Para 5 a 12 de agosto de 2017
"Mas
a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado, para que a promessa pela fé de
Jesus Cristo fosse dada aos que creem"
(Gálatas 3:22, KJV)
Parece
imperativo que nós consideremos o estudo desta semana de Gálatas 3: 21-25, à
luz da epístola de Paulo aos próprios gálatas. O conflito foi provocado por esforços dos judaizantes para trazer os
gálatas de volta para as obras da carne em guardar a lei. Com efeito, os judaizantes estavam argumentando que é
a fé mais as obras que salva, enquanto, o evangelho, como ensinado por meio de
Paulo, declarou que “pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem
de vós, é dom de Deus, ... para
que ninguém se glorie" (Efésios
2:8, 9).
Paulo
afirmou o cerne da questão em Gálatas 2:20: "Não mais eu, mas
Cristo" Não havia nada que os gálatas pudessem fazer para serem
salvos, nenhuma quantidade ou tipo de obras, nenhuma mudança externa de
comportamento, nada poderia salvá-los. Somente Cristo, crucificado, pode
salvar. Exatamente nas promessas dadas a Abraão (e a nós) a
bênção era (e é) envolvida. As promessas
foram positivas — “sim e ... amém!” "Porque pela fé, estais (nós e
eles) em pé" (2ª Coríntios 1:20, 24).
Em
Gálatas capítulo 3, Paulo faz a pergunta: "Quem vos fascinou?” ... Recebestes
o Espírito pelas obras da lei, ...” guardando a lei cerimonial e se
esforçando o máximo para guardar a lei moral? Ou, a recebestes pela “pregação da fé" (Gálatas 3:2, 3)?
O que poderia possivelmente Paulo estar querendo
dizer por "pregaçao da fé", e o que isso tem a ver com a lei?
Simplificando,
a lei é uma transcrição da mente de Deus. É a maneira que Ele pensa vertida em um formato que os seres humanos
podem compreender. Jesus Cristo é a
encarnação da lei — os princípios vividos. Ele
é a lei demonstrada. De acordo com a
escritura, a natureza da humanidade é enganosa e desesperadamente perversa —
inclinada para a vontade própria, preservação própria. Nós não entendemos ou conhecemos os nossos erros e
fraquezas, porque eles estão escondidos de nós. Portanto, por nós mesmos não podemos manter a mentalidade de Deus, pois
é estranha e não é familiar para nós. Para
tentar pensar ou comportar-se como Deus faz, sem o Seu Espírito operando em
nós, é assumir que somos iguais a Ele.
A lei
foi proferida aos judeus (e, portanto, para nós) para nos trazer até o fim do
egoísmo; para trazer-nos à conclusão de que nossos próprios esforços nunca vão
nos impedir de cobiçar, dizer mentiras brancas, desonrar o sábado, e ter falsos deuses. Através de
David, Jesus disse que “a lei do Senhor é perfeita” (Salmo 19: 7), e
Paulo disse que “a lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom” (Rom.
7: 12). Mas para aqueles cujo padrão de
conduta não se avalia, traz condenação e morte. Assim, para a humanidade, a lei é um instrumento de medição. O meio de correção é o Espírito.
A obra
do Espírito Santo é para nos ajudar a nos conscientizarmos de nós mesmos. Assim percebemos que tudo e qualquer coisa que podemos fazer é incorreto
ou incompleto. É igualmente errado,
insuficiente ou inconsistente. Não é
"faça todo o que for possível, e o Senhor fará o resto. “Essa é a idéia
errônea de “Cristo mais eu,” e é incompatível com o conceito de: "Não
eu, mas Cristo" Gálatas 2: 20). A escritura declara que os nossos
melhores sonhos, planos e idéias estão motivados e contaminados pelo egoísmo.
