terça-feira, 11 de julho de 2017

Lição 2, Autoridade de Paulo e o Evangelho, por Raul Diaz



Para 1º a 8 de julho de 2017



Autoridade é definida como o poder ou direito delegados ou dados a alguém, para determinar, julgar, ou, de alguma forma, resolver questões ou conflitos. Autoridade também é definida como: o direito de controlar, comandar, ou emitir comandos e punir infrações. Isso geralmente é determinado por um oficial graduado. A partir desta definição surge a pergunta: Quem concede a autoridade e se é ou não é reconhecido e aceito por outros?
Por exemplo, um mandado judicial é um documento assinado por um juiz que determina ao oficial de justiça a fazer uma prisão, busca e/ou apreender um documento ou uma a propriedade, ou realizar um julgamento em execução. As 'cartas' que Saulo levava a Damasco eram semelhantes a um mandado. Lemos em Atos 9:1-2: "E Saulo, respirando ainda ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote, e pediu-lhe cartas para Damasco, para as sinagogas, a fim de que, se encontrasse alguns deste Caminho, quer homens quer mulheres, os conduzisse presos a Jerusalém."
Como membro do Sinédrio, Saulo tinha autoridade, e quando ele partiu para Damasco, ele muniu-se de cartas dos “líderes da igreja" para perseguir os cristãos. A idéia era maniatá-los e trazê-los a Jerusalém para serem castigados, Atos 22:5. Aquelas cartas que o autorizavam a realizar o seu dever, sem dúvida o identificavam, listavam as suas credenciais, seu público-alvo, suas intenções e propósito. Em verdade, os documentos foram assinados e selados com o selo do Sinédrio. Saulo provavelmente poderia ter realizado o seu trabalho sem a autorização escrita das "cartas do Sinédrio", mas tal conduta sua, provavelmente, teria sido criminosa.
Por exemplo, andar por aí com uma arma no coldre, pendurado no seu quadril, é provavelmente ilegal na maioria dos países. No entanto, carregando um crachá que o identifique como um policial, faz com que carregar uma arma seja legal. Essas cartas foram o crachá de Saulo, dando-lhe a autoridade para realizar o seu dever com força.
Em contraste, após sua conversão, Paulo não tinha uma carta visível quando ele foi enviado aos gentios. Em vez disso, o Senhor, falou a Paulo, o conteúdo da carta Invisível. Lemos em Atos 26:16-18: "Mas levanta-te e põe-te sobre os teus pés, porque te apareci por isto, para te pôr por ministro e testemunha tanto das coisas que tens visto como daquelas pelas quais eu te aparecerei ainda, livrando-te deste povo, e dos gentios, a quem agora te envio, para lhes abrires os olhos, e das trevas os converteres à luz, e do poder de Satanás a Deus; a fim de que recebam a remissão de pecados, e herança entre os que são santificados pela fé em Mim."
Esta carta invisível identificava Paulo como o enviado, o Senhor como a autoridade remetente, os gentios como destinatários a quem Paulo estava sendo enviado. A intenção declarada era “abrir-lhes os olhos” para a verdade, e seu objetivo: reconciliar-los de volta a Cristo.
Em vez de força, que era o método de Paulo antes de sua conversão, ele usou o amor e o raciocínio. Em mais de uma ocasião, Lucas diz que Paulo foi ao templo e arrazoava com quem quisesse ouvir (Atos 17:1-4; 18:3-5; 18:18-20; 24:24-25). Atos 17:1-4 diz que “alguns deles creram” pelo raciocínio de Paulo, e, em Atos 18:3-5, diz que “convencia judeus e gregos” . O grego usa a mesma palavra tanto para crença como para convencimento: “peitho”. Peitho é a raiz da palavra fé: “pistis”, isto implica que nenhuma força foi usada. Saulo/Paulo usou os métodos respectivos dAquele que lhe transmitiu a Sua autoridade.
Muitos cristãos não conseguiram ver a autoridade de Paulo como legítima ou autêntica. Portanto, eles questionaram a mensagem que ele pregava. Para eles o emblema apostólico não era real. No entanto, Paul afirmou que seu apostolado não foi concedido pelo homem, nem pela imposição das mãos dos homens (como se deu no caso da escolha do substituto de Judas), mas “por Jesus Cristo e por Deus Pai” (Gálatas 1:1).
Em essência, Paulo estava dizendo que a sua experiência de ver o Senhor crucificado e ressuscitado (Atos 9) qualificou-o a ser um apóstolo, tanto quanto os doze selecionados. Considerando que a palavra apóstolo significa aquele que é enviado, Paulo está declarando que Quem escolheu e enviou os apóstolos, também o escolheu e o enviou, e, portanto, sua mensagem é a mesma.
A confiança de Paulo está em proporção com a autoridade dAquele que o enviou e era evidenciado por sua confiança naquela Autoridade e Poder, "Aquele que Deus enviou fala as palavras de Deus" (João 3:34). Paulo falou com autoridade, e disse “as palavras que eu vos escrevo são mandamentos do Senhor” (1ª Cor. 14:37). O Senhor deseja que compreendamos que, embora Ele escolha homens diferentes para fazer um trabalho diferente, cada um com sua individualidade e peculiaridades, Ele os escolheu, e, como tal, eles falam (ou escrevem) Suas Palavras.
Isso é verdade, não só Se referindo aos apóstolos, mas a todos na igreja, cada um é admoestado a "falar segundo as palavras de Deus" (1ª Pedro 4:11). Todos os que estão "em Cristo" são novas criaturas, tendo sido reconciliados com Deus por Jesus Cristo, e a todos os que foram reconciliados são dadas a Palavra e ministério da reconciliação, de modo que eles são embaixadores de Cristo. Todos os que estão "em Cristo", falam de Cristo. Então, quando eles, que estão "em Cristo", falam com outros homens e roga-lhes que se reconciliem com Deus; é como se Cristo, Ele mesmo, estivesse suplicando aos homens a se reconciliarem com Ele (2ª Coríntios 5:17-20). Embaixadores dos governos terrestres têm autoridade de acordo com o poder do rei ou governante que eles representam. Os cristãos têm uma autoridade maior, pois eles representam o Rei dos reis e Senhor dos senhores!
A minha oração é que a carta escrita, que nos foi dado por nosso Pai celestial, inspire com coragem e fé aqueles que Ele comissionou a comunicar amorosamente o evangelho de Jesus Cristo a um mundo agonizante

Raul Diaz


O irmão Raul Diaz é um membro da Igreja adventista da cidade de Monte Vernon, no estado de Illinois, perto de Chicago. Ele atua em diversos departamentos da igreja, prega em diferentes ocasiões e locais, e ensina a lição da escola sabatina em sua unidade evangelizadora em sua igreja local — Seventh-day Adventist church, na cidade de Mt Vernon, Illinois, localizada no endereço: 12831 N. Norton, Dr. Mount Vernon, Il. 62864-8231, U.S.A, Tel.: 001 XX (618) 244-7064, endereço eletrônico: www.mtvernonadventist.org

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