Para 23 a 30 de
dez. De 2017
Os Livros de Daniel e
Apocalipse provocaram o Movimento do Segundo Advento de 1844. As profecias
apontaram para um “remanescente” com a “mensagem do terceiro anjo” preparando o
caminho do retorno do Senhor. O Senhor prometeu enviar a este povo a “chuva serôdia”
e o “alto clamor”, “um mestre de justiça” (em Joel 2:23; as palavras “vos dará
em justa medida a chuva temporã” em hebraico é o “mestre de justiça”), com um
mensagem indicada pelo Espírito Santo que se unisse ao terceiro anjo
(Apocalipse 18: 1-3).1
Os livros de Romanos,
Gálatas e Efésios sobre a justiça pela fé são para o amadurecimento do povo de
Deus. Ele cumpriu a Sua promessa de dar a chuva temporã em 1888 sem o Seu povo
implorar por isso. Embora a mensagem da cruz, a justificação e o santuário em
harmonia com a lei de Deus fossem “desprezados” (veja Testemunhos
para Ministros, pág. 92 a 97, e Mensagens
Escolhidas, vol. 1, págs. 234 e 235). A “boa notícia” é que é recuperável pelo dom do arrependimento que
Jesus prometeu a Laodiceia (Apocalipse 3:19).
A verdade pura do evangelho muda vidas. O teste conclusivo e
objetivo da doutrina correta é que ela muda mentes, corações e comportamentos
uns com os outros. Justificação pela fé aplicada a alguns dos problemas mais
difíceis “internas” que a Igreja enfrenta traz uma unidade de crença e prática.
Este é o tema de Paulo em Romanos 14-16.
A Igreja é uma mistura de culturas, classes socioeconômicas e
raças. As “plantas da igreja” de Paulo são as primícias de novos conversos do
Império Romano oriental e judeus étnicos. Alguns cristãos são “fortes”, outros
são “fracos” em questões éticas (Romanos 15:1). No entanto, todos tinham estado
unidos por causa de Cristo. Eles entraram no curso, “Vida Centrada na cruz” na
“Universidade do Corpo de Cristo”. Agora aprenderão o que significa viver
diariamente a cruz com Jesus. Isso irá obrigá-los a cultivar muita “humildade”.
A reforma da saúde foi dada ao povo de Deus como justiça pela fé.
É o jejum apropriado, que Deus designou para quantos creem que estão vivendo no
Dia da Expiação. A negação-própria que é uma qualidade inerente para adotar um
regime alimentar simples é necessária para um povo que está antecipando a saída
do Sumo Sacerdote do Lugar Santíssimo. (*Mas a ênfase, deve ser posta na autonegação, não na dieta.)
Comer alimentos era
problemático para muitos cristãos primitivos, porque a maioria era oferecida
aos ídolos antes de ir ao mercado dos produtores (Romanos 14:2-4, 20-23; Atos
15:20; 1ª Coríntios 8:4). Muitas consciências débeis se voltaram para uma dieta
vegetariana para evitar comer carne oferecida aos ídolos.
Alguém que acredita que
pode comer qualquer e todas as coisas que Deus criou para alimentação pode
manter um espírito de zombaria àqueles cuja consciência não lhes permite
consumir todas as coisas. A liberdade religiosa em matéria de alimentação é
para ser estendida a todos. Infelizmente para uma boa causa, muitos que abraçam
uma dieta vegana condenam aqueles que comem um regime mais amplo e, portanto,
se separam do Espírito de Cristo. Qualquer obra de reforma que perde o espírito
de amor para com os outros é um desfile sem proveito de vaidade humana.
A “preferência” do dia por
um homem (Romanos 14:5) não o torna o dia de descanso de Deus. O sábado do
sétimo dia de Deus, claramente, tem o selo de Deus sobre ele (Gênesis 2: 3,
Êxo. 20:11; Eze. 20:12, 20). Então Paulo não está abordando a questão da
observância do sábado do sétimo dia (Romanos 14:5, 6). A igreja romana tinha um
contingente de cristãos judeus que ainda se apegavam a dias (*cerimoniais) sabáticos
anuais de observância que podiam cair em qualquer dia da semana. Os cristãos
gentios não teriam tais lealdades para observar tais dias.
