Para 14 a 21 de
dezembro de 2013
Quando um líder de destaque em quem
confiamos é acusado em juízo, o caso é matéria da primeira página dos jornais ou
no jornal nacional na televisão em horário nobre. Você pode pensar em um caso
que iria atrair mais atenção do que o julgamento do século? Que tipo de
publicidade haveria se o próprio Deus fosse a julgamento ?
A profecia chama a atenção para uma mensagem para prender firmemente a
atenção dos bilhões de pessoas que "habitam
sobre a terra." A frase significa que, enquanto assuntos mundanos
absorvem a atenção das pessoas, um anúncio vai assusta-los e dominar a sua
atenção: "Temei a Deus, e dai-Lhe
glória, porque é vinda a hora do Seu juízo" (Apoc. 14:6).
Julgamento de quem? Nosso, ou dEle? Por
muito tempo pensamos que era só nosso, e víamos a mensagem como uma má notícia,
uma severa advertência de ser levado ao tribunal, a menos que andássemos na linha.
Trememos de terror com a ideia.
Mas a língua original da mensagem do
primeiro anjo permite uma compreensão diferente. A "hora do Seu juízo" também pode significar a hora em que
o próprio Deus deve ser julgado. Ao invés de ser o acusador, Ele tornou-Se o Acusado
no banco dos réus . E Ele precisa de uma defesa.
A ideia de Deus estar em julgamento
não é tão rude quanto possa parecer. Não é nenhum segredo que a grande maioria
das pessoas que "habitam sobre a
terra" (*Apoc. 13:8) está zangada com Ele. É natural, porque eles têm
uma mente carnal que "é inimizade
contra Deus" (Rom. 8:7). Eles O culpam por seus problemas,
especialmente pelas injustiças terríveis que assolam o mundo em geral. Nossa
terminologia legal descreve terremotos assassinos, tornados, furacões,
inundações, maremotos, e outros desastres naturais como "atos de
Deus".
Pessoas alienadas são um problema para
Deus. Ele poderia agir como um ditador, e mata-los, mas Ele é justo e até
generoso para submeter-Se a suas acusações e para ser julgado por elas.
Qualquer outra solução para o problema seria imprudente, pois iria fomentar
ainda mais revolta.
Tem sido dito muitas vezes que Deus
ganhou seu caso no tribunal quando Cristo morreu na cruz há 2000 anos atrás. Em
certo sentido Ele fez isto. Mas a humanidade tem sofrido e pecado desde então.
Se Deus venceu completamente a guerra na cruz, por que a agonia tem continuado
sem cessar? Se Cristo tão somente viesse a segunda vez, Ele poderia acabar com
toda essa miséria. Até mesmo os santos, que não deveriam estar zangado com ele,
pode levantar sérias questões no tribunal: Por que o Senhor espera tanto tempo
para vir? Será que ele não sente pelos males do mundo? Por que Ele não faz
alguma coisa?
A única maneira que Deus pode se
defender contra a acusação de indiferença é para pleitear alguma circunstância
além de Seu controle, que tem adiado sua intervenção. Tal circunstância existe;
o problema é Ele provar isso no tribunal. A promotoria cósmica e o júri, os
habitantes do mundo e os seres não caídos do universo, sim, o próprio diabo e
seus asseclas devem analisar as provas e convencerem-se.
Paulo viu que Deus teria que ir ao
banco dos réus, e estava confiante de “que
sejas justificado em Tuas palavras, e venças quando fores julgado" (Rom.
3:4). Goodspeed1 diz: "E ganhar o Seu caso."
Se tudo o que é importante é o próprio
caso deles as pessoas podem seguir tranquilamente em frente, não se preocupando
com a sua aparição no tribunal, imperturbável, indiferente ao seu próprio
destino pessoal. Mas eles vão se sentar e ficar vigilantes quando Deus for a
julgamento. Eles vão perceber que eles são testemunhas em caráter em Seu
julgamento, o maior processo judicial de toda a história. Assim, uma motivação
totalmente nova irá transcender a preocupação até então suprema que eles
sentiram por sua própria segurança pessoal (a causa da mornidão). Eles
realmente acham que é possível estarem preocupados com Ele. Isso
seria um milagre!
