terça-feira, 1 de outubro de 2013

1/10/13 - JESUS, NOSSO SUMO SACERDOTE, por Alexandre Snyman



Hebreus 4:15 e 16: “Porque não temos um Sumo Sacerdote que seja incapaz de Se compadecer de nossas fraquezas, mas um que em cada aspecto foi tentado como nós o somos, entretanto, sem pecado. Acheguemo-nos portanto com confiança para junto do trono da graça a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em tempo de necessidade”. “De todos os livros da Bíblia nenhum nos dá uma tão clara e definida explanação do ministério de Jesus, como o faz o livro de Hebreus”. Paulo era um incansável pregador; Atos dos Apóstolos, pág. 246 relata seu sermão na sinagoga da cidade de Corinto, sobre o tema “Eis o apóstolo pregando na sinagoga de Corinto, argumentando com os escritos de Moisés e dos profetas, e levando seus ouvintes até ao advento do prometido Messias. Considerai como ele torna clara a obra do Redentor, como grande Sumo Sacerdote da humanidade. Aquele que, mediante o sacrifício de Sua própria vida, devia fazer expiação pelo pecado de uma vez por todas, e assumir Seu ministério no Santuário celestial. Os ouvintes de Paulo,foram levados a compreender que o Messias, por cujo advento haviam eles estado a suspirar, tinha já vindo; que Sua morte fora o antítipo de todas as ofertas sacrificais e que Seu ministério no santuário do Céu, era o grande objeto que projetava sua sombra para o passado e tornava claro o ministério do sacerdócio judaico”.
Agora vejamos Paulo escrevendo aos Hebreus; Primeiro ele introduz a Cristo como Salvador. Quando Cristo concluiu esta primeira parte do Seu ministério na terra, subiu ao Céu (João 20:17), e recebeu a aprovação de Deus. Sabemos disto porque de volta Ele disse: “É-me dado todo o poder no Céu e na Terra” (Mateus 28:18 ú.p.); “Portanto ide e fazei discípulos” (Verso 19 p.p.). Agora, prestem atenção nisto: pregar a Cristo como Salvador, não é a completa verdade presente, é essencial falarmos dEle no Seu ofício sacerdotal hoje no santuário celestial. Por isso à igreja Adventista foi dada a mensagem da purificação do santuário celestial. (Daniel 8:14 e Apocalipse 10:8, ú.p.), satanás tenta contrafazer esta verdade com doutrinas diversas, tais como, por exemplo, a do dispensacionalismo, a do arrebatamento secreto, mutilando a profecia pegando a última semana (em Daniel 9:27, p.p) e jogando-a em nossos dias. Após a grande e amarga decepção de outubro de 1844, (Apocalipse 10:10, u.p.), foi-nos dito: “Importa que profetizes outra vez” (v. 11).
O ministério profético de Ellen G. White pode ser comprovado pelo preenchimento de todos os requisitos para tal, e constituiu-se um cumprimento dessa tarefa que foi ordenada em Apocalipse 10:11; à propósito, um profeta é um representante de Deus entre os homens; o sacerdote é um representante do homem perante Deus. Lembram-se que estudamos de A. T. Jones, na lição 2 desta série e vimos Jesus em 3 funções?: Profeta, Sacerdote, e Rei, e que estes 3 ofícios são sucessivos e vêm necessariamente nesta ordem. Cristo virá a ser aquele rei, quando Seu ministério sacerdotal findar. Saindo do santo dos santos, do santuário celestial, tira as vestes sacerdotais, a porta da graça então se fechará e não mais teremos um intercessor, mas sempre teremos um Salvador. E pondo Ele Seus trajes reais, e acompanhado por um incontável número de santos anjos, vem a esta Terra como Rei dos Reis e Senhor dos Senhores.