O fato de que Paulo liga a “preferência” ou “respeito” de dias com
“comer” é uma conexão adicional aos dias anuais dos festivais de observância
judaicos (Romanos 14:6). Comer desempenhava um papel vital nos ritos de guardar
os sábados cerimoniais (Lev. 23).
Este texto realmente não resolve a questão de saber se os dias
sagrados judeus são sábados válidos para os cristãos observarem hoje. Em outros lugares, Paulo
declara-os “sombras” do “corpo de Cristo” (Colossenses 2:16,
17). Seria blasfêmia continuar (*a oferecer) sacrifícios de animais quando o
corpo de Cristo já foi crucificado por nós. Por que estabelecer observância de
“sombras” quando já temos a
realidade de Cristo a Quem apontavam? Nenhuma quantidade de observâncias
rituais vai estabelecer Cristo no coração. Eles certamente não conseguiram isso
para a nação judaica como um todo nos dias de Cristo. Acabaram perdendo de
vista o Seu Messias e O crucificando.
O nível de julgamento interior à igreja que o apóstolo aborda é
igual às decisões de vida ou morte que Cristo faz no julgamento final. Não
temos nenhum assunto transpirando em Seu tribunal (Romanos 14:10). Deus, o Pai,
transferiu todo o juízo para o Filho (João 5:22, 27). Jesus diz: “Eu vim não
para julgar o mundo” (João 12:47); (*“Porque Deus enviou o Seu
Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse
salvo por Ele”) (João 3:17). Jesus proclamou a “palavra”
que é a lei e o evangelho. “A palavra que tenho pregado, essa o há de julgar
no último dia” (12:48). Assim, “o tribunal de Cristo” é a lei e a cruz.
Naquele dia maravilhoso de
prestação de contas final após a ressurreição dos ímpios no fim do milênio, a
lei escrita sobre tábuas de pedra (*“e letras de fogo”) e a cruz serão apresentadas
a eles.2 Então o
registro inconsciente da vida, inpresso no subconsciente, será claramente
trazido à vista para cada um ver. Haverá uma aclamação sem precedentes de
unidade nos lábios de todos quantos Deus fez todo o possível para dar salvação
a todos, mas os perdidos recusaram o Seu presente. (*“Todo o joelho se dobrará
a Mim, e toda língua confessará a Deus” Rom. 14:11).
O propósito do “tribunal de
Cristo” é, em última instância, tornar todos responsáveis diante de Deus (*cada um de nós dará
conta de si mesmo a Deus, verso. 12). O
propósito de Cristo no julgamento é vindicar quem quer que permita que Ele os
sele com o Seu Ágape.
Muitos estão selando o seu
julgamento final diariamente (*“Quem crê nEle não é
condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do
unigênito Filho de Deus”, João 3:18). Através
do evangelho “nós” proclamamos, as almas tomarão sua decisão pela vida ou pela
morte (Rom. 14:13). Se o nosso evangelho é “más notícias” sobre o que devemos
fazer para sermos salvos, as pessoas vão concluir que não foram eliminadas para
a salvação. Se o nosso evangelho é “uma boa notícia” do presente de salvação de
Cristo para todos, independentemente das qualificações pré-existentes, então é
um sabor de vida para aqueles que não o rejeitam.
A dinâmica do Espírito é o
meio pelo qual Paulo conseguiu tudo o que fez em todas as áreas: o discurso, as
ações e os sinais e as maravilhas dele. Quando Paulo integralmente “pregava o evangelho de Cristo”, a cruz
era uma realidade presente para aqueles que ouviam. Esqueceram-se de todas as
distrações presentes e ficaram fixados sobre “o Salvador do mundo”. Foi tal pregação que o Espírito Santo
confirmou com “sinais e maravilhas” (Romanos
15:19). Milagres
atestam a verdade do evangelho proclamado.
Da mesma forma, na glorificação
final de Deus através da proclamação da cruz, “Servos de Deus, com o rosto
iluminado e a resplandecer de santa consagração, apressar-se-ão de um lugar
para outro para proclamar a mensagem do céu. Por milhares de vozes, em toda a
extensão da Terra, será dada a advertência. Operar-se-ão prodígios, os doentes
serão curados, e sinais e maravilhas seguirão aos crentes”.3
O que é “a revelação do
mistério, que desde tempos eternos esteve oculto”(Romanos 16:25)? “O mistério” é a revelação do próprio Jesus
Cristo, como Ele foi revelado na pregação de Paulo, e como Ele é revelado em
você e em mim, enquanto proclamamos o evangelho.
