terça-feira, 1 de outubro de 2013

1/10/13 - A MENSAGEM DO SANTUÁRIO FAZ SENTIDO?, por Roberto Wieland



Algumas questões têm constantemente surgido:
A mensagem de 1888 explica este mistério do santuário?
E o que aconteceu em 1844, tem algum outro significado além de ser um quebra-cabeça?
A menos que se encontre uma resposta para esta última pergunta, a devoção pela nossa mensagem do santuário perde o seu valor. E se isto acontecer, diga adeus a qualquer mensagem significativa da denominação Adventista do Sétimo Dia, além do que têm, por exemplo, os Batistas do Sétimo Dia.
Um desafio é constantemente lançado contra nós:
Podem vocês provar a mensagem adventista do santuário? Inclusive 1844, e o juízo investigativo? Com a Bíblia somente, sem usar Ellen G. White como muleta?                                                                                                                                                                                                            
 E o pastor Wealand responde:
“Bem, batizado em Cristo nesta igreja, e ministrando a mensagem do santuário por muitas décadas, eu tenho ponderado sobre este problema e nunca tive nenhuma confusão ou dúvida interna. Eu tenho usado somente a Bíblia para apresentar a doutrina do santuário para os não adventistas quando tenho preparado pessoas para o batismo. Eu a vejo ensinada na bíblia sem precisar buscar ajuda de Ellen G. White tão claramente quanto vejo a verdade do Sábado”.
Ela disse: “A compreensão correta do ministério do santuário celestial constitui o alicerce de nossa fé”. Evangelismo, página 221.
“Você há de encontrar outras denominações que observam o Sábado, você achará outros movimentos que pregam a reforma de saúde, existem mesmo grupos que crêem na mortalidade da alma, mas a doutrina do santuário é o único ensinamento dos adventistas do sétimo dia, que nos fazem diferentes de todas as demais denominações”.
“Esta doutrina é a coluna central que sustenta a estrutura de nossa posição”. Carta 126 de 1897.
Ela estava certa, “O santuário no céu é o próprio centro da obra de Cristo, em favor dos homens”. Evangelismo, página 222.
Então o que Cristo está ministrando lá para aqueles que O receberão, é a experiência da justificação pela fé.
Essa é a atividade na qual Ele se ocupa, em Seu ofício sumo-sacerdotal. Mas, alguém poderá perguntar:
 Como a mensagem do santuário se relaciona intimamente com esta verdade especial da obra intercessória de Cristo em nosso favor?
 Muitos dizem:
“Vocês adventistas são ingênuos, passaram por uma lavagem cerebral”. 
“Bem, pelo menos eu gosto de ensinar, esta e todas as demais verdades da Bíblia. Eu tenho feito isto a pessoas de todos os níveis sociais e culturais, pessoas pensantes, que não se deixam enganar por fábulas, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo; e que permanecem a vida toda comprometida com os Adventistas do Sétimo Dia, ensinando estas verdades a outros mais, e estes ainda a outros, e a todos fazendo o mais inteiro e completo sentido”.
“A doutrina do santuário, é um conjunto completo de verdades, ligadas harmoniosamente entre si, mostrando que a mão de Deus, dirige o grande movimento do advento”, O Grande Conflito, pg. 423.
Então surge a pergunta: Por que há tantos adventistas renegando a doutrina do santuário? Por que, por exemplo, o nosso editor atual associado do Comentário Bíblico Adventista repudia esta doutrina totalmente? [Esta mensagem foi gravada antes de 2003]
Ele diz que é uma questão de responsabilidade, “é algo que funciona com uma desvantagem para o obreiro”. E ele reivindica que há muitos dos nossos pastores e líderes que intimamente duvidam da veracidade desta doutrina, embora permaneçam na igreja como empregados.
 E isto nos parece insinuar que eles gostam de salários e ajudas de custo que os obreiros recebem.
O que eles têm entendido com a mensagem do santuário, têm sempre sido somente uma fria doutrina teológica, nunca se tornou uma verdade que prende e ardentemente toca o coração, nunca aprenderam a amar a verdade. Esta mensagem os deixou frios e possivelmente em muitos casos, pior do que isto os deixou dominados por temeroso pesadelo.
