quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Lição 12 - O conflito cósmico sobre o caráter de Deus, por Roberto J. Wieland



Para 14 a 21 de dezembro de 2013
Quando um líder de destaque em quem confiamos é acusado em juízo, o caso é matéria da primeira página dos jornais ou no jornal nacional na televisão em horário nobre. Você pode pensar em um caso que iria atrair mais atenção do que o julgamento do século? Que tipo de publicidade haveria se o próprio Deus fosse a julgamento ?
A profecia chama a atenção para uma mensagem para prender firmemente a atenção dos bilhões de pessoas que "habitam sobre a terra." A frase significa que, enquanto assuntos mundanos absorvem a atenção das pessoas, um anúncio vai assusta-los e dominar a sua atenção: "Temei a Deus, e dai-Lhe glória, porque é vinda a hora do Seu juízo" (Apoc. 14:6).
Julgamento de quem? Nosso, ou dEle? Por muito tempo pensamos que era só nosso, e víamos a mensagem como uma má notícia, uma severa advertência de ser levado ao tribunal, a menos que andássemos na linha. Trememos de terror com a ideia.
Mas a língua original da mensagem do primeiro anjo permite uma compreensão diferente. A "hora do Seu juízo" também pode significar a hora em que o próprio Deus deve ser julgado. Ao invés de ser o acusador, Ele tornou-Se o Acusado no banco dos réus . E Ele precisa de uma defesa.
A ideia de Deus estar em julgamento não é tão rude quanto possa parecer. Não é nenhum segredo que a grande maioria das pessoas que "habitam sobre a terra" (*Apoc. 13:8) está zangada com Ele. É natural, porque eles têm uma mente carnal que "é inimizade contra Deus" (Rom. 8:7). Eles O culpam por seus problemas, especialmente pelas injustiças terríveis que assolam o mundo em geral. Nossa terminologia legal descreve terremotos assassinos, tornados, furacões, inundações, maremotos, e outros desastres naturais como "atos de Deus".
Pessoas alienadas são um problema para Deus. Ele poderia agir como um ditador, e mata-los, mas Ele é justo e até generoso para submeter-Se a suas acusações e para ser julgado por elas. Qualquer outra solução para o problema seria imprudente, pois iria fomentar ainda mais revolta.
Tem sido dito muitas vezes que Deus ganhou seu caso no tribunal quando Cristo morreu na cruz há 2000 anos atrás. Em certo sentido Ele fez isto. Mas a humanidade tem sofrido e pecado desde então. Se Deus venceu completamente a guerra na cruz, por que a agonia tem continuado sem cessar? Se Cristo tão somente viesse a segunda vez, Ele poderia acabar com toda essa miséria. Até mesmo os santos, que não deveriam estar zangado com ele, pode levantar sérias questões no tribunal: Por que o Senhor espera tanto tempo para vir? Será que ele não sente pelos males do mundo? Por que Ele não faz alguma coisa?
A única maneira que Deus pode se defender contra a acusação de indiferença é para pleitear alguma circunstância além de Seu controle, que tem adiado sua intervenção. Tal circunstância existe; o problema é Ele provar isso no tribunal. A promotoria cósmica e o júri, os habitantes do mundo e os seres não caídos do universo, sim, o próprio diabo e seus asseclas devem analisar as provas e convencerem-se.
Paulo viu que Deus teria que ir ao banco dos réus, e estava confiante de “que sejas justificado em Tuas palavras, e venças quando fores julgado" (Rom. 3:4). Goodspeed1 diz: "E ganhar o Seu caso."
Se tudo o que é importante é o próprio caso deles as pessoas podem seguir tranquilamente em frente, não se preocupando com a sua aparição no tribunal, imperturbável, indiferente ao seu próprio destino pessoal. Mas eles vão se sentar e ficar vigilantes quando Deus for a julgamento. Eles vão perceber que eles são testemunhas em caráter em Seu julgamento, o maior processo judicial de toda a história. Assim, uma motivação totalmente nova irá transcender a preocupação até então suprema que eles sentiram por sua própria segurança pessoal (a causa da mornidão). Eles realmente acham que é possível estarem preocupados com Ele. Isso seria um milagre!
