domingo, 1 de dezembro de 2013

O CORRETO ENTENDIMENTO DO “DIÁRIO” (há tamid), por Rick Lee



O CORRETO ENTENDIMENTO DO “DIÁRIO” (há tamid)
E AS PROFECIAS DE TEMPO DE DANIEL 12 Que  SE  BASEIAM  NISSO

            Vamos analisar todas as referências no Livro de Daniel onde a expressão “contínuo” é encontrada.

Daniel 8:11-13: “E se engrandeceu até contra o príncipe do exército; e por ele foi tirado o sacrifício contínuo, e o lugar do seu santuário foi lançado por terra. E um exército foi dado contra o sacrifício contínuo, por causa da transgressão; e lançou a verdade por terra, e o fez, e prosperou.

Depois ouvi um santo que falava; e disse outro santo àquele que falava: Até quando durará a visão do sacrifício contínuo, e da transgressão assoladora, para que sejam entregues
o santuário e o exército, a fim de serem pisados?”

Daniel 11:31: “E braços serão colocados sobre ele, que profanarão o santuário e a fortaleza, e tirarão o sacrifício contínuo, estabelecendo abominação desoladora.

Daniel 12:11 e 12: “E desde o tempo em que o sacrifício contínuo for tirado, e posta a abominação desoladora, haverá mil duzentos e noventa dias.  Bem-aventurado o que espera e chega até mil trezentos e trinta e cinco dias”.
Obs.: Em todas estas passagens a palavra “sacrifício” foi acrescentada pelos tradutores, e não se acha no texto hebraico. A palavra “contínuo” é traduzida do termo hebraico “TAMIYD”—Ver Strong’s Concordance; Hebrew, no. 8548.

Na The New Englishman’s Hebrew Concordance (A Nova Concordância Hebráica de Englishman) o irmão Rick Lee, autor desta pesquisa, encontrou 94 ocorrências do termo hebraico “TAMIYD” nas Escrituras do Velho Testamento, e agora tem sido traduzida na Versão King James. E um detido exame de toda a lista desta Concordance acima revela que “TAMIYD” em si própria não indica um “holocausto ou sacrifício contínuo”, “diário”. Tem o sentido de “contínuo” ou “diário” ou sacrifícios queimados que eram oferecidos no Templo de Jerusalém e que foram removidos por uns poucos anos pelo rei sírio Antíoco Epifânio; e assim basearam sua tradução de “TAMIYD” no Livro de Daniel sobre este pressuposto. Daí, acrescentaram a palavra “sacrifício nas passagens do Livro de Daniel. (ATENÇÃO: todas as modernas versões da Bíblia, inclusive as em português, incorreram no mesmo pressuposto e erro em suas traduções destas passagens).

Para reflexão: - Quando Daniel se refere aos sacrifícios diários ou contínuos no templo, ele NÃO emprega a palavra “TAMIYD” em absoluto. Ele utiliza duas palavras hebraicas completamente diferentes como se estabelece pelo verso seguinte:

Daniel 9:27: “E ele firmará aliança com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício (zebach – Strong’s, Hebrew Nº. 2077) e a oblação (“minchah” – Strong’s Hebrew nº. 4503); e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador”.

Para reflexão: -  Daniel 11:31: “E braços serão colocados sobre ele, que profanarão o santuário e a fortaleza, e tirarão o sacrifício contínuo, estabelecendo abominação desoladora”.
Obs.: Como podem as expressões “braços” e “santuário e a fortaleza” fazer qualquer referência ao Santuário Celestial, e ao Sumo Sacerdócio Celestial de Nosso Senhor Jesus Cristo, como é ensinado no “novo entendimento” do “contínuo”?

Para reflexão: -  Daniel 12:11: “E desde o tempo em que o sacrifício contínuo for tirado, e posta a abominação desoladora, haverá mil duzentos e noventa dias”.
Obs.: A profecia de tempo dos 1.290 dias oferece um tempo específico quando o “contínuo” devia ser eliminado e ajuda a identificar o que é o “contínuo”. O “novo entendimento” (que é o ponto de vista incorreto) do “contínuo” tropeça aqui, pois não pode explicar esta profecia de tempo em nenhuma forma, e assim abre a porta para os re-aplicadores das profecias de tempo de Daniel 12 ensinar que esse período de tempo tem aplicação para dias literais e não dias/anos proféticos, como ensinados pelos mileritas.

