O CALVÁRIO NO SINAI
A LEI
E OS CONCERTOS
NA HISTÓRIA ADVENTISTA
DO 7º DIA
Por Paulo E. Penno Jr.
M. Div.
Andrews University
[pág. 28] Capítulo 7, O Pastor Dudley M. Canright
O
Pastor Butler recebeu um golpe devastador em 17 de fevereiro de 1887. Seria a
primeira consequência da "terrível conferência" de 1886. Butler ouviu
quando seu velho amigo e colega, Dudley Canright, pediu para ser cortado da
Igreja (*Adventista) da cidade de Otsego, (*da qual era membro) no estado de
Michigan. Butler relatou o motivo da decisão de Canright a Ellen White.
Ele falou talvez por quarenta e cinco minutos ou mais.
Ele disse em resumo que não poderia mais concordar com os adventistas do sétimo
dia, ele tinha deixado de acreditar que a lei era obrigatória e não esperava
guardar nem o sábado seguinte. ...1
A
última gota para Canright foi evidentemente a conferência de 1886 e a
experiência que ele teve na Comissão Teológica. Como Butler relatou:
Ele estava muito aborrecido
com o modo como algumas coisas ocorreram no momento de nossa última Assembléia
da Associação Geral, algumas das questões teológicas que surgiram e a maneira
como alguns de nossos irmãos agiram em relação a eles o fizeram sentir-se mal e
o levou a pensar. Assim ele disse que foi estudar esta questão da lei e chegou
às conclusões que ele mantém.2
Canright
tinha estado na Comissão Teológica, na
época da conferência de 1886, centrada na lei em Gálatas 3. Essa discussão
tinha levado Canright a pensar que seus pontos de vista estavam incorretos.
Gálatas 3 falava sobre a lei moral. Então Canright raciocinou, que se os Dez
Mandamentos seriam o "aio", foi verdadeiramente eliminado na cruz, e
isso incluiu o sábado.
Canright tinha
uma visão tipológica dispensacionalista do velho e novo concertos como Butler e
outros. Essa estrutura dos concertos causou um malentendido no ponto de vista
de Canright sobre a relação entre a lei e os concertos em Gálatas 3, que aborda
a questão do coração em relação à fé, à lei e ao concerto. Ele foi obrigado a
abandonar os Dez Mandamentos no que concerne à nova dispensação.
Canright
escreveu mais tarde:
[pág. 29] Nenhum outro assunto
deixa os adventistas tão perplexos quanto o dos concertos. Eles temem
abordá-lo. Tentaram explicá-lo de várias maneiras, mas não estão satisfeitos
nem consigo mesmos. Eu estive lá e sei. "A abolição do concerto do Sinai
carrega com ele a abolição do sabado judaico tão completamente que nenhum traço
autoritário dele pode ser encontrado deste lado do túmulo de nosso Senhor
ressurreto."
O
Pastor Smith diz: "Se os dez mandamentos constituíram o velho concerto,
então eles se foram para sempre". Isso,
portanto, torna-se uma questão de teste.3
Uma
das principais razões pela qual o pastor Canright deixou a Igreja Adventista do
Sétimo Dia foi porque ele acreditava que a lei tinha sido abolida com o velho
concerto quando Cristo morreu. Ele não via nenhuma ligação entre a lei e o novo
concerto como uma experiência do coração. Por isso o sábado foi visto como
abolido com o concerto do Sinai. Esta era apenas uma conclusão lógica para ele,
já que tinha adotado o paradigma baseado no tempo que o velho concerto é
seguido pelo novo concerto que entrou em vigor após a cruz. Ele compartilhou
essa visão dos concertos com os Pastores Butler e Smith.
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Notas Finais:
1) G. I. Butler, carta a
E. G. White, de 17 de fevereiro de 1887, pág. 2, Otsego, Michigan;
2)
Ibidem;
3) D. M. Canright, Seventh-day Adventism Renounced (O
Adventismo do Sétimo Dia Renunciado) New York: Fleming H. Revell Company, 1889,
pág. 350. Emfase suprida.
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