[39] É sexta-feira de tarde, e cada um apressa-se em estar
preparado para o sábado. Exatamente
agora a mãe está lavando o chão da cozinha. Ela está quase terminando quando Maria
entra com os pés de lama e corre através do chão. O que irá mamãe fazer? Lavar
a cozinha novamente — ela a quer limpa para o sábado.
Exatamente quando ela
está quase terminando outra vez, Joãozinho irrompe com os pés enlameados
também! Agora, o que a mamãe terá que fazer? Mais esfregões. Quando irá ela
terminar? Isto dependerá de, por quanto tempo a família continuará andando na
lama.
Lembre-se sempre de
que o que mantem Jesus no santuário e atrasa a conclusão da Sua obra no
santíssimo não é a iniquidade dos infiéis e pagãos. A corrente de pecado que
contamina o santuário vem do povo de Deus. Se nós realmente queremos que Jesus
venha, confessaremos cada pecado passado, de modo que Ele possa perdoá-los, e
então aprenderemos dÊle como abandonar nossa habitual quebra da lei. Alguém
poderá dizer —“Isto nunca acontecerá neste mundo!” Então os santuário terá que
permanecer aberto — a menos que você encontre outro modo de lidar com o
problema do pecado. Mas graças a Deus, Seu plano terá êxito. Virá um tempo
quando o santuário estará purificado e quando Cristo demonstrará a todo o
universo que Ele “aniquilou o pecado pelo
sacrifício de Si mesmo” (Heb. 9:26).1
[40] A Epístola aos hebreus contrasta o santuário terrestre
com o celestial, mostrando a fraqueza do primeiro e o efetivo poder do segundo.
O capítulo 9 conclui com um glorioso clímax: O que o sumo sacerdote fazia em
tipo uma vez ao ano, Jesus faz, em realidade, uma vez por todas. Ele põe um fim
ao pecado, assim tornando possível para Ele “aparecer,
segunda vez, sem pecado” (Heb. 9:28). “Porque
tendo a lei a sombra dos bens futuros, e não a imagem exata das coisas, nunca,
pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano, pode
aperfeiçoar os que a eles se chegam. Doutra maneira, teriam deixado de se
oferecer, porque, purificados uma vez os ministrantes, nunca mais teriam
consciência de pecado” Heb. 10: 1 e 2).
Note que se aqueles
sacrifícios de animais pudessem tirar o pecado, se eles pudessem aperfeiçoar o
adorador, então eles “teriam deixado de
se oferecer” (vs.2). Em outras palavras, sua repetição contínua mostrava
sua ineficácia. “É impossível que sangue
de touros e bodes tire os pecados” (Heb. 10:4).
Deus intentou que em
olhando para um novilho sangrando ou um cordeiro perecendo, o pecador devesse
ver o sofrimento do prometido Messias. Mas muitos viram neles somente a morte
de um animal, e alguns até mesmo vieram a olhar para aqueles sacrifícios como o
modo de pagar pelas sus transgressões. Se um homem quisesse pecar bastante, ele
estaria disposto a perder uma ovelha ou um novilho, não é verdade? Assim a
torrente de pecado continuava, e o rio de sangue fluía.
Você está
familiarizado com uma grande organização que se chama A Igreja. Nos seus
confessionários um homem pode ajoelhar-se defronte de outro homem, relatar seus
pecados, e ouvir as palavras “—Eu te absolvo.” Então o sacerdote dá a ele uma
penitência para executar. Mas tudo isto deprecia o conceito de pecado. O povo
adquire o conceito de que pecado não é, afinal de cotas, tão terrível assim.
Mas há uma versão protestante, não [41]
muito melhor. Multidões dia após dia e semana após semana transgridem,
conscientemente, pedem a Deus que os perdoe mas então continuam exatamente
pecando. Qual é o problema? Se o sacrifício da cruz e o ministério de Cristo no
santuário celestial não podem eliminar o pecado, se eles somente oferecem um
repetido programa de pecar e arrepender-se, é o novo concerto realmente melhor
do que o velho?
