segunda-feira, 24 de julho de 2017

Lição 4, Justificação pela Fé, por Alonso T. Jones



Para 15 a 22 de julho de 2017


JESUS é o autor e o Consumador da fé de todos os homens.
É só por intermédio dEle que os homens têm o poder, ou mesmo o privilégio, de crer. Porque a Escritura diz que João veio para dar testemunho dEle como a Luz “para que todos os homens cressem por meio dEle" (João 1:7) e que é "por Ele" que "credes em Deus" (1ª Pedro 1:21 ).
E, entretanto, esta fé em Jesus, não é a fé de Jesus. "A fé de Jesus"1 é a fé do próprio Jesus, a fé que Ele tinha e que Ele exerceu neste mundo na carne para mostrar ao homem e para garantir ao homem o caminho da salvação. "A fé de Jesus" é a fé que Ele tinha e que Ele exerceu, tão verdadeiramente como "a fé de nosso pai Abraão" é a fé "que ele tinha", e que exerceu (Rom. 4:12).
Isto parece ser bem claro de se entender, porém, é certamente verdade que os cristãos, quase invariavelmente, olham para as frases "a fé em Jesus," e "a fé de Jesus", como significando somente a fé em Jesus, e como se referindo sempre à crença dos homens em Jesus. Mas as Escrituras tornam demasiado simples para ser posta em dúvida ou mal entendida, que as frases "a fé em Jesus" e "a fé de Jesus" se referem a coisas que são totalmente distintas — "a fé em Jesus" referindo-se à crença dos homens em Jesus, como em João 3:16"todo aquele que nEle crê não pereça", (veja também Efé. 1:15, Colossenses 1:4; 2:5, Atos 26:18, etc, etc); e "a fé de Jesus" referindo-se à fé de Jesus, pessoalmente, a fé que Ele exerceu como homem na carne (*humana caída que Ele assumiu).
Esta última parte, a verdade real a respeito da "fé de Jesus," é tão importante, e é tão pouco compreendida, que citaremos na íntegra as Escrituras que certamente a coloca acima de qualquer dúvida.
Gálatas 3:22, na KJV, diz:. "Mas a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado, para que a promessa pela fé de Jesus Cristo fosse dada aos que creem." É impossível tomar as palavras "fé de Jesus", neste verso, como sendo equivalente a fé em Jesus. Isso é proibido pela estrutura do verso em si. Para fazer as palavras "fé de Jesus" significarem o mesmo que a fé em Jesus depreciaria o escritor com uma repetição sem sentido como que "a promessa pela fé em Jesus Cristo fosse dada aos que têm fé em Jesus Cristo." Mas tomada como significando exatamente como diz a versão KJV, e o original grego, então o verso diz a esplêndida verdade de que a promessa de Deus vem aos homens pela fé de Jesus, e que a promessa de Deus que a fé de Jesus Cristo traz aos homens é dada e garantida aos que creem em Jesus Cristo.
Gálatas 2:16, KJV,  diz: "Sabendo que um homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé de Jesus Cristo, igualmente  temos crido em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé de Cristo,2 e não pelas obras da lei." Certamente há aqui espaço para qualquer explicação. Ambas as expressões são usadas em conexão direta, e usadas de uma forma que torna impossível que elas devam ser tomadas como significando a mesma coisa. E tomadas por exatamente o que elas dizem, novamente é dito a esplêndida verdade que é "a fé de Jesus" que traz para nós e nos dá a justificação a justiça que recebemos crendo em Jesus.
Isso é mostrado da mesma maneira, e tão claramente em Romanos 3:21, 22, ainda na KJV e no original grego: "Mas agora a justiça de Deus sem a lei se manifesta ... isto é, a justiça de Deus mediante a fé de Jesus Cristo para todos e sobre todos os que creem" em Jesus Cristo. É a fé de Jesus, que trouxe para nós, que nos dá, e torna indubitável a nós e sobre nós, a justiça de Deus, o que é prometido a todos os que creem nEle, e que é recebida pela fé nEle. Tudo isso é ainda testemunhado pelas declarações da Escritura que: "Pela justiça de Um o dom gratuito veio sobre todos os homens para justificação de vida" (*Rom 5:18, KJV). "Pela obediência de Um muitos serão feitos justos" (*vs. 16, Almeida). "O dom pela graça que é por um homem, Jesus Cristo, abundou sobre muitos" (*vs. 15, Almeida).
Pela justiça de Cristo somos justificados. Esta justiça de Cristo foi produzida, neste mundo, e em carne humana, pela fé de Jesus Cristo. Pela obediência de Cristo somos feitos justos. Esta obediência de Cristo, neste mundo e na natureza humana (*caída), foi realizada pela fé de Jesus. E o que a fé de Jesus tem feito por nós em nossa carne que Ele tomou, é recebido por nós em nossa carne, que nós temos, através da fé em Jesus. Assim, "a vida que agora vivo na carne, vivo-a pela fé do Filho de Deus, O qual me amou, e Se entregou a Si mesmo por mim" (*Gálatas 2:20, a Almeida agora acertou). E esta vida pela fé do Filho de Deus, é recebida por nós através da fé no Filho de Deus.
Efésios 3:12, KJV. "Em quem [Jesus] temos ousadia e acesso com confiança, pela fé dEle." E esta ousadia e acesso com confiança, que é pela fé dEle, é recebida por nós através da fé em Jesus.
Vemos então que "a fé de Jesus" foi trazida para o mundo, e Ele a fez um dom gratuito para os homens, o cumprimento de todas as promessas de Deus, justiça, justificação, santificação, vida eterna, e ousadia e acesso com confiança; e que tudo isso que é feito para nós e é trazido até nós pela "fé de Jesus" é recebida por nós através da "fé em Jesus", isto é por simplesmente  crer nEle.
No entanto, não deve ser por nenhum momento considerado que mesmo tudo isso nos é dado pela fé de Jesus, separado dEle mesmo. Não: Ele nos dá a Si mesmo, e tudo isso em Si mesmo e consigo mesmo. E Ele mesmo é recebido por nós através da fé nEle. Mas quando ele nos dá a Si mesmo nos dá tudo o que está nEle e é dEle. E uma das coisas que é dEle é essa "fé dEle. "Portanto, é verdade, nisto como em tudo o mais, que pela fé nEle, nós realmente recebermos a fé dEle. E esta fé de Jesus em nós, irá realizar em nós, na carne para Ele o que esta fé realizou nEle na carne para nós.
E esta é a maravilhosa bem-aventurança que é proclamada a todos os homens, nas palavras da mensagem do terceiro anjo. "Aqui estão os que guardam os Mandamentos de Deus e a fé de Jesus" (*Apoc. 14:12, KJV).

