terça-feira, 24 de novembro de 2009

Capítulo 27 — A PROVA DE FÉ REPETIDA

O Êxodo e os Movimentos do Advento

em Tipo e Antítipo, por Taylor G. Bunch, escrito em 1937.

Postado em 24/11/09 no blog http://agape-edicoes.blogspot.com

Capítulo 27 — A PROVA DE FÉ REPETIDA

Pág. 194 {128} Mensagem Repetida. Deuteronômio 2:1-3. Depois de quase 40 anos de vagueação em torno das montanhas de Seir, o chamado para entrar na terra prometida foi repetido. A mensagem foi quase idêntica à que fora dada no Monte Horebe, mais de 38 anos antes, ver Deu. 1:6-8. É evidente que o Senhor pretendia reduzir a sentença de 40 anos que tinha determinado em Cades-Barneia, esperando que O Seu povo tivesse aprendido a sua lição. Durante esses anos de peregrinação no deserto nenhuma mensagem procedente do céu veio aos israelitas para o objetivo de conduzi-los do deserto para Canaã. A mensagem foi de boas novas para os cansados peregrinos que tinham vagado por tanto tempo "no grande e tremendo deserto" (*Deut. 1:19 e 8:15). O acampamento deve ter-se enchido de regozijo ao saber que o longo atraso do tempo de espera estava para terminar.

Escola de Experiência. A jornada pelo deserto tinha sido para o benefício do povo de Deus. Foi uma escola de experiência para prepará-los para a entrada na terra prometida. Moisés levou 40 anos no deserto para qualificar-se para a liderança do Movimento do Êxodo. "Tal foi a experiência que Moisés alcançou com os quarenta anos de treinamento no deserto. Para compartilhar tal experiência, a Infinita Sabedoria não considerou muito longo o período, nem exageradamente grande o preço" [Educação, pág. 64]. Essa experiência certamente ajudou Moisés a ser mais paciente e compreensivo com os israelitas durante o seu tempo de dura jornada na escola da experiência do deserto, Deut. 8:1-3. "A experiência variada dos hebreus foi uma escola preparatória para o seu prometido lar em Canaã” [Patriarcas e Profetas, pág. 293]. Agora vem a mensagem de que eles tinham passado "tempo suficiente” (*Deut. 1:6 e 2:3, KJV) nessa escola de treinamento e preparo.

De volta a Cades. Números 20:1-3. Que esta é a mesma Cades onde Israel tinha falhado 38 anos antes é evidente. É localizada no, ou perto do "deserto de Parã" e no "deserto de Zim". Números 13:26; 20:1. "O deserto de Zim, que é Cades," Números 33:36. Em Números 21:1 a Cades, à qual eles voltaram, é chamada de "o caminho dos espias" (*KJV e Almeida Fiel) que definitivamente (195) a identifica como a mesma Cades de onde os 12 espias entraram na terra prometida 38 anos antes. É-nos dito que Cades era "o caminho direto para a terra de Canaã" [Patriarcas e Profetas, pág. 414]. A Enciclopédia Popular e Crítica da Bíblia (“Popular and Critical Bible Enclycopedia”) publicada em 1914, declara que Cades é o lugar "onde os israelitas duas vezes se acamparam com a intenção de entrar na Palestina, e de onde foram por duas vezes enviados de volta".

Pág. 195 {128} Evidência Adicional. Ao provar que havia só uma Cades, a autoridade acima mencionada continua: "Foi deixado ao Dr. Kitto mostrar que uma Cades responderia suficientemente por todas as condições requeridas. ... Segundo este ponto de vista, Cades foi situada no mapa, preparado sob sua direção, na mesma linha, e não longe do lugar que sempre lhe foi atribuído de observações diretas feitas pelo Dr. Robinson. Esta convergência de opiniões de linhas diferentes de pesquisa, dando o mesmo resultado, é curiosa e valiosa, e a posição de Cades será considerada como agora muito pouco aberta para questionamento" [ibidem}. Os autores do “Pulpit Commentary" também alegam que houve só uma Cades à qual Israel veio e {129} acampou duas vezes. Sir William Smith no seu “Dictionary of the Bible” (Dicionário da Bíblia) diz de Cades: "Este lugar, cenário da morte de Miriã, foi o ponto mais distante alcançado pelos israelitas no seu caminho direto para Canaã; foi também de onde se enviaram os espias, e onde, no seu regresso, o povo começou sua murmuração, e onde sua pena da vagueações teve início".

