Para 12
a 19 de agosto de 2017
Na lição de domingo, o nosso guia de estudos deste
trimestre resume Gálatas 3: 25-26: "Assim como o filho de um senhor ficava sob a tutela de um pedagogo [tutor]
somente enquanto era menor de idade, Paulo disse que os que alcançaram a fé em
Cristo não mais eram menores; sua relação com a lei havia sido alterada, porque
agora eram ‘filhos’ adultos de Deus ".
Nos tempos antigos, os aristocratas ricos podiam
contratar pessoas para cuidar de seus filhos, evitando assim alguns dos
aspectos mais tediosos da criação de crianças. O pedagogo podia ser um escravo
na casa, e o filho, enquanto era menor, deveria obedecer o escravo de seu pai
sem questionar.
Esperava-se que o pedagogo ensinasse e moldasse a
criança para ser um adulto educado e maduro que tivesse aprendido as regras de
uma sociedade muito rígida e complicada. Se estiver satisfeito com os
resultados, o pai nomearia oficialmente o filho como seu herdeiro.
Em Gálatas 3: 19-25, Paulo explica que a herança
vem a nós em Cristo porque Deus prometeu, não ganhamos a herança ao guardar a
lei. Paulo faz a pergunta: "Logo
então para que é a Lei? Foi ordenada (*adicionada) por causa das transgressões ... Mas a Escritura encerrou tudo (*todos
os homens) debaixo do pecado, para que a
promessa pela fé (a versão King James usa a melhor tradução, "de")
Jesus Cristo fosse dada aos crentes. Mas
antes que a fé viesse, estávamos guardados debaixo da lei, e encerrados para
aquela fé que se havia de manifestar. De maneira que, a Lei nos serviu de aio (*tutor)
para nos conduzir a Cristo, para que pela
fé fossemos justificados. Mas depois que veio a fé, já não estamos mais debaixo
de aio".
Jesus aludiu a este conceito quando disse a
Nicodemos que receber fé, a fé de Jesus, exige que aceitemos nossa posição em
Cristo como o segundo Adão. Nenhuma quantidade de guarda da lei poderia
realizar o renascimento que à raça humana foi dado na encarnação de Cristo. O
primeiro Adão recebeu seu DNA de Deus e esses códigos fornecem as combinações
que compõem todo ser humano nascido desde então. Quando ele e sua contraparte
de DNA, Eve, decidiram se rebelar contra Deus, a sua própria natureza mudou,
inclinando-se para o egocentrismo.
Se essa mudança foi realizada ano nível de
DNA, não nos foi revelado, mas de alguma forma mudou a humanidade em um nível
tão fundamental que a natureza egocêntrica foi a única natureza que Adão teve
para transmitir à sua progênie. A solução para o problema do pecado precisava
alcançar essa questão fundamental, senão os seres humanos seriam mantidos em
custódia sob uma lei que não tinham poder para guardá-la. Então ocorreu a
questão de pagar a pena pelo pecado, que é a morte permanente (*isto é, para a
qual não há retorno). Obviamente, a intervenção divina era a única coisa que
resolveria esse problema.
Brilhante em sua
simplicidade, o Ágape amoroso e altruísta de nosso Deus se uniria com a
primeira natureza de Adão (a alterada que precisava ser redimida). Então, a
humanidade poderia se unir com Cristo como "filhos", e a vida sem
pecado que Ele viveu, a segunda morte que Ele morreu, e Sua ressurreição
triunfante poderia ser imputada e transmitida aos que creem através da poderosa
influência do Espírito Santo.
Infelizmente, há
um conflito na igreja atual sobre se Cristo poderia ter sido encarnado na
"semelhança da carne pecaminosa" e ainda estar sem pecado. "É
interessante notar que a declaração oficial de 1872 sobre a natureza humana de
Cristo permaneceu inalterada até 1931. Naquela época, mudou-se para expressar
com palavras diferentes a mesma convicção básica. "Enquanto conservava sua
natureza divina, Ele tomou sobre Si mesmo a natureza da família humana e vivia
na terra como um homem".1 Não foi
senão após 1950 que nossa igreja mudou essa crença fundamental para o que é
agora.