Eles vêem o ministério de Cristo no segundo compartimento do santuário chamado santíssimo, ou santo dos santos como um julgamento de tribunal, onde nossa própria existência é posta em risco. Uma escorregadela em rejeição no juízo investigativo seria ou é um despacho para o inferno.
Assim, esta visão distorcida da doutrina no santuário, não é mero conhecimento teológico e irrelevante, seu efeito colateral para eles é um terror espiritual. Mas, é importante entender esta questão.
Uma das mais incomodantes declarações que Ellen G. White fez, faz bom e simples sentido, é uma breve passagem onde ela diz que se nós rejeitamos a mudança de Cristo de um compartimento para outro, no Seu ministério no santuário em 1844, nós nos colocamos em aberto para uma decepção do falso cristo se postando no lugar do Verdadeiro, estabelecendo uma exibição repleta de milagres.
Atualmente a contrafação se tornou extremamente sofisticada. Entretanto nós defrontamos a influência de um ex-proeminente e influente líder adventista do sétimo dia, que repudiou estas introspecções sobre uma diferença no ministério sumo-sacerdotal de Cristo.
Pode não ser falta deles que se sintam deste modo. Ministros e líderes em nosso passado, geralmente ensinaram a mensagem do santuário, divorciada da iluminação especial da mensagem de 1888.
Ellen G. White nos disse em 1896, que:
“O Inimigo os impediu de obter a eficiência que poderiam ter tido em proclamar esta verdade. E pela ação de nossos próprios irmãos a luz tem sido em grande medida conservada afastada do mundo”, (Mensagens Escolhidas, vol.1, pág. 235).
Assim, sejamos clementes para com estes que hoje rejeitam a mensagem do Santuário, e “guardemo-nos para que também não sejamos tentados”, Gálatas 6:1.
Estas pessoas que entre nós atualmente estão rejeitando a mensagem do Santuário, provavelmente nunca captaram a mensagem de 1888, possivelmente eles cresceram e passaram pela faculdade de teologia, sem ninguém lhes ensinar esta mensagem nem a sua história. Até hoje nenhuma de nossas escolas oferece uma matéria, menos ainda, não há uma cadeira sobre a mensagem de 1888.
O assunto é tocado “en passant,” [Fr.de passagem] considerando-se que o curso tenha a duração de 4 ou 5 anos. Qualquer que a aprende o faz por acaso.
Esta mensagem eleva a particular mensagem Adventista do Sétimo Dia do santuário, fora da confusão e perplexidade, e a reveste do brilhante manto da justiça de Cristo, isto é: —O evangelho visto como mui boas novas.
O amante Senhor em Sua providência colocou em minhas mãos, aparentemente por acidente, dois livros que aqueceram meu coração através da particular idéia do santuário na mensagem de 1888.
Primeiro, o livro “The Glad Tidings”, “As Boas Novas”, ou “As Alegres Novas”, do pastor E. J. Waggoner, do qual eu aprendi a diferença entre o velho e o novo concerto.
Descobri que o evangelho é Mui Boas Novas, muito melhores das que eu, em meus 9 anos, que então tinha de adventismo, havia aprendido, e que dele havia até então ouvido apresentado; prendeu minha atenção, cativou meu coração, e ainda o faz até hoje.
Eu vejo justificação pela fé para muito além de uma fria fórmula teológica. São Boas Novas, muito, muito além do que pastores e líderes que não vêem a Verdade do Sábado, nem a Doutrina do Santuário, nem a verdade a respeito dos santos dormindo e esperando a ressurreição em Cristo.
 Deus tem muitas, muitas pessoas nas igrejas que observam o Domingo, vivendo de acordo com a luz que têm. Eu vim de uma delas. Eles simplesmente não veem a idéia da justificação pela fé como nos foi outorgada em 1888, porque não creem que o que é chamado de morte, é em verdade simplesmente um sono até a ressurreição, e eles não sabem seguir a Cristo em Sua obra de expiação no santíssimo compartimento do Santuário.
O segundo livro que me veio às mãos, era um velho exemplar do livro “O Caminho Consagrado Para a Perfeição Cristã”, do pastor A. T. Jones. Ali eu descobri uma nova perspectiva.
