quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Capítulo 29 — A VISÃO DE CRISTO E DO CALVÁRIO

O Êxodo e os Movimentos do Advento

em Tipo e Antítipo, por Taylor G. Bunch, escrito em 1937.

Postado em 26/11/09 no blog http://agape-edicoes.blogspot.com

Capítulo 29 — A VISÃO DE CRISTO E DO CALVÁRIO

Pág. 211 {139} Desânimo. Números 21:4. *“A alma do povo angustiou-se naquele caminho” (Almeida fiel).1 “O povo se impacientou no caminho” [Moffat]. O atraso adicional do Movimento do Êxodo para entrar na terra prometida por causa do segundo fracasso em Cades e a consequente volta em torno da terra de Edom, produziu desânimo e impaciência entre os israelitas. A impaciência é um dos frutos principais do desânimo. Moisés e Aarão ficaram impacientes junto às águas de Meribá por causa da sua decepção e desânimo diante das murmurações e rebelião de Israel, o que resultou no seu segundo fracasso de passar na prova de fé e entrar na terra prometida através de Cades-Barneia, “a rota designada para Canaã”.

Depressão Espiritual. O segundo recuo das fronteiras da terra prometida produziu uma depressão espiritual resultando num temperamento impaciente e irritável. “Não foi simplesmente o calor e a seca e a aspereza do caminho que os deprimiam, mas o fato de que marchavam diretamente para longe de Canaã, e não sabiam como iriam alcançá-la alguma vez”. – “Pulpit Commentary”. Era “o espírito do povo” que estava “muito descoroçoado por causa do caminho”. A depressão não era tão física quanto espiritual. Eles estavam deprimidos em espírito que é a mais séria de todas as depressões. A grande depressão econômica pela qual o mundo esteve passando teve efeito só benéfico para o bem das almas daqueles cujos corações estavam cheios de fé, esperança e coragem. As depressões físicas ou financeiras não desanimam as almas dos que mantêm a sua união com Deus. Os israelitas estavam “muito deprimidos” porque tinham cometido um grande pecado na rejeição do chamado e liderança de Deus. O pecado é a raiz do desânimo e impaciência. Jesus nunca estava desaminado ou impaciente porque Ele não conhecia nenhum pecado.

O Resultado. Verso 5. O desânimo leva à crítica especialmente dos líderes. Os israelitas depositaram os seus fracassos sobre Moisés e o acusaram da causa da sua derrota e (212) depressão. A crítica injustificada é sempre uma desculpa para defeitos e falhas pessoais. Adão tentou desculpar a sua desobediência acusando Eva de conduzi-lo ao pecado e criticando a Deus por tê-la criado. É da natureza humana tentar escapar da responsabilidade pelos nossos próprios atos. É por essa razão que pessoas desanimadas e revoltadas são sempre críticos severos e a sua crítica é especialmente dirigida aos líderes. Eles são o que são, estão onde estão, por causa de algum erro real ou imaginário da parte dos líderes. Este foi um dos pecados principais que atrasaram o triunfo final do Movimento do Êxodo, e é também o pecado principal que reteve o refrigério das chuvas temporã e serôdia e assim atrasou o triunfo final do Movimento do Advento. A crítica de líderes é a moeda principal no comércio de apóstatas e de seus movimentos divergentes. Eles vivem da carniça dos mortos. Esta é uma das características que distinguem os falsos mestres e movimentos religiosos apócrifos.

Pág. 212 {139} As Serpentes. Verso 6. Aquelas serpentes tiveram permissão de visitar o acampamento de Israel por causa da sua crítica e queixa. {140} Ao criticarem a Moisés e murmurarem contra a liderança humana do movimento, os israelitas tentavam a Cristo, o seu Líder Divino. Esta foi a razão da visitação das serpentes mortais, 1ª Coríntios 10:9,10. A crítica e a murmuração são pecados terríveis que levam à destruição. Isso causou a queda de Lúcifer e seus anjos convertendo-os em serpentes cuja picada de pecado produz a morte eterna. O Senhor Se empenhou em ensinar a Israel e a Seu povo em todas as futuras gerações que a crítica severa e injusta se parece com a picada de uma cobra. Esta injeta o veneno no organismo das suas vítimas e, em especial, opera a destruição àqueles que se envolvem nisso. O apóstolo Tiago declara que a língua crítica e não dominada é “um mundo de inquidade” que “contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno”, É “um mal que não se pode refrear; está cheia de peçonha mortal” [Tiago 3:6, 8].

