segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Capítulo 30 — OS TRIUNFOS DA FÉ

O Êxodo e os Movimentos do Advento

em Tipo e Antítipo, por Taylor G. Bunch, escrito em 1937.

Postado em 30/11/09 no blog http://agape-edicoes.blogspot.com

Capítulo 30 — OS TRIUNFOS DA FÉ

Pág. 219 {145} Segredo de Vitória. 1 João 5:4, 5. O Movimento do Êxodo tinha duas vezes dado costas às fronteiras da terra prometida por falta de fé. “Eles não puderam entrar” (*Heb. 3:19). A experiência da serpente deu-lhes uma visão de Cristo e da cruz, e mediante a fé venceram os inimigos-serpente e foram salvos. Essa lição de fé foi o início de uma nova experiência para Israel. Foi o ponto de partida de uma marcha vitoriosa rumo a Canaã. A visão da cruz demarcou o ponto de retorno no rodeio à terra de Edom, quando os israelitas deram costas ao Egito e encararam Canaã pela última vez. A fé foi a vitória que os conduziu adiante no rumo de sua tão buscada meta.

Marcha Triunfante. A jornada do deserto, infestado de répteis venenosos, até as margens do Jordão e as campanhas vitoriosas ao longo do caminho são descritas em Núm. 21:10-35, e Deut. 2:17-3:17. Os israelitas não mais estavam “muito desanimados do caminho”, mas cheios de esperança e fé e coragem. “Depois de passarem para o sul de Edom, os israelitas volveram-se para o norte, e novamente viraram o rosto em direção à Terra Prometida. Sua rota agora ia por uma vasta, elevada planície, varrida pelas brizas frescas e agradáveis das colinas. Esta foi uma bem-vinda mudança do seco vale através do qual tinham estado a viajar; e avançaram animados e esperançosos” [Patriarcas e Profetas, pág. 433]. Tinha chegado o tempo na história do Movimento do Êxodo em que não mais haveria atraso no cumprimento do propósito de Deus e o desfrute de suas esperanças.

Gigantes Derrotados. Os dez espias haviam perdido esperança e coragem por causa dos gigantes que possuíam a terra prometida. Num. 13:25-28, 31-33. Conquanto esse relatório fosse bastante exagerado, em parte era correto. Anaque era o pai de uma raça de gigantes chamados anaquins. Havia três tribos deles, e possuíam Hebrom, Debir e Anaque (*ou Anabe?, Josué 11:21). Golias era da raça de Anaque. Esses gigantes assustaram tanto os dez espias que apresentaram um “mal relatório” e lançaram o acampamento todo em (220) desânimo e confusão. O temor dos gigantes retardou a entrada de Israel na terra prometida por quarenta anos. Nesse entretempo os gigantes se multiplicaram e aprimoraram suas fortificações. Agora eles são vencidos pela fé, pelos corajosos israelitas. Fortalezas inexpugnáveis foram dominadas e nada podia resistir-lhes.

Pág. 220 {145} A Mensagem de Deus. Na medida em que os israelitas defrontavam esses gigantes e fortalezeas o Senhor lhes enviou uma mensagem: Não os temais, porque o Senhor vosso Deus é O que peleja por vós” [Deut. 3:22]. Uma das grandes nações que tentaram barrar o progresso do Movimento do Êxodo foi Basã, que era governado pelo gigante rei Ogue, cuja cama tinha 4 metros de comprimento e 2 de largura1. O Senhor lutou por eles e as hostes de Israel capturaram todas as fortalezas e superaram todos os obstáculos. “Foi o Capitão do exército do Senhor que conquistou os inimigos de Seu povo; e Ele teria feito o mesmo trinta e oito anos antes, tivesse Israel confiado nEle. Cheio de esperança e ânimo, o exército de Israel pressionava zelosamente, e, ainda marchando em direção ao norte, rapidamente chegaram a um país que poderia bem lhes provar o ânimo e a fé {146} em Deus. Adiante deles estava o poderoso e populoso reino de Basã, amontoado de grandes cidades de pedra, que até hoje maravilham o mundo: ‘sessenta cidades, ... com altos muros, portas e ferrolhos; e muitas outras cidades sem muros”, Deut. 3: 4 e 5 [Patriarcas e Profetas, pág. 435].

