terça-feira, 1 de outubro de 2013

1/10/13 - JESUS E A JORNADA CRISTÃ, por Alexandre Snyman



O Texto é Hebreus 12:1: “Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso, e de todo pecado que tenazmente nos assedia, corramos com perseverança a carreira que nos está proposta”.
Conquanto o livro de Hebreus trate com assuntos celestiais, toca também algumas questões bem terrenas.
O professor Gilberto Brasiliano, autor e redator da “Lição Fácil”, excelente material, que pode ser adquirido ligando-se para S. Paulo nos telefones: (11) 2143-0428 (atualmente com 9 no inicio) (9)21320328) e (9)84175514 que também deve levar um 9 na frente), ou para o e-mail obrasiliano@Yahoo.com.br, na página 89, diz: Esta é a lição prática que falará de nossa vida cotidiana e da fidelidade a Deus, é a lição que tratará do nosso relacionamento com Ele e da formação de nosso caráter como cristão. É uma verdadeira luta pessoal, que necessitará da presença divina para se alcançar os resultados espirituais.
Ellen White ao falar sobre essa responsabilidade pessoal diz-nos o seguinte:
“Devemos desviar-nos de mil assuntos que nos convidam a atenção. Há assuntos que nos consomem tempo e suscitam indagações, mas acabam em nada. Os mais elevados interesses exigem a acurada atenção e a energia que são tantas vezes dispensadas a coisas relativamente insignificantes. O aceitar teorias novas não traz em si nova vida à alma. Mesmo o relacionar-se com fatos e teorias importantes em si mesmos é de pouco valor a não ser que sejam postos em uso prático. Precisamos sentir nossa responsabilidade de proporcionar, à própria alma, alimento que nutra e incentive a vida espiritual” (A Ciência do Bom Viver, pág. 456).
Jesus pagou o supremo sacrifício por nós, Ele serve como nosso Sumo Sacerdote no santuário celestial; e a promessa do Céu é nossa. Essas maravilhosas verdades devem nos motivar a viver uma existência digna de nosso elevado chamado.
De Hebreus 11, o capítulo da fé, verso 13, temos isto: “Todos estes morreram na fé, sem ter obtido as promessas, vendo-as, porém, de longe, e saudando-as, e confessando que eram estrangeiros e peregrinos sobre a terra”. Consideremos detidamente este verso no contexto em que foi escrito, precisamos destacar especialmente dois substantivos descrevendo essas pessoas fiéis: Estranha e peregrina, Ou, exilada.
O que estas palavras automaticamente nos trazem à mente? Em que maneiras o cristão será estranho e peregrino sobre a terra?   Há alguns textos que devemos examinar; o primeiro é Jó 8:9, “Porque nós somos de ontem e nada sabemos; porquanto nossos dias sobre a terra são como a sombra”.
O seguinte é Eclesiastes 1: 14, “Atentei para todas as obras que se fazem debaixo do sol, e eis que tudo era vaidade e correr atrás do vento”.
O terceiro é Tiago 4: 14, “Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois apenas como neblina, que aparece por um instante e logo se dissipa”.
Até que ponto deseja tomar essas imagens? Em outras palavras, de que maneiras não desejamos ser estranhos e peregrinos? Estranhos e peregrinos sobre a terra! Os peregrinos são pessoas que deixam seus lares, às vezes, até seus países, para seguirem numa jornada. Pelo menos temporariamente, talvez até permanentemente, eles interrompem suas atividades normais e separam-se de familiares e amigos, eles têm um propósito claro; amiúde a purificação dos pecados, e estão dispostos a enfrentar duras experiências para atingirem seus objetivos. Infelizmente, o conceito de peregrinação, envolve frequentemente os aspectos mais sufocantes de salvação pelas obras. Esta não é, de modo algum, a mensagem de Hebreus, que está tratando com um tipo diferente de peregrinos e um tipo diverso de peregrinação. Estes peregrinos não estão buscando salvação, a salvação é encontrada, portanto, na pessoa de Jesus, que uma vez foi oferecido para tirar os pecados de muitos (Hebreus 9: 28). Tendo obtido eterna redenção por eles (v.12), e, que agora, aparecem na presença de Deus (v. 24) em favor deles. Assim, a jornada deles não é para encontrar salvação, pois, já a têm, antes, em razão de que já possuem essa grande salvação, seguem Aquele que os salvou, aonde quer que Ele lhes ordene que vão.
