Para 9 a 16 de dez. de 2017
Paulo,
o apóstolo designado por Deus para os gentios, tem o coração dedicado à
salvação de seus semelhantes judeus (Rom 10: 1). É bom ser zeloso na obra de
Deus. O problema é que, como tantos hoje, um pregador quer fugir o mais rápido
possível para o próximo compromisso, e quando chega lá, não tem boas novas do
Senhor (vs. 2). E assim, o conhecimento correto de Deus se torna um tema chave
em todo Romanos 10 e 11.
A
ignorância dos judeus centraliza-se no modo de justificação de Deus (vs. 3). Os
judeus tentaram se tornar moralmente corretos através da guarda de sua lei
segundo conceitos próprios. No entanto, eles tomaram um desvio em torno de
Cristo.
O
conhecimento vital necessário para ser endireitado é pela fé em Cristo (vs. 4).
Os intermináveis debates
centrados na frase "fim da lei" são inúteis em seus esforços
para abrogar a lei de Deus. É contrário a Cristo que veio estabelecer a lei
(Salmo 40:8, Mateus 5:17). O aspecto ou coisa final a que a lei direciona sua
visão, o objeto destinado a ser alcançado ou realizado, é a justiça. Cristo é o
único justo, tendo enfrentado as tentações incessantes da carne e
derrotando-as. Ellet J. Waggoner, um dos
mensageiros de 1888, escreve:
"Ora,
o fim do mandamento é a caridade de um coração puro, e de uma boa consciência e
de fé não fingida" (1ª Tim. 1: 5). A palavra aqui
traduzida como "caridade" é muitas vezes "amor", e é assim
traduzida neste verso na Versão Revisada [RV]. Em 1ª João 5: 3 lemos: "Porque este é o amor de Deus: que guardemos
os Seus mandamentos"; e o próprio Paulo diz que "o cumprimento da lei é o amor"
(Rom. 13:10). Em ambos os textos, a mesma palavra (Ágape) é usada, como ocorre em 1ª Tim. 1: 5. ...
"Deus
imputa aos crentes a justiça de Cristo, que foi feito à semelhança da carne
pecaminosa, para que ‘a justiça da lei’ seja cumprida em suas vidas. E assim Cristo é o fim da lei".1
A
lei não falsificará os fatos. É uma descrição perfeita da justiça. A lei foi
dada para fins vivificantes. O homem pecou e ele não pôde guardar a lei
(Romanos 10: 5). Qualquer teoria de justificar o pecado do homem por uma
transação (*nos) livros (*do céu), que ignora uma mudança de coração e
reconciliação para com Deus e Sua lei, é uma ficção legal e com razão denominada
evangelho antilei. É o entendimento que os cristãos deram aos muçulmanos sobre
como o perdão dos pecados é obtido, e eles o consideram uma fraude e hipocrisia.
Deus
não esqueceu o Seu propósito para com o povo judeu (Romanos 11: 1). A igreja
cristã primitiva foi formada com o núcleo dos crentes judeus, sendo Paulo
proeminente entre eles.
Mais
uma vez, Paulo cobre o terreno do capítulo 9 em relação aos que não eram
"povo" (Rom. 10:19), ainda que incluído no concerto eterno (Rom. 11:
2). Elias apresentou-se como uma figura solitária no Monte Carmelo no momento
da apostasia quase completa de Israel na adoração de Baal. Elias invocou o
Senhor em desespero (verso 3). Sozinho na crise em meio à igreja de Israel foi
a experiência de cruz para Elias.
Só
porque você não pode ver nenhum meio visível de encorajamento e apoio não
significa que não haja um verdadeiro remanescente (verso 4). "Reservei
para mim sete mil homens, que não dobraram os joelhos a Baal". Onde
estavam esses sete mil quando Elias precisava deles? Evidentemente, eles não
estavam dispostos a avançar no confronto no Monte Carmelo. Um homem, Elias,
levou avivamento e reforma a Israel. Deve ser a cruz erguida para que os
corações de Israel sejam tornados a Deus. E a menos que o próprio pregador experimentasse
a cruz, sua mensagem teria sido infrutífera. Qualquer "eu" em Elias
teria se adequado aos propósitos de Satanás, e silenciado a mensagem da cruz,
por Elias.
O
propósito da ilustração de Elias por Paulo e dos sete mil é enquadrar os
gentios como o “remanescente segundo a
eleição da graça” (vs. 5). A graça é o favor de Deus pelos mais
desvalidos. A presciência de Deus elegeu os gentios para serem salvos em
Cristo, tal como é anunciado nos escritos de Moisés e na experiência de Elias.
