sábado, 24 de outubro de 2009

Capítulo 20—OPOSIÇÃO À MENSAGEM

O Êxodo e os Movimentos do Advento

em Tipo e Antítipo, por Taylor G. Bunch



Capítulo 20—OPOSIÇÃO À MENSAGEM



Pág. 136 {89} Uma Crise. Assim como Cades-Barnéia trouxe o antigo Israel à maior crise no seu jornadear, também a mensagem de 1888 trouxe o moderno Israel ao desvio do caminho e à maior crise de nossa história. Que o Senhor tencionava derramar a chuva serôdia e rapidamente terminar Sua obra é abundantemente evidente. “O tempo de prova está bem diante de nós, pois o alto clamor do terceiro anjo já começou na revelação da justiça de Cristo, o Redentor que perdoa os pecados. Este é o começo da luz do anjo cuja glória encherá toda a Terra” [Review and Herald de 22 de novembro de 1892. “Se tiverdes que ficar firmes durante o tempo de angústia, deveis conhecer a Cristo e vos apropriardes do dom da Sua justiça, que Ele imputa ao pecador arrependido” [ibidem].



Uma Obra Rápida. Romanos 9:28. (*”Ele completará a obra e abreviá-la-á em justiça; porque fará breve a Sua obra sobre a terra). É através da pregação da mensagem da justificação pela fé que a chuva serôdia vem e esse texto se cumpre. “No entanto, a obra será abreviada em justiça. A mensagem da justiça de Cristo deve soar de uma extremidade da Terra à outra para preparar o caminho do Senhor. Esta é a glória de Deus, que encerra a obra do terceiro anjo” [Testemunhos para a Igreja, vol. 6, pág. 19, escrito durante os anos noventa *do século 19]. “Uma obra deve ser realizada na Terra semelhante àquela que ocorreu no derramamento do Espírito Santo nos dias dos primeiros discípulos, quando pregaram a Jesus e Este crucificado. Muitos serão convertidos em um dia, pois a mensagem irá com poder” [Review and Herald de 22 de novembro de 1892.



O Que Poderia Ter Sido. Que o Senhor intencionava conduzir o Movimento do Advento a uma vitória rápida e gloriosa logo após a Assembleia da Associação Geral de Mineápolis é evidente pelas seguintes declarações. “Se estes tivessem feito a sua obra, o mundo teria sido avisado antes disto” [Review and Herald de 6 de outubro de 1896]. “Se o propósito de Deus tivesse sido levado a cabo por Seu povo, dando ao mundo a mensagem de misericórdia, Cristo, antes disto, teria vindo à Terra e os santos teriam recebido as boas-vindas na cidade de Deus” [Testemunhos para a Igreja, vol. 6, pág. 450, publicado em 1900, e que apareceu, pela primeira vez, no “Australian Union Record” de 15 de outubro (137) de 1898, ver Notebook Leaflets from the Elmshaven Library, vol. 1, pág. 10] “Se o povo de Deus tivesse saído a trabalhar, como devia ter feito, logo após as reuniões de Mineápolis, em 1888, o mundo teria sido advertido em poucos anos e o Senhor teria vindo”. Esta é uma declaração atribuída à Irmã White e corroborada por uma carta a ela do (*filho, o) Pr. William C. White. Ver também O Desejado de Todas as Nações, pág. 633, 6341; Testemunhos para a Igreja, vol. 9, pág. 29.2 e 3.