Pág. 220 {146} Fortalezas Inexpugnáveis. As casas eram construídas de imensas pedras negras, de tamanho tão estupendos, que tornava as edificações absolutamente inexpugnáveis a qualquer força que naqueles tempos pudesse ser trazida contra eles. Era uma região cheia de cavernas naturais, elevados precipícios, abismos escancarados e fortalezas rochosas. Os habitantes desta terra, descendentes de uma raça gigante, eram de força e tamanho maravilhosos, e tão conhecidos pela violência e crueldade sendo o terror de todas as nações circunvizinhas[Patriarcas e Profetas, pág. 435].O coração de muitos em Israel tremeu de pavor. Moisés, porém, estava calmo e firme. ... A fé serena de seu líder inspirou no povo confiança em Deus. Deixaram tudo aos cuidados do Seu onipotente braço, e Ele não os desapontou. Nem poderosos gigantes, nem cidades muradas, exércitos armados, nem fortalezas de pedra, poderiam ficar de pé perante o (221) Capitão das hostes do Senhor. O Senhor guiou o exército; o Senhor desbaratou o inimigo; o Senhor venceu em favor de Israel” [idem, pág. 436].

Pág. 221 {146} Pecados Passados Percebidos. Pela primeira vez os israelitas foram capazes de ver e reconhecer seus erros passados e os de seus pais. “Na conquista de Gileade e Basã havia muitos que se recordavam dos eventos que, quase quarenta anos antes, tinham, em Cades, sentenciado Israel a longo vaguear no deserto. Viram que o relato dos espias, concernente à Terra Prometida era correto em muitos detalhes. As cidades eram muradas e muito grandes, e eram habitadas por gigantes, em comparação com os quais os hebreus eram meros pigmeus. Mas agora podiam ver que o erro fatal de seus pais tinha consistido em desconfiar do poder de Deus. Apenas isto, os impedira de entrar imediatamente na formosa terra” [ibidem]. Durante seu jornadear pelo deserto os israelitas haviam-se irritado de lhes ser relembrada a crise e fracasso em Cades-Barneia, e recusavam assumir a culpa pelo longo atraso. Com o despertar da fé e seu consequente aprofundamento da experiência espiritual, o passado chegou a ser visto sob nova luz e o verdadeiro significado da crise de Carnes-Barneia foi claramente entendido. Isto foi, sem dúvida, explicado a eles à luz de sua nova experiência.

Resultado do Atraso. O longo atraso havia dado aos inimigos de Israel oportunidade de fortalecer suas defesas e preparar-se para uma forte resistência. “Quando eles estavam, a primeira fez, se preparando para entrar em Canaã, este empreendimento seria muito menos dificultoso do que agora. Deus prometera a Seu povo que, se obedecessem à Sua voz, Ele iria adiante deles, e lutaria por eles; e enviaria também vespões2 para expulsar os habitantes da terra. O temor das nações não tinha sido grandemente suscitado, e pouca preparação tinha sido feita para se opor ao seu progresso. Mas, agora, quando o Senhor ordenou Israel ir em frente, eles deviam avançar contra adversários alertas e poderosos, e devem contender com exércitos grandes e bem treinados, que tinham estado se preparando para resistir sua aproximação. . . . As dificuldades no caminho tinham aumentado grandemente desde que se recusaram a avançar, quando ordenado para assim proceder em nome do Senhor” [Patriarcas e Profetas, págs. 436, 437]

Pág. 222 {147} O Movimento do Advento. A experiência da serpente do antigo Israel durante sua marcha em contorno à terra de Edom, ajuda a determinar onde estamos na jornada do povo do Advento. Estamos em meio ao último contorno de nossa peregrinação à Canaã celestial. O grande e terrível deserto espiritual, pelo qual estamos passando, tem produzido muita murmuração, queixumes e críticas e muitos têm ficado “muito desanimados do caminho”, e têm lançado fora a sua confiança no movimento e sua liderança. A grande serpente e seus demônios acompanhantes têm estado infectando o povo remanescente de Deus com o vírus mortal do pecado. Cristo está agora (*1937) sendo exaltado no moderno Israel e indicado como o único remédio para o pecado e a única esperança de salvação. Uma mensagem enviada dos céus está agora soando por toda a Igreja chamando a atenção à cruz erguida e a sua vítima sacrificial moribunda. O antítipo da serpente erguida no deserto será mais plenamente cumprido segundo a visão de Cristo e do Calvário aumente e a mensagem de contemplar o Cordeiro de Deus se avolume em alto clamor.

