Para 29 de julho a 5 de agosto de 2017
Quando
o homem faz um testamento, uma vez que é ratificado, nenhuma característica
dele pode ser alterada, adicionada ou subtraída (Gál. 3:15). Deus fez o Seu
concerto e prometeu a Abraão e Seu "Descendente" especial a Nova Terra
em justiça e depois "confirmou-o" pelo sacrifício de Cristo (vs.17).1 Quando Deus (Gên. 15:17, 18) “passou” pela vítima sacrifical,
jurou a Abraão por Sua própria vida e trono cumprir todas as promessas. A promessa
e o juramento de Deus ratificaram duplamente a natureza imutável de Seu concerto
dado a Abraão (Hebreus 6: 15-18).
De
acordo com Gálatas, isso significa que existe apenas Uma pessoa a quem foi
prometida a vida eterna e que é Cristo. Deus não disse que a promessa era de
"sementes" de Abraão ("descendentes"), plural; Mas a sua
"Semente" ("Descendente"), singular, que é Cristo (Gál.
3:16). Cristo é o Salvador do mundo e Ele colocou todos em Si mesmo quando Ele
morreu na cruz.
Deus
queria que todos os homens fossem salvos em Cristo e todas as questões legais
foram esclarecidas para que isso acontecesse, mas nenhum homem ficaria feliz em
transpor os Portões de Pérola apenas em uma base legal, a menos que Seu coração
fosse totalmente reconciliado com Deus. Se Ele odiava a Cristo, procuraria a
saída mais próxima. “Porque o que Me
achar, achará a vida, e alcançará o favor do Senhor. Mas o que pecar contra Mim violentará a sua
própria alma; todos os que Me odeiam amam a morte” (Prov. 8: 35 e 36). (*Alguém
nos sugeriu que o sentido aí é metafórico — o homem que odiasse a Cristo, se
entrasse pelos portões de glória iria buscar uma saída mais próxima daquele
santo lugar, ou seja, iria ficar longe dalí). Como aprendemos a amar
Cristo? Ele disse: "Estai em Mim"
(João 15: 4). Jesus diz: fique onde Eu o coloco.
Os
judeus messiânicos na Galácia alegaram que Deus revelou uma nova característica
no Monte Sinai, além da promessa feita a Abraão. "Nós" devemos crer
no Messias e obedecer à Lei que Deus falou aos nossos antepassados 430
anos depois de Abraão (Gálatas 3:17). O que estava acontecendo na Galácia era
uma repetição do que aconteceu no Monte Sinai, quando Israel fez a sua promessa
do velho concerto a Deus para obedecer tudo corretamente. O antigo Israel fez
uma "barganha" ou "contrato" com Deus.
Isso
aconteceu assim. Deus disse: "Se vocês obedecerem [escutarem] a Minha voz,
e guardarem [apreciarem] o Meu concerto", serão o Meu "tesouro
peculiar" na Terra (Êxo. 19: 5).2 Abraão
ouviu o concerto eterno de Deus e respondeu com um amém "de fé" e
Deus perdoou os seus pecados e o tornou justo (Gên. 15: 6). A justiça da lei não
escrita foi incluída no concerto de Deus. Mas os filhos de Abraão responderam ao
concerto de Deus com sua própria promessa: "Tudo
o que o Senhor tem falado faremos" (Êxo. 19: 8). (*“... e obedeceremos,” 24:7). A motivação
própria deles para entrar em um "relacionamento" com Deus era
abundantemente clara em sua promessa do velho concerto.3
O
apóstolo Paulo foi o primeiro judeu, além de Jesus, a reconhecer o problema do
velho concerto na igreja israelita e a natureza de altos e baixos de todos os
seus históricos reavivamentos e reformas (Gálatas 4: 23-25). É também o nosso
problema. “O
conhecimento de vossas promessas violadas e dos votos não cumpridos, enfraquece
a confiança em vossa própria sinceridade, levando-vos a julgar que Deus não vos
pode aceitar; ... O que deveis compreender é a verdadeira força da vontade ...
o poder da decisão ou de escolha ... O poder da escolha deu-o Deus ao homem”4
Se a vinda da lei de Deus que ocorreu 430 anos
depois de Abraão modificasse o concerto de Deus, então o governo de dEle seria
destronado. Qual foi o propósito de Deus em enfatizar a lei no
Monte Sinai? "Foi adicioada
[falada]
por causa das transgressões"
(Gál. 3:19).5 No Sinai, o povo
proclamou com justiça própria seu poder de guardar a lei e não perceberam sua
necessidade de Cristo. Foi o grande pecado de autosuficiência de sua parte. "Veio, porém, a lei para que a ofensa
abundasse" (Romanos 5:20). Seu velho concerto exigia a lei
"falada" escrita em tabuas de pedra, mas nunca fez parte do plano
original de Deus, pois não teve que fazer isso por Abraão. Deus simplesmente
escreveu Sua lei sobre o coração e a mente de Abraão (Heb. 10:16, 17).