A boa nova no "evangelho eterno" do primeiro anjo é, portanto, melhor
notícia do que nós pensávamos. Ela dá a cada crente em Cristo algo
todo-absorvente pelo qual viver — eles podem dar uma contribuição significativa
para a absolvição de Deus. Não precisamos entrar na sala de julgamento
encolhendo-nos em terror por causa da nossa própria insegurança, mas honrando-O
alegremente. Pois "teme-Lo" não é esconder-se com medo de um
confronto com Ele, mas o prazer da emoção de vibrar com excitante alegria pelo fato de que
o nosso testemunho individual dEle será evidência eficaz no tribunal. Só
isso pode "dar glória a Ele".
Como pode Deus ser vindicado? O
sacrifício de Cristo na cruz foi completo na medida em que garante a vitória
final. Mas esta vitória deve ainda ser realizada e demonstrada em Seu povo. Qual
é o problema?
Satanás e milhões de pessoas, pressionam
o ponto que o professo povo de Deus são pouco melhores do que aqueles que não
fazem nenhuma profissão de devoção à "terceira mensagem angélica."
Ele pode dizer que eles ainda estão mornos (isso é verdade, a sua mornidão é
pecado); eles são frequentemente mundanos e preocupados com o próprio bem estar;
a sua taxa de divórcio é quase tão alta quanto a do mundo; e eles não
demonstram qualquer significativamente maior motivação para amar do que os
adeptos religiosos de "Babilônia". Satanás acha que ele tem um
argumento.
Cada um de nós é, em um sentido
especial, uma testemunha no grande julgamento de Deus, rendendo ou glória ou
vergonha para Ele. Nenhum de nós pode fugir do holofote impiedoso da lente da
televisão cósmica. O grave problema que Deus enfrenta é que a contínua mornidão
de Laodicéia, 2.000 anos depois da cruz, diz ao mundo e ao universo que algo
não funciona. Legalmente ou, teoricamente, o Seu
plano de
salvação é OK, mas, na prática, ele falha.
O próprio pecado não está sendo vencido.
Suponha que nós nos enganemos em
pensar que está tudo bem. Em seguida, a acusação alternativa entra em foco: Por
é Cristo tão lento na segunda vinda? Se o povo de Deus está pronto, como eles sempre
vão estar, por que Ele não vem? Eles continuam a pecar e Cristo como Sumo
Sacerdote continua a "tomar a culpa" (*os pecados) por eles. Satanás
acusa que isto se tornou injusto, e centenas de milhões de muçulmanos protestam
que a doutrina cristã da substituição é antiética e até mesmo imoral.2 Mas Apocalipse 3:17 diz que Laodicéia parece
satisfeita com esta situação e, aparentemente, "não tem necessidade de
nada", enquanto Deus no banco dos réus deve corar de vergonha. Enquanto
isso, a miséria do mundo continua a piorar.
Na verdade, Jesus diz que a situação
com a sétima e última igreja é tão grave que torna O Seu estômago tão
indisposto que Ele Se sente como se fosse vomitar (é o que o versículo 16 diz, no
grego3) . Se pudéssemos ver o Seu rosto como realmente é,
nós não veríamos o sorriso congelado de aprovação sem sentido que os artistas retratam;
veríamos um rosto divino que registra a dor aguda de náusea. Como
podemos trazer cura para Ele?
A resposta não é um programa de obras
mais rígidos. Também não é um terrorismo espiritual orientado pelo medo —
endireitar-se ou então enfrentar as pragas. Ouvimos dizer isto também ao longo
de décadas. Nem mais isto vai ajudar a anestesiar a nossa fibra espiritual,
bloqueando a dolorosa convicção do Espírito Santo de que algo está
terrivelmente errado. Jeremias reprova os falsos pastores que dizem às pessoas
que "tudo está bem, tudo está bem,
quando nem tudo está bem" (Jer. 6:14, versão Moffatt) .