Se
a graça de Deus fosse dada com base no mérito, então não seria graça. Mas o
simples fato de que é livremente dada a todos, incluindo os gentios, estabelece
o fato de que a graça é um presente (verso 6). Os gentios não buscavam a Deus,
muito menos eram motivados a trabalhar pelo Seu favor, assim como os judeus que
estavam buscando chamar a atenção de seu Pai.
Há
uma cegueira escravizante na motivação egocêntrica de buscar Deus por uma
recompensa de que Cristo se faz completamente bloqueado (vs. 7). "O que Israel buscava não o alcançou".
Paulo declara com duro realismo que o problema de Israel é: Israel
"busca". É a auto-motivação do
velho concerto (*Êxodo 19:8 e 24:7).
O único
milagre agora que poderia impedir o colapso completo e total da salvação dos
judeus é ver algo que eles nunca viram antes (Rom. 11:11). O que Deus acredita
que acontecerá para o judeu é que O verão como o Deus que os ama de maneira tão
altruísta como demonstrado na cruz, assim como Ele ama os gentios e lhes dá
salvação através do sacrifício de Jesus. Esse amor divino para os gentios
provocará o ciúme de Seus (*filhos) israelitas.
Paulo
está fora de si com a boa nova de graça muito mais abundante. Ele não pode
conter-se (vs. 12). Os propósitos de salvação de Deus para todos os homens
nunca são diminuídos pelo fracasso da missão judaica. Cristo quebrou o celeiro
do tesouro das riquezas celestiais para a missão baseada nos gentios e haverá
um efeito semelhante a um tsunami sobre os judeus.
Paulo
pode apreciar o seu ofício apostólico de ser principalmente pelos gentios, mas
os seus companheiros judeus nunca estão longe de seu coração (vs. 13). Paulo
tem um ministério único para cobrir o fosso cultural que existe entre judeus e
gentios. A missão impossível torna-se missão possível somente por elevar a cruz
de Cristo, que une todos os povos.
Seria
um sucesso de dois para um se a missão dos gentios de Paulo pudesse
"incitar" os judeus à salvação. Se eles pudessem testemunhar a graça
de Deus trabalhando na vida dos gentios, isso poderia chamar a sua atenção (vs.
14). A vergonha e a nudez que derivam da religiosidade judaica do velho
concerto podem ser posta em claro contraste com a graça e o amor do iluminado
novo concerto que está salvando os gentios.
Paulo
está vivendo em tempos tumultuosos para a Igreja. Como ele pode entender a
Igreja em perspectiva com a igreja do antigo Israel? Sua solução é a
continuidade das Igrejas do Antigo e do Novo Testamento vistas como plano de
Deus o tempo todo. A incredulidade judaica em Cristo frustrou aquela graça que
não pode ser detida. Por sua escolha, por necessidade, o progresso do evangelho
não deve ser prejudicado (vs. 15). O problema com a incredulidade judaica de
Cristo é que resulta na separação de Deus e, finalmente, na morte.
Qual
é o remédio para a morte espiritual? A resposta é encontrada na ilustração da
boa oliveira. Cristo é a oliveira. Todo o que está ligado Àquele que é a Raiz
(as azeitonas, a semente o botão, os galhos) é santo (vs. 16).
A
Igreja do Antigo Testamento estava ligada a Cristo. No entanto, alguns dos seus
ramos foram quebrados por causa da incredulidade em Cristo (vs. 17). Ao
contrário da natureza, um ramo de "oliveira selvagem", os gentios, é
enxertado na boa oliveira. De lá recebe "da
raiz e da seiva da oliveira", Cristo.
Paulo
escreve aos gentios: Não zombem dos ramos quebrados (vs. 18). Gentios, vocês
não são o tronco que suporta o peso da árvore. Cristo é a sua raiz. Os ramos
quebrados foram removidos porque o Cultivador viu que estavam mortos. Os
gentios podem percebê-lo como o propósito de Deus de abrir espaço para serem
enxertados em Cristo (vs. 19).
A
verdadeira razão pela qual os ramos morreram foi por incredulidade (vs. 20). A
razão pela qual os gentios foram enxertados foi por causa da fé motivada pelo Ágape
de Cristo. Não voltem à posição padrão de amor próprio, mas continuem em Ágape.
A lei
da poda diz, se algo já não está crescendo, está morto, remova-o (vs. 21).
