segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Lição 7 — Vencendo o pecado, por Paulo Penno



Para 11 a 18/11/17

Estamos no meio da crise histórica das eras? Sim! O retorno de Cristo está sendo atrasado. Nossa lição sobre "Vencer o pecado" é muito séria!
Um pai pode ter um problema pesado tentando sustentar sua família, mas a criança não tem como entender isso ao ponto de dificultar ou obscurecer suas brincadeiras. A criança pequena pode sentir apenas o seu próprio sofrimento individual de fome. Como se diz, seu "metabolismo pessoal não permite" nada mais. Ele nunca pode "unir-se" à angústia de seu pai, ou "sentir qualquer espasmo de [sua] dor, [ou] uma partícula de [seu] sofrimento". Uma criança pequena não pode "sentir corporativamente" o que um pai sente corporativamente por si.
Mas uma mulher que cresceu "à medida da estatura da estatura completa" de um homem (veja Efésios 4:13) pode sentir corporativamente por ele se ela o ama como uma noiva ama o marido. Será que o nosso problema cósmico é preocupante para o coração de Deus porque somos essa "mulher" profética que ainda está no estado de infância do coração e resistiu ao "crescimento"? Ainda não podemos compartilhar corporativamente o peso do coração que seu Salvador sente? Nossa preocupação ainda é fundamentalmente centrada no eu? Ainda consideramos (como no passado) que nossa própria salvação pessoal e individual é a maior preocupação do universo? Ou podemos começar a sentir uma preocupação com o próprio Cristo?
Nossa lição nesta semana levanta nossos pensamentos acima da preocupação com a nossa própria salvação pela possibilidade de sentir uma preocupação por Jesus no grande conflito por Sua causa, além do nosso bem.
Seu nome ainda é “Emanuel. ...Deus conosco”  (Mat. 1:23). Ele ainda é um de nós na humanidade, bem como um com o Pai na Sua divindade. Ellen White declarou em 1904 que, como consequência da triste história de rejeição da mensagem de 1888 “em grande medida”, “o desapontamento de Cristo está além da descrição” (Review and Herald, 15 de dezembro de 1904). O Alto Clamor demorou muito. (*Veja também Mensagens Escolhidas,vol. 1, págs. 234 e 235, e Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, págs. 91 a 98).
“Cristo sentiu corporativamente na Cruz” toda a angústia combinada da humanidade. Mas é justo que não sintamos nenhum envolvimento corporativo com Ele em Sua angústia e Seu sacrifício — não que, de forma alguma, ajudemos a nossa salvação pessoal, mas nossas mentes e corações podem começar a apreciar o que custou a Ele nos salvar. Não devemos nos contentar em permanecer para sempre na nossa compreensão infantil. A “mui preciosa mensagem . . . que o Senhor enviou ao Seu povo” em 1888 começou a enfatizar essa preocupação do coração por Jesus como transcendendo nossas preocupações egoísticas neste “grande conflito”.
Paulo ficou profundamente impressionado com o fato de Cristo antecipar, ou pelo menos esperar, que aqueles por quem Ele morreu, a segunda morte, “sairia” do meio egocêntrico de “Babilônia” com o seu centro do Velho Concerto de preocupação própria e começaria a “sentir” um espasmo de Sua dor, uma partícula da Sua angústia. “Não sabeis”, diz Paulo, “que todos quantos fomos batizados em Cristo Jesus, fomos sepultados com Ele na Sua morte?” Isso deve significar algum tipo de envolvimento pessoal. “Fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte ... Nós fomos plantados juntos na semelhança de Sua morte ... Nosso homem velho foi com Ele crucificado... Se já morremos com Cristo, cremos que também com Ele viveremos” (Romanos 6: 3-8).
“Estou crucificado com Cristo”, diz ele aos gálatas (2:20). É uma e outra vez “com ele”. Isso é envolvimento corporativo por parte dos crentes. É no sentido de apreciação do coração, entrando “em” Sua experiência por algo que a Bíblia chama de “fé”, envolvimento do coração com o Filho de Deus em Sua carreira divina como Salvador do mundo e do universo. “O governo” do universo está “sobre Seus ombros” (Isaías 9: 6, não podemos “levantar”, mas podemos apreciar o peso que Ele carrega!).
Um jovem recém saído do seminário teológico, sincero e zeloso, estava interessado em pregar o evangelho como Boa Nova para a sua congregação. Ele tinha uma preocupação: existe um perigo em pregar demais sobre a cruz, e a graça de Cristo, e Seu amor, e não equilibrar isso, pregando também sobre a lei, a obediência e o dever? Ele não quer ser pastor de uma congregação preguiçosa que se aproveite da “graça barata” e vê a sua religião com uma fina camada de amor e graça que cobre a hipocrisia.
Devemos acreditar no que a Bíblia diz: “Onde o pecado abundou, superabundou a graça” (Romanos 5:20); “graça barata” é uma mensagem falsa, um desvio em torno da expiação de Cristo; você não pode pregar demais sobre a graça genuína que “superabundou” do que todo o pecado que o demônio pode acomodar em uma congregação. Se o que Paulo diz é “a palavra da cruz” (1ª Cor. 1:18) é claramente apresentado a uma congregação, o pecado e a hipocrisia não podem florescer entre eles porque essa graça conquista o pecado e o erradica. O “poder” está no próprio evangelho, não na lei (ver Rom. 1:16). E Paulo diz: Não duvide, pastor! “O pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça ... Pecaremos porque não estamos debaixo  da lei, mas debaixo da graça”. Paulo diz: “De modo nenhum!” (Ver Romanos 6:14, 15).
Estar “sob a graça” é diferente do que muitas pessoas superficiais imaginam: significa que você está sob uma nova motivação que lhe foi imposta por uma apreciação profunda do coração do que custou ao Filho de Deus salvá-lo do próprio inferno. É onde você vê “a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade” do amor de Cristo em Sua cruz (Efésios 3:18). Essa motivação é muito mais forte do que toda a motivação do medo que você pode usar para dirigir-se à sua congregação.
O evangelho puro e verdadeiro não é um perfeito “equilíbrio” entre fé e obras; É uma mensagem de fé que funciona. Quantas “boas obras”? Infinitamente mais do que o legalismo pode produzir! Não tenha medo de pregar a salvação pela graça através da fé (Efésios 2: 8, 9).