Tempo Localizado. Nossa localização na jornada rumo à Canaã celestial é adicionalmente identificada pelas seguintes citações: “Quando os filhos de Israel estava jornadeando pelo deserto, o Senhor os protegia de serpentes venenosas, mas veio o tempo em que, por causa da transgressão, impenitência e teimosia de Israel, o Senhor removeu o Seu poder de restrição desses répteis, e muitos dentre o povo foram picados e morreram. Foi então que a serpente de bronze foi erguida a fim de que todos os que se arrependessem e a ela contemplassem, em fé pudessem viver. No tempo de confusão e dificuldades diante de nós, um tempo de angústia como nunca houve antes, desde que há nação, o soerguido Salvador será apresentado ao povo em todas as terras, para que todos quantos olhem para Ele, em fé, possam viver” [Testemunhos Para a Igreja, vol. 8, pág. 50]. Esse é o tempo de angústia que precede imediatamente o fim do tempo de graça e a queda das sete últimas pragas. O Cristo soerguido é um dos maiores de todos os sinais de que o fim está próximo e de que a jornada está para findar. Agora certamente estamos entrando no “tempo de confusão e dificuldades” mencionado nesta citação e é o tempo para erguer o crucificado Salvador perante a Igreja e o mundo.

Pág. 223 {147} Nossa Mensagem. Nossa mensagem para este tempo deve centralizar-se em Cristo e a cruz. “É obra de cada um, a quem a mensagem de advertência foi dada, elevar a Jesus para apresentá-Lo ao mundo, como revelado em tipos, como sombras em símbolos, como manifestado nas revelações dos profetas, como desvelado nas lições dadas a Seus discípulos e nos maravilhosos milagres operados pelos filhos dos homens. . . . O tema que atrai o coração dos santos é Cristo e Este crucificado. Sobre a cruz do Calvário, Jesus permanece revelado ao mundo em amor incomparável. Apresentai-O assim às multidões famintas, e a luz de Seu amor conquistará homens das trevas à luz, da transgressão à obediência e verdadeira santidade. Contemplar a Jesus sobre a cruz do Calvário desperta a consciência ao terrível caráter do pecado como nada mais pode fazer” [Cristo Nossa Justiça, págs. 160, 161].

Nenhuma Glória Humana. Não foi senão até que os israelitas aprendessem a desconfiar do eu e dar toda glória a Cristo, o seu Líder, que sua marcha triunfante começou. Estamos despreparados para os dias maus {148} adiante de nós até que nos humilhemos e exaltemos a Cristo e nos apropriemos de Sua justiça. “Os dias nos quais vivemos são momentosos e cheios de perigo. Os sinais da vinda do fim estão se avolumando ao nosso derredor, e os eventos que devem passar-se que serão do mais terrível caráter do que qualquer coisa que o mundo já testemunhou. . . . Se quereis atravessar incólumes o tempo de angústia, deveis conhecer a Cristo e apropriar-vos do dom de Sua justiça, que Ele imputa ao pecador arrependido. A sabedoria humana de nada servirá para imaginar um plano de salvação. A filosofia humana é vã, os frutos dos poderes mais elevados do homem são sem valor, à parte do grande plano do divino Mestre. Nenhuma glória deve redundar ao homem; todo auxílio e glória humanos repousa no pó; pois a verdade tal como se acha em Jesus é o único agente disponível pelo qual o homem pode ser salvo. O homem tem o privilégio de se ligar a Cristo, e então o divino e o humano se combinam; e nessa união a esperança do homem deve descansar só" [ibidem, citado de Review and Herald, de 22 de novembro de 1892].

