Esta lição inclui muitas coisas; algumas nós só tocaremos rapidamente. Deixe-nos considerar primeiramente a disciplina e ordem necessárias para Israel em suas perambulações pelo deserto. Pense no tamanho do acampamento. Havia aproximadamente dois milhões de pessoas na cidade de tendas cercando o santuário. Esta cidade de tendas teria tido centenas de quilômetros quadrados em volta do santuário, portanto, havia uma grande necessidade de autodisciplina e ordem, especialmente quando levantavam acampamento e começavam a marchar.
Quando Deus guiou Israel no deserto, Ele os dirigiu de uma maneira ordeira. Na frente de cada tribo havia uma bandeira e cada tribo tinha seu lugar. Deus mandou que trombetas de prata fossem feitas para serem usadas para a preparação para levantar acampamento e para viajar, para instruções em guerra, para convocar as assembléias, e para uso nas cerimônias religiosas ligadas com o santuário (Num. 10:1-10). Os vários sons da trombeta eram usados de modo que Israel saiba que seu Líder era Cristo, que estava com eles e os dirigia.
Cristo era, a Nuvem, em Quem eles eram protegidos de dia; Cristo era a coluna de Fogo fornecendo (*luz) para eles na escuridão da noite (Num. 9:16). Cristo é que era seu alimento espiritual e sua bebida espiritual; Cristo crucificado era essa Pedra espiritual que os seguia (1 Cor. 10:1-4) e que os dirigia.
O primeiro aniversário da Páscoa, depois de serem libertados de cativeiro egípcio, foi comemorado por Israel antes de eles deixarem seu acampamento de um ano no Sinai (Num. 9:1-3). Neste evento Israel recapitulou sua história, mas tinham que viver a vida emancipada de Cristo, pela fé, que então habitava entre eles (Ex. 25:8), e que deveria, no futuro, encarnar-Se para habitar em carne humana (João 1:14; 1ª Tim. 3:16).
A Páscoa não somente apontava de volta à história de libertação da escravidão no Egito, mas, também, adiante à maior emancipação por Cristo na cruz pela humanidade. Deixe-nos passar rapidamente para os nossos dias. Nossa história é recordada do tempo que passou, mas deve ser vivida adiante. Há sempre o perigo que moldamos as grandes figuras históricas de acordo com a influência que sabemos que eles tiveram nos tempos bem depois que morreram. Mas eles não conheciam esse futuro. Eles não podiam tomar decisões por retrospecto, mais que nós podemos em nossa vida diária. Para entendê-los nós necessitamos viver ao lado deles em nossas mentes, pensar seus pensamentos, sentir-se como eles se sentiam, reagir às variáveis situações só com o passado fornecendo guia.
Aqui é onde Ellen White nos dá direção. Ela nos toma pela mão e nos conduz às crises em nossa história do Advento, e nos introduz aos principais contendores por poder, e abre alguns livros e mensagens dos pioneiros, especialmente as mensagens enviadas de céu por Jones e Waggoner. A reforma era a questão, como na Reforma protestante do século
As raízes da Reforma remontam aos ataques do século 14 à riqueza, à ética, ao comportamento, e à hierarquia da Igreja de Roma. Estes eram meros sintomas de doença espiritual. Os ataques aos sintomas foram feitos tanto por grupos leais dentro dessa Igreja quanto pelos que foram marginalizados por ela, tal como os “lollardos” (*seguidores de João Wycliff) e os “hussitas” (*seguidores de João Huss, na Boemia). Lutero reconheceu o que esses reformadores não reconheceram. Todos lidaram, na maioria, com sintomas, e como destruí-los. Lutero identificou a natureza da doença espiritual da Igreja, e sabia que não podia ser curado, e então foi para a jugular.
A reforma que Lutero empreendeu foi uma de doutrina antes que renovação da ética, como outros, antes dele, tinham feito. Sua reforma da doutrina que ocorreu pela pregação do Evangelho de justificação pela graça, pela fé, era baseada na Palavra de Deus. Nas suas próprias palavras, "Vida é tão má entre nós como entre os papistas, assim nós não argumentamos sobre vida mas sobre doutrina. Ao passo que Wycliffe e Huss atacaram o estilo de vida imoral do papado, eu desafio principalmente sua doutrina". (Heiko A. Oberman, Lutero: O homem Entre Deus e o Demônio, Imprensa da Universidade de Yale, New Haven, CT, 1989, pág. 55). "Outros antes de mim contestaram a prática. Mas contestar a doutrina, isso é agarrar o ganso pelo pescoço"! (Revista Cristã de História, 34ª edição: "Martinho Lutero: Os Primeiros Anos do Reformador," 1992. Carol Stream, IL: Christianity Today). “Nosso evangelho elimina as indulgências, abole peregrinações, põe uma parada às touradas, elimina a cobiça e alcança resultados maravilhosos. ("Uma Carta do Dr. Martinho Lutero Concernente ao Seu Livro sobre a Missa Particular," 1534; Obras de Lutero, vol. 38, páginas 231 e 232). A trombeta do Lutero deu um sonido certo que preparou o povo de Deus.
O Lutero reconheceu que o comportamento mudaria as pessoas para aceitarem a doutrina da justificação pela fé. Ele falou e escreveu da doutrina da justificação pela fé sob a influência da "chuva temporã". Ellen White falou e escreveu da doutrina de justificação pela fé que Jones e Waggoner proclamaram como o "Alto clamor" durante o "Chuva Serôdia". Note suas palavras:
"Esta mensagem devia pôr, de maneira mais evidente perante do mundo o Salvador crucificado, o sacrifício pelos os pecados do mundo inteiro. Apresentava a justificação pela fé no Fiador; convidava o povo para receber a justiça de Cristo, que se manifesta na obediência a todos os mandamentos de Deus. Muitos perderam Jesus de vista. Necessitavam ter seus olhos fixos na Sua divina pessoa, Seus méritos, e Seu imutável amor pela a família humana" (Testemunhos para Ministros, pág. 91).
Este é o sonido certo da trombeta de Deus de justificação pela fé. Isto preparará o povo de Deus para o que está para sobrevir à terra. Você não acha que é tempo de regirmos?
--Gerald L. Finneman
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