A Bíblia diz que a resposta é uma
mensagem especial de muito mais abundante graça, uma mensagem que tem o poder
embutido nela que livra da dependência do contínuo pecado, egocentrismo, e
mundanismo. Corretamente entendido, "o
evangelho de Cristo ... é o poder de Deus para a salvação" aqui e
agora, a salvação do pecado (Rom. 1:16). E a mensagem dos três anjos sobre "a hora do juízo de Deus" tem
esse poder inerente nela, pois é para a produção de um povo que realmente (e
não supostamente) "guardam os
mandamentos de Deus e a fé de Jesus" (Apocalipse 14:12). Eles "são irrepreensíveis diante do trono de
Deus" (vs. 5).
Ao fornecer uma motivação totalmente
centrada em Cristo, a mensagem do terceiro anjo, em verdade realiza o que nunca
foi realizado por qualquer geração de santos da história. "Todos estes, tendo tido bom testemunho pela fé, contudo não
alcançaram a promessa, provendo Deus alguma coisa melhor a nosso respeito, para
que eles sem nós não fossem aperfeiçoados" (Hebreus 11:39, 40). Uma
compreensão muito mais clara da mensagem deve vir quando "outro
anjo", um quarto, vem descendo “do
céu com grande poder (autoridade)", para que a terra possa ser "iluminada com a sua glória"
(Apoc. 18:1)
Só então pode "outra voz do céu" falar com autoridade que convence
corações das milhões de almas honestas em "Babilônia,"
"Sai dela, povo Meu" (Apocalipse 18:4). Eles vão responder, em
números muito além de nossa atual compreensão. Uma vez que o grande processo
judicial seja resolvido e Deus tenha claramente ganho Seu caso judicial, a
comissão evangélica será rapidamente concluída.
Quando será que essa mensagem vem? A
pergunta correta não é no tempo futuro, mas passado. Não quando é que virá, mas
quando ela veio? De acordo com Ellen White, o seu "princípio" veio na
mensagem da justiça de Cristo em 1888.4 Só Deus,
nem os anjos, sabe quando Cristo virá. Considere então como, ao longo de um
século atrás, eles esperavam a vitória final na crise no governo de Deus, e
como eles estavam desapontados que o Seu povo na terra "em grande
medida" rejeitou a "mui preciosa mensagem"5.
Indizível sofrimento tem sido o resultado para bilhões de pessoas. E nenhuma
mente humana pode imaginar o sofrimento que tem advindo ao coração de Deus.
Uma profunda introspecção foi
reconhecida por Ellen White durante a época de 1888: "Alguma coisa grande
e decisiva está para acontecer, e isso prontamente. Se houver qualquer atraso,
o caráter de Deus e de Seu trono será comprometido." (Um apelo às
Comissões dos nossos Ministros e de Associação (1892) [An Appeal to Our
Ministers and Conference Committees (1892)]. Houve um atraso de um século: a
crise não poderia ser mais séria.
Podemos nos contentar em ser
indiferentes? É adequado continuarmos sendo criancinhas na compreensão e
experiência, dispostos por mais décadas para oprimir através do século 21,
enquanto estas grandes questões permanecem sem solução?
Qual é a mensagem de 1888? Como é que
difere do que nós pensamos que já entendemos ("rico sou"?) do evangelho? É a mesma mensagem de
"justificação pela fé", proclamada por populares evangélicos guardadores
do domingo? Ou é, de algum modo, unicamente adventista? Será que ela tem poder
para livrar do egocentrismo e mornidão? Como é que ela pode prender a atenção
do mundo para que o mundo possa ser iluminado com a sua glória ?
"Vinda
é a hora."
Milhares de fiéis adventistas do sétimo dia em todo o mundo estão descobrindo o
poder da graça muito mais abundante inerente nessa mensagem.