A boa nova no "evangelho eterno" do primeiro anjo é, portanto, melhor notícia do que nós pensávamos. Ela dá a cada crente em Cristo algo todo-absorvente pelo qual viver — eles podem dar uma contribuição significativa para a absolvição de Deus. Não precisamos entrar na sala de julgamento encolhendo-nos em terror por causa da nossa própria insegurança, mas honrando-O alegremente. Pois "teme-Lo" não é esconder-se com medo de um confronto com Ele, mas o prazer da emoção de vibrar com excitante alegria pelo fato de que o nosso testemunho individual dEle será evidência eficaz no tribunal. Só isso pode "dar glória a Ele".
Como pode Deus ser vindicado? O sacrifício de Cristo na cruz foi completo na medida em que garante a vitória final. Mas esta vitória deve ainda ser realizada e demonstrada em Seu povo. Qual é o problema?
Satanás e milhões de pessoas, pressionam o ponto que o professo povo de Deus são pouco melhores do que aqueles que não fazem nenhuma profissão de devoção à "terceira mensagem angélica." Ele pode dizer que eles ainda estão mornos (isso é verdade, a sua mornidão é pecado); eles são frequentemente mundanos e preocupados com o próprio bem estar; a sua taxa de divórcio é quase tão alta quanto a do mundo; e eles não demonstram qualquer significativamente maior motivação para amar do que os adeptos religiosos de "Babilônia". Satanás acha que ele tem um argumento.
Cada um de nós é, em um sentido especial, uma testemunha no grande julgamento de Deus, rendendo ou glória ou vergonha para Ele. Nenhum de nós pode fugir do holofote impiedoso da lente da televisão cósmica. O grave problema que Deus enfrenta é que a contínua mornidão de Laodicéia, 2.000 anos depois da cruz, diz ao mundo e ao universo que algo não funciona. Legalmente ou, teoricamente, o Seu plano de salvação é OK, mas, na prática, ele falha. O próprio pecado não está sendo vencido.
Suponha que nós nos enganemos em pensar que está tudo bem. Em seguida, a acusação alternativa entra em foco: Por é Cristo tão lento na segunda vinda? Se o povo de Deus está pronto, como eles sempre vão estar, por que Ele não vem? Eles continuam a pecar e Cristo como Sumo Sacerdote continua a "tomar a culpa" (*os pecados) por eles. Satanás acusa que isto se tornou injusto, e centenas de milhões de muçulmanos protestam que a doutrina cristã da substituição é antiética e até mesmo imoral.2 Mas Apocalipse 3:17 diz que Laodicéia parece satisfeita com esta situação e, aparentemente, "não tem necessidade de nada", enquanto Deus no banco dos réus deve corar de vergonha. Enquanto isso, a miséria do mundo continua a piorar.
Na verdade, Jesus diz que a situação com a sétima e última igreja é tão grave que torna O Seu estômago tão indisposto que Ele Se sente como se fosse vomitar (é o que o versículo 16 diz, no grego3) . Se pudéssemos ver o Seu rosto como realmente é, nós não veríamos o sorriso congelado de aprovação sem sentido que os artistas retratam; veríamos um rosto divino que registra a dor aguda de náusea. Como podemos trazer cura para Ele?
A resposta não é um programa de obras mais rígidos. Também não é um terrorismo espiritual orientado pelo medo — endireitar-se ou então enfrentar as pragas. Ouvimos dizer isto também ao longo de décadas. Nem mais isto vai ajudar a anestesiar a nossa fibra espiritual, bloqueando a dolorosa convicção do Espírito Santo de que algo está terrivelmente errado. Jeremias reprova os falsos pastores que dizem às pessoas que "tudo está bem, tudo está bem, quando nem tudo está bem" (Jer. 6:14, versão Moffatt) .