Do Pastor Jack Sequeira, no sermão “Cristo Nosso Grande Sumo Sacerdote,” primeira parte, da série sobre o livro de Hebreus nos diz: “Começando no capítulo 4:14, Paulo nos introduz a Cristo como Sumo Sacerdote, antes ele nos introduziu a Cristo como Salvador, mas conhecê-Lo como Salvador não é suficiente amigos; também precisamos conhecê-Lo como nosso Sumo Sacerdote, porque ainda estamos vivendo em um mundo hostil, e, para aqui sobrevivermos, necessitamos de um Sumo Sacerdote por pelo menos três razões: Primeira: Necessitamos de um Mediador que cubra o  abismo entre nós pecadores e o Deus Santo (Isaías 59:2). Em Hebreus 4:14, nos é dito que Ele, após Seu ministério na Terra, penetrou nos Céus: “Cristo nosso Sumo Sacerdote penetrou por nós no interior da Véu. Qualquer nuvem que escureça o Céu, qualquer tempestade que se mova ao redor da alma, esta âncora permanece firme e podemos estar certos da vitória”. Nos Lugares Celestiais, pág. 127. Que se conecta com a razão, porque necessitamos de um Sumo Sacerdote.
Segunda: Na nossa luta como cristãos necessitamos de alguém que se solidarize conosco nas tentações, e isto está no verso 15. Assim, temos um sacerdote que pode se compadecer, porque Ele venceu onde nós falhamos.
Terceira: Necessitamos de um Sumo Sacerdote que possa nos transmitir força ao caminharmos na vida cristã, em outras palavras, diferentemente dos sacerdotes terrenos, Cristo é capaz de preencher completamente todas nossas necessidades.
No segundo sermão com o mesmo título: “Cristo Nosso Grande Sumo Sacerdote”, o pastor Jack Sequeira entra no capítulo 5 e nos versos 1-4 nos aponta quatro qualificações listadas ali, indispensáveis a um sacerdote: Primeira: Um sacerdote deve ser um homem que represente o homem perante Deus; (v. 1, p.p.). Segunda: Um sacerdote deve ser hábil  para oferecer sacrifícios, a fim de lidar com o problema do pecado (v. 1, u.p.). Sem derramamento de sangue não há remissão de pecado (Heb. 9:22). Terceira: Deve ser capaz de compadecer-se daqueles por quem intercede (v.2), e vimos isto em Hebreus 2:17. “Ele tornou-Se um de nós, e naquilo que Ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados” (v.18). Ele entende nossos conflitos e lutas. Finalmente, quarta: A pessoa tem que ser chamada por Deus para esta obra (v. 4), não pode se auto indicar. Jesus preenche todos esses requisitos, pela vida que viveu, e, por Sua morte Ele é o único homem que Se qualifica para ser a fonte da completa salvação.
A partir do verso 5, Paulo apresenta a Cristo como nosso Sumo Sacerdote.
Primeira Parte: O ministério sacerdotal de Jesus – singular perspectiva de Hebreus. Hebreus 8:1 pode ser aplicado em quase tudo que consideramos nesta série: “Ora o principal ponto das coisas aqui ditas é que, temos um tal Sumo Sacerdote que está assentado a mão direita do trono da Majestade no Céu”.
No capítulo 2:17, nos é dito: “Por isso mesmo, convinha que, em todas as coisas, se tornasse semelhante aos irmãos para ser misericordioso e fiel Sumo Sacerdote nas coisas referentes a Deus e para fazer propiciação pelos pecados do povo". Capítulo 3:1: “Por isso, santos irmãos, que participais da vocação celestial, considerai atentamente o Apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa confissão, Jesus”. Este é um excelente sumário da justificação pela fé.
Agora Capítulo 4:14: “Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus, como grande Sumo Sacerdote que penetrou nos Céus, conservemos firmes a nossa confissão”. 5:6:“Como também em outro lugar também diz: Tu és Sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque”. 7:15: “E isto é ainda muito mais evidente, quando à semelhança de Melquisedeque se levanta outro sacerdote”. V.17: “Porquanto se testifica: Tu és Sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedeque”. E, 21: “Mas, Este, com juramento, por Aquele que Lhe disse: O Senhor jurou e não Se arrependerá: Tu és Sacerdote para sempre de acordo com a ordem de Melquisedeque.” O Messias é referido no Salmo 110 verso 1, e também apontado por Deus sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedeque (v.4). Um elemento chave no livro de Hebreus, é o ministério de Jesus, no santuário celestial, sendo Ele o próprio Messias.