Continuemos a ler e
descobrir como Jesus soluciona o problema do pecado: “Entrando no mundo, diz: Sacrifício
e oferta não quiseste, mas corpo Me preparaste; holocaustos e oblações pelo
pecado não Te agradaram. Então disse Eu: Eis aqui venho (no princípio do livro
está escrito de Mim), para fazer, ó Deus, a Tua vontade. Acima quando diz: sacrifício
e oferta, e holocaustos e oblações pelo pecado não quiseste, nem Te agradaram os
quais se oferecem segundo a lei; então disse Ele: Eis aqui venho, para fazer, ó
Deus, a Tua vontade. Ele tira o primeiro, para estabelecer o segundo. Na qual vontade
temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez” (Heb. 10:5-10).
Quando Jesus veio ao mundo, Ele disse, “—Pai,
Eu sei que Tu não desejas todos estes sacrifícios de animais. Eu sei que Tu não
requeres o sangue de touros e de bodes. Não é isto que Tu queres, Pai.”
Alguém pode
perguntar, “por quê, então, foram realizados?” Note que Deus não o requereu. O
povo os requeria. Eles necessitavam deles para ajuda-los a entender algo. Mas
você pensa que Deus tinha prazer na morte de uma ovelha? Não! Cada vez que um
novilho era sacrificado, cada vez que um cordeiro morria, Deus via Seu próprio
Filho morrendo sobre a cruz do Calvário. Poderia isto trazer algum prazer a
Ele? Sem dúvida que não. Isto quebrantava Lhe o coração. Assim, quando Jesus veio ao mundo, Ele disse,
“Pai, Eu sei que Tu não queres que estes sacrifícios continuem. Eles têm que
terminar.”
[42] E qual plano tinha Jesus para terminar o sistema
sacrifical, com todas as dores e sofrimentos? O que Ele disse? “Pai, Eu sei que
Tu não queres todos estes sacrifícios, mas Eu vim para fazer a Tua vontade. “Deleito-Me em fazer a Tua vontade, ó Deus
Meu; sim a Tua lei está dentro do Meu coração” (Salmo 40:8). Em outras
palavras, Deus não deseja o desfecho quando o homem quebranta a lei. Ele quer
que nós cumpramos a lei. Ele não está procurando algum sacrifício de modo que
as pessoas possa continuar a quebrar a lei, quer seja o trazer de uma ovelha ou
o fazer uma penitência ou uma oração descuidada à noite.
Cristo anseia por
Seus filhos chegarem ao ponto em que eles não continuem a quebrar Seu coração.
Seu ideal não é o perdão repetido do pecado, mas o afastamento do pecado. Ele tira
o primeiro — o contínuo oferecimento de sacrifícios — para que Ele possa
estabelecer o segundo — o fazer a vontade de Deus (veja Hebreus 10:9). Na nossa
carne humana Ele demonstrou que a lei podia ser observada, e Ele usou o mesmo
poder disponível para nós. Então este corpo no qual Ele completamente
manifestou a vontade de Deus Ele ofereceu no Calvário como uma completa
expiação, provendo salvação abundante para você e para mim. “Com uma só oblação aperfeiçoou para sempre
os que são santificados” (Heb. 10:14).
O que o sangue de
animais nunca poderia fazer, o sangue de Jesus irá realizar efetuar por todos
que se rendem. E como? Permita-me responder isto de modo simples e prático. Nós
devemos sentir a dor que o pecado traz a Deus. Quando nós compreendemos o que
os nossos pecados fizeram a Jesus e o que eles causam a Ele agora, não haverá
dinheiro suficiente neste mundo para nos subornar para quebrarmos a lei de
Deus. Nenhuma ameaça de punição pode nos amedrontar (*levando-nos) à
transgressão. Nós preferiríamos morrer a pecar. Em breve o “remanescente” deve
enfrentar este teste na questão sobre o selo de Deus e a marca da besta. Se O
amamos, nós iremos guardar os Seus mandamentos, pois nós não podemos suportar quebrar
Seu coração desobedecendo Sua lei.
Para muitas pessoas
pecado significa brincadeira, um modo de ter o que eles chamam [43] de divertimento. Tem ele este
conceito para você? Se sim, então você deve nascer outra vez (veja João 3:3).
Você precisa de uma nova natureza. Talvez em algum tempo na sua vida passada
você fez alguma coisa errada, e então, ao você olhar a face do seu pai ou mãe e
ver suas lágrimas, você começa a compreender algo de como sua desobediência os
feriu. E qualquer prazer que você sentiu foi estragado.