Pág. 223 {148} Mensagem Aceita. Que a mensagem do Salvador levantado e Sua justiça imputada e comunicada em breve será aceita e o Movimento do Advento avançará no rumo de Sião pela última vez é evidente de muitas declarações no Espírito de (224) Profecia. “O Senhor obrará para purificar Sua igreja. Digo-vos a verdade, que o Senhor está prestes a virar e transtornar as instituições chamadas pelo Seu nome. Justamente quão cedo este processo refinador começará, não posso dizer, mas não será adiado por muito tempo” [Testemunho para Ministros, pág. 373] “A purificação e a limpeza certamente passarão por todas as igrejas de nossa terra que têm tido grandes oportunidades e privilégios (sic) e por eles têm passado sem lhes dar consideração” [idem, pág. 414]. “O poder que agitou o povo tão poderosamente no movimento de 1844 novamente será revelado. A mensagem do terceiro anjo avançará, não em tons sussurrantes, mas com um alto clamor” [Testemunhos Para a Igreja, vol. 5, pág. 252].

Pág. 224 {148} Um Grande Reavivamento. Atos 3:19-21. “Arrependei-vos, portanto, e reformai vossas vidas, de modo que o registro de vossos pecados possa ser cancelado, e que possa vir estações de reavivamento do Senhor” [versão Weymouth do Novo Testamento]. Esse grande reavivamento enviado pelo céu ocorrerá pouco antes do fechamento do tempo de graça e o retorno de Cristo. “Fui profundamente impressionada por cenas que se desenrolaram perante mim, durante o período da noite. Parecia haver um grande movimento — uma obra de reavivamento — que avançava em vários lugares. Nosso povo movia-se harmoniosamente e respondia ao apelo de Deus” [Testemunho para Ministros, pág. 515]. “Antes da visitação final dos juízos de Deus sobre a Terra, haverá, entre o povo de Deus, tal reavivamento de primitiva santidade como não tem sido testemunhado desde os tempos apostólicos. O Espírito e poder de Deus serão derramados sobre os Seus filhos. ... Muitos, tanto ministros quanto povo, aceitarão alegremente essas verdades que Deus tem feito com que sejam proclamadas neste tempo, para preparar um povo para a segunda vinda do Senhor” [O Grande Conflito, pág. 464].3

Movimento de Reforma. Um reavivamento genuino é sempre acompanhado por uma reforma. “Em visões da noite representações passaram diante de mim de um grande movimento reformatório entre o povo de Deus. Muitos estavam louvando a Deus. Os doentes eram curados, e outros milagres eram operados. Um espírito de intercessão foi visto, tal como manifesto no grande dia de Pentecoste. Centenas de milhares eram vistos visitando famílias, e abrindo perante elas a Palavra de Deus. Corações eram convencidos pelo poder {149} do Espírito Santo, e um espírito de genuína conversão era manifesto” [Testemunhos Para a Igreja, vol. 9, pág. 126]. Que essa reforma salvará nossas instituições, (225) agora chamadas “presos de esperança” (*Zac. 9:12), é também declarado: “Conquanto em muitos aspectos nossas instituições de ensino tenham se inclinado para se conformarem com o mundo, embora passo a passo tenham avançado rumo ao mundo, elas são presos de esperança. O destino não teceu uma rede em torno de sua operação ao ponto de precisarem permanecer em desamparo e incerteza. Se ouvirem a Sua voz e seguirem os Seus caminhos, Deus as corrigirá e iluminará, e as trará de volta a sua devida posição de distinção do mundo” [Testemunhos Para a Igreja, vol. 6, pág. 145]. Em Fundamentos da Educação Cristã, pág. 290, nos é dito que “Deus as trará de volta”. O que é dito dessas instituições também é verdade quanto ao movimento inteiro. Deus nos levará de volta para Si e nos conduzirá à Canaã celestial. O movimento triunfará gloriosamente.