O SANTUÁRIO DE DANIEL 8:11:

            Deve ser notado que a palavra “santuário” nas Escrituras se aplica realmente em diferentes oportunidades a santuários pagãos, como é o caso em Daniel 8:11 e 11:31. Esse era o ensino dos pioneiros do Advento.

Sermões sobre a Vinda do Reino de Nosso Senhor Jesus Cristo, pelo pastor Tiago White (1870), págs. 136 e 137: “O rei de Tiro tinha santuários. Eze. 28:18. Havia santuários pagãos. Daniel 8:11; 11:31. O “santuário do rei”, Amós 7:13, era um santuário rival. Ver vs. 9, onde os santuários, plural, de Israel são referidos.

            Abaixo reproduziremos os textos bíblicos citados acima pelo Pastor Tiago White em que os aplica a santuários pagãos:

Isaías 16:12: “E será que, quando virem Moabe cansado nos altos, então entrará no seu santuário a orar, porém não prevalecerá”. Obs.: “Moabe tinha o “seu santuário

Ezequiel 28:18: “Pela multidão das tuas iniquidades, pela injustiça do teu comércio profanaste os teus santuários; eu, pois, fiz sair do meio de ti um fogo, que te consumiu e te tornei em cinza sobre a terra, aos olhos de todos os que te vêem”.
Obs.: Esta passagem está se referindo ao rei de Tiro – ver vs. 12.

Daniel 8:11: “E se engrandeceu até contra o príncipe do exército; e por ele foi tirado o sacrifício contínuo, e o lugar do seu santuário foi lançado por terra”.

Daniel 11:13: “E braços serão colocados sobre ele, que profanarão o santuário e a fortaleza, e tirarão o sacrifício contínuo, estabelecendo abominação desoladora”.

Amós 7:9 e 13: “Mas os altos de Isaque serão assolados, e destruídos os santuários de Israel; e levantar-me-ei com a espada contra a casa de Jeroboão”. . .  “Mas em Betel daqui por diante não profetizes mais, porque é o santuário do rei e casa real”. Obs.: Esta passagem está se referindo aos “SANTUÁRIOS” do apóstata rei de Israel.

O entendimento milerita do santuário de Daniel 8:11 nos é definido no material seguinte da pena do Pastor Tiago White, escrito após 1844, e que Tiago White ainda cria ser a verdade.

R. & H. 31 de março de 1853 – Pastor Tiago White: “Citaremos aqui do Second Advent Manual [Manual do Segundo Advento] de 1843, por Apollos Hale. – Esta era uma obra padrão, e oferece o entendimento então mantido pela corporação do Advento”.
  
“A palavra ‘santuário’ é empregada pelos autores inspirados com os seguintes significados: 1º). É o nome de uma parte particular do templo. Heb. 9: 2. 2º). Os diferentes compartimentos do templo. Jer. 2: 51.  3º). O próprio templo. 1 Crô. 22: 10.  4º). Lugares de culto em geral, verdadeiro ou falso. Amós 7: 9; Eze. 28: 18; Dan. 8: 11. . . .  7º). O tabernáculo de Deus no estado celestial. Eze. 37: 26, 28. . . . Concordamos com os primeiros quatro, e o sétimo e último significado dados acima à palavra ‘santuário’. . .” Os textos são claros e concedem testemunho positivo; . . .”

DANIEL 8:12 – “O CONTÍNUO, ou DIÁRIO  EM TRANSGRESSÃO”:
                       
            Em Daniel 8:12 omitiremos a palavra acrescentada “sacrifício” e traduziremos “TAMIYD” como “contínuo”. Neste verso a frase que aparece em nossas Bíblias King James, e Almeida Fiel “o sacrifício contínuo, por causa da transgressão” foi muito mal traduzida. Esta frase é traduzida de quatro palavras hebraicas.

