quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Capítulo 23—A Rejeição de Liderança Divina

O Êxodo e os Movimentos do Advento

em Tipo e Antítipo, por Taylor G. Bunch, escrito em 1937

Capítulo 23—A Rejeição de Liderança Divina

Pág. 162 {106} Atitude Rebelde. Deuteronômio 1:45, 46. O Israel antigo gastou “muitos dias” em Cades-Barneia nas fronteiras da terra prometida antes de voltarem para o deserto, Deuteronômio 2:1. O tempo de sua estada perto da fronteira com Canaã não é dado, mas um número de eventos importantes aconteceram antes de começarem a retirada; acontecimentos de consequências de longo alcance na história do Movimento do êxodo. Por causa da sentença do Senhor de que os rebeldes deveriam morrer no deserto, o acampamento estava numa atitude rebelde. Sua derrota pelos amalequitas e cananitas quando tentaram forçar sua entrada na terra prometida, depois que o Senhor tinha revogado Sua promessa e alterado Seu propósito, encheu-os com murmúrios e o espírito de revolta.

A Provocação. Em Hebreus 3:8 a rebelião em Cades-Barneia é divinamente chamada de "a provocação" e "o dia da tentação no deserto". Aqui tentaram, provocaram e afligiram a Deus e endureceram seus próprios corações. De modo nenhum foi isto mais notavelmente cumprido do que em sua rejeição da liderança de Deus pelo dom de profecia, (*“Mas o Senhor por meio de um profeta fez subir a Israel do Egito, e por um profeta foi ele guardado”) Oséias 12:13. Em Cades-Barneia eles rejeitaram o espírito de profecia e tentaram seguir o próprio conselho, Atos 7:37-39. Eles não retornaram de volta ao Egito em pessoa mas "em seu coração voltaram ao Egito". Os israelitas recusaram obedecer o profeta do Movimento do Êxodo, "O rejeitaram", e recusaram ouvir o seu conselho. Em assim fazendo rejeitaram a Deus e Sua liderança divina. (*Quando o povo pediu a Samuel um rei Deus lhe disse: (*não te têm rejeitado a ti, antes a Mim me têm rejeitado, para eu não reinar sobre eles”) 1ª Samuel 8:7 e (*“o povo não quis ouvir a voz de Samuel; e disseram: Não, mas haverá sobre nós um rei,” vs.) 19.

Nova Liderança. Número 14:1-4; Neemias 9:16,17. Isto foi cumprido na grande apostasia que aconteceu em Cades sob a liderança de Coré, Datã, e Abirão. 250 príncipes uniram-se em sua revolta contra a liderança divina pelo espírito de profecia e antes que este movimento separatista terminasse, 14.700 membros leigos morreram, foram desviados para o caminho errado e destruídos. O Senhor defendeu Sua liderança designada pela destruição dos rebeldes e por trazer a um fim vergonhoso seu movimento. Os três líderes (163) deste falso movimento foram engolidos pela terra; 250 príncipes foram queimados com fogo, e os 14.700 que participaram da apostasia foram destruídos por uma praga terrível.

Pág. 163 {106} A Real Questão. Que o ponto crucial nesta apostasia foi o dom de profecia é evidente do registrado em Números 16:1-3. A reivindicação dos dissidentes era de que Moisés e Arão se exaltaram acima da congregação do Senhor e assumiram excessiva autoridade. Declararam que "toda a congregação é santa, todos são santos e o Senhor está no meio deles". Foi um apelo para que todos participassem igualmente na autoridade e responsabilidade de liderança sem levar em conta a nomeação do Senhor. Moisés previamente tinha mostrado sua grandeza (*de caráter) ao dizer: "Quem dera que todo o povo do Senhor fosse profeta, e que o Senhor pusesse o Seu espírito sobre ele!” (Números 11:29). Não todos os membros da igreja de Deus são igualmente santos, nem qualificados para liderança. Para confirmar, de uma vez por todas, o chamado divino à liderança pelos instrumentos da própria escolha de Deus, Ele exigiu a demonstração das varas, registrada em Números 17. O milagre de brotar, florescer, e produzir da vara de Arão, fecharam as bocas {107} dos críticos e defendeu a liderança do movimento.

Pág. 163 {107} O Erro de Moisés. Coré era o novo capitão que deveria suceder Moisés. Ele declarou que "Moisés era um regente ditatorial; que tinha censurado o povo como pecadores, quando eram um povo santo, e o Senhor estava entre eles. … Seus ouvintes pensaram que eles viam claramente que seus problemas talvez pudessem ter sido evitados se Moisés tivesse tomado decisões diferentes. Acharam que todos os seus problemas eram devidos a ele, e que sua exclusão de Canaã era por consequência da errônea direção de Moisés e Arão; que se Coré fosse seu líder, os encorajaria a pensarem em suas boas ações, em vez de reprovar seus pecados, eles teriam uma viagem muito pacífica e próspera; em vez de perambulação de um lado para outro no deserto, eles prosseguiriam diretamente à Terra prometida" (Patriarcas de Profetas, págs. 397 e 398).

