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Uma coisa para os muçulmanos é humilhar, insultar, e assassinar outro muçulmano. Outra coisa é você matar o Filho de Deus. Um muçulmano pode morrer gritando: "—Alá é grande". O Filho de Deus morreu gritando: "—Meu Deus, por que Me desamparaste?"
Não há nas igrejas peças ou paródias da cruz que possam retratar a crucificação de Jesus. Observadores de dramas da paixão, que descrevem o julgamento e a morte de Jesus, dizem que elas são peças teatrais que provocam lágrimas. Mas todos os recursos visuais de tortura física não retratam graficamente o significado da cruz.
Em 1888, Deus enviou "uma mui preciosa mensagem" a Sua igreja que honrava e elevava a cruz de Jesus. (*Test. para Ministros, pág. 91, sic). Ele carregou no madeiro a "maldição da lei" em seu corpo para cada homem (Gál. 3:13). Desobediência à lei cobra seu próprio salário, que é a morte, — a real morte, (*a segunda morte) — a morte para a qual não há retorno.
*Jesus foi julgado sob acusação de blasfêmia. Os sacerdotes disseram a Pilatos, "—Nós temos uma lei e, segundo a nossa lei, Ele deve morrer porque Se fez Filho de Deus." Ao dizer isso, eles revelaram a Pilatos que sua verdadeira queixa contra Jesus era, na verdade, a acusação de blasfêmia. A pena pelo crime por blasfêmia era o apedrejamento, Lev. 24: 16. Mas os sacerdotes judaicos insistiram com as autoridades romanas para que o crucificassem. *—crucifica-O”. A intenção era tornar a Jesus um maldito de Deus, fazendo dEle o alvo de total rejeição por parte dos seus seguidores porque o próprio Deus o considerava maldito.
Moisés tinha escrito: Aquele que é pendurado no “madeiro” "é maldito de Deus" (Deut. 21:22, 23). Se alguém fosse condenado por um crime capital e sentenciado à decapitação (*ou apedrejamento), ele poderia ainda ser grato. Ele poderia ainda rogar a Deus para perdoá-lo com a certeza do perdão. Mas se alguém fosse condenado por um crime capital e sentenciado a ser crucificado, ele não poderia pedir o perdão divino. Ele morreu uma morte desprezada por Deus.
*Quem ousaria seguir esse “Messias” se Deus O amaldiçoou?
Jesus morreu a segunda morte do pecador sem esperança de uma ressurreição. Deus "o fez pecado por nós" (2ª Coríntios. 5:21). Ele carregou em uma cruz a nossa culpa e auto-condenação em Seu centro nervoso. Jesus provou "a morte por todo homem" (Heb. 2:9). Ele morreu a sua (*e a minha segunda) morte. Nosso pecado matou o Filho de Deus.
Quando os gálatas ouviram Paulo proclamar a morte de Jesus eles nunca mais foram os mesmos. Paulo pregou a cruz de forma tão aberta e fascinante diante de seus "olhos" (Gal. 3:1) que se esqueceram quem eram e onde estavam. Seus "olhos" se tornaram "ouvidos" para "obedecerem [hupokeo, significa curvar-se baixo para ouvir cada sílaba] a verdade.” “Foi pela pregaçãoda fé" [ouvir com fé] (Gal. 3:2) que os gálatas receberam o Espírito Santo.
O Espírito Santo persuadiu os corações dos gálatas do pecado com a verdade (*de) que eles tinham matado O Justo, Atos 7:52. "O Justo viverá pela fé" (Gál. 3:11, citação de Hab. 2:4). A profecia messiânica de Habacuque predisse a vida e a morte de Jesus como a extraordinária justiça pela fé.
Quando os gálatas "viram" que Jesus Se dera a Si mesmo por eles, eles ouviram com "a pregação da fé" (Gal. 3:5). Eles (*se) identificaram com o Crucificado. Ele os tinha amado primeiro. Ele era o seu Substituto que totalmente Se identificara com a sua humanidade caída. Assim, os Gálatas experimentaram justificação pela fé, sendo legalmente postos de acordo com a Lei universal. O perdão dos pecados também derreteu os corações com amor divino, assim eles se tornaram um com Deus.
Ellen G. White, uma escritora sábia, disse: "O tema que atrai o coração do pecador é Cristo, e este crucificado. ... Apresente-O assim às multidões famintas, e a luz de Seu amor conquistará as pessoas da escuridão para a luz, da transgressão à obediência e verdadeira santidade. Contemplar Jesus na cruz ... desperta a consciência ... como nada mais pode fazê-lo" (Maranata, o Senhor Vem, Meditação Matinal de 1977, pág. 99).