            A transliteração dessas quatro palavras hebraicas é: “ha tamiyd be pesha”.

·           “HA” – é o artigo definido “o”;
·           “TAMIYD” – significa “continuo”;
·           “BE” – é uma preposição significando “em”;
·           “PESHA” – significa “transgressão” – Ver Strong’s Concordance; Hebrew nº. 6588.

Portanto, a frase corretamente reza – “o contínuo em transgressão”, assim descrevendo algo que é mau – algo que está continuamente em transgressão contra Deus, e daí, “o contínuo” não pode estar se referindo aos “holocaustos e ofertas diárias” associados com o Santuário ou o Templo de Jerusalém, como a maioria dos tradutores e comentaristas têm presumido. E não pode estar se referindo ao Sumo Sacerdócio de Jesus em absoluto.

            O que vem a ser “o contínuo em transgressão”? Paganismo – um sistema e poder religioso que tem por toda a história bíblica se oposto a Deus, a sua verdade e tem oprimido o seu povo.

Sermões sobre a Vinda do Reino de Nosso Senhor Jesus Cristo, pelo pastor Tiago White (1870), págs. 116 e 117: “AS DUAS DESOLAÇÕES”.
            “3. O sacrifício diário e a transgressão desoladora representa Roma em suas formas pagã e papal. Deixando de lado as palavras acrescentadas o texto rezaria, “O contínuo, e a transgressão desoladora”. Esses são dois poderes desoladores; primeiro o paganismo, depois o papado. Desses, Paulo em 2ª. Tes. 2:3-8 declara: “Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição, O qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus. Não vos lembrais de que estas coisas vos dizia quando ainda estava convosco? E agora vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado. Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que agora o retém até que do meio seja tirado; e então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda”. O que retinha a manifestação do Papado nos dias de Paulo era o paganismo. Esses são os dois poderes que têm desolado o povo de Deus, do qual o anjo fala na visão de Dan. 8”.

IBIDEM., Pág. 122:- “SEREM  PISADOS”. “6. O santuário e exército pisados. Os agentes pelos quais o santuário e exército são pisados são o contínuo, ou desolação contínua, e a transgressão, ou abominação desoladora. Dan. 8:13; 11:31; 12:11. Essas duas desolações, como já temos visto, são o paganismo e o papado”.

O verso seguinte do apóstolo João tem que ver com a transição do paganismo à manifestação do papado.
Apocalipse 13:2: “E a besta que vi era semelhante ao leopardo, e os seus pés como os de urso, e a sua boca como a de leão; e o dragão deu-lhe o seu poder, e o seu trono, e grande poderio”.


            A mensageira inspirada do Senhor comentou sobre o texto acima de Apocalipse, que tem relação direta com o “contínuo” do Livro de Daniel.
Spirit of Prophecy, Vol. 4, pág. 57: “No sexto século o papado havia se tornado firmemente estabelecido. Sua sede de poder foi estabelecida na cidade imperial, e o bispo de Roma foi declarado o cabeça sobre toda a igreja. O paganismo havia dado lugar ao papado. O dragão havia dado à bestao seu poder, e o seu trono, e grande poderio”. [Apoc. 13:2] {4SP 57.2}


DANIEL 8:13 E 14 – “O CONTINUO,” ou “DIÁRIO” e os 2.300 DIAS:

            Em Daniel 8:13 e 14 temos uma pergunta levantada no vs. 13, e uma resposta é dada a essa pergunta no vs. 14. Podemos sumariar esses dois versos como segue, lembrando de deixar fora a palavra acrescentada “sacrifício” no vs. 13 e 14:

“Até quando durará a visão do contínuo, e da transgressão assoladora, para que sejam entregues o santuário e o exército (ou seja, o povo de Deus), a fim de serem pisados? E ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado”.
Obs.: O que lemos no vs. 13 sobre o “contínuo” e “transgressão assoladora” são dois poderes perseguidores e assoladores, contra o santuário de Deus e o Seu povo, retratados a Daniel em visão.
1.   “O Contínuo em Transgressão”, representando o paganismo; e
2.   “A Transgressão Assoladora”, representando a forma papal da “ponta pequena”.