Oh! Confio que todos possam ver a diferença entre o quadro tradicional de um peregrino, que toma uma longa, longa viagem, talvez para algum lugar santificado, um local santo, ou, de um tradicional centro espiritual, onde as pessoas vão adorar; nós temos muitos, exemplos disso, mas estas são pessoas que estão em busca de algo, buscando salvação; não nos encontramos nessa posição. O fato de que somos peregrinos sobre a terra, simplesmente significa que a salvação nos encontrou, e Jesus, por nos conceder esse conhecimento da salvação, conhecimento do que Ele realizou para tornar a salvação uma certeza para nós, isso significa que somos peregrinos num sentido deferente. Assim, examinemos agora alguns dos textos. Primeiramente, Hebreus 9: 12: “Não por meio de sangue de bodes, e de bezerros, mas pelo Seu próprio sangue entrou no santo dos santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção”.
O Pastor Millian Lauritz Andreasen na pág. 347 de seu livro, comentando este verso diz: “Duas formas são aqui admissíveis, “tendo obtido,” ou, “assim tendo obtido.” Se considerarmos a vitória de Cristo sobre a morte como sendo a redenção missionária, podemos traduzir por “tendo obtido,”  se consideramos a redenção como incluindo a vitória final sobre o pecado, tanto do indivíduo, quanto do mundo, então podemos traduzir: “obtendo assim.” Como costumeiro, quando Deus escolhe uma palavra ou sentença que pode significar corretamente duas coisas, geralmente há verdade em ambos os sentidos; assim é como consideramos aqui. Cristo realizou uma obra definitiva sobre a cruz, mas Ele também está realizando uma obra definitiva agora, e obtendo por nós redenção que no final de contas, é a questão derradeira em realizar salvação e glorificação a todos quantos O aceitam e Lhe obedecem. A forma particular desse verbo, “obtido por,” ou, “para Si,” é encontrada somente aqui no Novo Testamento, e tem a força de obter, pelos próprios esforços e empenho de uma pessoa para vencer e ganhar. Essa tradução enfatiza o fato de que Cristo, por Sua vida, obteve eterna redenção, por Si mesmo, e que essa redenção é-nos imputada. “Eterna redenção,” está em contraste com a redenção e expiação temporárias que o sumo sacerdote do passado obtinha para o povo. A expiação, bem como o perdão, propiciados no serviço do santuário terrestre, era provisional e temporário, e precisava ser repetido. A expiação e redenção de Cristo são eternas, tal como Sua justiça, estas são boas coisas que Cristo veio trazer”.
Agora, Hebreus 9: 24, “Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo Céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus”.
O Pastor M. L. Andreasen, na página 361 de sua obra, “O Livro de Hebreus,” cita Franz de Lith, do comentário deste à epístola aos Hebreus, volume 2, págs. 127 128. “O aparecimento de Cristo perante o Pai, é uma apresentação perpétua de Si mesmo, como Aquele que morreu por nossos pecados e ressuscitou novamente para nossa justificação. O objetivo final da entrada de Cristo como Sumo Sacerdote e sacrifício no eterno Céu, é para ali comparecer perante Deus por nós, apresentando em nosso benefício, não sacrifícios esgotados, não um de eficácia transitória, ou carecendo de repetição, mas, Ele próprio, em Sua pessoa, como Vítima e expiação, sempre presente e viva, e esse objetivo foi obtido uma vez para sempre”. Verso 25, “Cristo não entrou em um santuário no Céu (v.24) para oferecer a Si mesmo muitas vezes como o sumo sacerdote, cada ano, entra no santo dos santos com sangue alheio.” O Pastor Andreasen, na pág. 363 diz: “O sacerdote entrava no primeiro compartimento diariamente, o sumo sacerdote uma vez por ano, quando entrava no santíssimo com o sangue de bodes e de touros. Mas Cristo não podia oferecer-se com frequência, conquanto apareça continuamente, morreu somente uma vez, sendo essa sua morte de perpétua validade e duração”.