A Bíblia diz que a resposta é uma mensagem especial de muito mais abundante graça, uma mensagem que tem o poder embutido nela que livra da dependência do contínuo pecado, egocentrismo, e mundanismo. Corretamente entendido, "o evangelho de Cristo ... é o poder de Deus para a salvação" aqui e agora, a salvação do pecado (Rom. 1:16). E a mensagem dos três anjos sobre "a hora do juízo de Deus" tem esse poder inerente nela, pois é para a produção de um povo que realmente (e não supostamente) "guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus" (Apocalipse 14:12). Eles "são irrepreensíveis diante do trono de Deus" (vs. 5).
Ao fornecer uma motivação totalmente centrada em Cristo, a mensagem do terceiro anjo, em verdade realiza o que nunca foi realizado por qualquer geração de santos da história. "Todos estes, tendo tido bom testemunho pela fé, contudo não alcançaram a promessa, provendo Deus alguma coisa melhor a nosso respeito, para que eles sem nós não fossem aperfeiçoados" (Hebreus 11:39, 40). Uma compreensão muito mais clara da mensagem deve vir quando "outro anjo", um quarto, vem descendo “do céu com grande poder (autoridade)", para que a terra possa ser "iluminada com a sua glória" (Apoc. 18:1)
Só então pode "outra voz do céu" falar com autoridade que convence corações das milhões de almas honestas em "Babilônia," "Sai dela, povo Meu" (Apocalipse 18:4). Eles vão responder, em números muito além de nossa atual compreensão. Uma vez que o grande processo judicial seja resolvido e Deus tenha claramente ganho Seu caso judicial, a comissão evangélica será rapidamente concluída.
Quando será que essa mensagem vem? A pergunta correta não é no tempo futuro, mas passado. Não quando é que virá, mas quando ela veio? De acordo com Ellen White, o seu "princípio" veio na mensagem da justiça de Cristo em 1888.4 Só Deus, nem os anjos, sabe quando Cristo virá. Considere então como, ao longo de um século atrás, eles esperavam a vitória final na crise no governo de Deus, e como eles estavam desapontados que o Seu povo na terra "em grande medida" rejeitou a "mui preciosa mensagem"5. Indizível sofrimento tem sido o resultado para bilhões de pessoas. E nenhuma mente humana pode imaginar o sofrimento que tem advindo ao coração de Deus.
Uma profunda introspecção foi reconhecida por Ellen White durante a época de 1888: "Alguma coisa grande e decisiva está para acontecer, e isso prontamente. Se houver qualquer atraso, o caráter de Deus e de Seu trono será comprometido." (Um apelo às Comissões dos nossos Ministros e de Associação (1892) [An Appeal to Our Ministers and Conference Committees (1892)]. Houve um atraso de um século: a crise não poderia ser mais séria.
Podemos nos contentar em ser indiferentes? É adequado continuarmos sendo criancinhas na compreensão e experiência, dispostos por mais décadas para oprimir através do século 21, enquanto estas grandes questões permanecem sem solução?
Qual é a mensagem de 1888? Como é que difere do que nós pensamos que já entendemos ("rico sou"?) do evangelho? É a mesma mensagem de "justificação pela fé", proclamada por populares evangélicos guardadores do domingo? Ou é, de algum modo, unicamente adventista? Será que ela tem poder para livrar do egocentrismo e mornidão? Como é que ela pode prender a atenção do mundo para que o mundo possa ser iluminado com a sua glória ?
"Vinda é a hora." Milhares de fiéis adventistas do sétimo dia em todo o mundo estão descobrindo o poder da graça muito mais abundante inerente nessa mensagem.