“Views of the Prophecies and Prophetic Chronology, Selected from Manuscripts of William Miller with a Memoir of his life” (Exame das profecias e Cronologia Profética dos manuscritos de Guilherme Miller, com uma biografia de sua vida). Escrito por Joshua V. Himes, pág. 53: “Novamente, os 2.300 dias. Esta é uma resposta dada à pergunta “até quando durará a visão”, do carneiro, do bode e da ponta pequena? Resposta, até 2.300 dias. Quem não pode por um rápido exame que esses três reinos não podiam dominar um ao outro, controlar o mundo inteiro, cada um separadamente por um tempo, e fazer isso em seis anos e quatro meses? Assim, os infiéis rejeitam a sua Bíblia, e os escribas e fariseus mundanos tentam contornar por sua própria sabedoria o que Deus tornou claro em Sua palavra. “Ouvindo, ouvireis, mas não compreendereis, e, vendo, vereis, mas não percebereis”. Mas aplique-se nossa regra, “anos por dias” e tudo se torna simples, claro e inteligível”.

Números 14:34: “Segundo o número dos dias em que espiastes esta terra, quarenta dias, cada dia representando um ano, levareis sobre vós as vossas iniquidades quarenta anos, e conhecereis o meu afastamento”.

Ezequiel 4:6: “E, quando tiveres cumprido estes dias, tornar-te-ás a deitar sobre o teu lado direito, e levarás a iniquidade da casa de Judá quarenta dias; um dia te dei para cada ano”.

            O que adicionalmente fortalece este ponto é o fato de que o anjo Gabriel afirmou de modo claro no vs. 17, “esta visão acontecerá no fim do tempo”; e no vs. 26, E a visão da tarde e da manhã que foi falada, é verdadeira. Tu, porém, cerra a visão, porque se refere a dias muito distantes”.

            Esses fatos bíblicos se encaixam com 1844 como sendo o verdadeiro final da profecia dos 2300 dias.


“O TESTEMUNHO DE JESUS” e “O CONTÍNUO,” ou “DIÁRIO”:

The Present Truth, novembro de 1850, pág. 87: “Então vi com relação ao ‘continuo’, que a palavra ‘sacrifício’ foi acrescentada pela sabedoria do homem, e não pertence ao texto; e que o Senhor deu o entendimento correto disso àqueles que proclamavam o alto clamor da hora do juízo. Quando existia união, antes de 1844, quase todos estavam unidos quanto ao entendimento correto do ‘Contínuo’; mas desde 1844, na confusão, outros pontos de vista foram acatados, e as trevas e escuridão se seguiram.
            “O Senhor me revelou que tempo não havia sido um teste desde 1844, e que o tempo nunca será novamente um teste”.
Obs.: A Sra. White viu em visão, com respeito ao “contínuo” que o Senhor concedeu o correto entendimento disso aos mileritas que proclamavam a mensagem do 1º. anjo antes de 1844. Ademais, ela indica que quase todos os crentes estavam então unidos quanto ao entendimento correto do “contínuo” antes de 1844.
QUAL ERA O ENTENDIMENTO DA MAIORIA (e, ASSIM, O CORRETO, SEGUNDO A INSPIRAÇÃO) DO “CONTÍNUO,” OU “DIÀRIO,” COMO ENSINADO PELOS ADVENTISTAS ANTES DE 1844:

            Permitamos que os mileritas falem por eles próprios. Alistaremos trechos de publicações mileritas durante o tempo do Movimento do Advento de 1840-44 que lançará luz sobre este tema e sobre as profecias de tempo com respeito ao “contínuo” como encontrado em Daniel 12: 11 e 12.



