º dia,
Washington, DC, 1986, vol.2, págs. 418 e 419.
10) Ibidem, pág. 399,
11) Ibidem, pág. 404,
Asteriscos
em citações acusam adição do tradutor ao texto.
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