Segunda parte — Jesus e o ministério levítico: Hebreus 5:1-10: Apresenta muitas importantes considerações a respeito do sacerdócio de Cristo. Aqui encontramos uma comparação entre o sacerdócio de Jesus e o da linhagem de Arão: Os sacerdotes só podiam vir da tribo de Levi, da qual Arão fazia parte. Embora o sacerdócio de Jesus e o levítico sejam diferentes, têm também similitudes. Jesus era humano, mas era também o Filho de Deus, o que Arão não era (Hebreus 5:5 e 6, com citações de Salmo 2:7 e 110:4). Porque Jesus era o Filho, Deus conferiu o sacerdócio de Melquisedeque a Ele.
O sacrifício de Jesus foi singular, único, insubstituível. Jesus é tanto o sacrifício e o Sacerdote. Arão era somente sacerdote, oferecia sacrifícios, mas nunca poderia ser um sacrifício. Só Jesus tinha tal condição, os sacerdotes puramente humanos eram pecadores, mas Jesus nunca foi maculado pelo pecado. De todos os sacerdotes que existiram, Cristo somente teve todas as qualificações, e o fato de Ele não ter nódoa alguma de pecado O posiciona na cabeça da lista. Todo sacerdote deveria se compadecer do pecador, mas isto só é total verdade na pessoa de Jesus. 
Registros bíblicos nos falam de sacerdotes rudes, sem consideração para com as necessidades alheias, e mesmo descrentes. Quão diferente quadro encontramos nos evangelhos ao lermos os relatos da vida de Jesus. Também há outras diferenças, os santuários eram nomeados de celestial e terreno; os sacerdotes levíticos serviam neste, figura do verdadeiro, Jesus oficia hoje no Céu, no real templo de Deus.
O pastor M. L. Andreasen em sua obra “O Livro de Hebreus”, p. 195 diz: “Para os judeus, um sacerdote gentil e compassivo era algo raro. Nos tempos de Cristo, o ofício sagrado caiu a baixos níveis; atitudes de arrogância, orgulho e altivez eram comuns entre os líderes. João 7:49, descreve isto muito bem: “Esta plebe que nada sabe a respeito da lei é maldita”. Portanto quando Paulo colocou a compaixão pelos fracos e errantes, como uma das qualificações para o ofício de Sumo Sacerdote, deve ter feito uma profunda impressão no povo, pois, eles necessitavam de enternecimento e compreensão, e o fato de que Jesus tinha tais qualificações os predispuseram a ser favoráveis a uma mudança de sacerdócio. No quinto capítulo o autor salienta Cristo como o sacerdote ideal. Nele Israel teria os seus anseios realizados e estariam garantidos por um piedoso e estável Sumo Sacerdote, que nunca seria substituído por nenhum menos merecedor e qualificado.
Em “O Caminho Consagrado Para a Perfeição Cristã”, o mensageiro de 1888, pastor A. T. Jones diz no parágrafo 58: “Hebreus 8:1 fala que a suma do que foi dito é: Que temos um tal Sumo Sacerdote, mas do que é isto a suma? Primeiro: De que Ele era mais alto do que os anjos, e sendo Deus, foi feito mais baixo do que eles, sendo feito homem. Segundo: Tendo a natureza de Deus, foi feito igual a natureza do homem. Terceiro: Em todas as coisas era como Deus, mas foi feito em todas elas como homem. Quarto: Como homem foi tentado em tudo, como os homens são; mas nunca pecou, sendo em tudo fiel ao que O elegeu. Quinto: Como homem, tentado em todos os pontos como nós, foi tocado com as sensibilidades das nossas enfermidades, e foi feito perfeito através do sofrimento, a fim de que pudesse ser um compassivo e fiel Sumo Sacerdote. Sexto: Através do poder de uma vida eterna, foi feito Sumo Sacerdote. E, sétimo: Pelo juramento de Deus é que Ele foi feito Sumo Sacerdote. Tais são as especificações da palavra de Deus da qual a suma é: “Temos um tal Sumo Sacerdote”, e contudo isso é somente uma parte do essencial, porque a síntese é que: “Temos um tal Sumo Sacerdote que está assentado nos Céus à destra do Trono da Majestade, Ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou e não o homem”.