THE MIDNIGHT CRY, 4 DE OUTUBRO DE 1843, POR J. V. HIMES – ARTIGO INTITULADO
“O DIÁRIO”:-

“Reafirmamos que o ‘diário’ refere-se à abominação pagã. A palavra original traduzida como ‘diário’ traduzida como continuo. ... Em Daniel 11:31 no original hebraico diz; ‘Tirarão o contínuo, estabelecendo abominação desoladora.” ... Vamos aplicar o princípio: ‘Eles tirarão o diário (abominação) e colocarão a abominação que o torna desolado.’ Do mesmo modo, naturalmente lemos Daniel 12:11 que se refere ao verso que acabamos de ler, ‘E desde o tempo em que o diário (abominação) for tirado, e posta a abominação desoladora, haverá mil duzentos e noventa dias.’  ... O irmão Guilherme Miller estudou a Bíblia por mais de vinte anos comparando texto com texto, e ganhou grande luz que as diferentes partes das escrituras lançam nas outras. Ele ainda estava em pesquisa do significado do ‘diário’ nos textos acima, ...  quando leu 2ª Tess. 2: 7 e 8, ‘Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que agora resiste, até que do meio seja tirado, e então será revelado o iníquo.’ Guilherme Miller exclamou: ‘Oh, quão clara e gloriosa a verdade apareceu! Aqui está ele, este é o diário! Quando Paulo diz ‘um que agora resiste!’ Pelo ‘homem do pecado’ (vs.3), ‘o iníquo’ (vs. 8)! A referência é, indubitavelmente, ao papado. Bem, o que é que impede o papado de ser revelado! Ora, é o paganismo; bem, então ‘o diário’ deve significar paganismo.’ ... Quando Paulo escreve a carta aos tessalonicenses para explicar os pontos conectados com o mesmo assunto, mais amplamente, ele parece estar sob uma inibição, o que não é muito usual para ele. Veja os versos 5 e 6, ‘vocês se lembram destas coisas que eu vos dizia quando ainda estava convosco, e agora vós sabeis o que o detém, a fim de que ele seja revelado em seu tempo próprio’ (Tradução de Macknight). É natural supor que o assunto que ele pensa ser agora próprio escrever estava conectado com o governo imperial, Se ele tivesse pessoalmente dito a eles em palavras claras que o império romano seria despedaçado, ele poderia ter excitado os governantes gentílicos contra os cristão, ... era necessário somente aludir a ele fazendo-os relembrar. ... “

Refutação da ‘Resposta de Dowling a Miller’, sobre a Segunda Vinda de Cristo em 1843” por Josias Litch (1842), págs. 81-83 e 87: “Qual foi o evento, então, em que os 1.290 e 1.335 dias deviam começar? A resposta é dada em Daniel 12:11, “E desde o tempo em que o sacrifício contínuo for tirado, e posta a abominação desoladora, haverá mil duzentos e noventa dias”.

            “Mas o que é o contínuo que devia ser tirado, e a abominação desoladora? O termo sacrifício (sacrifício contínuo) não consta do original em qualquer dos casos onde a frase ocorre em Daniel, mas é meramente acrescentado. Ocorre primeiro no oitavo capítulo de Daniel, e é introduzido como um dos poderes desoladores que devia pisotear o santuário e o exército por 2.300 dias. Vários governos têm oprimido a igreja, mas o espírito de paganismo ou papado os tem animado em sua obra, e assim continuará a fazer até o fim, ou a vinda de Cristo. O contínuo, ou o espírito do paganismo, começou a guerra nos dias de Nabucodonosor, e prosseguiu sob os medos e persas, gregos, e romanos imperiais. Daí seguiu-se o poder papal, que fez guerra contra os santos, e os venceu. Esta é abominação desoladora. . . . mas quando a igreja papal perseguiu quem quer que fosse, senão os heréticos e anti-ortodoxos? Os que se lhe opuseram aos dogmas caíram sob os seus anátemas. Tomando esta data, portanto, ou seja, 508, os 1.290 dias, ou anos, alcançam 1.798, quando o domínio papal foi tirado; e 1.335 dias, ou anos, desde o mesmo ponto se estende a 1.843, quando Daniel despertará para permanecer em sua herança, no fim dos dias”.