Pág. 212 {140} Serpentes de Fogo. Moisés posteriormente declarou que esta experiência teve lugar num “grande e terrível deserto”, não só infestado de “serpentes ardentes” mas também “de escorpiões” [Deut. 8:15]. As serpentes foram chamados “ardentes “ em primeiro lugar (213) por causa do resultado da sua picada. “Serpentes venenosas que infestavam o deserto foram chamadas serpentes ardentes por causa dos efeitos terríveis produzidos pela sua picada, causando inflamação violenta e morte rápida” [Patriarcas e Profetas, pág. 429]. O veneno produzia inflamação vermelha e uma febre ardente que era fatal. Também se acredita que as serpentes eram chamadas “ardentes” por causa da sua cor que parecia com as “cobras de cobre” da Austrália e outros países. O fato de Moisés ter feito a serpente metálica de latão ou cobre podia também indicar que eram daquela cor.

Pág. 213 {140} A Picada Mortal. As serpentes eram simbólicas de Satanás e os seus anjos, cuja picada de pecado traz a morte. Em Apocalipse 12:9, Satanás é chamado de “antiga serpente” que “engana todo o mundo”. No jardim do Éden o anjo caído valeu-se de uma serpente para enganar a Eva e conduzi-la ao pecado e assim privar os nossos primeiros pais do seu lar paradisíaco. A experiência que sobreveio aos israelitas, logo após terem falhado a segunda vez de entrar em Canaã, foi certamente designada a ensinar-lhes que os seus pecados os mantinham fora da terra prometida. A lição é também para nós “para quem já são chegados os fins dos séculos” (*1ª Cor. 10:11), pois esta trágica experiência foi registrada “para a nossa admoestação”. Por todo o acampamento de Israel as serpentes mortais rastejavam e de cada direção vinha um grito de dor e a lamúria de aflição. Os mortos e moribundos estavam por toda parte e não havia qualquer remédio. Por estarem “muito desanimados” e se empenharem em muita crítica, “muita gente em Israel morreu”. A mesma crítica venenosa no Movimento do Advento tem aberto o caminho para a entrada da grande serpente no acampamento ou Igreja com o veneno mortal do pecado, e como resultado “muita gente” do Israel moderno está morrendo espiritualmente e caindo às margens do caminho. Serpentes caluniadoras estão infestando o acampamento do Israel moderno com consequências trágicas a muitos.

Arrependimento. Verso 7. Os temíveis resultados do pecado trouxeram confissão e arrependimento. Os israelitas reconheceram que ao {141} falarem contra Moisés também tinham “falado contra o Senhor” e cometido “pecado”. Pediram a Moisés para orar por eles e “Moisés orou pelo povo”. Quando estavam em angústia pediam as orações daquele a quem (214) tinham criticado tão severa e injustamente. Moisés revelou um belo espírito cristão e intercedeu por eles, e o Senhor ouviu a sua oração e instruiu-o a como prover um remédio que ao mesmo tempo testaria a fé das vítimas da picada mortal das serpentes. Eles tinham por duas vezes falhado em entrar na terra prometida “por causa da descrença” e deviam aprender a lição de fé antes que pudessem ter êxito.

Pág. 214 {141} O Remédio. Versos 8, 9. Jesus declarou que aquela serpente de bronze, levantada numa haste no deserto, era simbólica dEle, levantado sobre a cruz do Calvário. João 3:14-17. O bronze é feito de uma liga de cobre e zinco, portanto Jesus foi uma combinação do divino e do humano. Ele era o Homem-Deus, ou “Deus manifestado na carne”. A serpente era simbólica do pecado, e Cristo veio “na semelhança do pecado”. Por isso Ele foi representado pelo símbolo do pecado. Jesus foi feito “pecado por nós”, sendo que não conheceu nenhum pecado, para que nEle fôssemos feitos justiça de Deus” [2ª Coríntios 5:21]. “Pelo homem veio a morte” e por isso Jesus deve vir “em semelhança de carne pecaminosa” para destruir o autor do pecado e da morte e livrar “todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão”, ver Hebreus 2:14,15. O Libertador deve vir na semelhança do Destruidor.