O Pastor Hermano Bassi, [http://centrowhite.org.br/downloads/imagens/servidores-da-iasd-no-brasil/bassi-ermano/ ] em seu “Breve Estudo de Algmas Passagens Controvertidas da Epístola aos Hebreus”, editado pela Voz da Profecia, na pág. 49 diz: “O pátio do santuário terrestre simbolizava a terra. O santuário celeste não tem pátio onde sangue seja derramado ou sacrifício feito”. E, na p.60 ele diz: “No santuário celestial, bem como no terrestre, copia dele, não encontramos nenhuma imagem, nenhum símbolo de sacrifício, no primeiro nem no segundo compartimento. Só no pátio do santuário, feito pelo homem, e que simboliza a terra, é que encontramos, no sacrifício do cordeiro animal, o drama do Cordeiro de Deus na cruz; só no pátio. No Céu, porém, o cordeiro ferido, o cordeiro sacrificado, morto, só passa a figurar após o sacrifício da cruz, não antes (Apocalipse 5:6 e 12)”. Na página 77, o Pastor Hermano Bassi, cita Hebreus 10: 19 e 20 da Bíblia de Jerusalém: “Sendo assim, irmãos, temos a plena garantia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus. NEle temos um caminho novo e vivo, que Ele mesmo inaugurou através do véu, quer dizer, através da Sua humanidade.” Na página 93, o Pastor Hermano diz: “O novo concerto tem um santuário celestial que foi dedicado e seu ministério inaugurado, pelo Seu próprio sangue (Hebreus 9:12). E também nos afirma que: “O sangue de Cristo tem uma vasta superioridade sobre o sangue de bodes e bezerros” 
O Pastor Andreasen, à pág. 363 diz: “Cristo apresenta-Se perante o Pai numa série de longa sequência de aparecimentos. Embora Cristo apareça continuamente, morreu somente uma vez, sendo Sua morte de perpétua validade e duração. Carregando em Seu corpo o sangue da expiação, Ele apresenta o Seu corpo como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus (Romanos 12:1). Agora, porém, ao se cumprirem os tempos, Se apresentou uma vez. Analisemos agora o verso 26 [de hebreus 9] ; se, como os sacerdotes no santuário terrestre, Cristo devesse entrar muitas vezes no santuário celestial, verso 26 diz: ‘Ora, neste caso, seria necessário que Ele tivesse sofrido muitas vezes, desde a fundação do mundo; agora, porém, ao se cumprirem os tempos, Se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de Si mesmo, o pecado’”.