“Evidência da 2ª Vinda de Cristo, Por volta do ano de 1843 – (Edição de 1842) by William Miller, Suplemento, Exposição do gráfico de Guilherme Miller da Cronologia do mundo, e dos Períodos Proféticos, págs. 3: - “12. O fim de Roma Pagã. Os dez reis converteram-se à fé cristã e se tornaram de “um só pensamento”. Aqui o sacrifício contínuo, ou Roma Pagã, foi tirada. – os 1290 dias de Daniel, os 1335 dias, começam ambos nesse período. Os 1335 dias nos conduzem ao tempo em que Daniel ‘se levantará’ na sua ‘herança’ na primeira ressurreição”. Dan. xii.11-13”.
Obs.: - A data 508 A.D. é dada para este verbete.

O GRÁFICO DA DATA PROFÉTICA DE 1843 e “O DIÁRIO”:

Na revista Present Truth, de novembro de 1850, Nº 11, pág. 87 Ellen White diz: O Senhor me mostrou que o gráfico de 1.843 era dirigido por Sua mão, e que nenhuma parte dele devia ser alterada; que as datas eram como Ele queria que fossem. Que Sua mão estava sobre ele e ocultou um erro em algumas das datas, de modo a que ninguém o notasse até que Sua mão fosse removida”.

            Abaixo colamos uma a xerox do original das porções relevantes do Gráfico Profético, que se relacionam com “o contínuo” ou “o diário” e os seus períodos proféticos de Daniel 12: 11 e 12.




Dados do Gráfico original, em Inglês
O Blog não aceitou adicionar O GRÁFICO que escaneamos
Se você o desejar o enviaremos. 
Escreva-nos para o e-mail:   agapeed2001@yahoo.com.br 
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TRADUÇÃO DOS DADOS DO GRÁFICO
1.335 Daniel 12:11
1.290  Daniel 12:12
          45  Tempo do fim                 
      508 - “foi tirado o sacrifício diário
                                                 Daniel 8: 11 e 12



Os 1290 anos, Dan. 12:11, começando em 508, no tirar do diário, terminam em 1798, do qual período 45 anos completam os 1335 anos, quando Daniel deveria se levantar em sua herança no fim dos dias.
Os 1335 anos, Dan. 12:12, do tirar do diário somados a 508, e os 45 do fim dos 1290, terminam juntas em 1843.

1.798 - O papa levado cativo
     45
1.843
      508 O tirar do Diário, Daniel 12:11
   1.335  Daniel 12:12
   1.843


Daniel 12: 13 – Daniel, “tu, porém, te levantarás na tua herança no fim dos dias.”

No que concerne ao Movimento do Advento de 1840-44, à mensageira do Senhor foi mostrado em visão que estavam corretos nos cálculos dos períodos proféticos — plural.

Em O Grande Conflito, edição de 1958, pág. 148 Ellen White diz: Vi que estavam corretos em seus cálculos dos tempos proféticos. O tempo profético encerrou-se em 1844. O seu erro consistiu em não entender o que era o Santuário, e a natureza de sua purificação”. {Spirtual Guifts, vol 1, pág. 148.1}
Obs.: Isso incluiria todos os períodos proféticos que findavam em 1843/4; ou seja, os 7 tempos de Levítico 26, os 2.300 dias de Daniel 8:14, e os 1.335 dias de Daniel 12:12. (*E os 1290 dias de Daniel 12:11).

AS PROFECIAS DE TEMPO DE DANIEL 12 JÁ SE CUMPRIRAM:

No livro “The Second Coming of Christ: or A Brief Exposition of Matthew Twenty-Four”, [A Segunda Vinda de Cristo: ou Uma Breve Exposição de Mateus Vinte e Quatro] o Pastor Tiago White (1876), pág. 43 diz: “O dia e hora da segunda vinda de Cristo não são reveladas nas Escrituras. Nem é assinalado o ano em que este glorioso evento deve ter lugar. Nenhum dos períodos proféticos alcança a segunda vinda de Cristo. O santuário devia ser purificado ao final dos 2.300 dias, e Daniel devia despertar em sua herança ao final dos 1.335 dias (Dan. 12:13). Mas o fato de que esses eventos ocorrem antes do segundo aparecimento de Cristo é suscetível da mais clara prova. Ambos esses períodos proféticos terminaram em 1844”.