- Robert J. Wieland
O
irmão Roberto J. Wieland foi um pastor adventista, a vida inteira, missionário
na África, em Nairobe e Kenia. É autor de inúmeros livros. Foi consultor
editorial adventista do Sétimo Dia para a África. Ele deu sua vida por Cristo
na África. Desde que foi jubilado, até sua morte, em julho de 2011, aos 95
anos, viveu na Califórnia, EUA, onde ainda era atuante na sua igreja local. Ele
é autor de dezenas de livros. Em 1950 ele e o pastor Donald K. Short, também
missionário na África, em uma das férias deles nos Estados Unidos, fizeram dois
pedidos à Conferência Geral: 1º) que fossem publicadas todas as matérias de
Ellen G. White sobre 1888, e 2º) que fosse publicada uma antologia dos escritos
de Waggoner e Jones. Eles e sua mensagem receberam mais de 200 recomendações de
Ellen G. White. 38 anos depois, em 1988, a Conferência Geral atendeu o primeiro
pedido, o que resultou na publicação de 4 volumes com um total de 1821 páginas
tamanho A4, com o título Materiais de Ellen G. White sobre 1888. Quanto ao
segundo pedido até hoje não foi o mesmo ainda atendido.
Notas do tradutor:
1)
A
elogiadíssima Bíblia em apreço é a An American Translation, a versão
bíblica de Edgard Johnson Goodspeed, um conhecido erudito
americano especializado em língua grega, Ph.D pela Universidade de
Chicago.
2)
Os
mulçumanos entendem que não é
ético e moral um juiz aplicar a pena de um criminoso sobre um indivíduo
inocente.
Nem mesmo
a Bíblia apoia isto (Leia o capítulo 18 do livro de Ezequiel).
Então, como
devemos ensinar que Cristo morreu por nós?
Por
identificar-Se corporativamente, em cada sentido, com a nossa humanidade caída,
Cristo Se qualificou para ser o segundo Adão; Ele foi assim legalmente
qualificado para ser nosso substituto em Sua missão salvadora.
Em
verdade a palavra “Adão’, em hebraico, caldeu, siríaco, etíope e árabe,
significa, primeiramente, o nome da espécie humana, principalmente na Bíblia.
(Dicionário Webster, 2ª edição, “The Publishers Guild, inc”, Nova Iorque,
1957).
De
acordo com esta visão, Cristo não simplesmente viveu uma vida perfeita em nosso lugar, Ele não simplesmente
morreu em vez de nós. Ao contrário,
Sua obra e Seu falecimento, Sua perfeita vida e morte sacrifical, em verdade
mudou a história da raça humana. Toda a humanidade foi legalmente justificada
na cruz porque toda a humanidade estava em
Cristo. Quando Ele viveu uma vida perfeita, toda a humanidade viveu uma
vida perfeita nEle. Quando Ele
morreu, toda a humanidade morreu nEle.
Este
é um completo entendimento da profunda verdade da expiação.
Esta é a
ideia de substituição, que erradica nosso egoísmo. Quando vemos o verdadeiro
Cristo, então somos movidos a compartilhar a Sua experiência de vida
crucificada. O sacrifício expiatório de Cristo é uma substituição
compartilhada.
"O castigo que nos traz a
paz estava sobre Ele, ... mas o Senhor fez cair sobre Ele a iniquidade de nós
todos" (Isaías
53:5, 6). Pedro diz que Sua identidade com os nossos pecados era profunda, não
superficial, pois "levando Ele mesmo
em Seu corpo os nossos pecados" (1ª Pedro 2:24).
Temos
assim identidade "com Cristo," como "Emanuel, Deus conosco",
"Se alguém quer vir após
Mim, ... tome a sua cruz e siga-Me .... Quem perder a sua vida por Minha causa
a encontrará" (Mat.
16:24, 25) .
Paulo
compreendeu essa ideia de substituição compartilhada: "Estou crucificado com Cristo" (Gál. 2:20). "[Nós] fomos batizados em Jesus Cristo, ...
batizados na sua morte, ... sepultados com Ele pelo batismo na morte; ... fomos
plantados juntamente [com Ele] na
semelhança da Sua morte, ... o nosso homem velho [o amor de si mesmo] foi com Ele crucificado, ... morremos com
Cristo." Se tudo isso for verdade, então "nós também viveremos com Ele" (Rom. 6:3-8).
