terça-feira, 1 de outubro de 2013

1/10/13 - Capitulo 6, A CURA PARA O PECADO, por W. D. Frazee



[39] É sexta-feira de tarde, e cada um apressa-se em estar preparado para o sábado.  Exatamente agora a mãe está lavando o chão da cozinha. Ela está quase terminando quando Maria entra com os pés de lama e corre através do chão. O que irá mamãe fazer? Lavar a cozinha novamente — ela a quer limpa para o sábado.
Exatamente quando ela está quase terminando outra vez, Joãozinho irrompe com os pés enlameados também! Agora, o que a mamãe terá que fazer? Mais esfregões. Quando irá ela terminar? Isto dependerá de, por quanto tempo a família continuará andando na lama.
Lembre-se sempre de que o que mantem Jesus no santuário e atrasa a conclusão da Sua obra no santíssimo não é a iniquidade dos infiéis e pagãos. A corrente de pecado que contamina o santuário vem do povo de Deus. Se nós realmente queremos que Jesus venha, confessaremos cada pecado passado, de modo que Ele possa perdoá-los, e então aprenderemos dÊle como abandonar nossa habitual quebra da lei. Alguém poderá dizer —“Isto nunca acontecerá neste mundo!” Então os santuário terá que permanecer aberto — a menos que você encontre outro modo de lidar com o problema do pecado. Mas graças a Deus, Seu plano terá êxito. Virá um tempo quando o santuário estará purificado e quando Cristo demonstrará a todo o universo que Ele “aniquilou o pecado pelo sacrifício de Si mesmo” (Heb. 9:26).1
[40] A Epístola aos hebreus contrasta o santuário terrestre com o celestial, mostrando a fraqueza do primeiro e o efetivo poder do segundo. O capítulo 9 conclui com um glorioso clímax: O que o sumo sacerdote fazia em tipo uma vez ao ano, Jesus faz, em realidade, uma vez por todas. Ele põe um fim ao pecado, assim tornando possível para Ele “aparecer, segunda vez, sem pecado” (Heb. 9:28). “Porque tendo a lei a sombra dos bens futuros, e não a imagem exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam. Doutra maneira, teriam deixado de se oferecer, porque, purificados uma vez os ministrantes, nunca mais teriam consciência de pecado” Heb. 10: 1 e 2).
Note que se aqueles sacrifícios de animais pudessem tirar o pecado, se eles pudessem aperfeiçoar o adorador, então eles “teriam deixado de se oferecer” (vs.2). Em outras palavras, sua repetição contínua mostrava sua ineficácia. “É impossível que sangue de touros e bodes tire os pecados” (Heb. 10:4).
Deus intentou que em olhando para um novilho sangrando ou um cordeiro perecendo, o pecador devesse ver o sofrimento do prometido Messias. Mas muitos viram neles somente a morte de um animal, e alguns até mesmo vieram a olhar para aqueles sacrifícios como o modo de pagar pelas sus transgressões. Se um homem quisesse pecar bastante, ele estaria disposto a perder uma ovelha ou um novilho, não é verdade? Assim a torrente de pecado continuava, e o rio de sangue fluía.
Você está familiarizado com uma grande organização que se chama A Igreja. Nos seus confessionários um homem pode ajoelhar-se defronte de outro homem, relatar seus pecados, e ouvir as palavras “—Eu te absolvo.” Então o sacerdote dá a ele uma penitência para executar. Mas tudo isto deprecia o conceito de pecado. O povo adquire o conceito de que pecado não é, afinal de cotas, tão terrível assim. Mas há uma versão protestante, não [41] muito melhor. Multidões dia após dia e semana após semana transgridem, conscientemente, pedem a Deus que os perdoe mas então continuam exatamente pecando. Qual é o problema? Se o sacrifício da cruz e o ministério de Cristo no santuário celestial não podem eliminar o pecado, se eles somente oferecem um repetido programa de pecar e arrepender-se, é o novo concerto realmente melhor do que o velho?
Continuemos a ler e descobrir como Jesus soluciona o problema do pecado: “Entrando no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste, mas corpo Me preparaste; holocaustos e oblações pelo pecado não Te agradaram. Então disse Eu: Eis aqui venho (no princípio do livro está escrito de Mim), para fazer, ó Deus, a Tua vontade. Acima quando diz: sacrifício e oferta, e holocaustos e oblações pelo pecado não quiseste, nem Te agradaram os quais se oferecem segundo a lei; então disse Ele: Eis aqui venho, para fazer, ó Deus, a Tua vontade. Ele tira o primeiro, para estabelecer o segundo. Na qual vontade temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez” (Heb. 10:5-10).