Quanto às comparações entre os dois concertos o pastor Jones diz no p. 56 de seu livro: “Os sacerdotes da ordem de Arão foram, em verdade, em grande número porque pela morte eram impedidos de continuarem no ofício; mas este porque permanece eternamente tem um sacerdócio perpétuo (Hebreus 7:23,24). Pelo juramento de Deus, Ele foi feito um sacerdote para sempre, é nos dito também que Ele é feito sacerdote segundo a virtude de vida indissolúvel (Hebreus 7:16). Portanto, Ele permanece para sempre, e como é eterno tem um sacerdócio perpétuo, e por causa de todas essas coisas pode também salvar perfeitamente os que por Ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles (Hebreus 7:25. E é este tal Sumo Sacerdote que nós temos, e o que nós realmente precisávamos era de um tal Sumo Sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e feito mais sublime do que os Céus, que não necessita como os sumo sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente pelos pecados próprios e depois pelos do povo. Porque isto Ele fez uma vez, oferecendo-Se a Si mesmo; porque a lei constitui sumo sacerdotes a homens fracos, mas a palavra do juramento que veio depois da lei constituiu ao Filho, Sumo Sacerdote perfeito para sempre. (Hebreus 7:26-27)”.
Votando à pág.58: Na terá havia um santuário que o homem edificou. É verdade que este santuário foi erigido sob a direção do Senhor, todavia é muito diferente do santuário e verdadeiro tabernáculo que o Senhor próprio firmou e não o homem. Tão distantemente diferente como esta obra do homem, longe da de Deus.
Jesus e o sacerdócio de Melquisedeque.
Hebreus 7:11 diz: “Se, portanto, a perfeição houvera sido mediante o sacerdócio levítico, pois, nele baseado o povo recebeu a lei, que necessidade haveria ainda de que se levantasse outro sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque, e que não fosse contado segundo a ordem de Arão”? porque Jesus é o Filho, partilhando a divindade e a humanidade ao mesmo tempo, e porque viveu entre nós, morreu por nós na cruz, Ele é o perfeito mediador, o único que no final sentido, pode ser nosso Sumo Sacerdote. Para provar isto o apóstolo Paulo cita o Salmo 110:4: “Tu és Sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedeque”. Isto se cumpriu em Jesus, e nEle somente, Jesus é, sem dúvida, um sacerdote de uma diferente ordem daquela de Arão.
O Pastor Milian Lauritz Andreasen na pág. 245 de sua obra “O Livro de Hebreus” diz: “No primeiro capítulo da epístola o apóstolo Paulo apresenta a Cristo como Deus; no segundo mostra que Ele era também homem; no terceiro compara Moisés e Cristo, e mostra que este é superior Àquele. No quarto capítulo ele salienta ao fato de que embora Josué tenha trazido os filhos de Israel à terra de Canaã, entretanto, não os trouxe ao repouso de Deus, obra deixada a Cristo para fazer. No quinto capítulo o autor começa a discussão das qualificações de Cristo para a função de Sumo Sacerdote, mas interrompe suas descrições para admoestar seus ouvintes de que é tempo para eles serem desmamados e começarem a tomar alimento sólido. Ele continua suas exortações no sexto capítulo, onde ele os adverte a estarem atentos ao fato do risco de caírem da fé. Na última parte do sexto capítulo ele volta aonde parou no quinto e gradativamente os conduz ao seu assunto novamente — Cristo, um Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque — o que continua no capítulo 7, no qual são numerados sete pontos que demonstram que Cristo e Seu ministério São superiores a Melquisedeque e seu ministério”. Hebreus 7:1-3 diz: “Porque este Melquisedeque, rei de Salém, sacerdote do Deus altíssimo, que saiu ao encontro de Abraão quando este voltava da matança dos reis, e o abençoou, para o qual também Abraão separou o dízimo de tudo; e que primeiramente se interpreta rei de justiça, depois também é rei de Salém, ou seja, rei de paz; sem pai, sem mãe, sem genealogia; que não teve princípio de dias nem fim de existência, entretanto, feito semelhante ao Filho de Deus, permanece sacerdote perpetuamente”.
O pastor Andreasen na p. 246 comenta; “Tudo que historicamente sabemos de Melquisedeque está apenas em Gênesis 14:18-20 e Salmo 110:4. Da maioria das pessoas mencionadas na Bíblia, há geralmente algumas informação de sua origem e família, mas de Melquisedeque nada sabemos”. Como os judeus tinham Melquisedeque em elevada consideração é provável que eles tivessem informações das quais não dispomos. De acordo com o verso 1, Abraão, após regatar Ló das mãos dos reis, tomando o despojo dos vencidos, de volta para casa, veio encontrá-lo Melquisedeque, rei de Salém, sacerdote do Deus altíssimo que o abençoou. O verso dois diz que: “Abraão separou para Melquisedeque a décima parte de tudo, o que indica que já o conhecia, e reconhecia o direito dele de receber dízimos.