Pág. 137 {89} Mensagem Sob Oposição. “Deus havia suscitado homens para atender às necessidades deste tempo, aos quais diz ‘clama em alta voz e não te detenhas, e levanta a tua voz como a trombetas e anuncia ao Meu povo a sua transgressão e à casa de Jacó os seus pecados” (*Isaias 58:1). Sua obra não é somente proclamar a lei, mas pregar a verdade para este tempo — o Senhor justiça nossa. . . . Mas há aqueles que não vêem necessidade de uma obra especial neste tempo. Enquanto o Senhor está operando para despertar o povo, eles buscam pôr de lado a mensagem de advertência, reprovação, e apelo. Sua influência tende a aquietar os temores do povo, e impedi-lo {90} de despertar à solenidade deste tempo. Os que assim agem estão dando à trombeta um sonido incerto. Deviam despertar-se à situação, mas tornaram-se prisioneiros do inimigo. Se não alterarem o seu curso de ação, serão registrados nos livros do céu como mordomos infiéis quanto ao sagrado depósito que lhes foi confiado, e a mesma recompensa dada a eles será como a dos que estão em inimizade e aberta rebelião contra Deus” [Review and Herald de 13 de agosto de 1889].



Pág. 137 {90} Pregação da Lei. “Encontrareis aqueles que dirão, ‘estais muito agitados quanto a esta questão. Estais muito ansiosos. Não deveis estar em busca da justiça de Cristo, e dando tanta ênfase a isso. Deveis pregar a lei’. Como um povo temos pregado a lei até ficarmos tão secos quanto as colinas de Gilboa, que não têm orvalho nem chuva. Devemos pregar a Cristo na lei, e haverá seiva e nutriente na pregação que representará alimento para o faminto rebanho de Deus. Não devemos confiar em nossos próprios méritos em absoluto, mas nos méritos de Jesus de Nazaré” [Review and Herald de 11 de março de 1890].



Pág. 138 {90} Dois Terços Inteiros. Segundo alguns que participaram das reuniões de Mineápolis, dois terços completos dos que se fizeram presentes, ou se opuseram à mensagem de justificação pela fé ou a temiam. Sentiam que era uma forma de fanatismo, um desvio dos velhos métodos de pregação da mensagem. O ensino soava como novo e estranho e parecia lançar uma sombra sobre a mensagem como havia sido pregada no passado, e sobre os que a pregavam. A oposição de alguns se tornou muito áspera e não só ridicularizavam e criticavam aqueles que saíam a pregar a mensagem de justificação pela fé, mas até acusavam a irmã White por estar ao lado deles. Cenas ocorreram na Assembleia de Mineápolis e posteriormente muito semelhantes ao que se praticou entre os israelitas infieis em Cades-Barneia.



Boas Velhas Doutrinas. “Alguns de nossos irmãos não estão recebendo a mensagem de Deus sobre este assunto. Parecem ansiosos pelo fato de que nenhum de nossos ministros se desvia de sua maneira anterior de pregar as boas velhas doutrinas. Indagamos, não é tempo de que luz nova venha ao povo de Deus, para despertá-lo a maior fervor e zelo? As grandiosas e preciosas promessas que nos foram dadas nas Santas Escrituras foram perdidas de vista em grande medida, tal como o inimigo de toda justiça planejou que devesse ser. Ele tem lançado sua negra sombra entre nós e Deus, para que não vejamos o verdadeiro caráter de Deus” [Review and Herald de 1º. de abril de 1890].



Desprezo e Reprovação. “Oh! como a pobreza de alma é alarmante! E aqueles que estão em maior necessidade do ouro do amor, sentem-se ricos e cheio de bens, quando lhes faltam todas as graças. Tendo perdido a fé e o amor, perderam tudo. O Senhor enviou uma mensagem para despertar o Seu povo ao arrependimento e realizar as primeiras obras; mas como tem sido recebida a Sua mensagem? Enquanto alguns a têm acatado, outros têm lançado desprezo e reprovação à mensagem e o mensageiro. Espiritualmente amortecidos, com o desaparecimento da humildade e simplicidade como de uma criança, uma mecânica e formal profissão de fé {90} tomou o lugar do amor e devoção. É essa condição de mornidão que deve prevalecer?. ... Por que tentar reacender um mero fogo intermitente (139) e caminhar nas centelhas de vossa própria feitura?” [Review and Herald, edição Extra, de 23 de dezembro de 1890).



