Para 15 a 22 de julho de 2017
JESUS é o autor e o Consumador da fé de todos os homens.
É só por intermédio dEle
que os homens têm o poder, ou mesmo o privilégio, de crer. Porque a Escritura
diz que João veio para dar testemunho dEle como a Luz “para que todos os homens cressem por meio dEle" (João 1:7) e
que é "por Ele" que "credes em Deus" (1ª Pedro
1:21 ).
E, entretanto, esta fé
em Jesus, não é a fé de Jesus. "A fé de Jesus"1 é a fé do próprio Jesus,
a fé que Ele tinha e que Ele exerceu neste mundo na carne para mostrar ao homem
e para garantir ao homem o caminho da salvação. "A fé de Jesus" é a fé que Ele tinha e
que Ele exerceu, tão verdadeiramente como "a
fé de nosso pai Abraão" é a fé "que
ele tinha", e que exerceu (Rom. 4:12).
Isto parece ser bem
claro de se entender, porém, é certamente verdade que os cristãos, quase
invariavelmente, olham para as frases "a
fé em Jesus," e "a fé de Jesus", como significando somente a fé em Jesus, e como se referindo sempre à crença dos homens em Jesus.
Mas as Escrituras tornam demasiado simples para ser posta
em dúvida ou mal entendida, que as frases "a fé em Jesus" e "a fé de
Jesus" se referem a coisas que são totalmente distintas — "a
fé em Jesus" referindo-se à crença dos homens em Jesus, como em João
3:16 — "todo aquele que nEle crê
não pereça", (veja também Efé. 1:15, Colossenses 1:4; 2:5, Atos 26:18,
etc, etc); e "a fé de Jesus"
referindo-se à fé de Jesus, pessoalmente, a fé que Ele exerceu como homem na carne
(*humana caída que Ele assumiu).
Esta última parte, a
verdade real a respeito da "fé de Jesus," é tão importante, e
é tão pouco compreendida, que citaremos na íntegra as Escrituras que certamente
a coloca acima de qualquer dúvida.
Gálatas 3:22, na KJV,
diz:. "Mas a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado, para que a
promessa pela fé de Jesus Cristo
fosse dada aos que creem." É impossível tomar as
palavras "fé de Jesus", neste verso, como sendo equivalente a fé em
Jesus. Isso é proibido
pela estrutura do verso em
si. Para fazer
as palavras "fé de Jesus"
significarem o mesmo que a fé em Jesus depreciaria o escritor com uma repetição
sem sentido como que "a promessa pela fé em Jesus Cristo fosse
dada aos que têm fé em
Jesus Cristo." Mas tomada como
significando exatamente como diz a versão KJV, e o original grego, então o verso
diz a esplêndida verdade de que a promessa de Deus vem aos homens pela fé de Jesus, e que a promessa de Deus que
a fé de Jesus Cristo traz aos homens
é dada e garantida aos que creem em
Jesus Cristo.
Gálatas 2:16,
KJV, diz: "Sabendo que um homem não é
justificado pelas obras da lei, mas pela fé de Jesus Cristo, igualmente temos crido
em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé de
Cristo,2 e não pelas obras da lei." Certamente há aqui espaço
para qualquer explicação. Ambas as expressões
são usadas em conexão direta, e usadas de uma forma que torna impossível que
elas devam ser tomadas como significando a mesma coisa. E tomadas por
exatamente o que elas dizem, novamente é dito a esplêndida verdade que é "a
fé de Jesus" que traz
para nós e nos dá a justificação a justiça que recebemos crendo em Jesus.
Isso é mostrado da
mesma maneira, e tão claramente em Romanos 3:21, 22, ainda na KJV e no original
grego: "Mas agora a justiça de Deus
sem a lei se manifesta ... isto é, a justiça de Deus mediante a fé de Jesus Cristo para todos e sobre
todos os que creem" em Jesus Cristo. É a fé de Jesus, que trouxe para nós, que nos
dá, e torna indubitável a nós e sobre nós, a justiça de Deus, o que é prometido
a todos os que creem nEle, e que é recebida pela fé nEle. Tudo isso é ainda
testemunhado pelas declarações da Escritura que: "Pela justiça de Um o dom gratuito veio sobre todos os homens para
justificação de vida" (*Rom 5:18, KJV). "Pela obediência de Um muitos serão feitos justos" (*vs. 16, Almeida). "O dom pela graça que é por um homem,
Jesus Cristo, abundou sobre muitos" (*vs. 15, Almeida).