Há uma unanimidade geral de opinião, de que esta expressão faz referência à manifestação de Cristo na carne; Sua encarnação, Sua vinda ao mundo como um bebê na manjedoura. É algo diferente nestes últimos dias (Hebreus 1: 2), que simplesmente significa o período final da presente era; enquanto a expressão aqui significa consumação ou terminação de uma série de eras que finalmente chegam a um clímax. Todas as eras anteriores eram preparatórias para o Salvador vindouro, tudo apontava esse evento e somente tinha significação ao estabelecerem o caminho para a consumação. Agora chegou o tempo! Cristo apareceu e uma nova era começou. Esse aparecimento de Cristo, para afastar o pecado, pelo Seu sacrifício, contrasta-se com o Seu aparecimento, uma segunda vez, sem pecado, v. 28 [de hebreus 9]. Agora vejamos os versos 27 e 28: “E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, e, depois disto o juízo, assim também Cristo, tendo Se oferecido uma vez para sempre, para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que O aguardam para a salvação”. O homem morre, e após isto vem o julgamento, assim Cristo uma vez devia suportar os pecados de muitos, mas Ele apareceu uma segunda vez, sem pecado, para salvação. O paralelo que o autor aqui traça tem que ver com o juízo, sendo que o homem morre uma vez, assim Cristo morreu uma vez; após a morte vem o juízo, não um juízo imediato, mas o dia do Juízo. Assim igualmente no caso de Cristo, Ele morreu, a seguir Ele virá em julgamento, não imediatamente, mas quando aparecer à segunda vez, aos que O buscam. Ele então aparecerá para salvação. Isto está sem dúvida em harmonia com o aparecimento do sumo sacerdote que, após completar a obra da expiação no dia da expiação, saía (Levíticos 16: 24). Quando Cristo vier à segunda vez, Ele vem para trazer salvação àqueles que O procuram, para outros Ele vem em julgamento. Outro paralelo para o dia do juízo, quando aqueles que, naquele dia não afligiram suas almas, eram eliminados, (Mateus 25: 31 e Levíticos 23: 29).
Cristo foi oferecido para carregar os pecados de muitos, esta expressão é extraída de Isaías 53:12, e apresenta Cristo como portador do pecado. Pedro declara que Cristo carregou, Ele mesmo, em Seu corpo, sobre o madeiro os nossos pecados, ou como poderia ser também traduzido, carregou os nossos pecados em Seu corpo, até o madeiro. (I Pedro 2: 24). Quando Cristo vier à segunda vez, Ele não carregará os pecados, Ele aparecerá à parte do pecado, tendo feito plena expiação. Por que a salvação pelas obras não tem função aqui? Porque é Cristo que está ativamente envolvido na obra de salvar os seres humanos do pecado. Ele o faz, não há nada que possamos fazer para nos salvar do pecado, O fato de que, nessa salvação do pecado, Ele não só nos salva da penalidade do pecado, mas também do poder do pecado, e por fim nos salvará da própria presença do pecado, não significa que ser salvo do poder do pecado, torna-nos possível salvar-nos a nós mesmos. Eis aí o porquê da salvação pelas obras não ter qualquer papel em tudo isto. Por que Hebreus combate tanto a apostasia? O primeiro texto é capítulo 6: 4-9 [do livro de Hebreus]: “É impossível, pois que aqueles que uma vez foram iluminados e provaram o dom celestial e se tornaram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro, e caíram, sim, é impossível outra vez renová-los para arrependimento, visto que de novo estão crucificando para si mesmos o Filho de Deus, e expondo-O â ignomínia. Porque a terra, que absorve a chuva, que frequentemente cai sobre ela, e produz erva útil para aqueles por quem é também cultivada, recebe bênção da parte de Deus; mas, se produz espinhos e abrolhos, é rejeitada, e perto está da maldição; e o seu fim é ser queimada. Quanto a vós outros, todavia, ó amados, estamos persuadidos das coisas que são melhores e pertencentes à salvação, ainda que falamos desta maneira”.