Enganados pela Bajulação. "Tinham sido lisonjeados por Coré e seu grupo, até que eles realmente creram ser pessoas muito boas, e que tinham sido injustiçados e maltratados por Moisés. Se eles admitissem que Coré e a sua (164) companhia estavam errados, e Moisés certo, então eles seriam compelidos a reconhecer como Palavra de Deus a sentença de que eles deveriam morrer no deserto. Eles não estavam dispostos a submeterem-se a isto, e eles tentaram crer que Moisés os tinha enganado. Eles ternamente nutriram a esperança de que uma nova ordem de coisas estava para ser estabelecida, em que, reprovação seria substituída por elogio, e ansiedade e conflito por bem-estar. Os homens que tinham perecido tinham falado palavras lisonjeiras, e tinham professado ter grande interesse e amor por eles; e o povo tinha concluído que Coré e seus companheiros deviam ser homens bons, e que Moisés deve ter sido, por algum motivo, a causa de sua destruição. Dificilmente os homens poderão cometer maior insulto a Deus do que desprezar e rejeitar os agentes que Ele quer usar para sua salvação" (Patriarcas de Profetas, págs. 401, 402).

Pág. 164 {107} O Antítipo. Assim como o antigo Israel permaneceu em Cades "muitos dias” (*Deut. 1:46) antes de serem guiados de volta ao deserto, também o povo do Advento permaneceu por um número de anos nas fronteiras da Canaã celestial antes da mensagem que os trouxe ali haver sido rejeitada e deixou de ser pregada. É impossível declarar exatamente quando a mensagem cessou de fazer seu trabalho e o Movimento de Advento voltou ao deserto. A mensagem da justiça pela fé foi pregada com poder para mais de dez anos, durante o tempo em que a crise de Minneapolis foi mantida perante os líderes. Esta mensagem trouxe o começo da última chuva (*a Serôdia). "O tempo de prova está exatamente sobre nós, pois o alto clamor do terceiro anjo já começou na revelação da justiça de Cristo, o Redentor perdoador dos pecados. Este é o começo da luz do anjo cuja glória encherá a terra inteira” (*referência a Apoc. 18:1) (Review and Herald de 22 de Nov. de 1892). Por que a chuva serôdia não continuou a cair? Porque a mensagem que a trouxe deixou de ser pregada. Foi rejeitada por muitos e logo desapareceu da experiência do povo do Advento e o alto clamor morreu com ela. Só poderá começar outra vez quando a mensagem que a trouxe for restaurada e aceita.1

Renascimento Mundial. Durante o período quando esta mensagem de renascimento foi {108} pregada neste movimento com tão maravilhosos resultados, o Espírito Santo foi derramado (165) no mundo inteiro. Um grande reavivamento percorreu pelo mundo cristão e o povo de Deus, em toda parte, ouviu o chamado para se preparar para a breve volta de Cristo e, em vista desse acontecimento, para evangelizar o mundo. Estes eram os dias de D. L. Moody2 e suas grandes reconsagrações; de A. T. Pierson3 e sua mensagem para despertar a cristandade para seu dever de dar o evangelho ao mundo inteiro. Em 1886 o pastor Moody reuniu 251 estudantes de 89 faculdades e universidades dos Estados Unidos e Canadá, e conduziu uma série de reuniões em quatro semanas durante o qual o Espírito Santo estava presente com poder. No fim, 21 estudantes dedicaram sua vida às missões estrangeiras. Numa reunião ocorrida mais tarde o número de voluntários foi aumentado para 100. Nesta reunião A. T. Pierson cunhou a frase: "Todos devem ir, e devem ir para pregar". Todas as faculdades e as universidades dos Estados Unidos foram então visitadas e os recrutas para missões estrangeiras aumentaram para 2.500.

Pág. 165 {108} Data importante. 1888 não é uma data importante só para os adventistas do sétimo dia. Nesse ano foi organizado "O Movimento Estudantil Voluntário de Missões Estrangeiras”, com o clamor, "A Evangelização do Mundo nesta Geração". John R. Mott4, um dos fundadores, escreveu um artigo no "Revista Missionária" de novembro de 1889, em que ele declarou que o movimento era o começo do "maior reavivamento missionário desde os dias dos apóstolos.” O Espírito Santo foi derramado em toda carne, preparatório para a grande conversão de almas sob a última chuva. No nosso movimento (*adventista) havia muitas evidências de que nós estávamos nas fronteiras da Canaã celestial, e que o fim estava perto. Muitos milagres foram operados especialmente na cura de doentes. A perseguição também começou, e pareceu que a profecia de Apocalipse 13 estava para se cumprir. Em 1883 o projeto da lei Blair5 estabelecendo o dia de domingo — o Sábado Cristãofoi introduzido no Congresso Americano. Durante os anos 1889 e 1890 muitos do nosso povo no Sul foram multados e presos e colocados em corrente em bandos (*atrelados uns aos outros) por trabalhar no domingo. Havia toda evidência que o fim estava (*perto, mesmo) à mão.