Pág. 139 {91} Críticas aos Mensageiros. Os dez espias infiéis centraram suas críticas sobre Calebe e Josué, e, finalmente, instaram o povo a apedrejá-los. Por ter ficado ao lado desses dois homens fiéis Moisés compartilhou da crítica e reprovação amontoados sobre eles. “Deus tem enviado a Seu povo testemunhos de verdade e justiça, e são chamados a erguer a Jesus, e exaltar a Sua justiça. Aqueles a quem Deus enviou com uma mensagem são apenas homens, mas qual é o caráter da mensagem de que são portadores? Será que vos atrevereis a volver-vos dessas advertências ou tratá-las levianamente por Deus não vos ter consultado quanto ao que preferíeis? Deus chama homens que falem que clamem em alta voz e não se detenham (*Isaias 58:1). Deus levantou os Seus mensageiros para realizar Sua obra para este tempo. Alguns têm se desviado da mensagem da justiça de Cristo para criticar os homens e suas imperfeições. ... Eles têm demasiado zelo, revelam-se por demais ansiosos, falam de modo muito positivo, e a mensagem que traria paz e vida e conforto a muitas almas cansadas e oprimidas é, em certa medida, excluída; pois exatamente na proporção em que homens de influência fechem seus próprios corações e estabeleçam sua própria vontade em oposição ao que Deus disse, buscarão eliminar o raio de luz daqueles que têm estado ansiando e orando pela luz e pelo poder vivificador. Cristo tem registrado todos os discursos altivos, orgulhosos, zombeteiros proferidos contra Seus servos como sendo contra Si próprio” [Review and Herald de 27 de maio de 1890].



Chamada Falsa Luz. “A mensagem do terceiro anjo não vai ser compreendida, a luz que irá iluminar a Terra com sua glória será chamada de falsa luz por aqueles que se recusam andar em sua glória em avanço. O trabalho que poderia ter sido feito vai ser deixado de lado pelos que rejeitam a verdade por causa da sua incredulidade. Rogamos a vós que vos opondes à luz da verdade para sair fora do caminho do povo de Deus. Permiti que a luz enviada dos céus resplandeça sobre eles em raios firmes e claros. Deus terá por responsável a vocês, a quem esta luz veio, pelo uso que dela fazem. Os que não ouvirem serão tidos por responsáveis; pois a verdade tem sido posta a seu alcance, mas eles desprezaram suas oportunidades e privilégios” [ibidem]



Pág. 140 {91} Julgada Perigosa. “Deve ocorrer nas igrejas uma maravilhosa manifestação do poder de Deus, mas não será aplicada àqueles que não se humilharam perante o Senhor, e abriram a porta do coração por confissão e arrependimento. Na manifestação desse poder que ilumina a Terra com a glória de Deus, verão somente algo que em sua cegueira julgam perigoso, algo que despertará seus temores, e serão induzidos a resistir-lhe. Pelo fato de que o Senhor não opera segundo suas expectativas e ideais, opor-se-ão à obra. ‘Por que’, perguntam ‘não conheceríamos o Espírito de Deus, quando estamos na Obra há tantos anos? Porque não responderam às advertências, os apelos da mensagem de Deus, mas {92} persistentemente disseram, ‘rico sou e estou enriquecido, e de nada tenho falta’. Talento, longa experiência, não tornarão homens canais de luz, a menos que se coloquem sob os brilhantes raios do Sol da Justiça” [Review and Herald, edição extra de 23 de dezembro de 1890].



Pág. 140 {92} Ideias Próprias. “Por quase dois anos temos instado as pessoas a avançarem e aceitarem a luz e a verdade concernente à justiça de Cristo, e eles não sabem se devem vir e lançar mão desta preciosa verdade ou não. Estão presas a suas próprias ideias. Não deixam o Salvador entrar” [Review and Herald de 11 de março de 1890]. Esta declaração mostra que é a aceitação da mensagem de Laodiceia, com a sua solução completa, que traz Jesus ao coração. Aqueles que rejeitam esta mensagem se recusam a deixar o Salvador entrar. A atitude hesitante da parte do povo deveu-se em geral à atitude de muitos dos líderes para com a nova pregação. Eles se interpuseram entre o povo e a mensagem de Deus. Assim como todo o acampamento de Israel foi afetado pela atitude rebelde e infiel dos dez príncipes que “trouxeram um mal relatório”, os adventistas em geral tornaram-se cautelosos e hesitantes, e muitos foram levados a rejeitar abertamente a mensagem por causa da atitude de homens de experiência de longos anos, em quem tinham confiança.