--Paul E. Penno
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Notas:                                                                        
O vídeo desta lição do pastor Paulo Penno, em inglês, está na Internet  em: https://youtu.be/EX0V3aFNa50
Esta lição, em inglês, está na Internet em: http://1888message.org/sst.htm  
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Biografia do autor, Pastor Paulo Penno:
Paulo Penno foi pastor evangelista da igreja adventista na cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Foi ordenado ao ministério há 42 anos e jubilado em junho de 2016, Após o curso de teologia fez mestrado na Universidade de Andrews. Recentemente preparou uma Compreensiva Pesquisa dos Escritos de Ellen G. White. Recentemente também escreveu o livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja Adventista do 7º Dia.” (Este livro postamos, por inteiro, em Ágape Edições (agape-edicoes.blogspot.com) em 1º de agosto de 2017). Ao longo dos anos o Pr. Paulo Penno, escreveu muitos artigos sobre vários conceitos da mensagem de justificação pela fé segundo a serva do Senhor nos apresenta em livros como Caminho a Cristo, DTN, etc. O pai dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior. Ele foi o principal orador do seminário “Elias, convertendo corações”, nos dias 6 e 7 de fevereiro de 2015, realizado na igreja adventista Valley Center Seventh-day Adventist Church localizada no endereço: 14919  Fruitvale Road, Valley Center, Califórnia.
  
    Atenção, asteriscos (*…) indicam acréscimos do tradutor.
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