Uma Grande Apostasia. Mas o espírito de reavivamento desapareceu e o mundo cristão entrou na maior apostasia desde que a grande Reforma tinha quebrado o poder da apostasia Papal. (166) A liderança do Espírito Santo foi substituída com as idéias e opiniões de homens. As grandes denominações evangélicas rejeitaram a liderança divina e designaram outros capitães para dirigi-los. A maioria de seus líderes hoje são modernistas encabeçados em direção ao Egito. Com a rejeição da mensagem da justiça pela fé no Movimento de Advento veio a maior apostasia em nossa história. A crise foi precipitada por incredulidade da instrução que o Senhor enviou pelo espírito de profecia, a agência divina por meio da qual o movimento é dirigido e é conservado. Quando a crise passou foi evidente a todos que permaneceram leais que o Senhor tinha grandemente vindicado Sua liderança pelo Seu instrumento escolhido. A passagem de tempo continua a provar que "por um profeta" o Senhor dirige e preserva o Movimento de Advento, como fez no Movimento de êxodo, Oséias 12:13. (*“O Senhor por meio de um profeta fez subir a Israel do Egito, e por um profeta foi ele guardado”).

Pág. 166 {108} O Dom Anulado. Assim como Israel "não obedeceria" as mensagens de seu profeta, o Israel moderno manifestou o mesmo espírito de {109} dúvida e incredulidade no instrumento escolhido por Deus, e, assim, tornou os testemunhos do Seu Espírito de nenhum efeito. A rejeição da mensagem do céu era, praticamente, uma rejeição do espírito de profecia. "Os testemunhos do Seu Espírito chamam sua atenção às Escrituras, apontam para seus defeitos de caráter, e repreendem os seus pecados; portanto vocês os desconsideram. E, para justificar o seu comportamento carnal, e de amor ao que é fácil, vocês começam a duvidar se os testemunhos são de Deus. Se vocês obedecessem os seus ensinos, estariam seguros de sua origem divina. Lembrem-se de que sua incredulidade não tem influência sobre a sua veracidade. Se são de Deus, eles permanecerão. Os que procuram diminuir a fé do povo de Deus nos testemunhos, que estão na igreja nestes últimos trinta e seis anos, estão lutando contra Deus. Não é contra o instrumento que vocês lutam e insultam, mas (*contra) Deus, que falou a vocês nestas advertências e reprovações” (Testemunhos Para a Igreja, vol. 5, págs. 234 e 235). Assim, mesmo antes de 1888 o espírito de dúvida e incredulidade se desenvolvia, e amadureceu numa revolta virtual contra a liderança divina do movimento.

Pág. 166 {109} O Espírito de Incredulidade Antes de 1888. Antes da Conferência de Minneapolis a tendência de incredulidade no espírito de profecia tinha estado se desenvolvendo de modo que quando a crise veio não foi senão a consequência natural de uma atitude anterior que levou muitos a rejeitarem a (167) mensagem enviada do céu e o conselho divinamente dado. "Fico cheia de tristeza quando penso em nossa condição como um povo. O Senhor não fechou o céu para nós, mas a nossa própria conduta de constante apostasia nos separou de Deus. Orgulho, cobiça, e amor ao mundo vivem no coração sem temor de exílio ou condenação. E, entretanto, a opinião geral é que a igreja prospera e essa paz e prosperidade espiritual estão em todas suas fronteiras. A igreja deixou de seguir a Cristo, seu Líder, e está constantemente voltando em direção ao Egito. Mas poucos estão alarmados ou espantados com sua necessidade de poder espiritual. Duvida e mesmo incredulidade dos testemunhos do Espírito de Deus fermenta as nossas igrejas em toda parte. E é assim que Satanás quer. Os ministros que pregam o eu em vez de Cristo também assim o desejam. Os testemunhos não são lidos nem apreciados. Deus falou a vocês. A luz tem estado brilhando da Sua palavra e dos testemunhos, e ambos foram desprezados e negligenciados" (Testemunhos Para a Igreja, vol. 5, página 217).

Pág. 167 {109} O Resultado da Crise. A mensagem que trouxe a crise de 1888 produziu este espírito de incredulidade no espírito de profecia. Em 3 de nov. de 1890,6 o seguinte testemunho foi dado: "Que reserva de poder tem o Senhor com que alcançar esses que têm rejeitado Suas advertências e reprovações, e atribuem os testemunhos do Espírito de Deus a nenhuma fonte mais alta que sabedoria humana? No julgamento, o que pode você, que fez isto, oferecer a Deus como uma desculpa por ter abandonado a evidência que Ele lhe deu, de que Deus estava na obra? 'Por seus frutos os conhecereis’ (*Mat. 7: 16 e 20). Eu não quero agora relatar, novamente, para vocês as evidências dadas nos dois últimos anos dos feitos de Deus pelos Seus servos escolhidos" [Citado no "Boletim de Conferência Geral de 1893", em 7 de Fev. de 1893]. Dois anos antes deste testemunho foi exatamente o tempo da reunião de Minneapolis.