As Próprias Pedras Clamarão. “Há tristeza no céu quanto à cegueira espiritual de muitos dos nossos irmãos. ... O Senhor levantou mensageiros e os revestiu com o Seu Espírito, e (141) disse: ‘Clama em alta voz, não te detenhas, levanta a tua voz como a trombeta, e anuncia ao Meu povo a sua transgressão, e à casa de Jacó os seus pecados’ (*Isaias 58:1). Que ninguém corra o risco de interpor-se entre o povo e a mensagem do céu. A mensagem de Deus virá para o povo, e se não houvesse voz entre os homens para apresentá-la, as próprias pedras clamariam (*Lucas 19:40). Apelo a cada ministro a que busque o Senhor, ponha de parte o orgulho, afaste os conflitos por supremacia, e humilhe o coração diante de Deus. É a frieza de coração, a incredulidade daqueles que deveriam ter fé que mantém as igrejas em debilidade” [Review and Herald de 26 de julho de 1892].



Pág. 141 {92} Crítica nos Quartos. Assim como os israelitas “murmuraram em suas tendas” em Cades-Barneia, os que se opunham à mensagem da justificação pela fé em Mineápolis murmuravam e criticavam em seus quartos. “Nunca mais, penso eu, serei chamada a ficar sob a direção do Espírito Santo como estive em Mineápolis. A presença de Jesus estava comigo. Todos os que se reuniram naquela assembleia tiveram a oportunidade de se colocar do lado da verdade por receber o Espírito Santo, enviado por Deus em uma rica torrente de amor e misericórdia. Mas nos quartos ocupados por alguns do nosso povo foram ouvidas ridicularia, críticas, vaias, risos. As manifestações do Espírito Santo foram atribuídas a fanatismo. ... As cenas que tiveram lugar naquela reunião fizeram o Deus do céu envergonhar-Se de chamar aqueles que participaram nelas de Seus irmãos. Tudo isso o celeste Vigilante anotou, e foi escrito no livro de recordação de Deus” [Testemunho Especial para o Escritório da Review and Herald, págs. 16 e 17, escrito por Ellen G. White em 1896]. Poderia haver um antítipo mais impressionante do que ocorreu em Cades-Barneia?



Pág. 141 {93} Depoimento de testemunhas. Vários ministros que participaram da Conferência de Mineápolis testemunharam, segundo o seu conhecimento pessoal, do que aconteceu nos quartos de alguns dos delegados. Este que se segue é de um que permaneceu na mesma casa com um grupo de obreiros: “Em nosso alojamento estávamos ouvindo um bom número de observações sobre a Irmã White favorecendo o Pr. Waggoner, e que ele era um de seus animais de estimação. O espírito de controvérsia estava aceso e quando os delegados (142) vieram da última reunião do dia, havia fuxico e muitas risadas e piadas e alguns comentários que foram feitos eram muito desprezíveis, faltando prevalecer um espírito de solenidade. Alguns não se envolveram na atitude de hilaridade. Nenhum momento de culto foi mantido, e nada semelhante a solenidade que devia ter sido sentida e manifestada em tal ocasião se fez presente” [Escrito pelo Pr. C. McReynolds em 1931].