É muito difícil deixar o eu morrer. No entanto, se o eu não morrer, Cristo não pode viver
a Sua vida em nós. Com efeito, não
podemos ter a Sua mente ou o amor com que Ele ama (1ª Coríntios 2:16). O caminho para a fé vem “pelo ouvir, e o ouvir pela
palavra de Deus” (Romanos 10:17). Não
é por qualquer pensamento próprio ou ação.
Temos tradicionalmente
definido o pecado como a transgressão da lei, mas Paulo a define: "Tudo
o que não é de fé é pecado" (Romanos 14:23). Assim, se temos voluntária e deliberadamente, e de forma premeditada
quebrado a lei de Deus, como o rei David o fez, quando tomou Bate-Seba e matou
Urias, ou se simplesmente agimos sem fé, como fez Abraão quando tomou Agar como
sua concubina e gerou Ismael, pecamos.
Qual
foi a falha de Abrão? Qual foi seu
pecado? Foi o de incredulidade, ele não
continuou crendo que Deus cumpriria Sua promessa. Ele não permaneceu em pé pela fé. As promessas feitas a ele só poderiam ser recebidas
através do caminho da fé. “O amor não
faz mal ao próximo” (Romanos 13:10),
mas Abrão quase irreparavelmente feriu Agar, Sara, e Ismael (e seus descendentes),
bem como Isaque (e seus descendentes). Por
incredulidade, Abrão quebrou a lei de amor (Ágape), sobre a qual os 10
mandamentos se baseiam.
Embora
a lei (um instrumento de medição) não pudesse fazer Abrão um completo
(desenvolvido) crente, justo, o amor (Ágape) poderia. Fé, ativada pela
bondade do amor de Deus, purificou sua alma (SM v.1 pp396), e a justiça foi o
resultado; Seu nome foi mudado para Abraão e sua fé foi encontrada para ser
ouro puro, como se fosse provado no fogo.
Talvez
esta seja uma das razões porque os gálatas (e nós) estávamos tão dispostos a
voltar ao "cumprimento da lei" como um padrão externo de justiça. A fé tem de ser provada, e eles, como nós, não gostam do fogo. Inicialmente, a fé de Abrão foi provada enquanto
esperava o nascimento de um herdeiro. Em
seguida, ele foi provado ainda mais quando concebeu o filho da servidão por
meio de Agar, e descobriu que Ismael não foi considerado por Deus para ser
"o" herdeiro da promessa. Muitos
anos mais se passaram até que Sara recebeu uma força sobrenatural para dar à
luz Isaque, "o filho da promessa" que é de cima. E então, no que a Abraão deve ter parecido um pesadelo
incompreensível, ele é convidado por Deus para matar o filho da promessa de
Deus. Que angústia e tortura de alma
devem ter sido as suas. Que dúvidas devem
ter enchido sua mente em relação à ordem divina de matar Isaque. Afinal, Deus
realmente pediu a Seu servo para fazer algo aparentemente tão contra a lei?
Certamente Abraão foi tentado a descrer que
fosse a voz de Deus que ele ouviu. E, no
entanto, como sabemos, era de fato o comando de Deus. Abraão e Isaque renderam submissão voluntária e foram
encontrados fiéis.
A fé
vem pelo ouvir a Palavra, ansiosamente e de boa vontade, determinado a
obedecer-lha antes mesmo de saber o que é exigido de nós. Para Ele, que prometeu, nós dizemos, “sim,” e “amém!”
--Raul Diaz
O irmão Raul Diaz é um membro da Igreja adventista
da cidade de Monte Vernon, no estado de Illinois, perto de Chicago. Ele atua em
diversos departamentos da igreja, prega em diferentes ocasiões e locais, e
ensina a lição da escola sabatina em sua unidade evangelizadora em sua igreja
local — Seventh-day Adventist church, na cidade de Mt Vernon,
Illinois, localizada no endereço: 12831 N. Norton, Dr. Mount Vernon, Il.
62864-8231, U.S.A, Tel.: 001 XX (618) 244-7064, endereço eletrônico: www.mtvernonadventist.org
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