Pág. 167 {110} De Nenhum Efeito. Na Conferência Geral na primeira reunião da manhã de 27 de fev. de 1893, o seguinte testemunho da Irmã White foi lido: "O Senhor projetou que as mensagens de advertência e instrução dada pelo Espírito a Seu povo deveria ir a toda parte. Mas as influências que cresceram da resistência à luz e verdade em (168) Minneapolis, tenderam a tornar de nenhum efeito a luz que Deus tinha dado a Seu povo pelos Testemunhos. … Alguns desses que ocupam posições de responsabilidade foram fermentados com o espírito que prevaleceu em Minneapolis, um espírito que anuviou o discernimento do povo de Deus" ["Boletim de Conferência Geral de 1893" de 28 de Fev. de 1893]. A rejeição da mensagem que o céu enviou em 1888, foi também uma rejeição do espírito de profecia. O mesmo é verdade hoje ao esta mensagem ser repetida. Negligenciar o presente chamado por um reavivamento e reforma, é rejeitar o conselho de Deus através do Espírito de Profecia.7

Pág. 168 {110} O Espírito de Satanás. O espírito que opôs-se à mensagem de 1888 foi divinamente chamado de "o espírito de Satanás". Sabendo dos resultados que se seguiriam à aceitação dessa mensagem, Satanás tornou-se desesperado nos seus esforços para destruir sua influência. A quantos possa, ele leva abertamente a oporem-se à mensagem, e, assim, a rejeitarem o espírito de profecia. Outros que aceitaram a mensagem foram dirigidos a extremos que trouxeram uma reprovação sobre a obra de Deus. Um destes foi o movimento da "Carne Santa" que começou no ano de 1900. Esta foi uma perversão da doutrina da justiça pela fé e foi inspirada (*e tencionada) por Satanás para lançar uma vergonha sobre ela. Mesmo até hoje, alguns que se opõem à repetição da mensagem de 1888 tentam usar o assustador (*movimento) da "carne santa" como um argumento (*apavorante) contra ela. Não há absolutamente nada relacionado à idéia de "carne santa" na genuína mensagem de justiça pela fé.8 Outro esforço de Satanás para derrotar o propósito de Deus, era o ensino de que Deus estava naturalmente em todos nós e em cada coisa viva; que toda vida é uma manifestação de Deus e é portanto Deus. Este ensino, panteísmo, foi aceito por muitos, e destruiu a necessidade de trazer Cristo para dentro do coração e vida pela fé, pois, de acordo com a filosofia espírita Ele já estava tanto dento do bom como do mau.

Os Movimentos Paralelos. Durante as duas décadas seguintes à crise de 1888, houve muitos movimentos de "desdobramento" e eles estavam todos relacionados àquela mensagem do céu e a atitude para com ela. Alguns abertamente a rejeitaram e lutaram contra o espírito de profecia, e outros a usaram para um propósito errado, tentando provar que seu falso movimento era de Deus. (169) Isto tem sido verdade de cada movimento que surgiu até ao tempo presente. Declarações feitas pela serva de Deus durante este período de crise, e especialmente os que fortemente repreendem líderes, por causa de sua atitude em relação à mensagem de Deus e aos mensageiros, são tirados de seu contexto natural e histórico e usados num esforço para apoiar um falso e dissimulado movimento inspirado por Satanás. A maioria dos movimentos falsos começam com fingida reverência para com o espírito de profecia, mas normalmente o terminam repudiando por causa da impossibilidade de provar que seus ensinos estão de acordo com suas doutrinas e práticas.9

Pág. 169 {111} Argumento Principal. O argumento básico da maioria destes movimentos paralelos originou-se em 1893 quando um esforço foi feito para provar, das mensagens do espírito de profecia, que a Igreja de Adventista do Sétimo Dia tinha se tornado Babilônia. Homens mal orientados reuniram, dos escritos de Irmã White, as declarações mais fortes de reprovação à igreja e seus líderes e tiraram deles uma falsa conclusão que enganou a muitos. Para corrigir este penoso erro a irmã White escreveu quatro artigos que apareceram na Review and Herald de 22 de agosto a 12 de setembro. Esta série mais tarde foi incluída em Testemunhos para Ministros, págs. 32-62. Citaremos alguns trechos destes artigos que foram intitulados, "A Igreja Remanescente Não é Babilônia".

Movimento Condenado. "No panfleto publicado pelo irmão Stanton e seus companheiros, ele acusa a igreja de Deus de ser Babilônia, e incentivava os membros a saírem da igreja. Este é um trabalho que não é nem honroso nem justo. Ao compilar estes testos eles usaram meu nome e escritos em apoio ao que eu desaprovo e denuncio como erro. … Eu não tenho nenhuma hesitação em dizer que esses que estão incitando este trabalho estão grandemente enganados. Durante anos dei meu testemunho a fim de que quando alguém surgir reivindicando ter grande luz e, entretanto, advogando a demolição do que o Senhor, pelos Seus agentes humanos, tem estado acumulando, eles são grandemente enganados, e não trabalham ao longo das linhas onde Cristo está trabalhando. Os que afirmam que as Igrejas de Adventistas do Sétimo-Dia constituem Babilônia, ou qualquer parte de Babilônia, melhor talvez que permaneçam em casa". (*Testemunhos para Ministros, págs. 36 e 37).

