Para 15 - 22 de outubro de 2011
JESUS é o autor e o Consumador da fé de todos os homens.
É só por intermédio dEle que os homens têm o poder, ou mesmo o privilégio, de crer. Porque a Escritura diz que João veio para dar testemunho dEle como a Luz “para que todos os homens cressem por meio dEle" (João 1:7) e que é "por Ele" que "credes em Deus" (1ª Pedro 1:21 ).
E, entretanto, esta fé em Jesus, não é a fé de Jesus. "A fé de Jesus"1 é a fé do próprio Jesus, a fé que Ele tinha e que Ele exerceu neste mundo na carne para mostrar ao homem e para garantir ao homem o caminho da salvação. "A fé de Jesus" é a fé que Ele tinha e que Ele exerceu, tão verdadeiramente como "a fé de nosso pai Abraão" é a fé "que ele tinha", e que exerceu (Rom. 4:12).
Isto parece ser bem claro de se entender, porém, é certamente verdade que os cristãos, quase invariavelmente, olham para as frases "a fé em Jesus," e "a fé de Jesus", como significando somente a fé em Jesus, e como se referindo sempre à crença dos homens em Jesus. Mas as Escrituras tornam demasiado simples para ser posta em dúvida ou mal entendida, que as frases "a fé em Jesus" e "a fé de Jesus" se referem a coisas que são totalmente distintas — "a fé em Jesus" referindo-se à crença dos homens em Jesus, como em João 3:16 — "todo aquele que nEle crê não pereça", (veja também Efé. 1:15, Colossenses 1:4; 2:5, Atos 26:18, etc, etc); e "a fé de Jesus" referindo-se à fé de Jesus, pessoalmente, a fé que Ele exerceu como homem na carne.
Esta última parte, a verdade real a respeito da "fé de Jesus," é tão importante, e é tão pouco compreendida, que citaremos na íntegra as Escrituras que certamente a coloca acima de qualquer dúvida.
Gálatas 3:22, na KJV, diz:. "Mas a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado, para que a promessa pela fé de Jesus Cristo fosse dada aos que crêem." É impossível tomar as palavras "fé de Jesus", neste verso, como sendo equivalente a fé em Jesus. Isso é proibido pela estrutura do verso em si. Para fazer as palavras "fé de Jesus" significarem o mesmo que a fé em Jesus depreciaria o escritor com uma repetição sem sentido como que "a promessa pela fé em Jesus Cristo fosse dada aos que têm fé em Jesus Cristo. " Mas tomada como significando exatamente como diz a versão KJV, e o original grego, então o verso diz a esplêndida verdade de que a promessa de Deus vem aos homens pela fé de Jesus, e que a promessa de Deus que a fé de Jesus Cristo traz aos homens é dada e garantida aos que crêem em Jesus Cristo.
Gálatas 2:16, KJV, diz: "Sabendo que um homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé de Jesus Cristo, igualmente temos crido em Jesus Cristo , para sermos justificados pela fé de Cristo, e não pelas obras da lei." Certamente aqui há espaço para explicação. Ambas as expressões são usadas em conexão direta, e de uma forma que torna impossível que elas devam ser tomadas como significando a mesma coisa. E tomadas por exatamente o que elas dizem, novamente é dito a esplêndida verdade que é "a fé de Jesus" que traz para nós e nos dá a justificação, a justiça que recebemos crendo em Jesus.
Isso é mostrado da mesma maneira, e tão claramente em Romanos 3:21, 22, ainda na KJV e no original grego: "Mas agora a justiça de Deus sem a lei se manifesta ... isto é, a justiça de Deus mediante a fé de Jesus Cristo para todos e sobre todos os que crêem" em Jesus Cristo. É a fé de Jesus, que trouxe para nós, que nos dá, e torna indubitável a nós e sobre nós, a justiça de Deus, o que é prometido a todos os que crêem nEle, e que é recebida pela fé nEle. Tudo isso é ainda testemunhado pelas declarações da Escritura que: "Pela justiça de Um o dom gratuito veio sobre todos os homens para justificação de vida" (*Rom 5:18, KJV). "Pela obediência de Um muitos serão feitos justos" (*vs. 16, Almeida). "O dom pela graça que é por um homem, Jesus Cristo, abundou sobre muitos" (*vs. 15, Almeida).