O “NOVO ENTENDIMENTO” (ISTO É, O PONTO DE VISTA INCORRETO) DO “CONTÍNUO” COMO AGORA SE CRÊ E É ENSINADO PELA MAIORIA DOS ADVENTISTAS DO SÉTIMO DIA:

PERGUNTA: Qual é o “novo entendimento” do “contínuo” do Livro de Daniel como ensinado pelos adventistas do sétimo dia?  RESPOSTA: Que o contínuo Sumo Sacerdócio Celestial e ministério foi removido da mente dos professos cristãos pelo papado durante o tempo da Idade Média, mediante os ensinos papais da missa, confissão a sacerdotes humanos, e a invocação dos santos. E que ao final dos 2.300 dias proféticos em 1844, a purificação do Santuário não é tanto uma purificação baseada no tipo dos serviços do Dia da Expiação em Levítico 16 e um Juízo Investigativo; antes, a restauração do conhecimento nas mentes dos crentes do contínuo Sumo Sacerdócio Celestial e ministério intercessório de Jesus.

PERGUNTA: Quando esse entendimento adentrou as fileiras dos adventistas do sétimo dia e quem foram os indivíduos de liderança que ajudaram a transformar este ensino para o ponto de vista aceito hoje tanto por ministros quanto leigos entre os adventistas do sétimo dia?
RESPOSTA: Mediante os esforços de L. R. Conradi, W. W. Prescott e A. G. Daniells na primeira década dos anos 1900, este entendimento foi introduzido ao ministério adventista do sétimo dia e tem sido geralmente aceito desde então entre eruditos, pastores e leigos adventistas do sétimo dia.

PERGUNTA: Esse entendimento pode explicar os períodos proféticos de 1290 e 1335 dias (Dan. 12) ?
RESPOSTA: Não, não pode adequadamente explicar esses períodos proféticos em absoluto, e tem deixado a porta aberta nos últimos vinte anos, ou aproximadamente isso, para alguns observadores do sábado reaplicarem esses períodos de tempo como eventos dos tempos finais que se cumprem em dias literais.

PERGUNTA: Que outros maus frutos têm-se desenvolvido desse ensino do “novo entendimento”?
RESPOSTA: Tem levado muitos eruditos adventistas do sétimo dia a rejeitarem 1844 como o verdadeiro cumprimento dos 2.300 dias proféticos. Homens como Ballenger, Conradi (que terminou se tornando pastor batista do sétimo dia), W. W. Fletcher, Grieve e Desmond Ford, entre outros, todos mantiveram o “novo entendimento”, o que por fim os levou todos a repudiarem 1844 e a doutrina da purificação do Santuário Celestial. Nenhum fruto bom têm surgido desse ensino, em absoluto!


—Rick Lee

O irmão Rick Lee, hoje com 51 anos de idade, é adventista desde os 4 anos, quando sua mãe se converteu; assim ele cresceu na igreja adventista, e, durante toda sua vida, tem sido um intenso estudioso da Bíblia e dos originais do Espírito de Profecia. Ele sempre teve um profundo interesse em história e desde o início dos anos da década de 1990 estudou a história e as doutrinas dos primórdios da igreja adventista, o que resultou em um grande número de documentos detalhados. Lee vive em Queensland, na Austrália com sua mulher Sarah.


Notas do tradutor deste material
— Biografias e observações dos envolvidos, segundo consta das respostas acima:

Louis Richard CONRADI (1856-1939). Foi um evangelista e administrador da nossa igreja. Foi presidente da Associação Geral Européia  criada em 1901, e, em 1903, foi concomitantemente também vice presidente da Conferência Geral. Viajou intensamente pela Europa, Ásia, África, Oriente Médio e América do Sul. Escreveu diversos livros, e sua própria exposição, em alemão, dos livros de Daniel e Apocalipse que foram traduzidos para diversas línguas. Em 1932 tornou-se ministro da igreja Batista do Sétimo Dia. (Enciclopédia Adventista, 2ª edição, revisada, 1976, vol. 10 da série SDABC, pág. 348).

William Warren PRESCOTT (1855-1944). Foi educador e administrador. Chegou a ser em 1892 presidente de três colégios adventistas simultaneamente. Em 1901 tronou-se vice presidente da Conferência Geral, e seu secretário de campo de 1915 a 1937. (Enciclopédia Adventista, vol. 10 da série SDABC, págs. 1148 e 1149).