Era eu estúpido e ingênuo? Talvez sim. O santuário celestial não pode nunca ser purificado, até que primeiro que tudo o coração do povo de Deus seja purificado. É assim simples, e é muito mais do que o truque de um registro cartorial, meramente, pelo qual Deus olha no sentido oposto enquanto nós continuamos a pecar. O fator omitido é suprido por um novo e claro entendimento de justificação pela fé.
Ellen White disse: “A mensagem de 1888, é a terceira mensagem angélica em verdade”, (Review and Herald, 1 de abril de 1890).
Se você estivesse em Jerusalém naquele trágico fim de semana, e algumas mulheres falassem a você no Domingo de manhã: Jesus ressuscitou dos mortos!!! E você não O tendo visto, creria nessas Boas Novas?
Se sua resposta for um sincero sim, então deu uma resposta de fé! Isto é fé!!!
A fé não espera para por seus dedos nas feridas na Sua mão e no Seu lado como Tomé insistiu. De acordo com 1ª João 4:16, a verdade requer um grande comprometimento, mais do que mera convicção intelectual.
“Nós conhecemos e cremos,” é assim que nós seguimos ao verdadeiro Cristo em Seu ministério, no lugar santíssimo, convincente evidência objetiva, mais uma apreciação do coração dEle.
Como a mensagem de 1888, nos levou a nos apaixonarmos com a mensagem adventista do sétimo dia do santuário?
Vejamos alguns pontos fundamentais.
Primeiro: Vejamos o hino 107, “Alegrias Vêm Trazendo”, que em inglês é o hino no 191, de João e Carlos Wesley, com o título “Divino Amor Que a Todo Amor Excede”, e onde se vê que sentiam em 1747 a necessidade por algo que ainda não entendiam claramente.
Reconhecemos que uma fiel versão com rima seria quase impossível. Foi o que aconteceu no presente caso, se você quiser acompanhe pelo seu hinário, o no 107, o que resultou numa perda de sentido. Mas, ouçam a 4a estrofe, que em inglês, diz:

Termina então a Tua Nova criação,
puros e sem mancha (ou santos como está em português) nos fazes ser.
Nos Permita ver a Tua grande salvação,
perfeitamente restaurada em Ti.
É como o santuário deve ser purificado.

Vocês veem? João e Carlos Wesley estão aí orando a Deus, para fazê-los santos, e concluem é como o santuário deve ser purificado.
Não foi isto que A.T. Jones disse? Como eu acima mencionei? Antes que o santuário celestial seja purificado, primeiro que tudo, o coração do povo de Deus precisa ser purificado. É assim que ocorria no Velho Testamento.
Esta salvação que os irmãos Wesley viam no santuário, é chamada, no Novo Testamento, de “O Caminho”, e mesmo no Velho Testamento, João e Carlos Wesley devem ter se deparado com aquele majestoso verso que diz:
 “O Teu caminho, Oh! Deus está no santuário!” (Sal. 77:13, na Almeida revista e corrigida).
Os irmãos Wesley estavam tentando colocar o dedo na especial verdade que instruiu a mensagem de 1888. A mensagem da justiça de Cristo, que ainda iluminará toda a terra com glória, Apocalipse 18:1.
Os irmãos Wesley poderiam ter realizado aquilo porque estavam procurando, mas eles viveram antes do tempo propício.
Segundo ponto: A Purificação do Santuário Celestial faz diferença em um viver prático no dia a dia”. Se é impossível para o santuário no céu ser purificado ou justificado, ou tornado justo, que são os diferentes sentidos do verbo hebraico, purificado, em Daniel 8:14, até que o coração do povo de Deus na terra seja puro, então isto tem uma importante conclusão. Cristo como nosso sumo sacerdote está Se especializando agora em convencer Seu povo de prévios e desconhecidos pecados.
À medida que cada pecado é visto esquecido por Sua graça dia a dia, a especial obra de purificação se desenvolve. O Sumo Sacerdote planeja que seja completo, e Ele quer que seja logo. Ele a fará se Seu povo não se opuser a Ele, ou, isto é, se não resistir.