Antídoto do Veneno. Foi Sua vinda à Terra “em carne pecaminosa” e “ semelhança do pecado” que permitiu a Cristo contrafazer o veneno do pecado e destruir aquela “antiga serpente, o diabo e Satanás”. Não havia nenhum veneno mortal na serpente de bronze e não havia pecado em Cristo. Ele foi levantado na cruz “na semelhança da carne pecaminosa” para que pudesse salvar do vírus mortal do pecado e morte eterna a todos quantos a Ele olham com os olhos da fé. Jesus é o grande contraveneno do pecado que é injetado em nossos caracteres pela picada da grande serpente. Uma visão de Cristo na cruz do Calvário é o único remédio para o pecado. “Quem contempla e crê” “não perecerá mas terá a “vida eterna”. Contemplar a Cristo é o antídoto da morte e o elixir da vida eterna.

A Grande Necessidade de Israel. Por quase quarenta anos os israelitas tinham perdido muitíssimo de vista a Cristo e ao Calvário, a ponto de a celebração da Páscoa lhes ter sido negada. Diferentemente de Moisés, eles não tinham (215) “suportado como vendo O invisível”. A coluna de fogo à noite e a nuvem de dia, que representava a presença visível de Cristo, não significava nada para eles. Esta foi a causa do seu fracasso ambas as vezes em Cades-Barneia. Agora Israel é trazido a uma situação onde se vê compelido a olhar para Cristo como a sua única esperança. A única exigência das vítimas mordidas pela serpente era olhar, e o contemplar da fé concedia vida. Certamente muitos no acampamento não tinham nenhuma fé no remédio e morreram em deseperada agonia. O remédio pode ter parecido não-científico e ilógico para eles, por isso inútil. Era requerida fé para aplicar o remédio.

Pág. 215 {142} Boas Notícias. O anúncio do remédio para o veneno das serpentes foi boas novas às vítimas desesperadas. “A alegres nova soou por todo o acampamento, de que todos os que tivessem sido picados poderiam olhar para a serpente de metal e viver. Muitos já haviam morrido, e quando Moisés levantou a serpente na haste, alguns não queriam crer que meramente fitar a figura de metal os curaria; estes pereceram em sua incredulidade. Entretanto houve muitos que tinham fé na provisão que Deus fizera. Pais, mães, irmãos e irmãs estavam ansiosamente empenhados em ajudar seus sofredores e moribundos amigos a fixar na serpente seus desfalecidos olhares. Se estes, embora abatidos e moribundos, tão-somente pudessem olhar uma vez, eram perfeitamente restabelecidos. ... Eles não podiam fazer nada por si mesmos para escapar do efeito fatal do veneno das suas feridas. Só Deus era capaz de curá-los. Mas eles deviam mostrar a sua fé na provisão que Ele lhes tinha feito.Deviam olhar para viverem. Era sua fé que era aceitável a Deus, e por olharem para a serpente a sua fé era demonstrada. Eles sabiam que não havia nenhuma virtude na própria serpente, mas era um símbolo de Cristo, e a necessidade da fé nos Seus méritos foi assim apresentada às suas mentes. [Patriarcas e Profetas, pág. 430]. Aquele olhar deixava implícita a fé. Eles viveram porque acreditaram na palavra de Deus, e confiaram nos meios propiciados para a sua recuperação” [idem, pág. 431], ver até a pág. 432.

O Movimento do Advento. O Movimento do Advento está realizando agora (escrito em 1937) a sua jornada anti-típica em volta de Edom e as experiências do Israel antigo estão sendo repetidas. Novamente “estamos repetindo a história daquele povo”. (216) A mensagem de 1888 e a sua repetição nos últimos anos (*anteriores a 1937) trouxe-nos aos próprios limites da Canaã celeste mas “não podemos entrar.” Como um povo temos falhado em observar a Cristo e ao Calvário. É-nos dito que a mensagem de 1888 foi dada porque “muitos tinham perdido de vista a Jesus” e “precisavam ter seus olhos dirigidos à Sua divina pessoa, Seus méritos, e Seu imutável amor pela família humana”. É-nos dito que esta é “a mensagem do terceiro anjo, que deve ser proclamada com um alto clamor, e regada pelo derramar do Espírito Santo numa grande medida”, ver Testemunhos para Ministros, pág. 92.