Pág. 195 {129} Espírito de Profecia. Conquanto os estudantes de Bíblia só chegaram à conclusão recentemente de que teria havido uma só Cades, o Espírito de Profecia nos forneceu a mesma informação anos atrás (*antes de todos acima mencionados) e numa ocasião em que a maior parte das autoridades afirmavam que havia duas (*Cades). "Novamente a congregação de Israel foi levada ao deserto, ao mesmo lugar onde Deus os provara tão logo deixaram o Egito. O Senhor lhes trouxe água da rocha, que continuou fluindo até pouco antes de que viessem novamente à rocha, quando o Senhor fez com que aquela corrente viva cessasse, para provar o Seu povo novamente, e ver se suportariam a prova da sua fé, ou murmurariam novamente contra Ele" [E. G. W., "Spirit of Prophecy", vol. 1, pág..309, publicado em 1870]. (*Ver também Patriarcas e Profetas, pág. 414).

Pág. 196 {129} Teste Repetido. O Senhor conduziu Israel de volta ao mesmo lugar onde tinham falhado 38 anos antes e novamente testou a sua fé para ver se seguiriam a Sua liderança na terra prometida. Para realizar esse teste o Senhor fez com que o fluxo miraculoso de água cessasse, ver Números 20:2. "Exatamente antes de as hostes hebreias chegarem a Cades, cessou a torrente viva que durante tantos anos jorrara ao lado de seu acampamento. Era o propósito de Deus novamente provar o Seu povo. Iria prová-los para ver se confiariam em Sua providência ou imitariam a incredulidade de seus pais. Estavam agora à vista das colinas de Canaã. Apenas alguns dias de marcha chegariam às fronteiras da Terra Prometida.Antes que Deus permitisse que eles entrassem em Canaã, deviam demonstrar que criam em Sua promessa. A água deixou de jorrar antes que chegassem a Edom. Ali estava uma oportunidade para andarem, por um pouquinho de tempo, pela fé em vez de pela vista. Mas a primeira prova suscitou o mesmo espírito turbulento e ingrato, manifestado por seus pais" [Patriarcas e Profetas, pág. 413, 414].

O Segundo Fracasso. Números 20:3-13. Os israelitas revelaram o mesmo espírito de desconfiança e murmuração como fizeram no mesmo lugar 38 anos antes. O que foi intencionado ser o portão para Canaã tornou-se "as águas de Meribá" ou "Luta" (vs. 13, margem da KJV). A ordem "virai-vos para o norte" (*vs. 3) em conjunto com a cessação do fluxo de água devia ter fortalecido a fé e a coragem dos israelitas. Deuteronômio 2:2-6. "Estas instruções deveriam ter sido suficientes para explicar por que lhes fora cortado o suprimento de água; estavam prestes a passar através de um território bem regado e fértil, em caminho direto para a terra de Canaã. Deus lhes havia prometido uma passagem isenta de incômodos através de Edom, e oportunidade para comprarem alimento e água também, suficientes para suprir as hostes. A cessação da miraculosa emanação de água devia ter sido, portanto, motivo de regozijo, sinal de que terminara a vagueação pelo deserto. Não houvessem eles se tornado cegos pela sua incredulidade, e teriam compreendido isto. . . . O povo parecia ter abandonado toda esperança de que Deus os levaria à posse {129} de Canaã, e clamaram pelas bênçãos do deserto" [Patriarcas e Profetas, pág. 414]. Por causa deste segundo fracasso em Cades o Movimento do Êxodo teve de fazer uma longa (197) volta em torno de Edom e assim a entrada na terra prometida foi novamente retardada.