Pág. 170 {111} Inspirado por Satanás. "Em lugar de trabalhar com agências divinas para preparar um povo para ficar de pé no dia do Senhor, eles tomaram sua posição com aquele que é o acusador dos irmãos, que os acusa perante Deus de dia e de noite. Agências satânicas têm sido movidas de lugar abaixo, e inspiraram homens para se unirem com uma confederação do mal, que eles podem deixar perplexo, podem atormentar, e podem causar ao povo de Deus grande angústia" (*idem, pág. 37). "Reivindicar que a Igreja de Adventista do Sétimo-Dia é Babilônia, é fazer a mesma reivindicação que faz Satanás" (*idem, pág. 42). "É possível que homens surgirão entre nós, que falarão coisas perversas, e expressarão os mesmos sentimentos que Satanás teria disseminado no mundo a respeito dos que guardam os mandamentos de Deus, e têm a fé de Jesus"? (*idem, págs. 50 e 51).


São Desonestos. "Ver-se-á que os que pregam falsas mensagens não terão um alto sentido de honra e integridade. Enganarão o povo, e misturarão os "Testemunhos" da Irmã White, com erro, usando seu nome para dar influência ao trabalho deles. Tomam testos dos "Testemunhos" pensando que eles podem torcer para apoiar suas posições, e colocá-los num cenário de falsidade, de modo que seu erro possa ter peso, e seja aceito pelo povo. Tiram conclusão errônea e empregam mal o que Deus deu à igreja para advertir, aconselhar, reprovar, confortar, e encorajar os que comporão o povo remanescente de Deus” (*idem, pág. 42). Estas mesmas práticas desonestas ainda estão sendo usadas por movimentos paralelos que esforçam-se por enganar tentando provar que estão em acordo com os "Testemunhos".



Notas do tradutor:

1) Há uns oitenta e cinco anos atrás, um presidente da Associação Geral reconheceu o cumprimento inicial da profecia deste “quarto anjo” na mensagem de 1888: “Em 1888 veio à Igreja Adventista do Sétimo Dia uma mensagem de despertamento bem definida. Na ocasião foi chamada de ‘a mensagem de Justificação pela Fé’. Tanto a mensagem quanto a maneira em que chegou causaram profunda e duradoura impressão na mente de ministros e povo, e o passar do tempo não tem apagado da memória essa impressão. Até o presente, muitos daqueles que ouviram a mensagem quando ela veio, estão profundamente interessados nela e preocupados a seu respeito. Por todos esses longos anos têm eles mantido firme convicção, e alimentado acariciada esperança de que algum dia esta mensagem receba preeminência entre nós, e que realize a obra de purificação e regeneração na igreja, sendo, como creem, o propósito para o qual o Senhor a enviou.” (A.G. Daniells, Christ Our Righteousness, pág. 23. Edição em português, Cristo Nossa Justiça, pág. 25 – Casa Publicadora Brasileira).

O pastor Daniells se viu constrangido a acrescentar: “A mensagem nunca foi recebida, nem proclamada, nem obteve livre curso como deveria a fim de transmitir à igreja as imensuráveis bênçãos que estavam nela envolvidas” (Idem, p. 47 – Na edição em português, pág. 53). As publicações denominacionais demonstram a veracidade da declaração anterior. Com exceção dos conceitos implícitos nos escritos do Espírito de Profecia, uma investigação indica que nas décadas anteriores e posteriores a 1926, a mensagem de 1888 propriamente dita, foi tão perdida e enterrada como Pompéia debaixo das cinzas do velho Vesúvio. Podemos ter muito da assim chamada justificação pela fé, mas ela é bem diferente da luz que o Senhor deu para este povo na mensagem de 1888. E não somente o movimento carismático tem feito tentativas para seduzir a igreja remanescente mediante um evangelho exageradamente subjetivo, mas o extremo oposto de um evangelho do tipo calvinista, puramente objetivo, tem tomado vantagem de nossa enorme ignorância quanto ao conteúdo da mensagem de 1888. (Capítulo 2 do livro “Introdução à Mensagem de 1888,” do pastor Roberto J. Wieland. Tradução de C.H.)

2). Dwight Lyman Moody (1837-1899), mais conhecido como D. L. Moody, foi um evangelista e editor americano que fundou o Instituto Bíblico Moody para preparar missionários, pregadores e líderes, que passaram a trabalhar em todos os continentes do mundo. Depois de sua dedicação ao ministério veio a ser extremamente honesto e desprendido de ambição de lucro. Pobre ao aproximar-se da morte disse: “minha esposa e meus filhos terão que confiar no mesmo Deus que eu confiei.”

3) Arthur Tappan Pierson (1837-1911), foi um pastor americano, presbiteriano, pregou 13.000 sermões, escreveu mais de 50 livros, e fez palestras bíblicas internacionais, e tornou-se famoso principalmente na Escócia e na Inglaterra.

