Para
28/10 a 4/11/2017
A
justificação faz referência à lei moral de Deus. Justificação é
o oposto de condenação. Condenação vem por causa
da incredulidade (João 3:18), que é o pecado, a transgressão da lei de justiça
de Deus (Romanos 14:23).
Ninguém
pode ser justificado pela guarda da lei, nem é uma pessoa justificada sem a
guardá-la. Nós somos justificados, a fim de guardá-la. Nós não usamos a lei
como um meio de justificação, nem usaremos a justificação pela fé para nos
livrarmos da lei.
Em
Romanos 3:31, Paulo pergunta e responde à questão da relação entre a
justificação pela fé e a lei: "Anulamos,
pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma! Antes estabelecemos a
lei." A lei não é
anulada pela fé. A justificação pela fé sempre defende a
lei. Como Waggoner explica: "Justificação estabelece
a lei no coração. Justificação é a lei encarnada
em Cristo, posta dentro do homem, por isso é encarnada no homem" (E. J.
Waggoner," Boletim da Conferência
Geral", de 12/03/1891, pág. 85).
A versão Novo Século (2005), traduz Romanos 3:31
desta maneira: "Então, destruímos a lei por seguir o caminho da fé? Não! A
fé nos faz ser o que a lei verdadeiramente quer."
Ellen White
escreveu que a mensagem enviada do céu através de Waggoner e Jones,
“apresentava a justificação pela fé no Fiador; convidava o povo para receber a
justiça de Cristo, que se manifesta na obediência a todos os mandamentos de
Deus" (E. White, Testemunhos para Ministros,
págs. 91 e 92).
A doutrina
bíblica da justificação pela fé sempre faz da pessoa um cumpridor da lei.
Depois que um pecador é justificado pela fé em Cristo, a justa lei de Deus
permanece como testemunha de sua justificação, Salmo 119:172 e Romanos 3:21.
Esta lei testifica a favor do pecador que crê no Tribunal Supremo do universo.
Por outro lado, qualquer pessoa que viola a lei de Deus nunca pode ser
justificada.
A cruz, a lei e
a Justificação
Tanto a
justificação como a lei foram ampliadas com a morte de Cristo no Calvário.
Nossas transgressões da lei colocaram Cristo na cruz. Sua obediência até à
morte de cruz (Filipenses 2:8), é o meio pelo qual nós somos justificados
(Romanos 5:19).
A morte de
Cristo não é importante para nós apenas por causa dos nossos pecados, mas
também importante para nossa justificação. Além disso, a cruz exalta a lei de
Deus. A cruz era necessária para magnificar tanto a justificação como a lei. Isso é o que faz o Calvário tão
importante.
Justificação e
a lei se encontraram no Calvário. Tanto a justificação e a lei foram
magnificadas sobre a cruz. A obediência de Cristo até a morte é a nossa
justificação (Filipenses 2:8; Romanos 5:19, 5:9). Ela é recebida pessoalmente
pela fé em Cristo (Romanos 5:1). Na Sua morte na cruz, Jesus exauriu a pena que
era contra nós, enquanto, ao mesmo tempo, Ele exaltou a lei, mostrando que Deus
não mudou e não poderia mudar sua lei para salvar Jesus, nosso Representante e
Substituto, de sua pena.
Ilustrações de
Justificação pela Fé extraídas da experiência de Abraão e Davi.
Em Romanos 4:1-8 estes
dois personagens do Antigo Testamento, um mentiroso e o outro adúltero e
assassino, são utilizados para ilustrar a justificação de Deus, que segue as
condições de arrependimento para com Deus e a fé em Cristo e Sua justiça.
Abraão mentiu
duas vezes sobre Sara. Ele disse para Sara falar ao faraó do Egito, que ela era
sua irmã. Esta meia-verdade foi um encobrimento da verdade que ela era de fato
sua esposa! (Gênesis 12:10-20). Esta mentira levou Sara ser tomada por Faraó
como uma concubina. Abraão cometeu esse mesmo pecado mais uma vez em Canaã, com
o Rei Abimeleque (Gênesis 20). Deus teve de intervir em ambos os casos, para
salvar os reis de consequências terríveis.
E depois
também, a Abraão foi prometido que ele seria "pai de muitas nações" (Romanos 4:17). No entanto, a fim
de ser pai de muitas nações, Abraão precisava primeiro ser pai de uma criança.
Embora Deus tenha feito a promessa de um filho a ele, ele achou que teria que
ajudar a Deus em cumprir Sua promessa. Com o tempo, Abraão se arrependeu e,
finalmente, creu em Deus.
A outra pessoa
do Velho Testamento usada para ilustrar a justificação pela fé é Davi. Davi foi
um adúltero e um assassino. Ele, também, foi levado a um profundo
arrependimento de seus pecados e a crer em Cristo por justiça.
Observe o que
Deus disse a Salomão sobre Davi depois que este morreu: "Se andares nos Meus caminhos, guardando os Meus estatutos e os Meus
mandamentos, como andou David teu pai, também prolongarei os teus dias" (1º
Reis 3:14). Em seguida, a Jeroboão, Deus disse: "Meu servo David ... guardou os Meus mandamentos e ... e andou
após Mim com todo o seu coração para fazer somente o que era reto aos Meus
olhos" (1º Reis 14:8). Depois de Abraão e Davi se arrependerem e
crerem em Deus, Ele os tratou como se nunca tivessem pecado. Depois que creram
do fundo do coração, Deus não mencionou nenhuma palavra sobre os seus terríveis
pecados. Isto, então, nos leva a uma forma simples mas eficaz de lembrar o que
justificação e lei são, do ponto de vista de Deus. Justificado: Assim como se
eu nunca tivesse pecado. Assim como se eu sempre tivesse crido. É como se eu sempre obedecesse.
Como acontece com David e Abraão, quando nos arrependemos e cremos, Deus
olha para nós como se nunca tivéssemos pecado. Ele nos vê como se tivéssemos
sempre obedecido! Ele diz a você: "Eu,
Eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de Mim, e dos teus
pecados não Me lembro” (Isaías 43:25). Então
ele escreve Sua lei sobre o coração justificado e a mente, trazendo assim
justificação e a lei em conjunto na experiência do crente.
—Jerry Finneman
O irmão Geraldo L. Finneman é um pastor adventista, já tendo atuado nos
estados de Michigan, Pensilvânia e Califórnia nos EUA. Ele prepara materiais
para encontros evangelísticos, incorporados com os conceitos de Boas-Novas, da
Mensagem de 1888, de Justificação pela fé. Além de pastor da IASD ele também já
foi presidente do Comitê de Estudos da Mensagem de 1888. Já há alguns anos não
me encontro com ele, mas, me parece que, devido à idade, está para, ou, já se
aposentou, mas ouvi dizer que continua trabalhando por boa parte do dia,
atualmente na área de Battle Creek, a cidade que abrigava a antiga sede da
igreja. Há um excelente livro escrito por ele, "Christ in the Psalms” [Cristo nos Salmos], infelizmente não
está traduzido para o português.
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