Para 21 a 28 de outubro de 2017
Ellen White ficou radiante quando ouviu a mensagem do concerto eterno e
a justificação pela fé dos lábios de A. T. Jones e E. J. Waggoner. Para ela, esse claro ensino era consoante com a mensagem dos três anjos. "Chegada é a hora de seu juízo" e
nosso Sacerdote está purificando o santuário celestial. Para ela, a mensagem do santuário era o caminho a ser preparado
para a segunda vinda de Jesus. A
purificação do povo de seus pecados, e a consequente purificação do
pecado do santuário celeste, foi o cumprimento do concerto eterno de Deus para
perdoar seus pecados e escrever suas leis em seus corações e mentes. A mensagem do concerto era
uma mensagem de trasladação.
No
Seminário para ministros, realizado no Instituto Teológico de Battle Creek em 1890, a Sra. White
escreveu, repetidamente, ao longo das semanas, nas colunas da Review and Herald, sobre o seu
entusiasmo pela mensagem (*dos pastores Waggoner e Jones) do concerto eterno,
que ela estava ouvindo deles.
Observe
suas declarações (*começando em 21/1/1890):
“Estamos no
dia da expiação, e devemos trabalhar em harmonia com a obra de Cristo de
purificação do santuário dos pecados do povo. Que nenhum homem, que deseje ser
encontrado com a veste nupcial, resista nosso Senhor em Seu ofício. Como Ele é,
assim serão seus seguidores neste mundo. Nós devemos agora apresentar ao povo a
obra que, pela fé, vemos o nosso Sumo Sacerdote desenvolver no santuário
celestial” (Ellen G. White, “A
Necessidade de Completa Consagração,” Review
and Herald 67,3, de 21 de janeiro de 1890, pág. 33.
“A importante e aterradora questão é este
casamento, o casamento do Cordeiro, que foi adiado por tanto tempo. O tempo
chegou para o povo de Cristo despertar e sentir o tempo em que vive. O tempo
chegou quando a noiva deve aprontar-se (*Apoc. 19:7) para o
casamento recebendo o presente de Seu vestido de casamento. Este vestuário foi
a mensagem de justiça do Sumo Sacerdote” (Ibidem)
Uma semana
depois, enquanto o assunto dos concertos predominava no Seminário, Ellen White
dirigiu novamente a atenção do povo para o santuário na primeira página da
revista.
“Cristo está no santuário celestial, e Ele
está lá para fazer expiação por Seu povo. . . . Ele está purificando o
santuário dos pecados do povo. Qual é o nosso trabalho? —. É nosso trabalho
estar em harmonia com a obra de Cristo. Pela fé, nós devemos trabalhar com Ele,
para estar em união com Ele. . . . Um
povo deve estar preparado para o grande dia de Deus” (Ellen G. White, O Senhor Deve Ser Nossa Luz, Review and Herald, 67,4, de 28 de
janeiro de 1890, pág. 49).
“Cristo está no céu purificando o templo dos
pecados do povo, e devemos trabalhar em harmonia com Ele sobre a terra,
limpando o templo da alma de sua corrupção moral” (Ellen G. White, O Perigo de Falar de Dúvida, Review and Herald, 67,6, de 11 de
fevereiro de 1890, pág. 81).
"O
povo não entrou no lugar Santíssimo, onde Jesus foi para fazer expiação por
Seus filhos. Precisamos do Espírito Santo, a fim de compreender as verdades
para este tempo, mas há seca espiritual nas igrejas" (Ellen G. White, É Necessário Seriedade na Causa de Deus,
Review and Herald, 67,8, de 25 de
fev. de 1890, pág. 113).
Note que
entrar no santuário com Jesus, pela fé, no dia de expiação, significa avançar com a luz que Jesus estava dando
na terra ao Seu povo (*em 1888 e
anos que se seguiram). A verdade do concerto eterno e justificação pela fé, que
Jones e Waggoner estavam trazendo ao povo de Deus era para ser entendida em
conexão com o dia do Ministério da expiação de Jesus no santuário.
Em 4 de março de 1890, Ellen G. White
enfatizou novamente o tema da trasladação:
“Luz está
cintilando do trono de Deus, e para quê? — É que um povo deve ser preparado
para ficar de pé no dia de Deus. (Ellen G. White, Aproxime-se de Deus, Review
and Herald, 67,9, de 4 de março
de 1890, pág. 129.