Pág. 197 {130} O Antítipo. Pelo fato de ter o Israel moderno rejeitado a mensagem que começou em 1888, o Senhor declarou que Ele "os conduziria em uma longa viagem" e que seriam "trazidos de volta ao mesmo terreno novamente" e "seriam testados novamente nos mesmos pontos onde falharam então", "no teste e prova em Mineápolis," ver o capítulo 22 (*postado neste blog em 04/11/09). Também nos é dito que muitos que falham a primeira vez não suportarão o teste quando for repetido, mas se oporão à mensagem novamente, e que "o mesmo espírito será revelado". É interessante que nos anos da década de 1920 a mesma mensagem que foi dada em Mineápolis começou a ser repetida ao povo remanescente de Deus. O Movimento do Advento teve de voltar às mesmas questões e por isso novamente voltou aos próprios limites da Canaã celeste. É também um fato interessante que durante o nosso jornadear pelo deserto entre as duas Cades-Barneias antitípicas, a mensagem laodiceana não foi pregada e a justificação pela fé foi praticamente esquecida como uma doutrina e em grande medida desconhecida como uma experiência.

O Mesmo Espírito. A repetição da mensagem laodiceana com o seu remédio foi enfrentada com o mesmo espírito de oposição da parte de muitos como manifestado em Mineápolis. Alguns dos mesmos líderes que combateram a mensagem e criticaram os mensageiros em 1888 manifestaram o mesmo espírito amargo ao ser a mensagem repetida. Muitos outros que não passaram pela crise de 1888 revelaram uma resistência passiva, quando não uma aberta oposição à mensagem celestial que deve trazer a chuva serôdia e preparar o povo remanescente de Deus para a entrada na Canaã celestial. Para eles soou como novo e estranho despertando os seus temores de fanatismo e que estariam em perigo de desvio dos bons e velhos métodos de pregar a lei e as doutrinas. Exatamente os mesmos argumentos usados pela oposição da mensagem de 1888 foram e ainda estão sendo repetidos por aqueles que resistem à mesma mensagem na sua segunda apresentação.1

Espírito de Profecia. "É assim que Deus ainda testa o Seu povo. Se não conseguem suportar a prova, Ele traz-lhes novamente ao (198) mesmo ponto, e na segunda vez a prova chegará mais perto, e será mais severa do que a precedente. Isto é continuado até que suportem o teste, ou, se eles forem ainda rebeldes, Deus lhes retira a luz, e abandona-os na escuridão" [Patriarcas e Profetas, pág. 437]. "Acusar e criticar aqueles a quem Deus está usando é acusar e criticar ao Senhor, que os enviou. . . . Os preconceitos e opiniões que prevaleciam em Mineápolis não estão mortos de modo algum; as sementes ali semeadas em alguns corações estão prestes a brotar para a vida e a dar idêntica colheita. A copa foi cortada, mas as raízes nunca foram desarraigadas, e elas ainda dão o seu fruto profano para envenenar o juízo, perverter a percepção, e cegar o entendimento daqueles com quem vos relacionais, com relação à mensagem e aos mensageiros" [Testemunhos para Ministros, págs. 466, 467. A veracidade desta afirmação foi abundantemente demonstrada durante os últimos anos. (*Lembre-se, isto foi escrito em 1937).

Pág. 198 {131} Mensagem Mandada Pelo Céu. O Senhor deu abundância de evidência de que está novamente falando a Seu povo. Os mesmos frutos abençoados são vistos nas vidas daqueles que aceitam esta mensagem de origem celeste como foram manifestados nas vidas daqueles que a aceitaram há quarenta anos. (*Escrito em 1937). Ela tem o mesmo timbre definido de certeza e traz os seus ouvintes à mesma convicção. Ela convence o povo remanescente de Deus de que o fim está próximo e de que nosso jornadear pelo deserto está para terminar. Ela praticamente diz, "Tendes rodeado bastante esta montanha; virai-vos para o norte" (*Deut. 2:3). De fato esta afirmação muitas vezes é empregada como um texto na proclamação da mensagem da qual ela era o tipo. Ao ser a mensagem repetida o Espírito Santo dá testemunho de sua origem divina e veracidade. O fato de que a mensagem de 1888 está sendo repetida é uma das maiores evidências de que a vinda de Cristo está próxima e de que o Senhor Se propõe a conduzir o Movimento do Advento à Canaã celeste.