4) John Raleigh Mott (1865-1955), Em 1885, ao decidir sobre sua vida entre estudar Direito ou assumir o negócio de uma madeireira de seu pai, ele acabou optando por dedicar a vida para apresentar Cristo para estudantes. Em setembro de 1888 ele começou um serviço que duraria 27 anos como secretário nacional de um movimento entre as universidades promovido pela Associação Cristã de Moços, uma posição que requeria dele visitar as universidades para falar aos estudantes sobre atividades cristãs. Durante a 1ª Guerra Mundial ele tornou-se secretário geral do Concílio Nacional da Guerra, tendo recebido o premio Nobel da Paz em 1946;

5) Um projeto de lei proposto pelo senador Henry William Blair, estabelecia o sábado americano, com repouso no domingo. Na revista Advent Review and Sabbath Herald, de 29 de maio de 1888, lemos: “Muita excitação foi criada na semana passada por um projeto de lei, introduzido no Senado dos Estados Unidos da América pelo Senador Blair, estabelecendo que no dia de domingo — o Sábado Cristão — nenhum serviço dos correios devesse ser efetuado, ... e nenhum treinamento militar, ou parada seriam permitidos, nem nenhum trabalho ou recreação em nenhuma linha de negócio ou em nenhum território no qual os Estados Unidos tivessem exclusiva jurisdição. O projeto de lei foi chamado ‘uma lei para observância do dia do Senhor’” (*grifamos).

6) Este artigo de Ellen G. White, de 3 de Novembro de 1890, citado pelo Pr. Bunch, intitula-se: “Danger in Adopting Worldly Policy in the Work of God, (O Perigo de Adotar Método Mundano na Obra de Deus). Você pode vê-lo, inteiro, em inglês, no Site de busca “Google”, simplesmente digitando SpTA02b. Como o artigo é muito longo (14 páginas) ao você abri-lo, no quadro em que o Google diz “localizar” digite o início do parágrafo que o pr. Bunch citou: “What reserve power has the Lord,” e o texto vai pular para um parágrafo no meio do artigo. São cinco linhas, e termina com: “dealings of God by his chosen servants;” Este final, “... os feitos de Deus pelo Seu servo escolhido,” é uma referência aos mensageiros de 1888, Waggoner e Jones.

7) No livro Questões Sobre Doutrina encontrei afirmações que não entendo estarem de acordo com o Espírito de Profecia. Pesquise no nosso blog, no quadro “localizar” , sobre a natureza que Cristo assumiu na encarnação, e verifique o que fala este livro. Queremos agora dar 2 exemplos da nova teologia, amparados pelas ESCRITURAS e pelo ESPÍRITO DE PROFECIA: A EXPIAÇÃO e A DOUTRINA DO SANTUÁRIO: Como os evangélicos, aquele livro ensina que a expiação na cruz foi completa, perfeita e final. Isto os evangélicos devem ter tido influência para que fosse incluído naquele livro, pois eles não aceitam a doutrina adventista do santuário. É verdade que houve algo que foi completo, perfeito e final na cruz, o que foi??? — o antítipo SACRIFÍCIO DO CORDEIRO de DEUS que TIRA O PECADO DO MUNDO. A páscoa é o tipo. O sacrifício do cordeiro pascoal, feito com todo o ritual prescrito, foi COMPLETO, PERFEITO, FINAL e ACABADO. Entretanto, por si só, não poderia evitar a morte de primogênito algum, nem mesmo de inocentes criancinhas e animais, quanto mais de homens pecadores, se o sangue não fosse aplicado aos umbrais das portas. À meia noite o anjo executor cumpriu o juízo. Já no santuário terrestre dois eram os ministérios — o diário e o anual., e o sangue era levado ao interior do santuário e alí aplicado. Neste, no último dia do ano cerimonial, “AFLIGIREIS AS VOSSAS ALMAS”, (Lev. 23:32; Num. 29:7). Era, virtualmente, o dia do juízo para Israel. “Como no serviço típico ...ao fim do ano ... antes que se complete a obra de Cristo para redenção do homem, há também uma expiação ...” (O Grande Conflito, pág. 421, 3º§); “Ele entrou no lugar santíssimo ... a fim de levar a efeito a obra final da expiação” (idem, pág. 422, 2º§); Como “as que tinham óleo em seus vasos com as lâmpadas, foram as que entraram para as bodas, os que, com conhecimento da verdade pelas Escrituras, tinha também o espírito e graça de Deus ... pela fé O acompanharam em Sua obra naquele Santuário ... para efetuar a última obra de mediação” (idem, pág. 427, 3º§ e 428, 1º§); Ainda da pág. 428: “na figura do casamento ... Mateus 22, ... a obra de exame do caráter, para determinar quem está preparado para o reino de Deus, é a obra do juízo de investigação, a obra final do santuário no céu” (2º§); “Assim, esta breve sentença — ‘As que estavam preparadas entraram ... fechou-se a porta’— nos conduz, através do ministério final do Salvador ... (3º§); “Cristo entrou no lugar santíssimo para efetuar a obra final da expiação” (4º§); “Quando, no cerimonial típico, o sumo sacerdote ..., no dia da expiação ... entrava ... para apresentar o sangue da oferta pelo pecado, em favor de todos que verdadeiramente se arrependiam de suas transgressões. Assim Cristo ainda pleiteia com Seu sangue...” (idem, pág. 429, 1º§); No antítipo, de 1844, até hoje, Cristo está fazendo “expiação por todos que se verificarem com direito aos benefícios da mesma” (idem, pág. 480, 1º§); “Achamo-nos no grande dia da expiação, e a santa obra de Cristo em favor do povo de Deus, que transcorre presentemente no santuário celestial ...” (Testemunhos Para a Igreja, vol. 5, pág. 520); No Santuário terrestre No dia da Expiação “cada homem deveria afligir a sua alma, enquanto prosseguia a obra da expiação. Toda ocupação era posta de lado, e toda a congregação de Israel passava o dia em humilhação solene perante Deus, com jejum e profundo exame de coração” (Patriarcas e Profetas, pág. 355). etc... etc... (Todos os grifos em negrito, nestas citações, são nossos).

