quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Lição 1 - Jesus, Criador do Céu e da Terra, por Jerry Finneman

Para 29/12/12 a  5/1/13



Nossas lições da Escola Sabatina para este primeiro trimestre do novo ano, intitulado "Origens" é sobre o poder de Deus na redenção, criação e manutenção. Ao longo do trimestre, vamos examinar o poder redentor de Cristo, Sua coerente e mantenedora graça, como o genuíno exercício efetivo de Sua energia criativa como Deus. Redenção, criação e manutenção é por Cristo. Estes (*atributos) se encontram nEle (João 1:1 a 3, 14, 10; Efé. 3:9; Heb. 1: 1 a 3, e Col. 1:13-17).
Jesus ensinou uma criação literal pelo poder de Deus, e não pelo processo de evolução. A teoria da evolução de Darwin se opõe à criação. A crença na criação e na evolução não pode ser mantida por uma lógica cristã. Pense no crescimento e consequências da evolução. Se Deus iniciou a evolução, com a sobrevivência do mais apto, até que a morte seja finalmente abolida no longo processo de evolução, segue-se que não havia necessidade de Cristo vir e morrer, a fim de abolir a morte "o último inimigo" (1ª Coríntios 15:26). Segundo a dogmática teoria da evolução, a morte de inumeráveis ​​milhões de criaturas ocorreu bilhões de anos antes de Adão e Eva pecarem.
Tanto o relato da criação do homem, seguido por sua escolha para pecar, produzindo a morte, quanto a evolução, ocorreram antes do pecado entrar no mundo. Não há meio termo aqui. Se a evolução é verdade, segue-se que a morte não entrou através do pecado de um homem como a Escritura afirma (Rom. 5:12). Se a teoria da evolução de morte antes do pecado é verdadeira, então Jesus morreu em vão. Isto é assim porque, de acordo com a teoria da evolução a morte não é o resultado do pecado. Se isso for verdade, a morte de Cristo por causa do pecado do homem e consequente morte (*deste) não faz sentido. A evolução não só faz um escárnio da cruz, ela a descarta, juntamente com o evangelho, toda a razão para a existência do cristianismo e, especialmente, a mensagem de redenção do terceiro anjo.
Na Bíblia redenção é acompanhada por uma conexão inseparável com a Criação. É preciso nada menos do que a energia criativa para nos redimir. O poder pelo qual Jesus nos salva do pecado é o poder pelo qual Ele criou os mundos. Em Apocalipse 14:6 e 7, o evangelho eterno e criação estão conectados. O mesmo é verdade em (*relação a) Col. 1:14-16 onde o perdão, a redenção, e a criação estão ligados. Da mesma forma Rom. 1:16 e 20 ensina que o poder de Deus no evangelho é o poder que cria. O evangelho é Cristo crucificado, sepultado e ressuscitado dentre os mortos (1ª Coríntios 15:1-4). A cruz — Cristo crucificado — é o poder criativo de Deus aplicado aos homens para a salvação (1ª Coríntios 1:18, 23,24). O evangelho eterno, como o poder criador de Deus, será pregado em todo o mundo. Ele vai destruir a teoria da impotente evolução. Isto é porque o dogma da evolução é desprovido de força ou de recursos. Falta-lhe a autoridade e a capacidade de agir. Está morta. Mas o evangelho está cheio da vida de Deus.
Qualquer evangelho que deixa de fora a criação é "outro evangelho" (*Gal. 1:9), que não é o evangelho de modo algum. Ele é impotente. Qualquer evangelho que não pregue o poder criador de Deus, como pode ser visto nas coisas que Ele tem feito para viver, não é o evangelho de modo algum. O evangelho nos salva, e nos conforta e nos sustenta pelo poder da criação.
O plano da redenção é simplesmente a realização do plano original da criação de Deus —  (*isto é) que você e eu devamos ser feitos à imagem de Deus (Rom. 8:29). Redenção é provocada através do poder criador de Deus da cruz. Redenção é uma nova criação. Vir a Cristo, unindo-se com Cristo, estar em Cristo, pela fé, faz de você e de mim novas criaturas (2ª Coríntios 5:17). Como é que isso ocorre?