Gênesis 14:18-20 diz: “Melquisedeque, rei de Salém, sacerdote do Deus altíssimo, trouxe pão e vinho e abençoou a Abraão dizendo: “O Deus Altíssimo abençoe a Abraão e este lhe devolveu o dízimo de tudo”. Em salmo 110:4 ouvimos Deus dizendo ao Filho: “Tu és sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedeque”. Além disto, nada mais diz a Bíblia sobre Melquisedeque. Tem havido muita discussão sobre quem ele é; há alguns que creem que era Cristo, outros o Espírito Santo, e ainda outros um ser sobrenatural de outro mundo.
De uma coisa podemos estar certos, se fosse essencial saber isso, Deus teria dado luz nesta questão. Na ausência de tais informações, bem faríamos em deixar de lado a especulação e identificá-lo somente como um contemporâneo de Abraão, regente de um pequeno principado daquele tempo. A expressão rei de justiça, pode significar que reinava em justiça, ou que ele se destacava entre pessoas justas. Rei de Salém, pode significar que reinava em Salém que significa paz.
A impressão deixada, é que ele era um pacífico rei ou pacificador, e que tanto seu reinado, bem como seu caráter, justificam as designações de rei de paz e de justiça. Finalmente, o verso três, a expressão: sem pai e sem mãe é o que tem causado especulação de que Melquisedeque tenha sido um ser sobrenatural, como realmente teria de ser se não tivesse progenitores; sem genealogia, estirpe, sem princípio de dias, nem fim de existência, declaração esta que certamente é verdade dos componentes da Divindade. Entretanto, esta interpretação do texto não é inevitável. Os Judeus eram minuciosos em registrar e preservar a sua linhagem, notadamente os sacerdote, pois, ninguém podia servir nesta função a menos que pertencesse à família de Arão, da tribo de Levi, e isto o indivíduo tinha que estar em condições de provar sem qualquer sombra de dúvida. Se houvesse uma única interrupção em qualquer ponto, na linha sucessória, seria excluído e perderia os privilégios concedidos aos sacerdotes. Por esta razão os levitas particularmente os sacerdotes preservavam cuidadosamente todos os registros genealógicos.
De Melquisedeque nada é mencionado, não há nenhum sinal escriturístico de seu nascimento e de sua morte. Vimos que não tinha pai nem mãe, começo nem fim de vida; mas é significativo o fato de que ele foi feito semelhante ao Filho de Deus, não que tivesse sido feito como Ele, embora seja difícil determinar exatamente o que quer dizer o verbo feito a leitura sugere que no intento de Deus, ele era um tipo de Cristo e que Deus dirigiu os eventos para esse fim. É por essa razão que sua estirpe não foi preservada, nem há nenhum registo quer de seu nascimento ou morte, nem do pai e da mãe.
Tudo isso se encaixa no quadro Messiânico, tornando possível a Deus usá-lo como um tipo do verdadeiro vindouro sumo sacerdote.
Nós aceitamos o ponto de vista de que Melquisedeque era um homem comum que Deus escolheu devido a seu caráter e qualificações para representar a Cristo. Ele não podia ser um ser divino, um da divindade, pois, um Sumo Sacerdote era tomado dentre seres humanos, a fim de ser qualificado para servir (Hebreus 5:1).
Mesmo Cristo não podia ser Sumo Sacerdote até que Se tornasse encarnado, tomando nossa natureza e aflições humanas, sofresse e aprendesse a ser obediente. Eis porque, vocês podem ver, estendemos tanto tempo em considerar a Cristo como um de nós. Que Ele tenha tomado sobre Si a nossa natureza humana, em nossa condição caída. Igualmente, Melquisedeque, não podia ser um anjo, ou algum outro ser celestial, porque estes não são homens, e somente um homem podia ser um sumo sacerdote. Portanto, estamos limitados a considerar Melquisedeque um ser humano normal. Assim, se tudo que sabemos a respeito dele é que era rei de justiça, e, rei de Salém, e que Abraão devolveu-lhe o dízimo de tudo; é dentro desses limites que devemos considerar esta matéria.
