24 de junho a 1º de Julho de 2017
Aprendeu
você a amar a epístola aos gálatas? Ou é chata, tediosa, confusa? Ela foi a
centelha que inflamou reformas gloriosas na vida de pessoas desde os tempos de
Martinho Lutero. Assim,
você deve aprender a familiarizar-se com ela e amá-la, para deixar seu coração
se deleitar com as suas poderosas boas novas.
Como uma pessoa morna, sensual, meio-mundana, meio-fria e meio quente é
"incendiada" como Paulo? A resposta é —Gálatas. As pessoas se admiram de como a carta de Gálatas poderia conter
nela um evangelho explosivo desse tipo que no passado alvoroçou a Europa (*veja
Atos 17:6).
É bastante evidente que a Mensagem do Terceiro Anjo não alvoroçou o
mundo. No entanto, nosso guia de estudos deste trimestre afirma que aceitamos a
mensagem de 1888. A afirmação da "teoria de aceitação" da mensagem de
1888 de justificação pela fé é feita em nosso trimestrário com estas palavras:
"Graças ao estudo de Gálatas, E. J. Wagoner e A. T. Jones ajudaram a
Igreja Adventista a redescobrir a verdade da justificação pela fé nos anos de
1880 e 1890" (O Evangelho em Gálatas,
pág. 3, (*veja pág. 3, do nosso guia de estudo da edição dos professores, sob o
título “Martinho Lutero e o Livro de Gálatas”, que é a “introdução” do nosso guia de estudos
deste 3º trimestre de) 2017.
A palavra "redescobrir" é a palavra-chave. Isso não pode ser
mantido em vista do que Ellen White escreveu: "A indisposição de ceder
opiniões preconcebidas, ... [ocorreu] em Minneapolis contra a mensagem do
Senhor através de irmãos [E. J.] Wagoner e [A. T.] Jones. Promovendo aquela
oposição, Satanás teve êxito em afastar do povo, em grande medida, o poder
especial do Espírito Santo que Deus anelava comunicar-lhes. ... Sofreu resistência
a luz que deve iluminar toda a Terra com a sua glória, e pela ação de nossos
próprios irmãos tem sido, em grande medida, conservada afastada do mundo".1
A igreja ainda tem que identificar a justificação pela fé com o
entendimento da expiação em face da verdade do santuário de Deus. Até aqui a
justificação é vista, assim como em outras denominações, com uma simples
transação legal que não afeta a alienação do coração com Deus. A igreja seria
virada de cabeça para baixo se capturasse as "grandes idéias" em Gálatas
que explodem nos corações das pessoas como bananas de dinamite espiritual.
Devemos estudar e aprender a mensagem de Gálatas — o que Cristo realizou por
nós pelo Seu sacrifício na cruz, a boa nova da expiação, que é o novo concerto.
Quem escreveu Gálatas foi o ex-Saul, um "bandido,"
assassino, o produto final da antiga incredulidade do velho concerto de Israel.
Quão irônico que Saul viesse a participar da apedrejamento de Estêvão, o
profeta. Este evento sinalizou o fim dos 490 anos de graça estendidos por Deus
ao Seu povo (Daniel 9:24). A misericórdia perdoadora de Deus terminou para a
"igreja judaica". Sua apostasia nacional no culto do "eu" —
manifestado em seu cerimonialismo (Atos 7: 48-50) —- expulsou o Espírito de
Deus (v. 51). Isso resultou em ruína nacional e a destruição de Jerusalém em 70
A.D. pelos romanos. Mas Cristo arrancou um tição do fogo — o fariseu Saulo —
antes do colapso.
Saulo era uma versão reduzida da antiga incredulidade do
velho concerto de séculos da antiga igreja israelita em que eles prometeram a
Deus fazer tudo cprretamente (Ex. 19: 8, cf. Heb. 8: 7, 8). O próprio Cristo
instituiu todos os ritos e cerimônias após eles terem feito o seu velho
concerto com Deus no Monte Sinai. A intenção de Deus com essas
"sombras" do evangelho era levá-los de volta à "fé" na Sua
promessa do concerto eterno. Mas a liderança e a erudição daquele tempo não
conheciam o significado desses tipos e sombras e não identificaram seu Messias —
O Crucificado — quando Ele veio entre eles.
O significado do discurso de defesa de Estêvão perante o "conselho" (*Atos 6: 15) e o "sumo sacerdote" (*Atos 7: 1)
foi o último aviso de Deus e apelou à liderança de Sua igreja para se
arrependerem de sua história idólatra, culminando com o assassinato "do Justo" (Atos 7:52) . O
"conselho" acusou Estêvão de ensinar a ilegalidade (Atos 6:13) (*Este
homem não cessa de proferir palavras contra este santo lugar [O Templo]
e
a lei”); Mas eles eram idólatras que premeditavam o assassinato os seus
corações (Atos 7:53). Estêvão proclamou a lei e o evangelho da cruz de Cristo,
que aguilhoava seus corações. Escolheram rejeitar o dom do arrependimento do
Espírito que Estêvão anunciou. Pegaram pedras para matá-Lo. A decisão da
liderança selou seu destino como uma nação. Eles não mais ouviriam a ainda
pequena voz do Espírito. Cometeram o pecado imperdoável ao atribuir a obra do
Espírito através de Estêvão como sendo a obra do diabo (Mat. 12: 22-32).
O jovem Saulo fazia parte do conselho que participou do
apedrejamento de Estêvão. O rosto brilhante de Estêvão e seu espírito perdoador
em relação a seus carrascos causaram uma profunda impressão sobre Saulo (Atos
7:60).2 Jesus orou por todos eles: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem" (Lucas
23:34; Atos 6: 15 até 7: 60). E esse foi o último sermão de Estêvão. Temos o
sermão registrado. Não havia “eu” nele. Nenhum "profeta de Baal"
poderia pregar um tal sermão.