Águas de Luta. A mesma mensagem e a experiência que devia ter trazido a unidade e alegria e a fé aos membros do Movimento do Êxodo, resultaram em luta, confusão e derrota. "E o povo contendeu com Moisés" (*Num. 20:3). Contender significa "repreender, reprovar, culpar ou censurar; fazer barulho rugidor e áspero". O acampamento inteiro parecia ter sido (199) lançado em luta e confusão, e algumas cenas e experiências de 38 anos atrás foram pelo menos em parte revividas. A repetição da mensagem de 1888 ao povo do Advento trouxe o movimento de volta à mesma crise e criou a mesma oposição. A mensagem devia ter trazido maior unidade e fé ao movimento inteiro e enchido o acampamento — o moderno Israel — com alegria e regozijo. Embora ela tenha realizado isto para os milhares que aceitaram a mensagem e adentraram a experiência espiritual exigida por ela, a oposição à mensagem é a mesma e a crítica dos mensageiros criaram muita luta e levaram o Movimento do Advento "às águas de Meribá". Algumas das cenas e experiências da crise de 1888 foram, pelo menos parcialmente, revividas. É significativo que Cades signifique "o julgamento do povo" ou "a igreja do julgamento do povo”.2

Pág. 199 {131} Teste de Paciência. A segunda experiência em Cades não foi só um teste da fé dos israelitas, mas também um teste da paciência dos líderes que buscavam fazer com que o jornadear no deserto chegasse a um fim por conduzir o Movimento do Êxodo à terra prometida. Durante quase 40 anos Moisés, que foi declarado ser "o homem mais manso sobre a Terra" [Testemunhos Para a Igreja, vol. 3, pág. 341], tinha suportado um povo infiel e rebelde. Não tivesse sido pelos seus fracassos ele poderia ter entrado na terra prometida anos antes. Durante aquele longo e cansativo tempo no deserto ele e os seus fiéis associados tinham ansiado pelo tempo em que a sentença divina findaria e Israel poderia ser levado ao seu destino final em Canaã. Agora, quando aquela acariciada meta estava novamente à vista e suas esperanças, há tanto retardadas, estavam a ponto de se realizarem, o segundo fracasso de Israel em entrar na terra prometida pela descrença, pareceu ser mais do que o grande líder podia suportar. A paciência de Moisés cedeu sob a pressão e ele foi {132} provocado à ira e perdeu o controle de sua língua e "falou imprudentemente com seus lábios," Salmo 106:32, 33; Deuteronômio 3:23-27.

Pág. 199 {132} O Triste Resultado. Esse ato de impaciência que produziu algumas palavras precipitadas e impensadas privou Moisés do (200) privilégio de introduzir Israel na terra da promessa. "Moisés manifestou falta de confiança em Deus. ‘Ouvi agora, rebeldes, porventura tiraremos água desta rocha para vós?’ (*Núm. 20:10) perguntou, como se o Senhor não fosse fazer o que prometera. ‘Porquanto não crestes em Mim’, declarou o Senhor aos dois irmãos, ‘para Me santificardes diante dos filhos de Israel’. Núm. 20:10-13. Quando a água faltou, a própria fé deles no cumprimento da promessa de Deus fora abalada pela murmuração e rebelião do povo. A primeira geração foi condenada a perecer no deserto, por causa de sua incredulidade; contudo o mesmo espírito apareceu em seus filhos. Iriam estes também deixar de receber a promessa?” [Patriarcas e Profetas, pág. 417]; “Todos os que professam piedade estão sob a mais sagrada obrigação de guardar o espírito, e exercitar o domínio próprio sob a maior provocação. Os fardos colocados sobre Moisés eram muito grandes; poucos homens serão tão severamente provados como ele o foi; entretanto isto não lhe permitiria desculpar o pecado. A mais forte tentação não pode ser escusa para o pecado. Por maior que seja a pressão exercida sobre a alma, a transgressão é o nosso próprio ato. . . . Por mais severo ou inesperado que seja o ataque, Deus nos proveu auxílio e em Sua força podemos vencer" [Idem, pág. 421]. Se um pecado de impaciência nos líderes do Movimento do Êxodo foi tão severamente tratado, o que acontecerá a líderes no Movimento do Advento que continuam no mesmo pecado sem vitória?