"À medida
que o nosso estudo verificará, o trabalho de redenção só pode ser explicado com
a compreensão adequada da pessoa divino-humana de Jesus Cristo. Ser confuso com
a cristologia é confundir-se com a obra da salvação como realizada nos seres
humanos, por Cristo, através do processo de justificação e santificação".2
As questões
debatidas na Assembleia da Associação Geral em Minneapolis em 1888 não
envolveram a natureza de Cristo. Ellen White estabeleceu-se em sua cristologia
já em 1874 quando escreveu: "A grande obra da redenção só poderia ser
realizada pelo Redentor tomando o lugar do Adão caído".3
E. J. Waggoner
não tentou modificar ou desafiar a posição de Ellen White sobre a natureza de
Cristo. "A grande conquista de Waggoner não foi apenas para reintroduzir o
princípio da justificação pela fé na Igreja Adventista, mas também para aplicar
a cristologia à obra da salvação. Para Lutero, a justificação pela fé era
puramente uma transação legal. A Fórmula de Concórdia (*1757) confirma esse ponto de Vista: "Toda a nossa justiça
está fora de nós, ela habita inteiramente em Jesus Cristo". Para Waggoner,
por outro lado, a justificação inclui a ação de Cristo no homem para torná-lo
justo (Romanos 5:19, KJV) através do poder que Deus concede ao que crê em
Cristo e O recebe no seu coração (João 1: 12, KJV).4
É essencial
compreender o processo de vitória (*sobre o pecado), porque Jesus prometeu a
todas as sete igrejas que os vencedores receberão o direito de se sentar com
Ele no Seu trono. Essa é a herança de Cristo, e a nossa também nEle.
Os primeiros
capítulos do livro de A. T. Jones The
Consecrated Way (O Caminho Consagrado para a Perfeição Cristã) confirmam
que Ellen White, e Jones e Waggoner, os "mensageiros" de 1888,
estavam em total acordo sobre o assunto.
"Antes que
venha o fim, e no momento da vinda de Cristo, deve haver um povo na Terra, não
necessariamente grande em proporção ao número de habitantes da terra, mas
grande o suficiente para ser conhecido em toda a Terra, em quem "toda a
plenitude de Deus" será manifestada, como foi em Jesus de Nazaré. Deus
demonstrará ao mundo que o que Ele fez com Jesus de Nazaré pode fazer com
qualquer um que a Ele se submeta".5
—Arlene
Hill
Notas finais:
1) Jean R. Zurcher, Touched With Our Feelings: A Historical Survey of Adventist Thought on the Human Nature of Christ, (Tocado por Nossos Sentimentos: uma Pesquisa Histórica do Conceito Adventista sobre a Natureza de Cristo), Review and Herald, pág. 48 (1999). Veja a crença fundamental de nº 3 do anuário Adventista do Sétimo Dia (1931). Esta mesma declaração foi adotada pelo Concílio de Outono de 1941 e incluido no Manual da Igreja (1942), onde permanece sem mudança através de várias edições até 1980.”
2) Idem, pág. 49.
3) Ellen G. White, Review and Herald, "Redenção — Nº. 1," 24 de fevereiro de 1874.
4) Tocado por Nossos Sentimentos, Jean R.
Zurcher, pág. 73.
5) E. J.
Waggoner, The Everlasting Covenant (O Concerto Eterno) International
Tract Society, Londres, pág. 366; como citado em Tocado por Nossos Sentimentos, Jean R. Zurcher, pág. 73.
Notas:
O vídeo do
Pr. Paulo Penno, em inglês, sobre esta lição está na Internet no sítio https://youtu.be/EhStl5Uecr0
Esta lição
em ingles está em http://1888message.org/sst.htm
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Biografia da autora:
A
irmã Arlene Hill é uma advogada
aposentada da Califórnia, EUA. Ela agora mora na cidade de Reno, estado de
Nevada, onde é professora da Escola Sabatina na igreja adventista local. Ela foi um dos principais oradores no seminário “É a Justiça Pela Fé, Relevante
Hoje?”, que se realizou na sua igreja em maio de 2010, a Igreja Adventista
do Sétimo Dia, localizada no endereço: 7125 Weest 4th Street, Reno,
Nevada, USA, Telefone
001 XX (775) 327-4545; 001 XX (775) 322-9642. Ela também foi oradora do
seminário “Elias, convertendo corações”, realizado nos dias 6 e 7 de fevereiro
de 2015, na igreja adventista Valley
Center Seventh-day Adventist Church localizada no endereço: 14919 Fruitvale Road, Valley Center,
Califórnia, telefone: +001 XX 760-749-9524
Nota: Asteriscos (*) indicam acréscimos feitos pelo tradutor.
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