(*No dia 18:)
“Se os nossos irmãos todos trabalhassem, juntamente com Deus, não teriam dúvida
de que a mensagem que Ele enviou para nós durante estes últimos dois anos, é do
céu. . . . Suponha que você apagasse os testemunhos que vêm sendo dados durante
estes últimos dois anos (*de Mineápolis, em 1888, até 1890) proclamando a
justiça de Cristo, quem você pode nos apontar como trazendo luz especial para o
povo? (Ellen G. White, A Mensagem
Presente, Review and Herald, 67,11,
de 18 de março de 1890, pág. 161).
A presente
mensagem de justificação pela fé foi a mensagem do terceiro anjo em verdade,
dando poder e força para a purificação do santuário. Muitos falaram da lei, da
lei, e ficaram preocupados que se estava dando muita ênfase sobre a
justificação pela fé.
"É verdade
que os homens vão dizer: ‘você está excitado e gastando muito tempo falando
muito sobre este assunto (*de justificação pela fé) e você não prega o
suficiente sobre a lei, agora, você deve pensar mais na lei, não esteja o tempo
todo abordando sobre esta justiça de Cristo, mas
fale sobre a lei.’
Deixe a lei cuidar de si mesma. Temos estado a falar sobre a lei até chegarmos a estar secos, como as colinas de Gilboa, sem orvalho ou chuva" (Manuscrito nº 10, pág. 9, apud Materiais sobre 1888 de Ellen G. White, volume 2, pág. 557)
Deixe a lei cuidar de si mesma. Temos estado a falar sobre a lei até chegarmos a estar secos, como as colinas de Gilboa, sem orvalho ou chuva" (Manuscrito nº 10, pág. 9, apud Materiais sobre 1888 de Ellen G. White, volume 2, pág. 557)
Muitos ridicularizaram a mensagem de justificação
pela fé que nos foi trazida por Waggoner e Jones e a denunciaram como
fanatismo. Eles inquiriram da irmã White
“...se a mensagem de justificação pela fé era a mensagens dos três
anjos,” (*e veja o que ela respondeu:)
“eu respondi ‘é a tríplice mensagem angélica em verdade.’ O profeta
declara, ‘E depois destas coisas eu vi
descer do céu outro anjo, que tinha grande poder, e a terra foi iluminada com a
sua glória’ (Apoc. 18:1)” (E. G. White, Arrependimento,
o Dom de Deus,” Review and Herald,
67, de 13 de abril de 1890, págs. 193 e 194).
"A
mensagem do terceiro anjo, em verdade" foi claramente identificada com o
Anjo do Apocalipse 18:01 e que é "a mensagem do terceiro anjo, em
verdade.“ O que ela queria dizer com a afirmação “em
verdade”?
Justificação pela fé em conexão com a purificação
do santuário, era a tríplice mensagem agélica em verdade. Prepararia
o povo para estar de pé na hora de crise, e para ser trasladado sem ver a morte
na segunda vinda de Jesus. Era, e ainda é, a mensagem de sacudidura da igreja
de Laodicéia. Trazia consigo todo o panorama do alto clamor e da chuva serôdia
do Espírito Santo.
A Mensagem do Terceiro Anjo
Em 1891 E.
J. Waggoner ligou o concerto eterno com
a Tríplice Mensagem Angélica e justificação pela fé desta forma: "Nós
devemos. ... pregar ‘Cristo e Este crucificado’ é a soma do ‘evangelho do
reino’, ou. . . a tríplice mensagem angélica.
. . . Mostra, do concerto que Deus fez com Abraão, o sacrifício de
Cristo, a justificação pela fé ... “ (“Como
Devemos Alcançar os Judeus”, de E. J. Waggoner, em The Present Truth, A Verdade Presente, nº 7,26,
de 17 de dezembro de 1891, pág. 413).
Este era o
meio para alcançar aos judeus, mostrando-lhes o que Deus queria fazer com
Israel ao tirá-los do Egito e introduzi-los na terra prometida. Este é o mesmo
trabalho que Deus faria em reunir os Seus, fora do mundo, e levando-os para a
posse da herança eterna.