O evangelho foi divulgado
aos homens desde Adão, e eles tinham uma medida do conhecimento do evangelho.
Mas quando o próprio Cristo veio, e revelou Deus em Si mesmo, aos filhos dos
homens — nunca fora revelado e compreendido antes como foi revelado e compreendido
naquele momento. Quando os apóstolos foram enviados para pregá-lo, como foi
revelado, eles o pregaram numa plenitude e numa clareza como nunca fora pregado
antes Rom. 15:16.
Agora, Cristo proclama o
mistério como nosso Sumo Sacerdote do santuário celestial. É o evangelho
claramente coerente com a obra de purificar nossas vidas do pecado que Ele
procura ali realizar. Isso envolve uma obra de julgamento que é a reivindicação
de Laodiceia. Ele lhe dá o presente de Ágape para que possa crescer em toda
a estatura de uma noiva digna de ficar ao lado do Cordeiro no casamento.
O plano evangélico
originou-se na mente de Deus na eternidade passada; patriarcas, profetas e
apóstolos trabalharam em uníssono para torná-lo manifesto; e “nas eras
vindouras” será tanto a ciência quanto a canção dos redimidos (vs. 27). Que
conclusão maravilhosa! Alcança de eternidade a eternidade. O Evangelho de Deus
é a sabedoria dos séculos!
--Paul E. Penno
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Notas Finais:
1) Veja o que Ellen G. White nos diz em Testemunhos
para a Igreja, vol. 6: “A mensagem da justiça de Cristo há de soar desde
uma até a outra extremidade da Terra, a fim de preparar o caminho ao Senhor.
Essa é a glória de Deus com que será encerrada a obra (sic) [a mensagem] do terceiro anjo” (pág. 19). Quando se fala da
mensagem do 3º anjo significa, em verdade, a mensagem dos três anjos de Apoc.
14 ; “A primeira, segunda e terceira mensagens angélicas ... estão relacionadas
entre si” (pág. 17, último parágrafo), e a proclamação das três “simbolizam a
obra daqueles que as proclamam” (ibidem).
2) Veja Ellen G. White, O Grande Conflito, pág.
666.
3) Idem, pág. 612
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Notas:
O vídeo desta lição do pastor Paulo Penno, em inglês, está na Internet em: https://youtu.be/jFY2ieoCork
Você pode se
inscrever para receber semanalmente a lição em inglês solicitando-o no site sabbathschooltoday@1888message.org.
Também esta
lição, em inglês, está na Internet em: http://1888message.org/sst.htm
O Pastor Paulo Penno preparou um estudo sobre
Romanos, verso por verso, dos capítulos 14, 15 e 16. Se você quiser recebê-lo
envie um e-mail para dailybread@1888message.org;
solicitndo-o. Diga: Please send me Paul Penno’s study on Romans chapters
14, 15, and 16.
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Biografia do autor, Pastor Paulo E. Penno Jr:
Paulo Penno foi pastor
evangelista da igreja adventista na cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da
Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading
Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Foi ordenado ao ministério há
42 anos e jubilado em junho de 2016, Após o curso de teologia fez mestrado na
Universidade de Andrews. Recentemente preparou uma Compreensiva Pesquisa dos
Escritos de Ellen G. White. Recentemente também escreveu o livro “O Calvário no
Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja Adventista do 7º Dia.” (Este
livro postamos, por inteiro, em Ágape Edições (agape-edicoes.blogspot.com) em
1º de agosto de 2017). Ao longo dos anos o Pr. Paulo Penno, escreveu muitos
artigos sobre vários conceitos da mensagem de justificação pela fé segundo a
serva do Senhor nos apresenta em livros como Caminho a Cristo, DTN, etc. O pai
dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente
escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior. Ele foi o principal orador do
seminário “Elias, convertendo corações”, nos dias 6 e 7 de fevereiro de 2015,
realizado na igreja adventista Valley Center Seventh-day Adventist Church
localizada no endereço: 14919 Fruitvale
Road, Valley Center, Califórnia.
Atenção, asteriscos (*…) indicam acréscimos
do tradutor.
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