Esta
ideia é bem diferente do que definir o evangelho como simplesmente uma salvação
provisional, como o fazem aqueles que ensinam a visão vicária da substituição.
Cristo
não morreu de tal modo que nós, em troca possamos viver; mas Ele morreu e
ressuscitou sendo nós a fim de que nós possamos, pela fé, participar em Sua
morte e ressurreição. Ao assumir nossa corpórea humanidade pecaminosa e
condenada, que necessitava ser redimida, Cristo foi feito pecado, o que nós
somos, a fim de que nós possamos ser feitos justiça de Deus nEle (veja 2ª Cor.
5:21). Como o segundo Adão (humanidade) Cristo tomou nosso lugar e morreu nossa
morte a fim de que nós possamos ser identificados com Ele, tanto na Sua morte
como na Sua ressurreição. Isto é o que o nosso batismo significa (veja Romanos
6:3-11).
Aqui
é onde a substituição vicária e a real substituição divergem. A primeira ensina
uma troca de experiência; enquanto a última ensina uma experiência compartilhada.
Somente quando nós, pela fé, nos identificarmos com a cruz de Cristo o
evangelho se torna o poder de Deus para a salvação em nossas vidas (veja Gálatas
2:20 e 6:14). Este é o verdadeiro significado do batismo por imersão, que salva
(veja Marcos 16:15 e 16).
Mas
esta real substituição não significa que toda a humanidade está automaticamente
salva experimentalmente. Esta é a heresia do universalismo. A maioria resiste o
compartilhamento de Cristo em suas vidas.
Esta justificação legal é o supremo presente a toda a raça humana (veja
João 3:16). ... Este supremo dom deve ser recebido pela fé, permitindo que o
Espírito Santo opere em nós o querer e o efetuar (Fil. 2;13), isto é, sem
oferecer resistência à Sua operação em nós. Receba o dom da vida, a abundância da
graça, e o dom da justiça por meio de Cristo (Rom. 5:17). Justificação pela fé
torna efetiva na vida do crente a justificação legal alcançada por toda a
humanidade por Sua real substituição.
Por
incrível que pareça esta não é a mensagem que muitos transmitem. Eles a chamam
de doutrina da substituição vicária.
É
interessante que a palavra “vicário” não aparece em nenhum lugar na Bíblia, e Ellen White a usou em seus livros somente uma
vez, e com outro enfoque.
Se você
quer uma experiência vicária como piloto de um avião supersônico você pode
comprar um programa de simulador de voo com o qual você terá uma experiência virtual,
sentindo, como que, até mesmo as vibrações da aeronave ao treinar e aprender
como decolar, voar e aterrissar em 20.000 aeroportos em todo o mundo. É uma experiência virtual, mas não é real. Se você quiser uma experiência
real peça a um piloto experiente para voar com você, e você vai compartilhar
com ele (piloto e copiloto) juntos.
A
ideia evangélica popular da “substituição” sob certo sentido está a ensinar que
Cristo obedeceu “em vez de” nós de modo que nós não necessitamos obedecer; Ele
morreu “por nós” de tal modo que nós não necessitamos morrer para o pecado; Ele
negou o eu “em nosso lugar”, e assim podemos ser egoisticamente indulgentes;
Ele guardou os mandamentos “por nós”, e assim podemos transgredi-los; Ele guardou o Sábado “em nosso lugar” de modo
que podemos “encontrar nosso próprio prazer” sete dias por semana;
Assim,
nessa linha de raciocínio, podemos dizer que Ele foi para o céu “por nós” de
tal modo que nós nunca chegaremos lá.
Como
vemos a ideia popular da doutrina de substituição de Cristo é um entendimento
infantil, especialmente em vista de nossa verdade do s
antuário.
Vivemos no grande dia cósmico da Expiação, é hora de mudarmos este conceito.
A Bíblia não ensina uma substituição
vicária, mas uma substituição partilhada.