 Quando Jesus veio ao mundo, Ele disse, “—Pai, Eu sei que Tu não desejas todos estes sacrifícios de animais. Eu sei que Tu não requeres o sangue de touros e de bodes. Não é isto que Tu queres, Pai.”
Alguém pode perguntar, “por quê, então, foram realizados?” Note que Deus não o requereu. O povo os requeria. Eles necessitavam deles para ajuda-los a entender algo. Mas você pensa que Deus tinha prazer na morte de uma ovelha? Não! Cada vez que um novilho era sacrificado, cada vez que um cordeiro morria, Deus via Seu próprio Filho morrendo sobre a cruz do Calvário. Poderia isto trazer algum prazer a Ele? Sem dúvida que não. Isto quebrantava Lhe o coração.  Assim, quando Jesus veio ao mundo, Ele disse, “Pai, Eu sei que Tu não queres que estes sacrifícios continuem. Eles têm que terminar.”
[42] E qual plano tinha Jesus para terminar o sistema sacrifical, com todas as dores e sofrimentos? O que Ele disse? “Pai, Eu sei que Tu não queres todos estes sacrifícios, mas Eu vim para fazer a Tua vontade. “Deleito-Me em fazer a Tua vontade, ó Deus Meu; sim a Tua lei está dentro do Meu coração” (Salmo 40:8). Em outras palavras, Deus não deseja o desfecho quando o homem quebranta a lei. Ele quer que nós cumpramos a lei. Ele não está procurando algum sacrifício de modo que as pessoas possa continuar a quebrar a lei, quer seja o trazer de uma ovelha ou o fazer uma penitência ou uma oração descuidada à noite.
Cristo anseia por Seus filhos chegarem ao ponto em que eles não continuem a quebrar Seu coração. Seu ideal não é o perdão repetido do pecado, mas o afastamento do pecado. Ele tira o primeiro — o contínuo oferecimento de sacrifícios — para que Ele possa estabelecer o segundo — o fazer a vontade de Deus (veja Hebreus 10:9). Na nossa carne humana Ele demonstrou que a lei podia ser observada, e Ele usou o mesmo poder disponível para nós. Então este corpo no qual Ele completamente manifestou a vontade de Deus Ele ofereceu no Calvário como uma completa expiação, provendo salvação abundante para você e para mim. “Com uma só oblação aperfeiçoou para sempre os que são santificados” (Heb. 10:14).
O que o sangue de animais nunca poderia fazer, o sangue de Jesus irá realizar efetuar por todos que se rendem. E como? Permita-me responder isto de modo simples e prático. Nós devemos sentir a dor que o pecado traz a Deus. Quando nós compreendemos o que os nossos pecados fizeram a Jesus e o que eles causam a Ele agora, não haverá dinheiro suficiente neste mundo para nos subornar para quebrarmos a lei de Deus. Nenhuma ameaça de punição pode nos amedrontar (*levando-nos) à transgressão. Nós preferiríamos morrer a pecar. Em breve o “remanescente” deve enfrentar este teste na questão sobre o selo de Deus e a marca da besta. Se O amamos, nós iremos guardar os Seus mandamentos, pois nós não podemos suportar quebrar Seu coração  desobedecendo Sua lei.
Para muitas pessoas pecado significa brincadeira, um modo de ter o que eles chamam [43] de divertimento. Tem ele este conceito para você? Se sim, então você deve nascer outra vez (veja João 3:3). Você precisa de uma nova natureza. Talvez em algum tempo na sua vida passada você fez alguma coisa errada, e então, ao você olhar a face do seu pai ou mãe e ver suas lágrimas, você começa a compreender algo de como sua desobediência os feriu. E qualquer prazer que você sentiu foi estragado.  
Pecado não é engraçado. O pecado traz dor. E você pode não senti-lo instantaneamente, mas Deus sente, e a dor nunca para até que o pecado se vá. Esta é a mensagem do santuário. E esta é a cura para o pecado. O pecado traz separação entre o homem e Deus, e isto machuca a Deus tanto que quebranta Seu coração. Deus nunca descansará até que o pecado seja removido, de modo que o homem e Deus possam ser restaurados à perfeita harmonia, completa unidade, e completa amizade.
“Far-nos-ia bem passar diariamente uma hora a refletir sobre a vida de Jesus. Deveremos tomá-la ponto por ponto, e deixar que a imaginação se apodere de cada cena, especialmente as finais. Ao meditar assim em Seu grande sacrifício por nós, nossa confiança nEle será mais constante, nosso amor vivificado, e seremos mais profundamente imbuídos de Seu espírito. Se queremos ser salvos afinal, teremos de aprender aos pés da cruz a lição de arrependimento e humilhação” (O Desejado de Todas as Nações, pág. 83).