Pág. 142 {93} Satanás no controle. Assim como Satanás teve o controle dos dez espias cujo relatório falso impediu Israel de entrar na terra prometida ao tempo designado por Deus, levando-os a denunciar amargamente e perseguir os dois homens de fé, de igual modo o espírito de Satanás controlava aqueles que rejeitaram a mensagem de 1888 e criticaram, ridicularizaram e perseguiram os homens de fé que a deram. Em Testemunho para Ministros, págs. 77 a 81, temos um testemunho da serva de Deus, intitulado “Uma Mensagem Fiel”, escrita de Hobart, na Tasmânia, em 1º. de maio de 1895. Após falar do ódio de Caim por Abel, que levou ao assassinato, é feita a seguinte declaração: “Logo que um homem se separa de Deus, de tal modo que seu coração não esteja sob o poder do Espírito Santo, revelar-se-ão os atributos de Satanás, e ele começará a oprimir os seus semelhantes.. … Os homens a quem se confiaram pesadas responsabilidades, mas que não têm comunhão viva com Deus, têm estado e ainda estão ofendendo ao Seu Santo Espírito. Estão transigindo com o mesmo espírito que Coré, Datã e Abirão, e como os judeus nos dias de Cristo, veja Mat. 12:22-29 e 31-37). Frequentemente têm vindo de Deus advertências a esses homens, mas eles as têm posto de lado e se aventurado a seguir no mesmo rumo”.



Perseguidores de Cristo. Após repetir muitas das maldições pronunciadas por Cristo sobre os escribas e fariseus como registrado em Mateus 23, com a previsão de que outros profetas e mestres seriam enviados no futuro, e contra os quais manifestariam o mesmo espírito perseguidor de seus pais, é feita a aplicação para os rejeitadores da mensagem em Mineápolis e a perseguição dos mensageiros: “Esta profecia foi literalmente cumprida pelos judeus em seu tratamento de Cristo e dos mensageiros que Deus lhes enviou. Irão os homens, nestes últimos dias, seguir o exemplo daqueles a quem Cristo condenou?” [Testemunho para Ministros, pág. 79]. “Essas terríveis (143) previsões ainda não foram levadas a cabo plenamente, mas se Deus poupar suas vidas, e nutrirem o mesmo espírito que assinalou o seu curso de ação, tanto antes como depois da reunião de Mineápolis , eles irão completar a taça dos atos daqueles que Cristo condenou quando esteve na Terra” [Panfleto 154, pág. 21].



Pág. 143 {93} Uma Obra satânica. Em continuação lemos: “Satanás assume o domínio de toda mente que não está decididamente sob o domínio do Espírito {94} de Deus. Alguns vêm cultivando ódio contra os homens a quem Deus comissionou para dar uma mensagem especial ao mundo. Eles começaram essa obra satânica em Mineápolis . Mais tarde, ao verem e sentirem a demonstração do Espírito Santo, que testificava que a mensagem era de Deus, odiaram-na ainda mais, pois eram um testemunho contra eles. Não queriam humilhar o coração para se arrependerem, darem glória a Deus, e vindicarem o direito. Prosseguiram em seu espírito, cheios de inveja, ciúme e más suspeitas, como os judeus. Abriram o coração ao inimigo de Deus e do homem. Contudo esses homens têm ocupado posições de confiança e têm moldado a obra à sua semelhança, tanto quanto podem. Aqueles que hoje são os primeiros, que têm sido infiéis à causa de Deus, logo serão os últimos, a menos que se arrependam. A não ser que imediatamente caiam sobre a Rocha e sejam quebrantados, e nasçam de novo, continuará a ser nutrido o espírito que vem sendo alimentado. A doce voz da misericórdia não será por eles reconhecida. A religião bíblica em particular e em público, será para eles uma coisa do passado. Ardorosamente têm falado contra o entusiasmo e o fanatismo. A fé que apela a Deus para aliviar o sofrimento humano, fé que Deus tem ordenado a Seu povo exercer, é chamada fanatismo. Se alguma coisa há na Terra que deva inspirar os homens com santificado zelo, essa é a verdade tal como é em Jesus. É a sublime e grande obra da redenção. É Cristo para nós feito sabedoria, justiça, santificação e redenção [Testemunho para Ministros, págs. 79 e 80].