Quatro pontos nos quais o sacerdócio de Melquisedeque é superior ao de Arão: Primeiro: Porque Abraão devolveu-lhe dízimos (vs. 4-6). Segundo: Porque Abraão recebeu as bênçãos de Melquisedeque (v.7). Terceiro: Porque Melquisedeque é tipo de um que nunca morre (v. 8). Quarto: Porque até mesmo Levi pagou-lhe dízimos. (vs.9 e 10). E, mais um, quinto: A superioridade do sacerdócio de Melquisedeque sobre o araônico é o fato de que o ministério de Arão, nunca fez nada perfeito, mas o advento de uma melhor esperança sim.
Primeiro Jesus é apresentado fiel, como Moisés foi, embora ultrapasse Moisés. Assim, o tema da misericórdia de Jesus é desenvolvido (Capítulo 4:14 a 5:10). Neste mesmo texto, além da fidelidade, e misericórdia de Cristo, também a ausência de pecado nEle é descrita. Embora enfatizando a proximidade de Jesus para nós, Sua humanidade e o fato de ser nosso irmão, o autor de Hebreus é cuidadoso em não deixar dúvida de que Jesus era sem pecado (Hebreus 4:15). Portanto, santo, irrepreensível, sem mácula e neste sentido, separado dos pecadores (Hebreus 7:26). Sua santidade era crucial, não somente para Seu ministério na Terra, mas também para o celestial.
Tivesse Ele pecado na Terra, seria de nenhuma utilidade para nós no Céu. Sendo o santo e eternamente perfeito, exaltado acima dos Céus, Ele, entretanto Se volveu para nós, fracos, pecadores, errantes mortais. Devemos neste contexto enfatizar novamente Hebreus 4:15: “Porque não temos um Sumo Sacerdote que não possa compadecer-Se das nossas fraquezas, antes, foi Ele tentado em todos as coisas à nossa semelhança, mas sem pecado. Aqui o fato da ausência de pecado na vida de Jesus é fortemente enfatizado. Sem dúvida devemos ser claros que se Jesus devesse ser tentado em todos os pontos como nós somos tentados, então teria que ter a mesma natureza que temos. Por exemplo: Se Ele foi tentado em uma natureza superior a nossa, tal como a de Adão não caído no jardim do Éden, então como poderia ser dito que Ele foi tentado em todos os pontos como nós somos tentados? A declaração de que Jesus foi tentado em tudo, como nós somos e, entretanto sem pecado, implica, aliás, mais que isto, torna forçosamente necessário, que Sua natureza seja como a nossa. Isto nos vem na carta da testemunha fiel e verdadeira, à igreja de Laodicéia, em Apocalipse3:21, na King James, é-nos dito “Ao que vencer, assim como também Eu venci, dar-lhe-ei sentar-se comigo no Meu trono”.
Para todas as igrejas de Apocalipse, há uma promessa ao vencedor, mas no caso específico de Laodicéia, a promessa para o vencedor é: “Aquele que vencer, assim como Eu também venci”. E se Jesus venceu em uma natureza superior a nossa, tal como a de Adão antes da queda, então estas palavras não têm significado algum.
O ministério de Jesus é sem igual, Ele é o sacrifício e o mediador ao mesmo tempo, atributos que não se aplicam a ninguém mais na história. Somente Jesus morreu como nosso substituto, e somente Jesus é o nosso grande Sumo Sacerdote no santuário celestial. Além do mais, Jesus é um mediador singular; porque nenhum outro ser no Universo é tanto humano como divino, atributos que O habilitam a ser a perfeita ponte entre o Céu e a Terra.
O resultado deste ministério, também é especial, ninguém pode salvar para sempre, exceto Jesus. Somente através dEle há vida eterna. O ministério de Jesus como Sumo Sacerdote é também objetivo, isto significa que, não depende de com nós nos sentimos ou pensamos, existe, quer o entendamos, saibamos a respeito, ou mesmo creiamos nisto, ou não. Embora haja elementos subjetivos na vida cristã, o fundamento do cristianismo existe somente na obra de Jesus. Oh! Que Sumo Sacerdote nós temos!