Saulo, também, resistiu ao Espírito Santo e se rendeu ao
"pensamento do grupo" de seus superiores do Sinédrio. Ele concluiu
com eles que Estêvão era um blasfemador e que os cristãos eram seguidores de um
messias impostor. Saulo acreditava que Estêvão era um libertino e um destruidor
da lei de Deus.
Saulo agora procurou obter o favor de seus colegas
seguindo seu exemplo no assassinato de Estêvão. Ao obter cartas de recomendação
do tribunal superior em Jerusalém, ele projetou sair pelas sinagogas e, com seu
apoio ofical, perseguir os seguidores de Jesus. Este foi o propósito de Saulo
ao viajar para Damasco.
Mas o Senhor Jesus o deteve no caminho com a visão
cegadora de Sua posição exaltada no céu como resultado de Sua crucificação
(Atos 26:13). O Senhor Jesus perguntou-lhe: "Saulo, Saulo, por que Me persegues?" (Atos 9: 4; 26:14). Ellen
White Escreveu, "Cristo aqui se identifica com o Seu povo".3 Saulo foi sinceramente enganado por Satanás. Ao realizar
a obra de Satanás, ele pensou que estava fazendo a obra de Deus. Mas na verdade
estava recrucificando o Filho de Deus na pessoa dos Seus santos.
Cristo disse a Saulo: "Dura coisa para ti é recalcitrar contra os aguilhões" (Atos
26:14). O Senhor colocou obstáculos em seu caminho para que o caminho errado
parecesse de quando se dá ferreoada nos bois. Sim, o Senhor tornou "difícil"
para Saulo se perder ao falar à consciência dele.
Uma das ideias de "boas novas" da mensagem de
1888 é a de que: ´é fácil de ser salvo, difícil de se perder quando Deus revela
seu amor (Ágape) para você. Você vive
porque Um morreu em seu lugar; Ágape
agora o motiva. "Por toda a estrada que conduz à morte [eterna], há dores
e penalidades, há aflições e desapontamentos, há advertências para não proseguir
avante. O amor de Deus tornou penoso os descuidosos e obstinados se destruírem
a si mesmos."4
Quando o Cristo entronizado deteve Saul na estrada, o antagonista
perguntou: "Quem és, Senhor? E ele
respondeu: Eu Sou Jesus, a quem tu persegues" (Atos 26:15). Esta foi a
revelação do próprio Jesus da cruz sempre presente para Saulo. Em relação a
este evento, Ellen White faz um comentário perspicaz: "No Ser glorioso que estava diante dele, viu
O Crucificado".5
O Espírito Santo condenou o coração de Saulo por meio da
cruz de Cristo. Saulo experimentou uma apreciação pelo coração de que o Messias
é "Oz’z’ Crucificado". Agora, todas as profecias, tipos e sombras do
sistema cerimonial tornaram-se vivas para ele como apontando para "o Cordeiro de Deus, que tira o pecado
do mundo" (João 1:29).
Mais tarde, Saulo recebeu a imposição das
mãos por Ananias. Assim, Saulo/Paulo foi ordenado como o “vaso escolhido” de
Cristo ... “para levar o Meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos
filhos de Israel" (Atos 9:15). Acima de tudo, Paulo foi chamado para
ser o Apóstolo aos Gentios. Em seu discurso diante de Agripa, o chamado para
uma missão do gênero constitui o centro do relato da conversão de Paulo. Paulo
é enviado como servo e testemunha de Cristo (Atos 26:16).
--Paul E. Penno
Notas Finais:
1) Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, livro 1, págs. 234,
235 [Carta 96, 1896].
2) Veja também Ellen G.
White, Atos dos Apóstolos, pág. 115,
116.
3) Ibidem, pág. 117.
[4] Ellen G. White, O Maior Discurso de Cristo,
pág. 139).
5) Atos dos Apóstolos, pág. 115
Notas finais
Veja, em inglês, o vídeo desta 1ª lição do 3º
trimestre de 2017, exposta pelo Pr. Paulo Penno, na internet, no sitio: https://youtu.be/dzb8hVVVqWU
Esta lição
está na internet, em inglês, no sitio: 1888message.org/sst.htm
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Biografia do autor, Pastor Paulo Penno:
Paulo
Penno foi pastor evangelista da igreja adventista na cidade de Hayward, na
Califórnia, EUA, da Associação Norte Californiana da IASD, localizada no
endereço 26400, Gading Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Foi
ordenado ao ministério há 42 anos e jubilado em junho de 2016, Após o curso de
teologia fez mestrado na Universidade de Andrews. Recentemente preparou uma Compreensiva
Pesquisa dos Escritos de Ellen G. White. Recentemente também escreveu o
livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja
Adventista do 7º Dia,” e, ao longo dos anos, escreveu muitos artigos
sobre vários conceitos da mensagem de justificação pela fé segundo a serva do
Senhor nos apresenta em livros como Caminho a Cristo, DTN, etc. O pai dele,
Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente escrevemos
seu nome: Paul E. Penno Junior. Ele foi o principal orador do seminário “Elias, convertendo corações”, nos dias 6
e 7 de fevereiro de 2015, realizado na igreja adventista Valley
Center Seventh-day Adventist Church localizada no endereço: 14919 Fruitvale Road, Valley Center, Califórnia.
Atenção, asteriscos (*…) indicam acréscimos
do tradutor.
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