Lembre-se da história. Não deixe que a incredulidade ultrapasse você. Não
perca seu primeiro amor.
Deus
sempre faz algo bom com uma situação ruim (vs. 22). Waggoner escreve: "O
Senhor é o próprio Deus. Ele é amor. Ele nunca pode ser outro senão o que é, e,
portanto, Ele é tão bom para uma pessoa como é para outra. Ele é igualmente bom
para todos e apenas tão bom como Ele pode ser o tempo todo. Portanto, não é
porque eles não foram atraídos pelo amor de Deus, que alguns são destruídos. É
porque desprezaram esse amor. Tendo endurecido os seus corações contra o amor
de Deus, e mais, quanto mais Ele manifestava o Seu amor para com eles, mais
difícil eles se tornavam. É banal dizer que o mesmo sol que derrete a cera
endurece a argila".2
Paulo
descreve um reenxerto dos ramos mortos quando os judeus acreditarem na Raiz
(vs. 23). O processo não natural de enxertia do ramo de uma oliveira selvagem
em uma boa é um milagre da graça de Deus para os gentios (vs. 24). Do mesmo
modo, o processo de reenxertia dos galhos mortos novamente para a boa oliveira
é um milagre da graça de Deus. O projeto do enxerto dos gentios é para que
"todo o Israel seja salvo" (vs. 26).
"Aí
você tem toda a história. A chegada da plenitude dos gentios, o preenchimento
do número de Israel, a conversão tanto dos judeus como dos gentios ... ‘assim, todo o Israel será salvo.' Como
será que todo o Israel será salvo? - Na entrada dos gentios. Então, Israel
estará cheio, e a cegueira desaparecerá. Cristo, o libertador, desviou a
impiedade de Jacó, salvando os pecadores dentre os gentios e os pecadores dentre
os judeus".3
O
concerto de Deus é para todos. O perdão dos pecados e a justiça de Cristo para
endireitar-nos contemplam a preparação para encontrá-Lo. "E
este será o Meu concerto com eles, quando Eu tirar os seus pecados" (v. 27).
--Paul E. Penno
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Notas
finais:
1) Ellet Joseph Waggoner, "Christ the End of the Law," (Cristo o fim da lei) The Bible Echo, de 15 de fev. de 1892, pág. 87.
1) Ellet Joseph Waggoner, "Christ the End of the Law," (Cristo o fim da lei) The Bible Echo, de 15 de fev. de 1892, pág. 87.
2) Ellet Joseph Waggoner, "Justice and Mercy," (Justiça e Misericórdia) The Present Truth, de 23 de fev. de
1893, pág . 54.
3) Ellet Joseph Waggoner, "The Fullness of the Gentiles," (A plenitude dos Gentios)
The Present Truth, de 20 de março de
1902, pág. 180.
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Notas:
O vídeo desta lição do pastor Paulo Penno, em inglês, está na Internet em: https://youtu.be/7QLBZJEkWmU
O vídeo desta lição do pastor Paulo Penno, em inglês, está na Internet em: https://youtu.be/7QLBZJEkWmU
Você pode se inscrever para receber a lição em inglês solicitando-o no
site sabbathschooltoday@1888message.org.
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Biografia do autor, Pastor Paulo E. Penno Jr:
Paulo Penno foi pastor
evangelista da igreja adventista na cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da
Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading
Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Foi ordenado ao ministério há
42 anos e jubilado em junho de 2016, Após o curso de teologia fez mestrado na
Universidade de Andrews. Recentemente preparou uma Compreensiva Pesquisa dos
Escritos de Ellen G. White. Recentemente também escreveu o livro “O Calvário no
Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja Adventista do 7º Dia.” (Este
livro postamos, por inteiro, em Ágape Edições (agape-edicoes.blogspot.com) em
1º de agosto de 2017). Ao longo dos anos o Pr. Paulo Penno, escreveu muitos
artigos sobre vários conceitos da mensagem de justificação pela fé segundo a
serva do Senhor nos apresenta em livros como Caminho a Cristo, DTN, etc. O pai
dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente
escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior. Ele foi o principal orador do
seminário “Elias, convertendo corações”, nos dias 6 e 7 de fevereiro de 2015,
realizado na igreja adventista Valley Center Seventh-day Adventist Church
localizada no endereço: 14919 Fruitvale
Road, Valley Center, Califórnia.
Atenção, asteriscos (*…)
indicam acréscimos do tradutor.
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