Terceiro: Isto não é meramente uma presunção legal da parte de Deus ao que Ele sabe muito bem que não é ainda realidade. Quando for declarado o que está em Apocalipse 14:12, “Aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus”, isto há de ser verdade.
“Este povo venceu assim como Cristo venceu”, Apocalipse 3:21.
Eles não estarão simplesmente sendo legalmente considerados como tais, contrário à realidade. O evangelho objetivo, terá finalmente se tornado demonstrado completamente subjetivo.
Deus ainda deve à humanidade um retrato de Seu Filho. Não me pergunte como isto é possível? Crê somente. Não ridicularize esta solene verdade, como muitos fazem, pois, se você o fizer você será como aquele capitão, em cuja mão o rei se encostava (II Reis 7:2 e 17), e que ridicularizou a profecia de Elizeu de que um milagre de abundância de víveres ocorreria no dia seguinte, quase à mesma hora (verso 1-18). Ele o viu, mas não participou da bênção.
Leia a história toda em II Reis 6:32 até 7:20.
Quando Ellen White fala dos 1800 anos do ministério de Cristo no primeiro compartimento, nenhuma vez Ele teve um grupo corporativo de crentes na terra, cuja fé assim amadureceu. Ninguém foi trasladado durante aqueles longos séculos, mas agora vem uma mudança em Seu ministério, Ele está no segundo compartimento, é o dia cósmico da expiação, o santuário celestial estará afinal purificado, no sentido de que Ele agora tem um grupo de pessoas cujos corações foram curados de cada raiz de alienação de Deus; a expiação se tornou uma reconciliação com Ele mesmo, completa no dia antitípico da expiação.
Quando João e Carlos Wesley tentavam captar isto, estavam amargamente contra até mesmo Augusto Toplady, autor do amoroso hino “Rocha Eterna”, 195 no Hinário Adventista Brasileiro, “Rock of Ages” hino de no 300, no Hinário Adventista Americano. Exatamente a idéia de vencer completamente, assim como Cristo venceu, era considerada fanática e rotulada como perfeccionismo. Mesmo hoje há pessoas devotas, assim como Augusto Toplady, que veem a idéia de purificação do santuário da mensagem de 1888, como um perfeccionismo impossível, desencorajador de se pensar nele. A razão é que está faltando uma ligação no entendimento deles e isto veremos no tópico que se segue:
Quarto, a idéia de 1888, da purificação do santuário, não é de que o povo de Deus vá realizar esta obra, em absoluto, o sumo sacerdote é que o faz, e Seu povo simplesmente para de resisti-Lo, no trabalho de sua função para emprestar uma expressão de Ellen G. White em “O Caminho a Cristo”, pág. 27. O povo de Deus agora permite que Ele os purifique, eles retiram as pedras do caminho dEle. A Bíblia nunca disse que o antigo Israel tinha que limpar o santuário, sempre foi o Sumo Sacerdote que o fez. Proeminente, na mensagem de 1888, é a idéia de cessar de lutar contra o Senhor. Somente na Conferência Geral de 1888, é que Ellen G. White falou isto tão claramente:
“Poderá o pecador resistir a esse amor poderá recusar-se a ser atraído para Cristo, se porem não se opuser será levado para Ele, em arrependimento de seus pecados”.
Em “Caminho a Cristo”, página 27. Parar de resistir a Jesus é a essência desta idéia da purificação do santuário. Aparentemente Ellen G. White pregou esta idéia de Jones e Waggoner.
As Boas Novas são melhores que muitos adventistas sempre pensaram ser.
No começo de 1890, Ellen G. White foi levada a escrever uma série de artigos na nossa revista adventista americana, Review and Herald, entre 21 de janeiro e 8 de abril que ligava esta idéia com a obra de Cristo no santíssimo do santuário, e ela conectou isto tudo diretamente com a mensagem de 1888.
“Estamos no dia da expiação e temos que proceder em harmonia com a obra de Cristo de purificação do santuário, dos pecados do povo. Que nenhum homem que deseja achar-se trajado com as vestes nupciais resista ao Senhor na Sua função”.