Pela justiça de Cristo
somos justificados. Esta justiça de Cristo
foi produzida, neste mundo, e em carne humana, pela fé de Jesus Cristo. Pela obediência de
Cristo somos feitos justos. Esta obediência de
Cristo, neste mundo e na natureza humana (*caída), foi realizada pela fé de Jesus. E o que a fé de Jesus
tem feito por nós em nossa carne que Ele tomou, é recebido por nós em nossa
carne, que nós temos, através da fé em Jesus. Assim, "a vida que agora vivo na carne, vivo-a
pela fé do Filho de Deus, O qual me
amou, e Se entregou a Si mesmo por mim" (*Gálatas 2:20, a Almeida
agora acertou). E esta vida pela fé do Filho de Deus, é recebida
por nós através da fé no Filho de Deus.
Efésios 3:12, KJV. "Em quem [Jesus] temos ousadia e acesso com confiança, pela fé dEle." E esta ousadia
e acesso com confiança, que é pela fé dEle, é recebida por nós através da fé em Jesus.
Vemos então que "a
fé de Jesus" foi trazida para o mundo, e Ele a fez um dom gratuito
para os homens, o cumprimento de todas as promessas de Deus, justiça,
justificação, santificação, vida eterna, e ousadia e acesso com confiança; e que
tudo isso que é feito para nós e é trazido até nós pela "fé de Jesus" é
recebida por nós através da "fé em Jesus", isto é por simplesmente crer
nEle.
No entanto, não deve
ser por nenhum momento considerado que mesmo tudo isso nos é dado pela fé de
Jesus, separado dEle mesmo. Não: Ele nos dá a Si
mesmo, e tudo isso em Si mesmo e consigo mesmo. E Ele mesmo é recebido
por nós através da fé nEle. Mas
quando ele nos dá a Si mesmo nos dá tudo o que está nEle e é dEle. E uma das
coisas que é dEle é essa "fé dEle. "Portanto, é verdade, nisto como
em tudo o mais, que pela fé nEle,
nós realmente recebermos a fé dEle. E
esta fé de Jesus em nós, irá realizar em nós, na carne para Ele o que esta fé
realizou nEle na carne para nós.
E esta é a maravilhosa
bem-aventurança que é proclamada a todos os homens, nas palavras da mensagem do
terceiro anjo. "Aqui estão os que guardam os Mandamentos de Deus e a fé de
Jesus" (*Apoc. 14:12, KJV).
— Alonzo T. Jones,
Do capítulo "A Fé de Jesus," em
The Medical Missionary, pág. 89
Alonzo T. Jones é um dos dois pastores que nos
apresentaram a mensagem da Justiça de Cristo em 1888 em Mineápolis. Devido
à resistência da liderança em abraçar esta mensagem, Ellen G. White e os dois
saíram pelas igrejas pregando-a diretamente aos membros, e, diz ela, obtiveram
grande aceitação e muitas consagrações. Depois disto, por voto da Conferência
Geral, os três foram separados: Ellen G. White foi enviada para a Austrália, Waggoner
para a Europa. E Jones permaneceu nos Estados Unidos. Ele não tinha formação
acadêmica, e isto talvez tenha contribuído para e rejeição da mensagem,
possivelmente a liderança idosa e culta ressentiu-se de um jovem, e sem estudo,
intentasse ensiná-los, entretanto ele lia e estudava muito Os dois mensageiros,
até o ano de 1896, em centenas de sermões, campais, igrejas, publicações e nas
Assembléias da Associação Geral eram oradores e escritores constantes. Por
Exemplo: Na Assembléia da Conferência Geral de 1893 Jones pregou 24 sermões; na
de 1895 foram 26, todos sob o tema das três mensagens angélicas, parte
essencial da mensagem de Justificação pela fé que Ellen G. White chama de a “mui preciosa mensagem” (Test. p/ Ministros, pág. 91, sic.). Ela endossou a pessoa e a
mensagem dos dois mensageiros da Justiça de Cristo centenas de vezes. Temos a
relação, em inglês, destes endossos para enviar a você, gratuitamente, se no-la
solicitar, bastando nos remeter um envelope subscritado para você mesmo, com
selo para o peso de 2 folhas A4.
Nota do tradutor:
1)
As
ênfases em negrito, ao longo de todo o texto, foram acrescidas por nós.
2)
O
nosso Guia de Estudos, na parte de
terça-feira, no 2º §, reconhece que a tradução literal do grego “revela ... a
obra de Cristo realizada em nosso favor, a obra que Ele, através de Sua fidelidade (fé) tem feito por
nós.” Nada podem as obras fazer para a nossa salvação. A versão King James foi
assim, mais uma vez, fiel ao texto original.
Atenção, asteriscos indicam acréscimos
do tradutor.
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