Se há aqueles que podem tornar-se desanimados com estas palavras, notem então o comentário do Pastor M. L. Andreasen, à pág. 228 da obra “O Livro de Hebreus”: “Estas palavras têm sido uma fonte de muita perplexidade para aqueles que temem terem ultrapassado os limites da misericórdia, cometido pecado contra o Espírito Santo, não havendo esperança para eles. Que estes considerem cuidadosamente o seguinte: A versão Almeida e a King James são lamentáveis, pois, transmitem à infundada ideia de que todos os que caem, após terem tido certas experiências, estão para sempre perdidos. A margem da versão revisada oferece um sentido correto, o que é dito é que é impossível renovar os homens ao arrependimento, enquanto crucificam; isto significa que é enquanto continuam a crucificar. O pensamento é que não há esperança para eles a menos que se volvam de seus caminhos iníquos; nenhuma esperança para eles há na medida em que continuam resistindo ao chamado de Deus. Há um problema semelhante com a próxima passagem, Hebreus 10: 26-29: “Porque, se vivermos deliberadamente em pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados; pelo contrário, certa expectação horrível de juízo e fogo vingador prestes a consumir os adversários. Sem misericórdia morre pelo depoimento de duas ou três testemunhas quem tiver rejeitado a lei de Moisés. De quanto mais severo castigo julgais vós será considerado digno aquele que calcou aos pés o Filho de Deus, e profanou o sangue da aliança com o qual foi santificado, e ultrajou o Espírito da graça?” Notem as palavras: “pecar voluntariamente,” alguns têm se angustiado em demasia com estes versos que tratam do pecado voluntário; Têm imaginado que qualquer pecado que possam ter cometido, conscientemente ou com conhecimento parcial, é o pecado imperdoável. Mas, não é este o caso! O pecado contra o pecado contra o Espírito Santo é o pecado deliberado, persistente, desafiador, é apostasia total e final da qual não há retorno; refere-se àqueles que se volvem do bem para o mal, desprezam a apropriada misericórdia, resistem ao Espírito e permanecem em teimosa rebelião. Para esses não há esperança.
Podemos prontamente apreciar a semelhança entre essa passagem e a que lemos a pouco, de Hebreus 6:4-9, devemos se cuidadosos para não interpretar exageradamente palavras dando-lhes um sentido que não foi intenção do autor. Esta deve ser uma fonte de conforto para as almas desanimadas, mas, de modo algum deve ser empregada como incentivo para o descuido.
Deus deseja confortar os desconsolados, mas Ele, também deseja advertir o Seu povo a não seguir o Israel do passado em sua incredulidade. A história de sua desobediência está registrada para nossa advertência, assim, encontramos um equilíbrio bem cuidadoso nas várias admoestações e advertências que nos são dadas aqui. Observem agora Hebreu 12: 14: “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”. Capítulo 13: 1-3: “Seja constante o amor fraternal. Não negligencieis a hospitalidade, pois alguns, praticando-a, sem o saber hospedaram anjos. Lembrai-vos dos encarcerados, como se presos com eles; dos que sofrem maus tratos, como se, com efeito, vós mesmos, em pessoa, fosseis os maltratados”. Daí examinamos os versos 16 e 17: “Não negligencieis igualmente a prática do bem e a mútua cooperação; pois com tais sacrifícios Deus se compraz. Obedecei aos vossos guias, e sede submissos para com eles; pois velam por vossas almas, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não vós aproveita”.
Ouçam estas palavra Notem o paralelo entre Hebreus 12:14 e algumas das palavras de Cristo no sermão da montanha; de acordo com Mateus 5: 9, os cristãos não só evitam atritos, rivalidade e guerra, mas ativamente se envolvem tentando fazer a paz. Assim servem a sua sociedade, atuando na busca de sua melhoria; em outras palavras, precisamos estar envolvidos. Conquanto estranhos, peregrinos, ainda assim, somos estranhos e peregrinos aqui, e enquanto aqui atravessando, precisamos deixar a nossa marca, deixar a nossa luz brilhar.
Hebreus 10: 19-25, é nos dito que apresenta o maior exemplo de como o que ocorreu no Céu deve ter impacto sobre a Terra. Sigam a linha de pensamentos nos versos, e ao fazermos isto, veremos o paralelo entre o que nos é dado aqui pelo Pastor Andreasen e o que já aprendemos de A. T. Jones no mesmo tipo de passagem. “Tendo, pois, irmãos intrepidez para entrar no santo dos santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que Ele nos consagrou pelo véu, isto é pela Sua carne, e tendo grande Sacerdote sobre a casa de Deus, aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo os corações purificados da má consciência, e lavado o corpo em água pura; guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar, pois, quem fez a promessa é fiel. Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações, e tanto mais quanto vedes que o dia se aproxima,” novamente, Hebreus 10: 19-25. O Pastor Andreasen na pág. 440, comenta isto desta forma: “O apóstolo está apresentando a Cristo, como cumprindo todos os requisitos de Deus. Cristo tomou o lugar do homem e em seu benefício, redimiu a lamentável falha de Adão, e mostrou a possibilidade do homem quando ligado com Deus. Por ter sido tanto homem como Deus, Cristo tornou-Se a Segurança e Mediador, e através das provisões do novo concerto, restaurou o homem a sua condição original. Cristo deseja apresentar-nos perfeitos perante o trono de Deus, Ele deseja que O sigamos nos santos lugares celestiais, pelo novo e vivo caminho que Ele consagrou por nós (Hebreus 10: 20). Ele deseja que sejamos aceitos pelo Pai, como Ele foi aceito. Como Cristo obteve acesso ao lugar de habitação de Deus, em virtude de Sua vida, Seu sangue, assim Ele deseja que obtenhamos entrada pelo novo e vivo caminho que Ele nos consagrou” (Hebreus 10: 20).