Pág. 200 {132} O Movimento do Advento. A paciência é também uma das qualificações principais para a liderança no Movimento do Advento. Aqueles que triunfam com o movimento terão "a paciência dos santos" [Apocalipse 14:12]. Esta paciência lhes dará o controle completo das suas línguas, pois em suas bocas “não se achou engano" [verso 5]. É a impaciência que produz a raiva e leva as pessoas a falar "irrefletidamente" com os lábios. O uso que fazemos de nossas palavras constitui evidência da condição do coração e caráter, e, por isso, determinará o nosso destino no juízo. Mateus 12:24-27. O controle perfeito de nossa língua, como resultado da paciência, é também evidência da perfeição de caráter. Tiago 1:2-4; 3:2-18. "Devemos subjugar um temperamento precipitado, e controlar as nossas palavras; e nisto ganharemos grandes vitórias. Se nós não controlarmos nossas palavras e temperamento, seremos escravos de Satanás. Estamos-lhe em sujeição. Ele nos leva cativos. As palavras estridentes, desagradáveis, (201) impacientes, irritáveis são um oferenda apresentada a sua majestade satânica" [Testemunhos Para a Igreja, vol. 1, pág. 310].

Pág. 201 {132} Causa do Fracasso. Não pode haver nenhum teste maior de paciência do que o que vem àqueles que proclamam uma mensagem de origem celeste que é rejeitada pelo professo povo de Deus, sobretudo quando a aceitação dessa mensagem é o único meio pelo qual a obra de Deus pode ser terminada e as recompensas eternas obtidas. A aceitação da mensagem laodiceana com o seu remédio da justiça imputada e comunicada de Cristo, recebida pela fé, é o único meio de se obter o derramamento do Espírito Santo nos aguaceiros das chuvas temporã e serôdia que abreviarão a obra de Deus e conduzirão o Israel moderno à Canaã celeste. O fracasso de alguns líderes que proclamaram a mensagem de 1888, deveu-se, sobretudo, a uma perda da paciência por causa da luta e oposição e até perseguição produzida pela sua pregação, o que, finalmente, resultou na sua rejeição e no retorno do Movimento do Advento para o deserto laodiceano, provocando um longo atraso da vinda de Cristo. Na carta ao Pastor O. A. Olsen, anteriormente citada,3 a serva do Senhor indicou que a pressão e a perseguição movidas contra os pregadores da justificação (*pela fé) poderiam levá-los a desanimarem e falharem na sua experiência pessoal, e isto foi o que realmente aconteceu. O mesmo perigo enfrentam todos quantos proclamam a mesma mensagem no tempo atual. A sua maior necessidade é desenvolver e manter "a paciência dos santos."

Vivo por Fé. A cessação do suprimento de água em Cades foi o teste final pelo qual o Senhor tentou ensinar os filhos de Israel a andar e viver pela fé em vez de pela vista. Só um povo de fé pode triunfar e entrar na terra prometida e, portanto, durante a derradeira parte da jornada deviam aprender a andar e viver pela fé. O mesmo é verdade quanto ao Movimento do Advento. "No grande conflito final da controvérsia com Satanás aqueles que são féis a Deus verão que todo suporte terrestre lhes será cortado" [O Desejado de Todas as Nações, pág. 121]. Esta será a última lição que o Senhor tem a ensinar a Seu povo remanescente quanto a caminhar e viver pela fé. Devido a que muitos não conseguirão superar essa prova, como no Israel antigo, lançarão fora a sua confiança e perderão a recompensa prometida, Deus terá um povo cuja fé e paciência os levarão a triunfar com o movimento vitorioso. Então "o justo vivera pela fé”, ver Hebreus 10:35-39.