Pág. 225, {149} Uma Divina Visitação. Isaias 52:1-10. Aqui é retratada a divina visitação e fim do cativeiro do moderno Israel. “Quando Jeová retorna a Sião” [R.V.4, verso 8]. “Quando o Senhor converter a Sião” [Douay5]. “Todas as vossas sentinelas estão clamado num cântico de triunfo, pois veem o Eterno face a face ao Ele retornar a Sião” [Moffatt6]. (*“Quando o Senhor fizer Sião voltar”, Almeida Fiel). Esta é uma descrição da mensagem laodiceana e os benditos resultados de sua aceitação. Sião está adormecida e sem as vestes da justiça de Cristo. Deus a chama para despertar e levantar-se do pó e “assenta-te em meu trono” [R.V.4, verso 2]. A Igreja está inconvertida e despreparada para a vinda do Noivo. A glória do Senhor a abandonou por causa da condição laodiceana, mas agora o Senhor “retorna” com poder pentecostal e a chuva serôdia é derramada e a obra terminada. Essa gloriosa visitação do poder divino e da obra de reavivamento e reforma é também descrita em Miquéias 7:15-20 e Joel 2:1, 12-32. Quando o povo do Advento volver-se ao Senhor de todo o coração, “Ele voltará e se arrependerá, e deixará após Si uma bênção” (*Joel 2:14).

O Senhor em Controle. Conquanto muitos venham a se opor à mensagem que apela a um reavivamento e reforma, e manifestarão falta de fé, o Senhor tem prometido tomar controle do Movimento do Advento e conduzi-lo à vitória. “A menos que ajuda venha dos que (*estão) em ________ despertem para o senso de sua missão, não identificarão a atuação de Deus quando se ouvir o alto clamor do terceiro anjo. Quando irradiar a luz (226) para iluminar a Terra, em vez de agirem em auxílio do Senhor, desejarão restringir Sua obra para satisfazer as suas estreitas idéias. Deixe-me dizer-vos que o Senhor operará nesta última obra de uma maneira muito fora da usual ordem de coisas e de um jeito que será contrário a qualquer planejamento humano. Sempre existirão entre nós os que desejarão dominar a obra de Deus, para ditar até mesmo que atividades devem ser empreendidas quando a obra avançar sob a direção do anjo que se une ao terceiro anjo na mensagem a ser dada ao mundo. Deus usará jeitos e meios pelos quais ver-se-á que Ele está tomando o controle em Suas próprias mãos. Os obreiros ficarão surpresos pelos recursos simples que Ele usará para conduzir e aperfeiçoar sua obra em justiça” [Testemunhos para Ministros, pág. 300].

Pág. 226 {149} Resultado do Atraso. O longo atraso ocasionado pela falta de fé do povo do Advento tem resultado num {150} grande aumento na força e solidez do inimigo. A terminação da obra quarenta anos atrás (*1937 - 40 = 1897) teria sido muito mais fácil em muitas maneiras do que no tempo atual. Toda forma de mal tem passado por um poderoso crescimento. O catolicismo, o espiritismo, o modernismo e o ateísmo, e muitos outros ismos e instituições inimigas têm fortificado grandemente suas posições durante o jornadear pelo deserto do Movimento do Advento. Agora parecem tão inexpugnáveis quanto as fortificações e cidades muradas diante dos filhos de Israel. “A obra que a Igreja falhou em cumprir num tempo de paz e prosperidade, ela terá que realizar sob terrível crise, e as condições mais desanimadoras e proibitivas. O conformismo com o mundo tem silenciado ou refreado as admoestações que deverão ser dadas sob a mais violenta oposição dos inimigos da fé” [Testemunhos Para a Igreja, vol. 5, pág. 463].

Pág. 226 {150} Uma Data Importante. 1888 não é uma data importante na história do Movimento do Advento somente por causa da mensagem que começou nesse tempo, mas também por ter assinalado o início dos maiores esforços de Satanás em fortalecer suas posições e impedir o propósito de Deus mediante Seu povo remanescente. Na cidade de Oklahoma um grupo de homens e mulheres tem-se reunido semanalmente para adorar o diabo. Eles recebem comunicação dos “Mestres”, um exército invisível de (227) professores. Um dos que deixou o grupo relatou a seguinte mensagem do mundo dos espíritos: “Preguem qualquer coisa, menos a salvação pela graça. Ridicularizem a eficácia do sangue de Cristo. Enfatizem os maravilhosos ensinos de Jesus, sempre destacando que Ele não foi mais divino do que qualquer outro homem”. “Preguem a justiça própria, pois ‘não sabeis que na feitura sois deuses e nenhuma alma jamais se perde?’” “Em 1888 Satanás alterou o seu plano e se preparou para tomar vantagem com a Era do Egotismo (*subjetivismo) Intelectual, que está agora em plena força. Ordens foram dadas para apelar ao Intelecto e à Razão em lugares elevados. As igrejas cristãs devem ser transformadas em sinagogas de Satanás”. “O diabo deseja uma Federação de Igrejas. Essa Federação finalmente se fundirá numa Irmandade de Religião e finalmente numa Religião Universal” [De um artigo de "Sunday School Times" de 7 de maio de 1932, pelo Dr. Arthur I. Brown, intitulado “Facing the Atheists — In College and Outside”, Enfrentando os Ateístas — na Universidade e Fora].