8) Ao contrário, em Mensagens Escolhidas, vol. 2, págs. 31 em diante, os compiladores afirmam que aqueles irmãos “Pretendiam que quando Cristo passou pela angústia do Getsêmani obteve carne santa como Adão possuía antes da queda. Essa teoria alegava que aqueles que seguem o Salvador precisam também adquirir o mesmo estado de inocência física como preparo essencial para a trasladação (Grifamos). O pastor Heskel, que esteve presente numa reunião campal em Indiana, escreveu à Sra. White: "Quando eu afirmei que nós criamos que Cristo nasceu com a natureza humana caída, eles nos representaram como se crêssemos que Cristo pecou. ... eles acreditam que Cristo possuía a natureza de Adão antes do pecado," com a qual nasceu. Já o pastor G. A. Roberts, que também esteve presente na conferência de Indiana afirmou que “Hebreus 2: 7-14 era usado pelos membros do movimento da carne santa para mostrar que Cristo havia nascido com carne santa.” Mas veja que o verso 14 declara exatamente o oposto.

Na pág. 37, a serva do Senhor profetizou que “a história do passado se repetiria. ... O Senhor mostrou-me que seriam introduzidos em nossas reuniões campais teorias e métodos errôneos.” E não é isto que vemos hoje na nova cristologia adventista? (além de mudanças nas doutrinas do santuário, da expiação e da marca da besta). Todas esta mudanças para não sermos chamados de seita. Assim, o que vemos hoje na “NOVA TEOLOGIA” é um cumprimento da profecia. O evangelho perdeu a idéia de uma dádiva (João 3:16) completa, incondicional, “com risco de perada eterna.” Se verdadeira fosse a nova interpretação da natureza de Cristo, assumida por Ele na encarnação, adotada no livro Questões Sobre Doutrina, Satanás teria o argumento de que o sacrifício de Cristo não foi completo, pois este falso cristo não seria 100% Deus Conosco, uma vez que não assumira a condição total dos que teria vindo salvar. Ele não teria descido ao fundo do poço em que nos encontramos. “Este é o clássico mais polêmico da história da igreja” (contra-capa da lição dos professores do trimestre passado, julho a setembro de 2009.). Naquela propaganda, bem como na página 163 da lição dos professores deste trimestre, lemos: “Questões Sobre Doutrina foi escrito para apresentar uma visão mais clara dos ensinos adventistas no mundo evangélico” (Veja também, na lição do aluno, deste trimestre, à pág. 91) não trouxe esta afirmação Na verdade foi o resultado de um acordo que alguns pastores adventistas fizeram com líderes evangélicos, para evitarem a Igreja Adventista ser incluída num livro sobre seitas, que seria escrita por Walter Ralston Martin, um pastor evangélico, pesquisador e escritor no tópico de cultos e seitas. Apesar da conotação pejorativa deste termo, como “bando, facção”, Paulo deu a entender que o tinha como um elogio, e “conforme aquele caminho que chama seita, assim sirvo ao Deus de nossos pais” (Atos 24:14).

Para mais informação sobre este movimento da carne santa, veja neste blog o artigo, “A Doutrina da Carne Santa”, postado em 16 de julho de 2009, a propósito da lição do dia 13/07/09.

9) Nestes últimos anos parece-nos que a nossa divisão, ou a nossa editora, não sei, passou a ter uma posição oficial, ou oficiosa, também não sei, sobre o entendimento pré-lapsariano da natureza assumida por Cristo na encarnação. O livro Bible Readings for the Home, Estudos Bíblicos (o nosso carro-chefe de evangelização desde os primórdios da nossa denominação, com esclarecimento detalhado das verdades bíblicas, eu me batizei depois de o ter estudado e preguei dele a os interessados desde a minha infância) largamente vendido aos milhares no mundo inteiro, na edição de 1995 da CPB, Tatuí, no capítulo “Vida sem Pecado”, foi retirada a nota da pergunta de nº 6, que era bem enfática quanto à natureza caída de Cristo quando na Terra, mas manteve a nota da pergunta 7 que é igualmente enfática quanto a posição pós-lapsariana. A 4ª edição, de 1979, Santo André, de que disponho, é completa, nãto há ali tal omissão. Igualmente completa é uma velha edição que meu sogro possui, há mais de 50 anos. Já a edição de 2009, omitiu todas as referências à posição pós-lapsariana. Compare-os, se você puder. Parece ser um suporte à posição do livro Questões Sobre Doutrina.