Pela justiça de Cristo somos justificados. Esta justiça de Cristo foi produzida, neste mundo, e em carne humana, pela fé de Jesus Cristo. Pela obediência de Cristo somos feitos justos. Esta obediência de Cristo, neste mundo e na natureza humana (*caída), foi realizada pela fé de Jesus. E o que a fé de Jesus tem feito por nós em nossa carne que Ele tomou, é recebido por nós em nossa carne, que nós temos, através da fé em Jesus. Assim , "a vida que agora vivo na carne, vivo-a pela fé do Filho de Deus, O qual me amou, e Se entregou a Si mesmo por mim" (*Gálatas 2:20, a Almeida agora acertou). E esta vida pela fé do Filho de Deus, é recebida por nós através da fé no Filho de Deus.
Efésios 3:12, na KJV. "Em quem [Jesus] temos ousadia e acesso com confiança, pela fé dEle." E esta ousadia e acesso com confiança, que é pela fé dEle, é recebida por nós através da fé em Jesus.
Vemos então que "a fé de Jesus" foi trazida para o mundo, e Ele a fez um dom gratuito para os homens, o cumprimento de todas as promessas de Deus, justiça, justificação, santificação, vida eterna, e ousadia e acesso com confiança; e que tudo isso que é feito para nós e é trazido até nós pela "fé de Jesus" é recebida por nós através da "fé em Jesus", isto é por simplesmente crer nEle.
No entanto, não deve ser por nenhum momento considerado que mesmo tudo isso nos é dado pela fé de Jesus, separado dEle mesmo. Não: Ele nos dá a Si mesmo, e tudo isso em Si mesmo e consigo mesmo. E Ele mesmo é recebido por nós através da fé nEle. Mas quando ele nos dá a Si mesmo nos dá tudo o que está nEle e dEle. E uma das coisas que é dEle é essa "fé dEle. "Portanto, é verdade, nisto como em tudo o mais, que pela fé nEle, nós realmente recebermos a fé dEle. E esta fé de Jesus em nós, irá realizar em nós, na carne para Ele o que esta fé realizou nEle na carne para nós.
E esta é a maravilhosa bem-aventurança que é proclamada a todos os homens, nas palavras da mensagem do terceiro anjo. "Aqui estão os que guardam os Mandamentos de Deus e a fé de Jesus" (*Apoc. 14:12, KJV).
— Alonzo T. Jones, do capítulo "A Fé de Jesus," em The Medical Missionary, pág. 89.
Alonzo T. Jones é um dos dois pastores que nos apresentaram a mensagem da Justiça de Cristo em 1888 em Mineápolis. Devido à resistência da liderança em abraçar esta mensagem, Ellen G. White e os dois saíram pelas igrejas pregando-a diretamente aos membros, e, diz ela, obtiveram grande aceitação e muitas consagrações. Depois disto, por voto da Conferência Geral, os três foram separados: Ellen G. White foi enviada para a Austrália, Waggoner para a Europa. E Jones permaneceu nos Estados Unidos. Ele não tinha formação acadêmica, e isto talvez tenha contribuído para e rejeição da mensagem, possivelmente a liderança idosa e culta ressentiu-se de um jovem, e sem estudo, intentasse ensiná-los, entretanto ele lia e estudava muito Os dois mensageiros, até o ano de 1896, em centenas de sermões, campais, igrejas, publicações e nas Assembléias da Associação Geral eram oradores e escritores constantes. Por Exemplo: Na Assembléia da Conferência Geral de 1893 Jones pregou 24 sermões; na de 1895 foram 26, todos sob o tema das três mensagens angélicas, parte essencial da mensagem de Justificação pela fé que Ellen G. White chama de a “mui preciosa mensagem” (Test. p/ Ministros, pág. 91, sic.). Ela endossou a pessoa e a mensagem dos dois mensageiros da Justiça de Cristo centenas de vezes. Temos a relação, em inglês, destes endossos para enviar a você, gratuitamente, se no-la solicitar, bastando nos remeter um envelope subscritado para você mesmo, com selo para o peso de 2 folhas A4.
Nota do tradutor:
1) As ênfases em negrito, ao longo de todo o texto, foram acrescidas por nós.
2) O nosso Guia de Estudos, na parte de terça-feira, no 2º §, reconhece que a tradução literal do grego “revela ... a obra de Cristo realizada em nosso favor, a obra que Ele, através de Sua fidelidade (fé) tem feito por nós.” Nada podem as obras fazer para a nossa salvação. A versão King James foi assim, mais uma vez, fiel ao texto original.
3) Asteriscos indicam acréscimos feitos por nós.
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