Arthur Grosvenor DANIELLS (1858-1935). Ministro e administrador. Ele foi secretário de Tiago e Ellen White por uma ano (1878). Quando Ellen White foi para a Austrália em 1891 ele tornouse intimamente associado com ela. Foi o primeiro presidente da Associação Central Auustraliana. Tornou-se presidente da Associação Geral em 1901. Foi o homem que mis tempo ocupou este cargo, até 1922. Escreveu muitos livros, entre eles “Cristo Nossa Justiça.” (Enciclopédia Adventista, 2ª edição, revisada, 1976, vol. 10 da série SDABC, págs. 373-374).

Albion Fox BALLENGER (1861-1891). Foi ministro da IASD que, posteriormente se apostatou. Ele começou a entreter visões errôneas concernentes à obra de Cristo no Santuário celestial. Em 1890 declarou: “Todos os homens foram corrompidos sem sua vontade ou cooperação, e, portanto, todos os homens poderiam ser resgatados sem sua vontade ou cooperação. O Que!?! Salvar um homem sem sua vontade? Sim!!!” (The Proclamation of Liberty and the Unpardonable Sin, pág. 64). Isto é o pecado original. Santo Agostinho partiu de uma falsa premissa, de que ao Adão e Eva transmitiram aos seus descendestes não somente a natureza pecaminosa mas, também, a culpa de Adão. O pecado original tem, assim, para Santo Agostitnho, e para Ballenger um caráter hereditário (de “estado”), transmissível de geração a geração, para toda a humanidade, abandonando a ideia bíblico-judaica de “pecado decisão”. Ele desenvolveu numa série de falsas ideias, passando, em consequência, a negar: 1º) a doutrina do Santuário; 2º) o ministério de Cristo no lugar santíssimo; 3º) a natureza de Cristo; 4º) a expiação, e, 5º) a natureza do homem, tudo consequência do errôneo entendimento da natureza do pecado. Ele alegava que não havia dois compartimentos no santuário celestial, que era o próprio céu; Ele assim desafiou a doutrina da expiação. Começou a ensinar que a expiação foi feita na cruz, e que Cristo está no céu apenas aplicando os benefícios da expiação. (Algumas destas informações são da Enciclopédia Adventista, 2ª edição, revisada, 1976, vol. 10 da série SDABC, pág. 121).

William Warde FLETCHER (1879-1947). Colportor, evangelista e administrador na Austrália e no sul da Ásia. Em 1930, por razões doutrinárias separou-se da igreja e depois se associou com o Instituto de Treinamento Bíblico de Sídnei e da Associação Livre Evangélica. (Enciclopédia Adventista, 2ª edição, revisada, 1976, vol. 10 da série SDABC, pág. 464). Segundo o livro The General Conference Confronts Apostasy, dos irmãos Standish, pág. 41, segundo relatório do Pr. Arthur Grosvenor Daniells sobre as doutrinas pregadas por Fletcher, negando a mensagem do Santuário, e que o juízo e a pregação da tríplice mensagem angélica iniciadas em 1844, pondo em dúvida o Espírito de Profecia, e negando o requisito bíblico da santificação.

Robert A. GRIEVE, Não está relacionado na Enciclopédia Adventista, 2ª edição, revisada, 1976. Mas ele foi presidente da Associação norte da Nova Zelândia nas décadas de 1940 e 1950, mas abandonou a nossa igreja e ele mesmo cortou suas canecões com ela. Ele foi removido de sua posição e cortado da sua igreja, à qual frequentava, por pregar crenças evangélicas, mais especificamente: o que veio a ser  a nova teologia adventista.

Desmond FORD (1929-     ). Também não está relacionado na Enciclopédia Adventista, 2ª edição, revisada, 1976. Ele foi uma figura muito controvertida, e foi desligado da igreja nos anos da década de 1980 por criticar a doutrina do juízo investigativo, e desde então passou a integrar o ministério evangélico não-denominacional Good News Unlimited.

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