Alonzo T. Jones,
Do capítulo "A Fé de Jesus," em
The Medical Missionary, pág. 89


Alonzo T. Jones é um dos dois pastores que nos apresentaram a mensagem da Justiça de Cristo em 1888 em Mineápolis. Devido à resistência da liderança em abraçar esta mensagem, Ellen G. White e os dois saíram pelas igrejas pregando-a diretamente aos membros, e, diz ela, obtiveram grande aceitação e muitas consagrações. Depois disto, por voto da Conferência Geral, os três foram separados: Ellen G. White foi enviada para a Austrália, Waggoner para a Europa. E Jones permaneceu nos Estados Unidos. Ele não tinha formação acadêmica, e isto talvez tenha contribuído para e rejeição da mensagem, possivelmente a liderança idosa e culta ressentiu-se de um jovem, e sem estudo, intentasse ensiná-los, entretanto ele lia e estudava muito Os dois mensageiros, até o ano de 1896, em centenas de sermões, campais, igrejas, publicações e nas Assembléias da Associação Geral eram oradores e escritores constantes. Por Exemplo: Na Assembléia da Conferência Geral de 1893 Jones pregou 24 sermões; na de 1895 foram 26, todos sob o tema das três mensagens angélicas, parte essencial da mensagem de Justificação pela fé que Ellen G. White chama de a “mui preciosa mensagem” (Test. p/ Ministros, pág. 91, sic.). Ela endossou a pessoa e a mensagem dos dois mensageiros da Justiça de Cristo centenas de vezes. Temos a relação, em inglês, destes endossos para enviar a você, gratuitamente, se no-la solicitar, bastando nos remeter um envelope subscritado para você mesmo, com selo para o peso de 2 folhas A4.


Nota do tradutor:

1)        As ênfases em negrito, ao longo de todo o texto, foram acrescidas por nós.
2)        O nosso Guia de Estudos, na parte de terça-feira, no 2º §, reconhece que a tradução literal do grego “revela ... a obra de Cristo realizada em nosso favor, a obra que Ele, através de Sua fidelidade (fé) tem feito por nós.” Nada podem as obras fazer para a nossa salvação. A versão King James foi assim, mais uma vez, fiel ao texto original.

Atenção, asteriscos indicam acréscimos do tradutor.
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