Ora, as doutrinas fundamentais da igreja são decididas em Assembléias da Associação Geral regularmente convocadas, o que não foi o caso até o presente momento neste particular assunto.

Mas alguém pode perguntar: Por que a liderança leiga não protesta contra a nova teologia? Ou melhor, por que não protestam contra as idéías inovadoras? Bem: inicialmente foi “a indisposição de ceder a opiniões preconcebidas e aceitar esta verdade...” (Mensagens Escolhidas, vol. 1, págs. 234 e 235); Agora a grande maioria não está ciente destas mudanças, e negligenciam a pesquisa doutrinária profunda, não têm tempo; Ainda grande parte desconhece que nossas doutrinas vieram por estudo delongado dos pioneiros, noites a fio, e quando estes se encontravam em uma encruzilhada de dúvidas o Espírito do Senhor tomava Ellen G. White em visão e indicava o caminho da verdade (Testimonies for the Church, série B, nº 2, págs. 56 e 57). Assim, nossas doutrinas fundamentais originais nos foram outorgadas pelo Espirito Santo, não por vontade humana, e muito menos de um pequeno grupo de irmãos em reuniões secretas; Estes e outros também, talvez não saibam disto, que a nova teologia veio por acordo de dois ou três elementos da igreja com lideres evangélicos, para que a igreja adventista não fosse chamada de seita, e pudesse ser aceita como uma denominação ecumênica. E é exatamente nisto que deu. Hoje os adventistas “fazem parte do Concílio Mundial de Igrejas como observadores, consultores e acessores.” <http://www.oikoumene> “349 igrejas que buscam a unidade ...” A Igreja Adventista está ali listada. Agora veja Salmo 94:20. E há também uma profecia que fala de uma realidade oposta a esse desejo ecumênico, “...este povo habitará só, e entre as nações não será contado” (Números 23:9).

Mas resta ainda outra pergunta: e os que sabem e estudaram a história da rejeição da mensagem de 1888, bem como os meandros da introdução oficial, ou mesmo “oficiosa” da nova teologia, por que não se arregimentam em um protesto unificado? Bem, muitos o fizeram nas décadas de 1950 a 1970. Outros vieram depois. Este blog é uma singela participação neste protesto. Não se trata de crítica, pois neste caso nunca se poderia lutar pela verdade, como os profetas que foram perseguidos e muitos deles mortos.. É um reconhecimento e exposição da verdade fática, depois que se esgotaram os métodos aconselhados por Cristo (Mat. 18: 15-19). Nós mesmos participamos deste esforço nos canais competentes, desde a ASSOCIAÇÃO GERAL, onde estivemos, e apelamos algumas vezes, passando pela Divisão Sul, faculdade de Teologia do UNASP, até o campo local, e, finalmente, a congregação à qual nossos nomes estão arrolados. Mas: há, realmente, entre nós, os que não querem se envolver nisto; bem como os que não desejam se indispor com a liderança; há também o que estudamos esta semana a LUTA PELO PODER, os que desejam e fazem questão de ter cargos, seja a que custo for; há, entre os mais ligados à organização os que amam salários e ajudas de custo; bem como os que, se sentem envergonhados de confessar que estavam ensinando o erro por tantos anos; etc... etc... Mas, mais grave de todos, são os que desejam que as coisas continuem como estão — os que amam o “statu quo.” Os deixamos por último, mas estes são, talvez, o maior grupo entre nós, os que inocentemente se perderão por falsos ensinos de alguns líderes, falsos profetas. Estarrecida uma pessoa nos indagou: “— Mas é justo isto, racional, ou mesmo lógico e razoável, que dois ou três indivíduos instituam o erro, muitos o ensinem e “o nosso povo” inocente seja condenado?— ” Minha querida irmã, respondemos, isto foi o que ocorreu no tempo de Jeremias, a ponto de Deus dizer: Buscai em Jerusalém alguém “que pratique a justiça ou busque a verdade” e “Eu perdoarei a esta cidade” (5:1). E o profeta lamentador (não crítico) concluiu no verso 31: “Os profetas profetizam falsamente, os sacerdotes dominam de mãos dadas com eles, e o Meu povo assim o deseja.” O que pode, minha irmã, Deus fazer? Ele não viola o livre arbítrio com que nos dotou. Se a maioria de nós, “o Meu povo”, deseja que seja assim, que pode Deus fazer??? “O Meu povo gosta que seja assim!”, diz outra tradução.

____________________________