Notas desta edição:


1) Lembre-se o leitor de que isto foi escrito em 1937. Na década de 1950 o acordo de alguns lideres adventistas com pastores evangélicos resultou em negação de pontos que não foram questionados pelos opositores de 1888 e anos que se seguiram, porque até então aceitos por, praticamente todos: a) a natureza humana caída de Cristo na encarnação. Sobre este assunto ver as notas de nº 8 e 9 do capitulo 23, postado neste blog em 12/11/09; b) a negação da doutrina do Santuário, pela concordância com os evangélicos de que a expiação foi completa e acabada no calvário, não estando Cristo hoje fazendo expiação no segundo compartimento do Santuário celestial; “A compreensão correta do ministério do Santuário Celestial constitui o alicerce de nossa fé” (Evangelismo, página 221); “Essa doutrina é a coluna que sustenta a estrutura de nossa posição.” Carta 126, de 1897; “O Santuário no Céu é o próprio centro da obra de Cristo em favor dos homens.” Evangelismo, pág. 222; “A Doutrina do Santuário é um conjunto completo de verdades, ligadas harmoniosamente entre si, mostrando que a mão de Deus dirige o grande movimento do advento” (O Grande Conflito, pág. 423); No Santuário terrestre No dia da Expiação “cada homem deveria afligir a sua alma, enquanto prosseguia a obra da expiação. Toda ocupação era posta de lado, e toda a congregação de Israel passava o dia em humilhação solene perante Deus, com jejum e profundo exame de coração” (P.P. pág. 355). Sobre a expiação hoje no santuário celestial ver a nota 7 do capitulo 23, postado neste blog em 12/11/09; c) o conceito a resspeito da besta, Apoc. 13; d) a doutrina do tormento eterno, etc.

2) É realmente significativo porque o próprio nome “Cades” está falando de um povo no dia antitípico da expiação. Sabemos que dos nomes próprios na Palavra de Deus, muitos têm significado marcante.

3) Esta carta, de 1º de setembro de 1892, dirigida ao Pastor O. A. Olsen, então presidente da Associação Geral, concernente à crise de 1888, encontra-se no arquivo do acervo de Elmshaven, a última residência da irmã White nesta terra. A identificação escolhida para esta carta começa com a inicial do sobrenome daquele pastor O.1 d’92 (16 MR 101). Foi citada neste livro do Pastor Taylor G. Bunch no capítulo 22, a partir da página 156 {102} até o final do capítulo. Neste blog nós a postamos em 04/11/09, a propósito da lição daquele dia que falava de “Pecados de Desafio”. O Pr. Taylor chama a rejeição da liderança de “Uma Ousada Oposição.” Ele cita (à pág. 158 {103}: “...Os que nutriram incredulidade e preconceito, ... barraram o caminho, contra toda evidência, ... Se devemos apoiar este trabalho até seu fim, nós devemos reconhecer ... que haverá resistência dos mesmos elementos que nós esperamos se empenharem em tal trabalho". Então com o título ‘Os Mensageiros Podem Fracassar,’ segue uma declaração indicando que os homens que pregaram essa mensagem (*Waggoner e Jones), sob tão grande oposição, talvez não consigam permanecer de pé sob a pressão, mas tornem-se dissuadidos e fracassem. Se isto ocorrer, não afetaria em nada a verdade da mensagem que eles pregaram. "Quanto tempo irá o Senhor ter paciência com homens em sua cegueira, quanto tempo irá Ele esperar antes de os deixar tateando em seu caminho na escuridão final, nós não podemos determinar. Se os mensageiros do Senhor, depois de lutarem virilmente pela verdade por um tempo, caírem sob tentação, e desonrarem a Quem deu-lhes seu trabalho, isso será prova que a mensagem não é verdadeira? Não, porque a Bíblia é verdadeira. … O pecado da parte do mensageiro de Deus causaria Satanás regozijar-se, e esses que rejeitaram a mensagem e o mensageiro triunfariam; mas de jeito nenhum iria inocentar os homens que são culpados de rejeição à mensagem de Deus’. Parece que à serva de Deus foi dada {104} ciência antecipada concernente ao que aconteceria doze ou treze anos mais tarde com Jones e Waggoner, a respeito de quem estas declarações foram escritas.”

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