 Esta declaração foi de 21 de janeiro, sete dias depois ela disse:
“Cristo está purificando o santuário dos pecados do povo. O que devemos fazer? Para estar em harmonia com a Sua obra, um povo deve estar preparado para o grande dia de Deus”.
Em 4 de fevereiro foi publicado:
“A obra mediadora de Cristo, os grandes e sagrados mistérios da redenção, não são estudados e compreendidos pelo povo que reivindica ter luz que nenhum outro povo na face da terra tem”.
Uma semana depois, 11 de fevereiro:
“Cristo está purificando o Templo no Céu dos pecados do povo, e nós devemos trabalhar em harmonia com Ele aqui na terra, limpando o templo da alma de sua corrupção moral”.
 De 18 de fevereiro:
“Muitos há entre nós que têm preconceito contra a doutrina do santuário que estamos estudando nessas reuniões, e não virão ouví-las”.
Mais uma semana se passou, e a serva do Senhor, declarou em 25 de fevereiro:
“A adormecida igreja deve ser despertada, o povo não entrou no lugar santíssimo, há aridez espiritual nas igrejas, eles se opõem sem saber ao quê”.
Em 4 de março:
“Deveremos defrontar incredulidade em cada forma no mundo, mas, é quando encontramos descrença naqueles que devem ser líderes do povo, que nossas almas são feridas”.
Em 9 de março:
“Por aproximadamente 2 anos, temos insistido com o povo para vir e aceitar a luz e a verdade referente à justiça de Cristo. E eles não sabem se devem vir e se apossar dessa verdade ou não”.
Em 18 de março:
“Vocês têm tido a luz do céu pelo último ano e meio, estes que tem se recusado a receber a verdade, se interpõem entre o povo e a luz. Por quanto tempo irão aqueles que estão no comando da obra manter-se indiferentes à mensagem de Deus”?
E finalmente em 28 de março:
“Nossas igrejas estão morrendo por falta de serem instruídas quanto à justiça de Cristo”.
Parece que ninguém em Batle Creek captou o que ela estava falando. Adivinhe qual foi a recompensa por esses artigos na nossa revista adventista americana! Exílio, para a Austrália, no ano que se seguiu. Waggoneer pouco depois foi enviado para a Inglaterra, A. T. Jones, permaneceu nos EUA. Assim foi desfeito o trio.
Quinto, a resposta à nossa indagação inicial em termos simples é: A diferença entre o ministério de Cristo no primeiro compartimento do santuário e no segundo é o que Ele faz em Seus crentes. Até 1844, preparou fiéis para morrerem, a fim de que pudessem ser tidos por merecedores de ser levantados na primeira ressurreição; e esta foi, e é, uma grande obra para o nosso Sumo sacerdote fazer. Se qualquer de nós for chamado para dar a sua vida pelo evangelho que estejamos preparados. Mas quando olhando no contexto, Seu ministério no lugar santíssimo, tem como objetivo especialmente, preparar um povo para ser trasladado sem experimentar a morte. Enquanto eles ainda estão na carne eles devem ver a Jesus, devem encontrá-Lo face a face, o que só os puros de coração podem suportar. Estes devem estar vivos e permanecer até a vinda do Senhor, e serão arrebatados juntamente com os santos, ressuscitados de todas as eras para o encontro do Senhor nos ares (1ª Tessalonicences. 4:15 a 18).
A mensagem adventista do santuário faz especial sentido à luz do sermão de Cristo em Mateus 24. Foi o propósito do céu que a 2a vinda seja com a geração daqueles que verão sinais de Sua breve volta, como a queda das estrelas. Foi assim que nossos pioneiros a entenderam e é isto exatamente que as palavras de Jesus dizem. E por outro lado o inexplicável atraso é o resultado de resistir-se ao Senhor no trabalho de Sua função Sumo sacerdotal.
A Comissão evangélica, à luz de Apocalipse 18:1 a 4, poderia ter sido completada poucos anos após 1888, de acordo com Boletim da Conferência Geral de 1893, página 419.