Há uma grande diferença! A primeira é a ideia evangélica, e a última é a ideia
da mensagem de 1888.
O
errôneo entendimento da doutrina da substituição tem impedido o evangelho de
penetrar nas mentes islâmicas dos países orientais. Para a mente deles, e também
para a nossa, é inconcebível uma pessoa inocente pagar pelos erros e crimes, de
outra pessoa. Como dissemos nenhum juiz da terra admitiria isto, nem mesmo
entre nós ocidentais. Mas se você apresentar a eles um Cristo que assumiu a
“humanidade,” e morreu como representante da raça humana, então atingirá o
coração deles.
3)
Muitos
dizem que, por isto, a igreja adventista é uma igreja vomitada. Têm como base a
KJV e a Almeida, que dizem: “vomitar-te-ei
da Minha boca” (Apoc. 3:16). Entretanto, no grego, a palavra alí usada
significa: “estou a ponto de,” o que, logicamente, subentende que tal não
ocorreria. Em Testemunhos para a Igreja,
vol. 6, pág. 408 lemos: “A figura de vomitar de Sua boca significa que Ele não
pode oferecer suas orações ou expressões de amor a Deus. Não pode aprovar de
modo algum sua forma de ensinar a Palavra de Deus ou o seu trabalho espiritual.
Não pode apresentar seus serviços religiosos com o pedido de que a graça lhes
seja concedida.”
E no vol. 5, pág. 76,
77 e 81: “... presentemente estamos sob a tolerância divina; porém, ninguém
sabe até quando. ... muitos de nosso povo são mornos, ... nem frio nem quentes.
Ouvem as palavras de Cristo, mas não as põem em prática. Se permanecerem nesse
estado, Ele os rejeitará com aversão. ... Nesse tempo, o ouro será separado da
escória da igreja.”
E na Review and Herald
de 28 de agosto de 1903: “Mas o conselho da Testemunha Verdadeira não
representa àqueles que são mornos como se estivessem sem esperança. Ainda há a
chance de remediar seu estado, e a mensagem a Laodicéia está cheia de
encorajamento; pois a igreja apostata ainda pode comprar o ouro da fé e amor;
ainda pode ter veste branca da justiça de Cristo, e a vergonha da sua nudez não
apareça...”
No Manuscrito 139, de 1903: ”Há esperança
para as nossas igrejas, se elas atentarem para a mensagem dada aos laodiceanos.”
4)
Ellen
White, na revista Review and
Herald de 22 de novembro de 1892, num artigo intitulado Os Perigos e Privilégios dos Últimos
Dias [The Perils and Privileges of the Last Days], escrito quatro
anos após a conferência de Minneapolis, ela escreve: “O tempo de prova está bem
diante de nós, pois o alto clamor do terceiro anjo já começou na revelação da
justiça de Cristo, o Redentor que perdoa os pecados. Este é o início da luz
daquele anjo cuja glória há de encher toda a Terra.” Grifamos.
Em Materiais de Ellen G. White sobre 1888,
vol 3, pág. 959 ela diz: “a mensagem do terceiro anjo está crescendo em
intensidade até se tornar num alto clamor…”
5) Isto está em Mensagens
Escolhidas, vol. 1: “A indisposição de ceder a opiniões preconcebidas, e de
aceitar esta verdade, estava à base de grande parte da oposição manifestada em
Mineápolis contra a mensagem do Senhor através dos irmãos [E. J.] Waggoner e
[A. T.] Jones. Promovendo aquela oposição, Satanás teve êxito
em afastar do povo, em grande medida, o poder especial do Espírito Santo que Deus anelava
comunicar-lhes. O inimigo impediu-os de obter a eficiência que poderiam ter
tido em levar a verdade ao mundo, como os apóstolos a proclamaram depois do dia
de Pentecoste. Sofreu resistência a luz que deve iluminar toda a Terra com a
sua glória, e pela ação de nossos próprios irmãos tem sido, em grande medida,
conservada afastada do mundo.” (Mensagens
Escolhidas, vol. 1, págs. 234 e 235).
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