- Robert J. Wieland

O irmão Roberto J. Wieland foi um pastor adventista, a vida inteira, missionário na África, em Nairobe e Kenia. É autor de inúmeros livros. Foi consultor editorial adventista do Sétimo Dia para a África. Ele deu sua vida por Cristo na África. Desde que foi jubilado, até sua morte, em julho de 2011, aos 95 anos, viveu na Califórnia, EUA, onde ainda era atuante na sua igreja local. Ele é autor de dezenas de livros. Em 1950 ele e o pastor Donald K. Short, também missionário na África, em uma das férias deles nos Estados Unidos, fizeram dois pedidos à Conferência Geral: 1º) que fossem publicadas todas as matérias de Ellen G. White sobre 1888, e 2º) que fosse publicada uma antologia dos escritos de Waggoner e Jones. Eles e sua mensagem receberam mais de 200 recomendações de Ellen G. White. 38 anos depois, em 1988, a Conferência Geral atendeu o primeiro pedido, o que resultou na publicação de 4 volumes com um total de 1821 páginas tamanho A4, com o título Materiais de Ellen G. White sobre 1888. Quanto ao segundo pedido até hoje não foi o mesmo ainda atendido.
Notas do tradutor:

1)    A elogiadíssima Bíblia em apreço é a An American Translation, a versão bíblica de Edgard Johnson Goodspeed, um conhecido erudito americano especializado em língua grega, Ph.D pela Universidade de Chicago.

2)    Os mulçumanos entendem que não é ético e moral um juiz aplicar a pena de um criminoso sobre um indivíduo inocente.
Nem mesmo a Bíblia apoia isto (Leia o capítulo 18 do livro de Ezequiel).
Então, como devemos ensinar que Cristo morreu por nós?
Por identificar-Se corporativamente, em cada sentido, com a nossa humanidade caída, Cristo Se qualificou para ser o segundo Adão; Ele foi assim legalmente qualificado para ser nosso substituto em Sua missão salvadora.
Em verdade a palavra “Adão’, em hebraico, caldeu, siríaco, etíope e árabe, significa, primeiramente, o nome da espécie humana, principalmente na Bíblia. (Dicionário Webster, 2ª edição, “The Publishers Guild, inc”, Nova Iorque, 1957).
De acordo com esta visão, Cristo não simplesmente viveu uma vida perfeita em nosso lugar, Ele não simplesmente morreu em vez de nós. Ao contrário, Sua obra e Seu falecimento, Sua perfeita vida e morte sacrifical, em verdade mudou a história da raça humana. Toda a humanidade foi legalmente justificada na cruz porque toda a humanidade estava em Cristo. Quando Ele viveu uma vida perfeita, toda a humanidade viveu uma vida perfeita nEle. Quando Ele morreu, toda a humanidade morreu nEle.
Este é um completo entendimento da profunda verdade da expiação.
Esta é a ideia de substituição, que erradica nosso egoísmo. Quando vemos o verdadeiro Cristo, então somos movidos a compartilhar a Sua experiência de vida crucificada. O sacrifício expiatório de Cristo é uma substituição compartilhada.
"O castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, ... mas o Senhor fez cair sobre Ele a iniquidade de nós todos" (Isaías 53:5, 6). Pedro diz que Sua identidade com os nossos pecados era profunda, não superficial, pois "levando Ele mesmo em Seu corpo os nossos pecados" (1ª Pedro 2:24).
Temos assim identidade "com Cristo," como "Emanuel, Deus conosco",
"Se alguém quer vir após Mim, ... tome a sua cruz e siga-Me .... Quem perder a sua vida por Minha causa a encontrará" (Mat. 16:24, 25) .
Paulo compreendeu essa ideia de substituição compartilhada: "Estou crucificado com Cristo" (Gál. 2:20). "[Nós] fomos batizados em Jesus Cristo, ... batizados na sua morte, ... sepultados com Ele pelo batismo na morte; ... fomos plantados juntamente [com Ele] na semelhança da Sua morte, ... o nosso homem velho [o amor de si mesmo] foi com Ele crucificado, ... morremos com Cristo." Se tudo isso for verdade, então "nós também viveremos com Ele" (Rom. 6:3-8).