Enfatizemos outra vez a santidade de Jesus. Ele, como nosso Sumo Sacerdote, não precisa oferecer sacrifício, primeiro por pecados próprios e então pelos do povo, (Hebreus 7:27), porque de Si mesmo não tinha pecado algum. No dia da expiação o sacerdote oferecia primeiro por seus próprios pecados, e então pelos do povo (Levíticos 16:11-15). Isto era necessário porque sendo pecador, ele não podia aparecer perante Deus no lugar santíssimo a menos e até que tivesse trazido uma oferta por si mesmo. Isto Cristo não precisou fazer, Ele não tinha pecado! Uma indagação tem sido feita quanto ao significado da declaração, “isto Ele fez uma vez” (Hebreus 7:27). Na versão King James, ou como está nas versões em Português, “uma vez por todas, quando a Si mesmo Se ofereceu”.  Ofereceu Cristo por Seus pecados uma vez? Como fazia o sumo sacerdote e então pelo povo? Cristo não tinha pecados próprios, os únicos pecados que tinha foram aqueles que carregou por nós. Ele foi feito para ser pecado, quando portanto Ele se ofereceu uma vez, Ele proveu para todos os pecados que levava, nossos pecados, que levou em Seu corpo na cruz. Eles eram dEle somente no sentido de que havia tomado a responsabilidade por eles. No verso 28 nos é dito que os sacerdotes tinham fraquezas e falhavam, Cristo pela palavra do juramento foi constituído Sumo Sacerdote perfeito para sempre. Assim, a lei constituía Sumo Sacerdotes, homens pecaminosos; o juramento fez Cristo Sumo Sacerdote perfeito. Se a lei da hereditariedade fosse invocada, Cristo nunca poderia ter sido Sumo Sacerdote, pois, somente os filhos de Arão podiam exercer este oficio. Nós temos um Sumo Sacerdote, consagrado para sempre, porque Deus deixou de lado a linha de sucessão sacerdotal para escolher Seu próprio Filho; isto é significativo em vista da ênfase que algumas igrejas põem sobre a sucessão apostólica. Tivesse esse princípio sido seguido, Cristo não seria agora um Sumo Sacerdote consagrado para sempre, Ele poderia ter sido desprezado como inelegível. Os cristãos sabem que o Sumo Sacerdote deles está com eles até o tempo do fim.
Dia a dia Ele vos serve, e está para concluir a história humana a fim de estabelecer Seu reino de glória. Esta elevada visão e experiência da presença do Senhor ajuda a dar significado às nossas vidas. Somos filhos e filhas de Deus, irmãos de Cristo e vivemos para servir aos outros, exatamente como Ele o fez.
E finalizando dizemos: Hebreus foi escrito para encorajar àqueles que primeiro o leram, e deve fazer o mesmo por nós hoje também.
Hebreus nos informa a respeito do sacerdócio de Jesus e o define. Este ministério superior segue a ordem de Melquisedeque e, entretanto, tem relação com o sacerdócio levítico. Quaisquer que sejam as ligações com cada sacerdócio o ministério de Jesus excede a ambos infinitamente. O livro de Hebreus não somente explica o ministério de Jesus como Sumo Sacerdote da raça humana, mas também define sua importância. Também mostra que a morte de Cristo foi o cumprimento de todas as ofertas sacrificais do serviço do santuário judaico; igualmente o ministério do sacerdócio judaico serve como sombra do ministério de Cristo como Sumo Sacerdote no Céu. 
-Alexandre Snyman




O irmão Alexandre Snyman foi pastor adventista na África por quase toda a sua vida ministerial. Nos últimos anos de sua vida viveu no estado de Tennessee, nos Estados Unidos, e foi credenciado junto à Associação da Igreja Adventista nos estados de Kentucky e Tennessee, como se vê de correspondência que recebi da mesma.
 
Tradução:
"19 de maio de 1998
A quem possa interessar
Esta carta é escrita para confirmar que Alexandre Snyman é um empregado da Associação da Igreja Adventista do 7º Dia para os estados de Kentucky e Tennessee, na América do Norte, servindo como um de nossos pastores.
Respeitosamente,
ass.:
R. R. Hallock
Presidente."

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