E, do livro “Manuscript Release”, no 1180, página 12, que você poderá encontrar no 3o volume no Materiais de Ellen G. White, relativo a 1888, página 1130, publicada pelo patrimônio de Ellen G. White (The White State) da Conferência Geral em 1897, ouvimos isto:
“Se cada soldado de Cristo tivesse cumprido seu dever, e cada sentinela nos muros de Sião tivesse dado à trombeta o sonido certo, o mundo já teria ouvido a mensagem de advertência, mas, a obra está com anos de atraso”.
E lembre-se, isto foi escrito 5 anos após 1888, em 1893, e, segundo ouvimos, a obra de Mateus 24:14, já deveria estar então concluída, e Cristo já teria vindo a esta terra para levar Seu povo. O atraso em terminar a purificação do santuário celestial não foi devido há alguma pane nos computadores celestiais, ou por qualquer ineficiência angelical. O problema está conosco.
Sexto, a mensagem de 1888, também livra as mentes da perplexidade a respeito do que Cristo está fazendo agora. Está Ele tirando umas férias? Ou absorvido em algum canto de Seu grande universo? O que Ele faz é obviamente Sua obra, pois o grande conflito com Satanás continua, e o grande inimigo está trabalhando intensamente, não há tempo para Jesus tirar férias, batalhas mais reais do que qualquer luta com armamentos está acontecendo. A única coisa certa para o povo de Deus fazer, é solidarizar-se com Cristo neste conflito. Isto é o que Ellen White quis dizer quando falou que devemos seguir a Cristo até dentro do santo dos santos, ou o compartimento santíssimo do santuário. Conforme ouvimos a pouco da revista adventista Review and Herald, de 25 de fevereiro de 1890.
Sétimo, a idéia da purificação do santuário, que nos foi revelado em 1888, também concede àqueles que a entendem, uma nova motivação para seguir a Cristo. Medo do juízo investigativo? É lançado fora. Isto outra vez é parte do cósmico dia da expiação.
Um tempo para a finalmente realizada unidade com Cristo. Livres do medo tanto quanto Ele mesmo foi libertado do temor em Sua vida na terra.
Nossa natural egoística preocupação por salvação é sublimada por um maior interesse, pelo triunfo de Cristo. Isto, outra vez, é o resultado, da unidade do dia da expiação com Ele.
Oitavo, a verdade do santuário conduz diretamente à noiva de Cristo se preparando. Esta singularidade é algo que nunca aconteceu em toda história passada, pois:
“São chegadas as bodas do Cordeiro, e já Sua noiva se aprontou” (Apocalipse 19:7).
Algo especial irmãos está preparado para aqueles que são convidados para as bodas do Cordeiro, Apocalipse 19:6 a 9. Como indivíduos, todos, incluindo aqueles dos últimos dias, somos convidados para as núpcias, mas como um corpo, a igreja do grande dia da expiação torna-se a noiva de Cristo.
Nossa primeira reação natural é: Isto é muito bom para ser verdade!
Antecipando nossa tentação de duvidar, o anjo disse a João:
“Escreve! Pois estas palavras são verdadeiras e fiéis” (Apocalipse 21:5, ú.p.).
Nono, a mensagem da testemunha verdadeira ao anjo da igreja dos Laodiceanos, vem a ser a própria verdade do santuário. Esta mensagem não se tornou uma peça de museu no quarto de despejo ou no sótão de nossa denominação. Ela prende corações no mundo inteiro hoje, onde quer que seja apresentada. O Espírito Santo impressiona as almas que procuram seguir a Cristo, em Sua muito mais abundante graça para vencer. A mensagem do santuário está incluída na declaração de que:
“Em Sua grande misericórdia, enviou o Senhor mui preciosa mensagem a Seu povo por intermédio dos pastores Waggoner e Jones. Esta mensagem devia por de maneira mais preeminente diante do mundo, o Salvador crucificado. O sacrifício pelos pecados de todo o mundo, apresentava a justificação pela fé no Fiador, convidava o povo para receber a justiça de Cristo que se manifesta na obediência a todos os mandamentos de Deus. Muitos perderam Jesus de vista, deviam ter tido o olhar fixo em Sua divina pessoa, em Seus méritos, e em Seu imutável amor pela família humana” (Testemunhos para Ministros, páginas, 91 e 92).