Cristo criou os mundos através do poder de Sua palavra (Sal. 33:6, 9; Heb. 11:3). Ele nos recria novamente pelo poder da mesma palavra. Este é o novo nascimento (Tiago 1:18; 1ª Pedro 1:23). Sua palavra é cheia de vida e extremamente poderosa (Heb. 4:12). Davi entendeu a estreita relação entre criação e redenção quando orou: "Cria em mim, ó Deus, um coração puro" (Salmo 51:10). As promessas de Deus são para nos dar um novo coração em resposta a este tipo de oração (Ezequiel 36:25 28). Esta é a criação de verdadeira justiça e santidade dentro de nós (Efé. 4:23,24), como Ellet J. Waggoner observou:
A criação e redenção têm a mesma finalidade a respeito do homem. No início o homem foi criado à imagem de Deus (Gên. 1:26, 27). Em seguida, o pecado entrou. Foi Deus pego de surpresa, quando isso ocorreu? Era o plano da redenção um adendo? DE MODO ALGUM!!! Cristo é "o Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo" (Apoc. 13:8), e antes disso "foi pré-ordenado" para morrer por nós (1ª Pedro 1:18-20, KJV). Assim que houve pecado houve a cruz do Cristo crucificado. Cristo foi feito o próprio pecado — a maldição — a fim de nos redimir dela (2ª Coríntios 5:21; Gal. 3:13).
"A palavra de Deus que pronuncia a justiça tem a própria justiça nela, e assim que o pecador crê, e recebe a palavra em seu coração pela fé, nesse momento ele tem a justiça de Deus em seu coração, e considerando que do coração procedem as fontes da vida (*Prov. 4:23), segue-se que uma nova vida assim começou nele; e esta vida é uma vida de obediência aos mandamentos de Deus. Assim, a fé é realmente a substância das coisas que se esperam; porque a fé se apropria da palavra de Deus, e a palavra de Deus é a substância – “O Evangelho na Criação" (Ellet J. Waggoner," publicado na revista A Verdade Presente, edição inglesa, de 9 de fevereiro de 1893).
Cristo não só criou o universo, Ele não apenas nos recria, Ele mantém todas as coisas, inclusive a nós, por Sua poderosa palavra (Heb. 1:1 a 3). Em Cristo "todas as coisas subsistem" ou são mantidas juntas (Col. 1:17). Há uma suficiente cola criativa, em Cristo, para segurar o cosmos junto. Seu poder criativo na criação, redenção, e manutenção contínua do universo é a marca de identificação da Sua divindade. E depois de pensar que Cristo, o Deus não criado, nosso Criador, Redentor e Mantenedor, tornou-Se um ser humano, a fim de salvar-nos está além da nossa compreensão.
Os passos sucessivos da humanidade foram experimentados por Jesus. Concebido no ventre de sua mãe, cumpriu a primeira condição da Sua existência humana, porque no ato da concepção Ele Se tornou um ser humano. O embrião que foi concebido foi alimentado no ventre de Maria. Quando o período normal de gestação humana terminou, "se cumpriram os dias em que ela havia de dar à luz" (Lucas 2:6), e o nascimento de Jesus ocorreu — ela “deu à luz seu filho primogênito" (vs.7). Esta concepção, a gestação e parto de Sua humanidade foram as circunstâncias de Seu nascimento, que estabeleceram Sua humanidade. Apesar de não ser humanamente gerado, Ele era realmente da substância material de sua mãe, Maria. E, sendo encontrado na natureza de nossa humanidade, Ele continuou a humilhar-Se até a morte de cruz, a fim de nos redimir (Filipenses 2:6-8). Este é o evangelho poderoso e glorioso que foi confiado a nós e que os céus declaram (1ª Tim. 1:11; Rom. 1:16, 20; Salmos 19:1-3). Este, o evangelho da obra criativa de Deus, é o evangelho de "Jesus, Criador do Céu e da Terra.”

-Jerry Finneman


O irmão Geraldo L. Finneman é um pastor adventista, já tendo atuado nos estados de Michigan, Pensilvânia e Califórnia nos EUA. Ele prepara materiais para encontros  evangelísticos, incorporados com os conceitos das Boas-Novas da Mensagem de 1888 de Justificação pela fé. Além de pastor da IASD ele também já foi presidente do Comitê de Estudos da Mensagem de 1888. Já há alguns anos não me encontro com ele, mas me parece que, devido à idade, está para, ou, já se aposentou, mas ouvi dizer que continua trabalhando por boa parte do dia, atualmente na área de Battle Creek, a cidade que abrigava a antiga sede da igreja. Há um excelente livro escrito por ele, "Christ in the Psalms” [Cristo nos Salmos], infelizmente não está traduzido para o português.

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