Acaso isto não nos faz lembrar Alonso Trevier Jones? Um dos mensageiros de 1888? Em “O Caminho Consagrado Para a Perfeição Cristã”? E o Pastor Andreasen continua: “Através do véu, que quer dizer, Sua carne, devemos entrar. Assim como a veste do sumo sacerdote era aspergida com sangue, e ele precisava lavar o corpo com água pura, antes de ousar comparecer perante Deus, assim devemos ter os corações aspergidos e nossos corpos lavados, devemos ser espiritual e fisicamente limpos, para vermos a Deus”. O verso 19 fala sobre a ousadia, esta é a terceira vez que esta palavra aparece na epistola, aparece anteriormente no capítulo 3: 6, onde algumas traduções dizem confiança; e no capítulo 4: 16.
O sumo sacerdote sobre a Terra, nunca entrava no santuário com ousadia, mas com temor e tremor. Como filhos devemos nos aproximar de Deus com ousadia, de fato somos contados como membros da família de Deus, somente ao apegarmos a nossa ousadia e gloriando-nos em nossa esperança até o fim. Hebreus 3: 6.
O lugar santíssimo; antes que lugar santo ou lugares santos, o original estando no plural. Cristo abriu um caminho e o dedicou por nós, e isto inclui todo santuário, não somente um compartimento.
Pelo sangue de Jesus, antes que no sangue, em virtude do sangue, e no verso 20 um novo caminho. Fisicamente falando, há somente um caminho para entrar no lugar santo ou santíssimo, do santuário terreno, e isto era através do véu que estava suspenso perante cada compartimento. Não há outro caminho; quando, portanto, Cristo abriu-nos um novo caminho, isto deve ser aplicado espiritualmente. Uma possível interpretação pode ser encontrada no meio da entrada na qual era admitido o sacerdote â divina presença. O que dava ao sacerdote o direito de entrada? Era o sangue; sem isto nenhum homem podia entrar. O sumo sacerdote devia entrar no lugar santíssimo uma vez cada ano, mas não sem sangue (Hebreus 9: 7). Toda vez que ele entrava era sempre com sangue de outros (v.25); esta era a condição para admissão. O sangue em virtude do qual o sacerdote entrava no santíssimo era o de animais mortos, sangue que não tinha valor expiatório como tal, contudo, pela fé em Deus, o sumo sacerdote tinha a permissão de entrar, conquanto a permanência ali fosse breve e a entrada era imediatamente barrada por mais um ano. O sangue dos animais abriam caminho, mas também demonstravam a sua própria ineficácia, pois a porta não permanecia aberta. Tudo quanto Israel recebia, mediante o serviço, era uma breve entrevista com a divindade, então a porta era fechada novamente. Deve ter-lhes ficado claro que o caminho não estava ainda aberto; o caminho de Cristo era um novo caminho, Ele foi admitido à presença do Pai e não por um rápido momento apenas, Cristo entrou e ali permaneceu, o sangue que Ele carregou não era de animas mortos, mas o sangue de uma personalidade viva que tem o poder de uma vida infindável. O novo caminho, era um caminho vivo, em virtude do poder da Sua vida dedicada, Ele entrou, apresentou-Se como um sacrifício vivo santo e aceitável a Deus. Isso era verdadeiramente um novo caminho de obter admissão para a sala do trono da divindade.