Esta bendita mensagem deve ainda iluminar a terra com a Sua glória, Apocalipse 18: 1. Graças a Deus, que isto será assim. E há de ser em breve.
O pastor Dennis Priebe, em seu livro “O Que é Um Adventista do Sétimo Dia” diz:
 “Quando Jesus morreu no calvário, ascendeu ao céu, e foi estabelecido como nosso Sumo Sacerdote no santuário celestial, para interceder pela humanidade por 1800 anos, não havia necessidade de existir nenhum adventista para transmitir alguma mensagem a respeito desses acontecimentos. A obra de Jesus em aspergir nossas orações com incenso de Sua justiça, foi iniciada muito antes de existir qualquer adventista sobre a face da terra”.
Mas quando a proclamação de Apocalipse 14:7, se fez ouvir: “Temei a Deus e daí Lhe glória porque é vinda a hora de Seu juízo”. Então, nos planos divinos, fez-se necessário o aparecimento da igreja adventista do sétimo dia, para proclamar a purificação do santuário, com o consequente apagar dos pecados. A hora do juízo chegara, Cristo em breve voltaria. O concerto eterno e o grande conflito deviam receber grande ênfase nesta época. Satanás desafiara o caráter de Deus, e Seu direito de reger o universo.
Lendo a Bíblia e a história da igreja você talvez pense que Satanás irá ganhar a batalha. Este temor foi manifestado em Daniel 8:13, Até quando este conflito durará, Senhor”?  Por quanto tempo o nome de Deus será denegrido? Será o santuário pisoteado indefinidamente? Satanás vencerá afinal? A resposta vem no verso 14, Não, não, esta situação não vai durar para sempre, após 2300 dias o santuário será purificado. Haverá um fim para a difamação do bom nome de Deus. Deus será vindicado.
Rom. 3:4 diz, claramente, “Para seres justificados nas Tuas palavras e venhas a vencer quando fores julgado”.
A evidência é clara de que a vindicação de Deus não foi completada na cruz. Que Deus está esperando uma final vindicação, antes do fim do pecado neste planeta.
“Cristo aguarda com fremente desejo a manifestação de Si mesmo em Sua igreja”. Quando o caráter de Cristo for perfeitamente reproduzido em Seu povo, então virá para reclamá-los como Seus” (“Parábolas de Jesus”, página 69).
 Esta famosa declaração claramente diz que a Segunda vinda de Cristo deve esperar até que Seu caráter seja visto em Seu professo povo. Apocalipse 14:5 descreve a última geração que viverá nesta terra, antes que Jesus venha.
Na sua boca não se achou mentira, não têm mácula [Apoc. 14:5].
Deus fez esta incrível promessa, Ele alega que produzirá um povo que será sem engano, ou falta de qualquer tipo.
Em “O Desejado de Todas as Nações”, página 671, temos esta clássica declaração:
“A honra de Deus e a honra de Cristo acha-se envolvida no aperfeiçoamento do caráter de Seu povo”. Ele prometeu que há de fazer Seu povo perfeito. Pode Ele realmente cumprir isto? Se não puder, Sua palavra é mentirosa, e Satanás ganhará o grande conflito. É assim simples.
“A honra de Seu trono é-nos dada como penhor do cumprimento de Sua palavra em nós” (Parábolas de Jesus, página 148, no original em Inglês).
Todo caráter será plenamente desenvolvido e todos mostrarão se escolheram o lado da lealdade ou o da rebelião. Então virá o fim. Deus vindicará Sua lei e livrará Seu povo.
“Todo caráter será plenamente desenvolvido, e todos mostrarão se escolheram o lado da lealdade ou o da rebelião. Então virá o fim. Deus vindicará Sua lei e livrará Seu povo”, “O Desejado de Todas as Nações, página 763”.
O fim do pecado neste planeta é claramente dependente da vindicação de Deus. E então, Ele trará o plano da redenção à sua inteireza.
Ellen White chama tudo isto de, “A final expiação”.
Na cruz o sacrifício foi completado, mas não a expiação. Esta é a diferença entre o adventismo e as outras religiões cristãs. Afinal a expiação é como Deus ganhará o grande conflito, e determinará quão breve Jesus pode voltar. Isto significa que o propósito da existência do adventismo, é provar que Satanás é um mentiroso, e que Deus esta falando a verdade no grande conflito.