Grandes
portas giram sobre pequenas dobradiças e foi sobre a questão da lei
"adicionada" em Gálatas 3:19 que se provou um obstáculo para que
"muitos" recebessem "a mui preciosa mensagem" (*TM, pág.
91, sic) do Salvador crucificado
durante a era de 1888 na Assembleia da Associação Geral e nos anos que se seguiram.
Escrevendo a Uriah Smith em 1896, Ellen White declarou que em Gálatas 3: 19-24,
"o apóstolo fala especialmente da lei moral". "A indisposição de
ceder a opiniões preconcebidas e de aceitar esta verdade (*falando aqui da lei
em Gálatas) estava à base de grande parte da oposição manifestada em
Minneapolis contra a mensagem do Senhor através dos irmãos [E. J.] Waggoner e
[A. T.] Jones".6
Os
principais estudiosos da era de 1888 foram Uriah Smith, D. M. Canright e George
I. Butler. Todos entenderam a "lei adicionada" como a lei cerimonial
de Moisés que foi eliminada na cruz. Eles assumiram essa posição porque os
evangélicos de seus dias usavam Gálatas 3:19 como evidência de que a "lei
adicional" eram os Dez Mandamentos que foram introduzidos no Monte Sinai e
abolidos quando Jesus morreu. Os irmãos dirigentes acreditavam que a proposta
de Jones e Waggoner sobre a lei moral em Gálatas 3 prejudicaria a posição da
denominação quanto ao sábado do sétimo dia e a imutabilidade da lei de Deus.
Ao
invés de limitar a duração da lei moral até o primeiro advento de Cristo, Paulo
escreve que dura "...até que viesse a
posteridade a quem a promessa tinha sido feita..." (Gál. 3:19). A lei
continua sua função de revelar o conhecimento do pecado e dirigir o pecador ao
Salvador até que o Descendente de Abraão possuísse “a porta dos Seus inimigos" (Gênesis 22:17). Os inimigos de
Cristo e Satanás serão eliminados na segunda vinda, (*de Cristo), Apocalipse
19: 11-21.
A
lei estava contida em forma não escrita nas promessas que Deus fez a Abraão. Este
recebeu a justiça da lei pela fé em Cristo. Sua fé genuína manifestou-se em
obediência a todos os mandamentos de Deus (Gênesis 26: 5). Quando Abraão teve
Cristo, ele teve a lei viva, mas sem Cristo a lei é impotente e não pode
transmitir qualquer vida ao pecador. Tudo que a lei pode trazer é condenação e
morte. A lei descreve o que é justiça, amor e comportamento aceitável, mas não
pode produzi-los. Graças a Deus, a lei nos é dada "na mão de um Mediador" (Gál. 3:19)
—Paul
E. Penno
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Notas
finais:
1) Sobre a
herança de Abraão do “mundo” e de um “melhor país” veja Rom. 4:13 e Heb. 11: 10
e 16;
2)
"Obedecer" em hebraico é shamea
significando "ouvir." "Guardar" em hebraico é shamar significando "apreciar."
3) Veja a caracterização
de Ellen G. White da motivação de Israel centrada em si mesmos quando ela disse
“Entendendo que eram capazes de estabelecer sua própria justiça.” Então ela escreveu:
“eles violaram seu concerto com Deus” (Patriarcas
e Profetas, pág. 372).
4) A
definição de “fé” de Ellen G. White é o poder dado por Deus para se escolher
crer no Seu concerto e parar de se fazer nossas promessas do velho concerto. (Caminho a Cristo, pág. 47).
5) A
palavra “adicionada” é a palavra grega “prostithemi”
que significa “falada”, como em Hebreus 12:19
6) Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 234.
A lei aqui não é exclusiva da lei cerimonial.
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Notas:
O vídeo do
Pr. Paulo Penno, sobre esta lição está na internet em: https://youtu.be/yxbQj3vftsk
Esta lição está na internet em 1888message.org/sst.htm
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Biografia
do autor, Pastor Paulo Penno:
Paulo
Penno foi pastor evangelista da igreja adventista na cidade de Hayward, na
Califórnia, EUA, da Associação Norte Californiana da IASD, localizada no
endereço 26400, Gading Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Foi
ordenado ao ministério há 42 anos e jubilado em junho de 2016, Após o curso de
teologia fez mestrado na Universidade de Andrews. Recentemente preparou uma Compreensiva
Pesquisa dos Escritos de Ellen G. White. Recentemente também escreveu o
livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja
Adventista do 7º Dia,” e, ao longo dos anos, escreveu muitos artigos
sobre vários conceitos da mensagem de justificação pela fé segundo a serva do
Senhor nos apresenta em livros como Caminho a Cristo, DTN, etc. O pai dele,
Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente
escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior. Ele foi o principal orador do
seminário “Elias, convertendo corações”,
nos dias 6 e 7 de fevereiro de 2015, realizado na igreja adventista Valley
Center Seventh-day Adventist Church localizada no endereço: 14919 Fruitvale Road, Valley Center, Califórnia.
Atenção, asteriscos (*…) indicam acréscimos do tradutor.
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