Esta ideia é bem diferente do que definir o evangelho como simplesmente uma salvação provisional, como o fazem aqueles que ensinam a visão vicária da substituição.
Cristo não morreu de tal modo que nós, em troca possamos viver; mas Ele morreu e ressuscitou sendo nós a fim de que nós possamos, pela fé, participar em Sua morte e ressurreição. Ao assumir nossa corpórea humanidade pecaminosa e condenada, que necessitava ser redimida, Cristo foi feito pecado, o que nós somos, a fim de que nós possamos ser feitos justiça de Deus nEle (veja 2ª Cor. 5:21). Como o segundo Adão (humanidade) Cristo tomou nosso lugar e morreu nossa morte a fim de que nós possamos ser identificados com Ele, tanto na Sua morte como na Sua ressurreição. Isto é o que o nosso batismo significa (veja Romanos 6:3-11).
Aqui é onde a substituição vicária e a real substituição divergem. A primeira ensina uma troca de experiência; enquanto a última ensina uma experiência compartilhada. Somente quando nós, pela fé, nos identificarmos com a cruz de Cristo o evangelho se torna o poder de Deus para a salvação em nossas vidas (veja Gálatas 2:20 e 6:14). Este é o verdadeiro significado do batismo por imersão, que salva (veja Marcos 16:15 e 16).
Mas esta real substituição não significa que toda a humanidade está automaticamente salva experimentalmente. Esta é a heresia do universalismo. A maioria resiste o compartilhamento de Cristo em suas vidas.  Esta justificação legal é o supremo presente a toda a raça humana (veja João 3:16). ... Este supremo dom deve ser recebido pela fé, permitindo que o Espírito Santo opere em nós o querer e o efetuar (Fil. 2;13), isto é, sem oferecer resistência à Sua operação em nós. Receba o dom da vida, a abundância da graça, e o dom da justiça por meio de Cristo (Rom. 5:17). Justificação pela fé torna efetiva na vida do crente a justificação legal alcançada por toda a humanidade por Sua real substituição.
Por incrível que pareça esta não é a mensagem que muitos transmitem. Eles a chamam de doutrina da substituição vicária.
É interessante que a palavra “vicário” não aparece em nenhum lugar na Bíblia, e  Ellen White a usou em seus livros somente uma vez, e com outro enfoque.
Se você quer uma experiência vicária como piloto de um avião supersônico você pode comprar um programa de simulador de voo com o qual você terá uma experiência virtual, sentindo, como que, até mesmo as vibrações da aeronave ao treinar e aprender como decolar, voar e aterrissar em 20.000 aeroportos em todo o mundo. É uma experiência virtual, mas não é real. Se você quiser uma experiência real peça a um piloto experiente para voar com você, e você vai compartilhar com ele (piloto e copiloto) juntos.
A ideia evangélica popular da “substituição” sob certo sentido está a ensinar que Cristo obedeceu “em vez de” nós de modo que nós não necessitamos obedecer; Ele morreu “por nós” de tal modo que nós não necessitamos morrer para o pecado; Ele negou o eu “em nosso lugar”, e assim podemos ser egoisticamente indulgentes; Ele guardou os mandamentos “por nós”, e assim podemos transgredi-los;  Ele guardou o Sábado “em nosso lugar” de modo que podemos “encontrar nosso próprio prazer” sete dias por semana;
Assim, nessa linha de raciocínio, podemos dizer que Ele foi para o céu “por nós” de tal modo que nós nunca chegaremos lá.
Como vemos a ideia popular da doutrina de substituição de Cristo é um entendimento infantil, especialmente em vista de nossa verdade do s
antuário. Vivemos no grande dia cósmico da Expiação, é hora de mudarmos este conceito.
 A Bíblia não ensina uma substituição vicária, mas uma substituição partilhada. Há uma grande diferença! A primeira é a ideia evangélica, e a última é a ideia da mensagem de 1888.