Pecado não é
engraçado. O pecado traz dor. E você pode não senti-lo instantaneamente, mas
Deus sente, e a dor nunca para até que o pecado se vá. Esta é a mensagem do santuário. E esta é a cura para o pecado. O
pecado traz separação entre o homem e Deus, e isto machuca a Deus tanto que
quebranta Seu coração. Deus nunca descansará até que o pecado seja removido, de
modo que o homem e Deus possam ser restaurados à perfeita harmonia, completa
unidade, e completa amizade.
“Far-nos-ia bem
passar diariamente uma hora a refletir sobre a vida de Jesus. Deveremos tomá-la
ponto por ponto, e deixar que a imaginação se apodere de cada cena,
especialmente as finais. Ao meditar assim em Seu grande sacrifício por nós,
nossa confiança nEle será mais constante, nosso amor vivificado, e seremos mais
profundamente imbuídos de Seu espírito. Se queremos ser salvos afinal, teremos
de aprender aos pés da cruz a lição de arrependimento e humilhação” (O Desejado de Todas as Nações, pág. 83).
-W.D. Frazee
Nota
do tradutor:
1) “Naqueles dias, e naquele tempo, diz o Senhor,
buscar-se-á a maldade de Israel, e não será achada; e os pecados de Judá, mas
não se acharão; porque perdoarei os remanescentes que eu deixar” (Jeremias 50:20);
“E não ensinará mais
cada um a seu próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo: Conhecei ao Senhor;
porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o Senhor;
porque lhes perdoarei a sua maldade, e nunca mais me lembrarei dos seus
pecados”
(Jeremias 31:34).
-W. D. Frazee
Willmonte
Doniphan Frazee (1906-1996) foi graduado em ciência médica
na Universidade de Loma Linda, e em evangelismo da saúde pelo legendário físico
britânico John H.N. Tindall. Em 1942, o Pr. Frazee e um time de pioneiros de fé
fundaram o Instituto e Sanatório Médico Missionário em Wildwood, perto de
Chattanooga, no estado de Tennessee, onde médicos, enfermeiros, pastores, e
membros leigos recebiam treinamento em evangelismo médico.
Em 1985 ele fundou um
ministério de sermões gravados, inicialmente em fitas K7 e depois em CDs, com o
nome de Pioneers Memorial [Memorial
dos Pioneiros]. Milhares de sermões gravados são distribuídos cada ano.
Nos anos finais de sua
vida, apesar da doença de Parkinson, ele ainda com clareza e afeição, até bem
perto do dia de sua morte, continuou a escrever pequenas notas encorajadoras a
seus amigos, geralmente incluindo uma fita K7 com sermões. Aqueles que ajudaram
a fortalecer o ministério deste pioneiro creem que Deus o usou através deste
ministério “PIONEERS MEMORIAL.”
Na
contra capa do livro “Resgate e Reunião Através do Santuário” temos
duas recomendações da pessoa do Pastor Frazee:
A
primeira é do Pastor Mark Finley, vice Presidente de
Evangelismo da Conferência Geral, que, entre outras coisas, nos diz que “Quando
eu o ouvi pregar senti que a mensagem dele vem do Alto Trono da Sala de
Audiência do Altíssimo. Eu sabia que ele era homem de oração e que Deus
impactou a sua mente. ... Suas mensagens são profundas, bíblicas, e
comoventes.”
A
outra recomendação é do Pastor Doug
Batchelor, diretor da instituição de apoio à igreja Amazing Fact, ele diz, “Fiquei impressionado com o seu sincero amor
por Jesus e profundo conhecimento das Escrituras. ... Dois de seus livros
que li tiveram profunda influência em minha vida. ... Eu recomendo de coração
seus livros e suas mensagens.”
Nós de Ágape Edições podemos lhe
garantir que todo o livro é altamente prático para a purificação também do
santuário dos nossos corações. Demonstra claramente como é possível permitir
que Deus faça a Sua obra em nós para que Ele possa cumprir Sua lei em nosso
viver diário (Testemunhos Para Ministros,
pág. 92, 1º parágrafo).
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