Pág. 227 {150} Exército Invencível. Não obstante o fato de que o inimigo tem grandemente fortalecido sua posição desde 1888, quando o Senhor retornar a Sião e assumir as rédeas do Movimento do Advento em Suas próprias mãos, o Seu povo remanescente se tornará um exército invencível que avança vencendo e para vencer. “Daí a Igreja de Cristo aparecerá ‘formosa como a lua, brilhante como o sol, terrível como um exército com bandeiras’”(*Cantares 6:10) [Testemunhos Para a Igreja, vol. 5, pág. 82]. Grandes gigantes do mal e fortificações aparentemente impenetráveis falharão em deter o avanço do povo de Deus que teve uma visão de Cristo e do Calvário. Reconhecendo livremente os pecados e confessando os erros do passado, que retardaram a vinda de Cristo e o triunfo de Sua mensagem, os membros do Movimento do Advento marcharão adiante vitoriosamente rumo a sua meta celestial.

Notas desta edição:

1) No original deste livro consta 13 pés de comprimento por 6 pés de largura, assim, a grosso modo, arredondamos para 4 metros de comprimento e 2 de largura. Segundo o dicionário Webster o “pé” é uma medida linear equivalente a 12 polegadas (= 2,54 cms. cada), aproximadamente a extensão de um pé humano; um terço de uma jarda (=914 mm. cada) portanto = 30,66 cms; mas oficialmente parece ser igual a 30,48 cms., pois esta é outra medida do Webster para a extensão do “pé”; e coincide com outros dicionários:

Caldas Aulete diz que o “pé” é, nos EUA e Inglaterra, = 32 cms.; no Brasil e Portugal = a 30,48 cms., e conclui que antigamente era 33 cms.

2) Esta promessa, seria, e, em muitas ocasiões foi, milagrosa intervenção de Deus na natureza que Ele criou e sobre a qual mantem perfeito controle, como a entrada ordenada dos animais na Arca do dilúvio. Veja Êxodo 23:28; Deuteronômio 7:20; Josué 24:12, etc.

3) Quero chamar a atenção do leitor para o que ocorreu 20 anos depois deste livro ser escrito. O Livro “Questões sobre Doutrina”, escrito em 1957, decorrente de um acordo de um trio de pastores adventistas com evangélicos, parece frustrar temporariamente a esperança que o pastor Taylor Bunch tinha de que este profetizado reavivamento estava já prestes a ocorrer.

Na mesma página, de O Grande Conflito, 464, em seqüência imediata ao texto cotizado, lemos: “O inimigo das almas deseja estorvar esta obra; e antes que chegue o tempo para tal movimento, esforçar-se-á para impedi-la, introduzindo uma contrafação. Nas igrejas que puder colocar sob seu poder sedutor, fará parecer que a benção especial de Deus foi derramada; manifestar-se-á o que será considerado como grande interesse religioso. Multidões exultarão de que Deus esteja operando maravilhosamente por elas, quando a obra é de outro espírito. Sob o disfarce religioso, Satanás procurará estender sua influência sobre o mundo cristão.”

4) A edição americana da Bíblia “R.V.” (Rivised Version) é mais conhecida como American Standard Version (ASV) edição de 1901, e, simplificadamente conhecida como “Standard Bible

5) A “Bíblia Douai” é uma tradução católica da Vulgata Latina para a língua inglesa, e tornou-se a versão básica para todas as tradições católicas em inglês.

6) A Versão bílbica Moffatt, foi a tradução feita por James Moffatt em 1922.