Pág. 216 {142} O Calvário Esquecido. “Não tenteis chamar a atenção das pessoas para vós. Deixai-as perder de vista o instrumento, enquanto exaltais a Jesus. Falai de Jesus; perdei o eu em Jesus. Há muito alvoroço e tumulto sobre a nossa religião, enquanto o Calvário e a cruz são esquecidos” [Testemunhos Para a Igreja, vol. 5, pág. 133]. “Um espírito de mundanismo e egoísmo tem privado a Igreja de muitas bênçãos. ... Uma visão clara, constante da cruz de Cristo contrariaria o seu mundanismo e encheria as suas almas de humildade, piedade e gratidão. ... Uma enfermidade espiritual mortal está sobre a Igreja. Os seus membros são feridos por Satanás, mas não olharão para a cruz de Cristo, como os israelitas olharam para a serpente de bronze a fim de que pudessem viver. O mundo tem tantas reivindicações sobre eles que não encontram tempo para olhar à cruz do Calvário o bastante para verem a sua glória e sentir o seu poder” [idem, pág. 202].

A Nossa Única Esperança. Apocalipse 3:20. Cristo está fora da porta do templo da Igreja e dos corações individuais do Israel moderno, e Ele pede {143} que nós O “contemplemos”2 e O deixemos entrar. Somos tão impotentes em nós mesmos como eram os israelitas no deserto quando foram mordidos pelas serpentes. A nossa única esperança está em Cristo. “Nada além da justiça de Cristo pode nos habiliatar às bênçãos do concerto da graça. Muitos há que por longo tempo desejaram e procuraram obter essas bênçãos, mas não as receberam, porque acariciaram a idéia de que poderiam fazer algo para se tornarem dignos das mesmas. . . . Que ninguém olhe para si, como se tivesse poder para salvar-se. Jesus por nós morreu porque somos impotentes para nos salvar a nós mesmos. NEle está a nossa esperança, nossa (217) justificação, nossa justiça” [Patriarcas e Profetas, pág. 431). “Olhai e vivei. Jesus empenhou Sua palavra; Ele salvará todos os que a Ele se cheguem. Embora milhões que necessitam ser curados irão rejeitar Sua misericórdia que é oferecida, nenhum dos que confiam em Seus méritos será deixado a perecer. . . . É nosso dever primeiro olhar, e o olhar da fé nos dará vida” [idem, pág. 432]. É tão difícil para nós aprender a lição de que há vida em olhar a Cristo e ao Calvário como foi para os israelitas. Desejamos fazer algo para merecer a vida eterna.

Pág. 217 {143} O Resultado do Contemplar. 2ª Coríntios 3:18; João 6:40; 12:31, 32. “Homens santos do passado foram salvos pela fé no sangue de Cristo. Ao contemplaram as agonias das vítimas sacrificais olharam através do abismo das eras ao Cordeiro do Deus que deveria tirar os pecados do mundo” [“Sketches from the Life of Paul”, pág. 242]. “Às portas de Damasco a visão do Crucificado mudou todo o curso de sua vida” [Educação, pág. 65]. “Aproximando-se o pecador da cruz erguida, e prostrando-se junto à mesma, atraído pelo poder de Cristo, dá-se uma nova criação. É-lhe dado um novo coração. Torna-se uma nova criatura em Cristo Jesus. A santidade acha que nada mais há para requerer” [Parábolas de Jesus, pág. 163]. “O orgulho e o egoísmo não podem florescer nos corações que mantêm sempre viva a lembrança das cenas do Calvário.” “As reflexões do Calvário despertarão emoções sensíveis, sagradas, e vivas no coração do cristão” [Testemunhos para a Igreja, vol. 2, pág. 212]. “Encherá a mente, tocará e derreterá a alma, refinará e levantará os afetos, e transformará completamente o caráter inteiro” [idem, pág. 213], (*e Lift Him Up, pág. 35, e lição da escola Sabatina de 16/03/2003).

O Poder da Cruz. 1ª Coríntios 2:2; Gálatas 2:20; 6:14. “Se os pecadores puderem ser levados a contemplar a cruz com zelo, se puderem obter uma visão plena do Salvador crucificado, compreenderão a profundidade da compaixão de Deus e a perversidade do pecado” [Atos dos Apóstolos, pág. 209 no original, *210 na ed. de 1965 da CPB]. “A existência do pecado é inexplicável, por isso nenhuma alma sabe o que Deus é até que se veja na luz refletida da cruz do Calvário e se aborreça como um pecador, na amargura da sua alma” [Testemunhos para Ministros, pág. 264 no original, *265 na ed. de 1979 da CPB]. Remover do cristianismo a cruz, seria como apagar do céu o Sol. ... Sem a cruz não teria o homem nenhuma união com o Pai. Dela depende toda a nossa única esperança. Dela brilha a luz do amor do Salvador; e quando ao pé da cruz o pecador contempla Aquele que morreu para salvá-lo, pode rejubilar-se com grande alegria, pois seus pecados estão perdoados. (218) Ao ajoelhar-se em fé junto à cruz, ele alcançou o mais alto lugar que o homem pode atingir” [Atos dos Apóstolos, pág. 209 no original, *210 na ed. de 1965 da CPB].