Pág. 143 {94} Chamada Uma Rebelião. “Pergunto se a genuína rebelião é ainda curável. ... Chamai rebelião por seu nome certo e apostasia por seu nome certo, e então considerai que a experiência do antigo povo de Deus com todos os seus aspectos objetáveis (144) foi fielmente registrado para passar para a história. A Escritura declara que, ‘tudo isto lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos’ (*1ª Cor. 10:11). E se os homens e mulheres que tiveram o conhecimento da verdade estão tão separados do seu Grande Líder a ponto de acatarem o grande líder da apostasia e nomeá-lo Cristo, nossa Justiça, é porque não se aprofundaram suficientemente nas minas da verdade. São incapazes de distinguir o veio precioso do material comum” [Leaflet Series, artigo de nº 3, intitulado “Apostasias,”4].



Notas do tradutor:



1) Fomos conferir o que está em O Desejado de Todas as Nações, págs. 633 e 634, e lá encontramos isto: “Ao dar o evangelho ao mundo, está em nosso poder apressar a volta do nosso Senhor. Não devemos somente aguardá-la mas também apressar a vinda do dia de Deus, 2ª Pedro 3:12, KJV, à margem. Tivesse a igreja de Cristo feito a obra que lhe fora designada, como o senhor ordenara, o mundo todo teria, antes disto (*1898), sido advertido, e o Senhor Jesus teria vindo à nossa terra em poder e grande glória.”


2) Igualmente fizemos questão de nos certificarmos do que ela disse em De Testemunhos para a Igreja, vol. 9, pág. 29, e lá está escrito: “Se cada soldado de Cristo tivesse cumprido sua tarefa, se cada atalaia nos muros de Sião tivesse dado à trombeta o sonido certo, o mundo teria , antes disso (*isto é, antes de 1909) ouvido a mensagem de advertência. Mas a obra esta anos atrasada.”


3) Os editores de 1997, desta obra do Pr. Taylor colocaram ao final deste § a referência à pág. 593 da coleção “Matérias de Ellen G. White sobre 1888, e eu fui conferi-la, e a encontrei no 2º volume, pág. 593, um impressionante e duro “Sermão pela Sra. White, em 8 de Março de 1890”, em Battle Creek, Michigan, o centro da obra adventista então, que me deixou estarrecido. Trata-se do Manuscrito 4 de 1890. Ela, falando severamente a um grupo de líderes, repreende velhos líderes da obra, entre eles o Pr. Uhias Smith, com firme repreensão pela atitude dos velhos líderes em Mineápolis contra os dois jovens mensageiros enviados pelo Senhor. “Eu quero lhes dizer, irmãos ... vocês estão trilhando o mesmo caminho que eles (*líderes) palmilharam nos dias de Jesus” (final da 1ª página do manuscrito). “Vocês se postaram exatamente no caminho de Deus” (início da 2ª pág., 594 do 2º volume de “Matérias de Ellen G. White sobre 1888). “Vocês estão trabalhando exatamente como os judeus” (início da 4ª pág., 596).

Neste sermão ela aborda uma da polêmicas levantadas pelos opositores na Assembléia de Mineápolis , em 1888, a questão dos concertos lá apresentada por Waggoner. “A questão do concerto, como apresentada é a verdade. É a luz. Em linhas claras foi apresentada perante nós” (final da 4ª pág., 596), “e significa muito para nós. Quer nos mostrar que não podemos depender de nossa sabedoria e criticismo, mas que devemos colocar nossas pobres almas sobre Jesus, e somente sobre Ele” (início da 5ª pág., 597).

“Eu tenho dado testemunho após testemunho, mas não surtiu nenhum efeito. Eles rejeitaram tudo, exceto suas próprias idéias” (final da pág. 598).



4) A série de artigos de Ellen G. White chamada de “Leaflet Series” (literalmente “Pequenas Folhas,” ou “Série de Folhetos ou Panfletos”) tem por título “Notebook Leaflets from the Elmshaven Library,” cuja sigla usual é “NL”, pertence à biblioteca existente na casa em que ela residiu os últimos anos de sua vida, na Califórnia, no município de Santa Helena, perto do Hospital Adventista de Santa Helena.

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