Por que os Gálatas eram "insensatos" (Gál. 3:1 e 3)? Porque eles estavam "fascinados" pelo espiritismo (vs. 1). O espiritismo é a crença de feitura humana de que Deus reside em ídolos de madeira e pedra. O Espiritismo é qualquer doutrina da justiça centrada no homem. Há muitos falsos "evangelhos" e falsos cristos tendo o "eu" como denominador comum, que é a religião inventada por Lúcifer (Isaías 14:12-14). Doutrinas da justificação pela fé, que são motivadas pelo amor-próprio, em oposição à fé motivada por Ágape, são formas de espiritismo.
Os "insensatos" gálatas “tendo começado” em uma fé motivada na cruz, tinham “agora” acabado numa fé motivada pela perfeição da "carne" (Gal. 3:3). (*Eles diziam:) “—crer no Messias é bom, mas o homem deve ser circuncidado para ser salvo.” Pelas "obras da lei", a "carne," obtêm santidade. Foi um movimento do tipo "carne santa"1.
Significa isso que a lei é ruim? Não. A Lei universal de Deus, como escrita em tábuas de pedra, são uma descrição perfeita da justiça, mas a "carne" pecaminosa vê apenas uma forma de justiça na Lei que agrada a si mesma. Portanto, "a carne" não pode realizar a "justiça de Deus" pelas "obras da lei." Nem a Lei de Deus pode dar a "justiça de Deus" para "a carne".
E “a lei não é da fé: mas, O homem que fizer estas coisas nelas viverá" (Gál. 3:12, KJV,). A lei escrita em pedra diz: "faça-as" e você viverá. A única condição em que a lei escrita pode oferecer a vida é para "os que praticam a lei" (*Rom. 2:13). Obedeça e viva, desobedeça e morra, (*veja também: Rom.6:16; João 14: 21; 2ª Coríntios 10: 5 e 6, e 2º Crônicas 15: 12 e 13). Mas para os pecadores isso é uma impossibilidade e, portanto, o único remédio é a "fé".
Uma vez que a fé de Jesus dá ao crente em Jesus, a perfeita observância da lei de Deus, a perfeita justiça de Deus, não há "necessidade de se ordenar a circuncisão" (Patriarcas e Profetas, pág. 364).
Outro momento na história em que o mesmo "evangelho pregado" foi "misturado com a fé" foi na experiência de Abraão, Gal. 3:6, 8. Tudo o que Deus fez foi simplesmente proclamar-lhe Suas maravilhosas promessas conhecidas como o Novo Concerto, não "maldições" ameaçadoras misturadas com pena pela desobediência.
Os judaizantes disseram aos gálatas, “—Paulo, desprezando a herança prometida a Abraão, está tentando enganá-los por não ensinar-lhes a circuncisão para a salvação. Vocês não serão filhos de Abraão, a menos que sejam circuncidados.”
Paulo disse que Abraão foi justificado pela fé, enquanto ainda um pagão, antes de ter sido circuncidado (Gál. 3:8). A circuncisão nunca foi parte do plano original de Deus. Ela veio depois da incredulidade de Abraão, quanto à promessa de Deus, ao tomar Agar, gerando a Ismael, a fim de "ajudar" a Deus com o herdeiro prometido. A circuncisão veio depois do monte Moriá como um lembrete para Abraão e seus descendentes da idéia equivocada de que a herança prometida vem pela descrença do velho concerto — fé e obras.
"A bênção de Abraão" é para "os gentios." A bênção é Jesus Cristo (Gal. 3:14). Ele é "a justiça da lei de Deus" (Rom. 3:22). "A promessa do Espírito" é a herança prometida da vida futura na habitação da justiça na terra feita nova. "Nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça" (2ª Pedro 3:13).
O Espírito Santo agora é o pagamento de parte do preço dado em garantia, assim a herança futura é uma realidade presente. Vós “fostes selados com o Espírito Santo da promessa, o qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão adquirida" (Efé. 1:13, 14).
—Paul E. Penno
Paulo Penno é pastor evangelista da igreja adventista da cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Ele foi ordenado ao ministério há 38 anos. Após o curso de teologia ele fez mestrado na Universidade de Andrews. Recentemente ele preparou uma extensiva antologia dos escritos de A.T. Jones e E. J. Waggoner, a qual está incluída na Compreensiva Pesquisa dos Escritos de Ellen G. White. Recentemente também ele escreveu o livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja Adventista do 7º Dia,” e, ao longo dos anos, escreveu muitos artigos sobre vários conceitos da mensagem de 1888. O pai dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior. Você pode vê-lo, no You Tube, semanalmente, explanando a lição da semana seguinte na igreja adventista de Hayward, na Califórnia, em
Nota do tradutor:
1) Veja Mensagens Escolhidas, livro 2. capítulo 3, págs.
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