Pág. 218 {144} O Remédio Laodiceano. O ponto crucial do remédio para a condição laodiceana do Israel moderno é contemplar a Cristo e Ele crucificado. Enquanto os israelitas faziam a sua volta em torno de Edom tiveram uma visão de Cristo e do Calvário que assinalou o começo de uma marcha vitoriosa em direção à terra prometida. Enquanto o povo do Advento está experimentando o antítipo daquela volta em contorno de Israel, também adquirirão uma visão de Cristo na cruz, e isso marcará o começo de uma marcha triunfante à Canaã celeste. A esterilidade espiritual da sua jornada pelo deserto os atrairá a Cristo como a sua única esperança, e ao Calvário como o único remédio pela devastação e veneno do pecado. Quando a mensagem de contemplar a Cristo como a única esperança do homem estiver sendo dada ao povo remanescente de Deus será evidente que a nossa jornada estará para findar e atingiremos em breve o nosso lar celeste. Assim como Moisés teve de enviar uma mensagem por todo o acampamento de Israel anunciando o remédio para o veneno das serpentes, igualmente uma mensagem será dada ao povo do Advento anunciando o remédio para a condição laodiceana. Esta mensagem se centralizará no Cristo levantado e a Sua justiça. Esta mensagem está sendo dada agora e ela vai se avolumar logo no alto clamor.

Notas desta edição:

1) Números 21:4. “A alma do povo angustiou-se naquele caminho” (Almeida fiel, ou Trinitária). “Por quarenta anosos israelitas tinham se acostumado à vida no deserto, mas este distrito pelo qual eles estavam agora passando é, por descrição de viajantes, desolado e repelente em extraordinário grau” (The Pulpit Comentary, vol 2, pág. 276). Não é de se admirar, portanto, que “o povo ficou impaciente por causa da jornada.” “Esta seria uma longa e difícil jornada, através de um dos mais cruéis territórios no mundo. Era também o pior tempo possível do ano para se empreender tal longa jornada. Comparando Números 33:38 com 20:29, sabemos que esta jornada começou por volta do sexto mês do quadragésimo ano da partida do Egito, o que, a grosso modo, seria o verão ou outono do ano 1407 a.C. [The Zondervan Pictorial Encyclopedia of the Bible, vol. 4., pág. 407]. Esta estação seria uma das mais quentes e probantes para se caminhar” [The Pulpit Commentary, vol. 2, pág. 272].

2) Apoc. 3:20, nas versões em português, inicia com “Eis...”,Eis que estou à porta... O Pastor Taylor Bunch, usando a KJV, traduz no parágrafo acima “Behold,” literalmente, “contemple”. Em português, quer como advérbio ou como interjeição “eis” tem também o mesmo sentido, “vede”, “aqui está”, “aqui tens.” A formação deste termo teve origem numa deturpação de “Vês”, do verbo ver, ou de “Heis” do verbo haver.

João usa o mesmo termo apontando para Jesus, “Eis [behold] o Cordeiro de Deus” (João 1: 29). Ele está dizendo, “Contemplem o cordeiro de Deus” pois Ele “tira o pecado do mundo.”

Ellen G White também usa este termo neste mesmo sentido: "Fale às almas em perigo e faça-as olharem (*behold) para Jesus sobre a cruz, morrendo, para ser possível a Eleperdoar" (Lift Him Up, pág. 126);

"Aquele que contempla (*beholds) o incomparável amor do Salvador, será elevado em pensamento, purificado no coração, transformado no caráter" (O Desejado de Todas as Nações, pág. 661).

Agora, voltando à figura tipológica, lemos, "Os israelitas salvaram suas vidas por olharem para a serpente levantada. Aquele olhar envolvia fé. ... Assim o pecador pode olhar para Cristo e viver. ... Diferente do símbolo inerte e sem vida, Cristo tem poder e virtude em Si mesmo" (Patriarcas e Profetas, pág. 431), e Ele estyá desejoso de comunicar-nos Seu poder.


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