O errôneo entendimento da doutrina da substituição tem impedido o evangelho de penetrar nas mentes islâmicas dos países orientais. Para a mente deles, e também para a nossa, é inconcebível uma pessoa inocente pagar pelos erros e crimes, de outra pessoa. Como dissemos nenhum juiz da terra admitiria isto, nem mesmo entre nós ocidentais. Mas se você apresentar a eles um Cristo que assumiu a “humanidade,” e morreu como representante da raça humana, então atingirá o coração deles.

3)    Muitos dizem que, por isto, a igreja adventista é uma igreja vomitada. Têm como base a KJV e a Almeida, que dizem: “vomitar-te-ei da Minha boca” (Apoc. 3:16). Entretanto, no grego, a palavra alí usada significa: “estou a ponto de,” o que, logicamente, subentende que tal não ocorreria. Em Testemunhos para a Igreja, vol. 6, pág. 408 lemos: “A figura de vomitar de Sua boca significa que Ele não pode oferecer suas orações ou expressões de amor a Deus. Não pode aprovar de modo algum sua forma de ensinar a Palavra de Deus ou o seu trabalho espiritual. Não pode apresentar seus serviços religiosos com o pedido de que a graça lhes seja concedida.”
E no vol. 5, pág. 76, 77 e 81: “... presentemente estamos sob a tolerância divina; porém, ninguém sabe até quando. ... muitos de nosso povo são mornos, ... nem frio nem quentes. Ouvem as palavras de Cristo, mas não as põem em prática. Se permanecerem nesse estado, Ele os rejeitará com aversão. ... Nesse tempo, o ouro será separado da escória da igreja.”
E na Review and Herald de 28 de agosto de 1903: “Mas o conselho da Testemunha Verdadeira não representa àqueles que são mornos como se estivessem sem esperança. Ainda há a chance de remediar seu estado, e a mensagem a Laodicéia está cheia de encorajamento; pois a igreja apostata ainda pode comprar o ouro da fé e amor; ainda pode ter veste branca da justiça de Cristo, e a vergonha da sua nudez não apareça...”
No Manuscrito 139, de 1903: ”Há esperança para as nossas igrejas, se elas atentarem para a mensagem dada aos laodiceanos.”

4)    Ellen White, na revista Review and Herald de 22 de novembro de 1892, num artigo intitulado Os Perigos e Privilégios dos Últimos Dias [The Perils and Privileges of the Last Days], escrito quatro anos após a conferência de Minneapolis, ela escreve: “O tempo de prova está bem diante de nós, pois o alto clamor do terceiro anjo já começou na revelação da justiça de Cristo, o Redentor que perdoa os pecados. Este é o início da luz daquele anjo cuja glória há de encher toda a Terra.” Grifamos.
Em Materiais de Ellen G. White sobre 1888, vol 3, pág. 959 ela diz: “a mensagem do terceiro anjo está crescendo em intensidade até se tornar num alto clamor…”

5)    Isto está em Mensagens Escolhidas, vol. 1: “A indisposição de ceder a opiniões preconcebidas, e de aceitar esta verdade, estava à base de grande parte da oposição manifestada em Mineápolis contra a mensagem do Senhor através dos irmãos [E. J.] Waggoner e [A. T.] Jones.   Promovendo aquela oposição, Satanás teve êxito em afastar do povo, em grande medida, o poder especial do Espírito Santo que Deus anelava comunicar-lhes. O inimigo impediu-os de obter a eficiência que poderiam ter tido em levar a verdade ao mundo, como os apóstolos a proclamaram depois do dia de Pentecoste. Sofreu resistência a luz que deve iluminar toda a Terra com a sua glória, e pela ação de nossos próprios irmãos tem sido, em grande medida, conservada afastada do mundo.” (Mensagens Escolhidas, vol. 1, págs. 234 e 235).

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