-W.D. Frazee

Nota do tradutor:

1)     “Naqueles dias, e naquele tempo, diz o Senhor, buscar-se-á a maldade de Israel, e não será achada; e os pecados de Judá, mas não se acharão; porque perdoarei os remanescentes que eu deixar” (Jeremias 50:20);
“E não ensinará mais cada um a seu próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo: Conhecei ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o Senhor; porque lhes perdoarei a sua maldade, e nunca mais me lembrarei dos seus pecados” (Jeremias 31:34).

-W. D. Frazee


Willmonte Doniphan Frazee (1906-1996) foi graduado em ciência médica na Universidade de Loma Linda, e em evangelismo da saúde pelo legendário físico britânico John H.N. Tindall. Em 1942, o Pr. Frazee e um time de pioneiros de fé fundaram o Instituto e Sanatório Médico Missionário em Wildwood, perto de Chattanooga, no estado de Tennessee, onde médicos, enfermeiros, pastores, e membros leigos recebiam treinamento em evangelismo médico.
Em 1985 ele fundou um ministério de sermões gravados, inicialmente em fitas K7 e depois em CDs, com o nome de Pioneers Memorial [Memorial dos Pioneiros]. Milhares de sermões gravados são distribuídos cada ano.
Nos anos finais de sua vida, apesar da doença de Parkinson, ele ainda com clareza e afeição, até bem perto do dia de sua morte, continuou a escrever pequenas notas encorajadoras a seus amigos, geralmente incluindo uma fita K7 com sermões. Aqueles que ajudaram a fortalecer o ministério deste pioneiro creem que Deus o usou através deste ministério “PIONEERS MEMORIAL.”
Na contra capa do livro “Resgate e Reunião Através do Santuário” temos duas recomendações da pessoa do Pastor Frazee:
A primeira é do Pastor Mark Finley, vice Presidente de Evangelismo da Conferência Geral, que, entre outras coisas, nos diz que “Quando eu o ouvi pregar senti que a mensagem dele vem do Alto Trono da Sala de Audiência do Altíssimo. Eu sabia que ele era homem de oração e que Deus impactou a sua mente. ... Suas mensagens são profundas, bíblicas, e comoventes.”
A outra recomendação é do Pastor Doug Batchelor, diretor da instituição de apoio à igreja Amazing Fact, ele diz, “Fiquei impressionado com o seu sincero amor por Jesus e profundo conhecimento das Escrituras.  ... Dois de seus livros que li tiveram profunda influência em minha vida. ... Eu recomendo de coração seus livros e suas mensagens.”
Nós de Ágape Edições podemos lhe garantir que todo o livro é altamente prático para a purificação também do santuário dos nossos corações. Demonstra claramente como é possível permitir que Deus faça a Sua obra em nós para que Ele possa cumprir Sua lei em nosso viver diário (Testemunhos Para Ministros, pág. 92, 1º parágrafo).


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