É assim simples! Esta é a mensagem e a essência do adventismo.
Assim isto requer o envolvimento do povo de Deus nesta demonstração. Nosso papel neste conflito é permitir Deus vir às nossas vidas e fazer o que Ele disse que fará; limpar nossos corações e fazer-nos totalmente obedientes a Ele.
Irmão você realmente deseja que o pecado tenha um fim neste planeta? Permita Jesus voltar.
Por favor, note que eu não disse: Espere Jesus voltar. Ele está esperando por nós, nós não estamos esperando por Ele.
A missão do adventismo é diferente, singular, nunca foi dada a nenhum outro grupo na face da terra. A razão é, simplesmente, que estamos vivendo no dia da expiação, quando a purificação do santuário está se processando, e há questões singulares envolvidas neste dia. A missão primária da Igreja Adventista é vindicar a Deus, isto será realizado através da purificação do santuário no céu. Mas, antes que o santuário no céu possa estar limpo de todos os registros de pecado, o santuário de nossos corações deve estar limpo da poluição do pecado, ao Deus terminar Seus 6000 anos de luta contra as mentiras de Satanás.
A missão secundária da Igreja Adventista do Sétimo Dia é a comissão global de alcançar as almas através da pregação. Quando a missão primária é entendida e cumprida, a secundária terá abundante sucesso. Tentar reverter as prioridades é pôr o carro na frente dos bois, não funciona.
Para o evangelismo ser bem sucedido deve fluir de corações consagrados e obedientes. Decidir-nos-emos obedecer a Deus? A resposta que dermos a esta pergunta determinará o sucesso ou o fracasso da Igreja Adventista do Sétimo Dia.
Nas últimas 3 ou 4 décadas, principalmente nesta última, tem vindo ao adventismo, o evangelho comprometido, que diz que, desde que Jesus fez tudo o que era necessário, tudo que  temos de fazer é crer. Mas este é um crer que não produz fruto, o que dá uma falsa segurança de salvação porque promete que podemos ser salvos enquanto ainda continuamos a pecar. “Porque Jesus nos ama incondicionalmente”, dizem eles.
Este ardil pode causar a perda de muitos sinceros adventistas.
Estamos nós desejosos de ser adventistas hoje? Estamos nós desejosos de preparar o caminho para a final vindicação do caráter de Deus?
O preço é alto, mas a recompensa está além de qualquer coisa que possamos imaginar. Este é o nosso tempo de preparação. Ensejo para fortalecer nosso caráter.
 Se a igreja militante em algum tempo virá a ser a igreja triunfante, então temos que encarar seriamente o nome “Adventistas do Sétimo Dia,” devemos saber quem somos, e porque existimos, devemos endireitar nossa missão primária a fim de que nossos esforços na realização da comissão secundária sejam efetivamente abençoados por Deus.
Amém!
-Roberto Wieland


O irmão Roberto J. Wieland foi um pastor adventista, a vida inteira, missionário na África, em Nairobe e Kenia. É autor de inúmeros livros. Foi consultor editorial adventista do Sétimo Dia para a África. Ele deu sua vida por Cristo na África. Desde que foi jubilado, até sua morte, em julho de 2011, aos 95 anos, viveu na Califórnia, EUA, onde ainda era atuante na sua igreja local. Ele é autor de dezenas de livros. Em 1950 ele e o pastor Donald K. Short, também missionário na África, em uma das férias deles nos Estados Unidos, fizeram dois pedidos à Conferência Geral: 1º) que fossem publicadas todas as matérias de Ellen G. White sobre 1888, e 2º) que fosse publicada uma antologia dos escritos de Waggoner e Jones. Eles e sua mensagem receberam mais de 200 recomendações de Ellen G. White. 38 anos depois, em 1988, a Conferência Geral atendeu o primeiro pedido, o que resultou na publicação de 4 volumes com um total de 1821 páginas tamanho A4, com o título Materiais de Ellen G. White sobre 1888. Quanto ao segundo pedido até hoje não foi o mesmo ainda atendido.
 
______________________________