Em 1895 Ellen
White conectou "a mui preciosa mensagem" de Waggoner e Jones, com a
mensagem do terceiro anjo e o concerto eterno. "Em Sua grande
misericórdia, enviou o Senhor uma mui preciosa mensagem a Seu povo por
intermédio dos Pastores Waggoner e Jones. Esta mensagem devia por de maneira
mais proeminente diante do mundo o Salvador crucificado, o sacrifício pelos
pecados de todo o mundo. Apresentava a
justificação pela fé no Fiador; convidava
o povo para receber o justiça de Cristo, que se manifesta na obediência a todos
os mandamentos de Deus. . . . É a terceira mensagem
angélica, que deve ser proclamada com alto clamor e regada com o derramamento
de Seu Espírito Santo em grande medida. O Salvador crucificado deve aparecer em
Sua eficaz obra como o Cordeiro sacrificado, sentado no trono, para dispensar
as inestimáveis bênçãos do concerto. . . " (E. G. White, Test. à igreja de Battle Creek, Carta 57
de 1º de Maio de 1895, e Testem. P. Minis., págs. 91 e 92).
Esta
declaração conecta a mensagem do terceiro anjo, com a justificação pela fé e o
concerto eterno.
O pastor William W. Prescott (*Enciclopédia Adventista, vol. 10 da série SDABC, pág. 1148) foi o último de uma geração que tinha sido testemunha ocular dos acontecimentos de 1888. Ele publicou uma série de artigos sobre os concertos na história bíblica. (W. W. Prescott, em O Evangelho do Concerto, Review and Herald, 113, de 20 de agosto a 8 de outubro de 1936). Prescott reconheceu quão importantes foram os concertos para a compreensão das três mensagens angélicas. Ele escreveu:
O pastor William W. Prescott (*Enciclopédia Adventista, vol. 10 da série SDABC, pág. 1148) foi o último de uma geração que tinha sido testemunha ocular dos acontecimentos de 1888. Ele publicou uma série de artigos sobre os concertos na história bíblica. (W. W. Prescott, em O Evangelho do Concerto, Review and Herald, 113, de 20 de agosto a 8 de outubro de 1936). Prescott reconheceu quão importantes foram os concertos para a compreensão das três mensagens angélicas. Ele escreveu:
Temos sido
claramente instruídos que a justificação pela fé "É a
mensagem do terceiro anjo, em verdade", e na medida em que justificação
pela fé é a característica essencial do concerto com Abraão, como é ensinado em
Gálatas 3:8. . . o concerto com Abraão, é a essência da Mensagem do terceiro anjo. . . . Devemos proclamar a plenitude do
significado dessa aliança desenvolvido a partir do
tempo de Abraão até agora. Este é "o
evangelho eterno", que deve ser pregado a todo o mundo em preparação para a grande consumação. (W. W.
Prescott, em O Evangelho do Concerto, IV, A Doutrina da Promessa
do Concerto, Review and Herald, 113,47
de 10 de setembro de 1936, pág. 8).
Tudo o que
era necessário para preparar o corpo de Cristo, a partir de toda nação, tribo,
língua e povo, para a trasladação, e a segunda vinda de Cristo, estava contido
na promessa de Deus a Abraão. Ellen White, E. J. Waggoner e W. W. Prescott ligaram a mensagem do terceiro anjo com o concerto
eterno de Deus.
por Paulo Penno, Jr
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Nota do tradutor:
1)Na teologia adventista “a mensagem do terceiro anjo” é sinônimo de “a
tríplice mensagem angélica,” ou “a mensagem dos três anjos”. Apoc.14, portanto
conectada com a doutrina da expiação, tendo, assim, íntima relação com a
purificação do santuário.
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Biografia do autor, Pastor Paulo Penno:
Paulo Penno foi pastor
evangelista da igreja adventista na cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da
Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading
Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Foi ordenado ao ministério há
42 anos e jubilado em junho de 2016, Após o curso de teologia fez mestrado na
Universidade de Andrews. Recentemente preparou uma Compreensiva Pesquisa dos
Escritos de Ellen G. White. Recentemente também escreveu o livro “O Calvário no
Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja Adventista do 7º Dia.” (Este
livro postamos, por inteiro, em Ágape Edições (agape-edicoes.blogspot.com) em
1º de agosto de 2017). Ao longo dos anos o Pr. Paulo Penno, escreveu muitos
artigos sobre vários conceitos da mensagem de justificação pela fé segundo a
serva do Senhor nos apresenta em livros como Caminho a Cristo, DTN, etc. O pai
dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente
escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior. Ele foi o principal orador do
seminário “Elias, convertendo corações”, nos dias 6 e 7 de fevereiro de 2015,
realizado na igreja adventista Valley Center Seventh-day Adventist Church
localizada no endereço: 14919 Fruitvale
Road, Valley Center, Califórnia.
Atenção, asteriscos (*…) indicam acréscimos
do tradutor.
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