Comparem o sumo sacerdote, que vinha tremendo, carregando o sangue de um bode ou touro mortos com o Príncipe da vida que apresenta o Seu sangue, Sua vida como uma viva realidade perante Deus. Aquele que mediante a morte destruiu aquele que tem o poder da morte, que obteve completa vitória sobre toda a tentação e pecado, agora apresenta o Seu corpo, o corpo que Deus Lhe preparou como uma adequada habitação de Deus.
Esta entrada que Cristo obteve por nós, foi através do véu, isto é o mesmo que dizer: através da Sua carne. Foi mediante o corpo em que Cristo operou a justificação, que obteve acesso ao Pai, Deus lhe havia dado o corpo e esse mesmo corpo, Cristo agora apresenta para inspeção. Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém, no mesmo Céu para comparecer agora por nós diante de Deus; (Hebreus 9: 24). Deus nunca desejou o sangue dos animais, Ele desejava obediência; Ele desejava que o homem cumprisse a Sua vontade e não que apresentasse sacrifícios por transgressões. Cristo respondeu ao chamado de Deus, e veio a esta Terra, e quando entrou no mundo disse: “Sacrifício e oferta não quiseste, antes corpo Me formaste. Não Te deleitaste com holocaustos e ofertas pelo pecado. Então Eu disse: Eis aqui estou, no rolo do livro está escrito a Meu respeito, para fazer ó Deus, a Tua vontade” (Hebreus 10: 5-7). 
E quando Sua obra foi realizada, Ele apresentou-Se perante Deus para aceitação. O corpo dado por Deus, o corpo no qual venceu as tentações e obteve completa vitória, é o corpo em que sofreu e morreu, o corpo que não podia ser mantido na morte; o corpo no qual ressuscitou triunfalmente; o corpo purificado e limpo de toda contaminação; o templo do corpo que Ele ergueria em três dias; o corpo em que se cumpriram todos os serviços que por mais de 1000 anos haviam prefigurado, o puro, santo, santificado, consagrado corpo, em que o ideal de Deus para o homem foi finalmente realizado. Esse corpo Cristo apresenta perante o Pai, e o Pai o aceita, e mediante ele obtém acesso. O Pai Se apresenta justificado, a lei é honrada, justiça e misericórdia se beijam e o Céu soa com louvores. Cristo obteve acesso a Deus por um novo e vivo caminho; Ele obteve acesso mediante a Sua carne. Este novo e vivo caminho é o caminho da obediência, em contraste com o caminho de ofertas e sacrifícios. Cristo aboliu isto e estabeleceu a vontade de Deus. “Eis aqui estou para fazer ó Deus a Tua vontade” (v.9); e a vontade de Deus Ele cumpre, e o faz tão perfeitamente que a Sua vida restaura o livre acesso a Deus. Agora, não mais sangue de animais mortos precisa ser empregado, vida, a perfeita vida de Cristo toma o seu lugar; esse novo caminho é o caminho vivo, o caminho da vida, o caminho da perfeita obediência. Esse caminho Cristo consagrou por nós, e podemos entrar com Ele no poder dessa vida, em Seu sangue e por virtude dEle; sempre lembrando-nos que o sangue é a vida, e entrar em virtude de Seu sangue, é entrar em virtude de Sua vida. Ele entrou através, por meio de Sua carne, no corpo que Deus Lhe havia dado, e no qual Ele operou salvação por nós, apresentou-Se perante Deus; santo e sem mácula. Nós entramos em virtude de Seu sangue, Ele mostrou-nos o caminho, caminhou por esse caminho e o consagrou por nós para o seguirmos.
Relembrando-lhes o tema, Jesus e a caminhada cristã, notem Hebreus 10: 24: “Consideremo-nos uns aos outros...” os cristãos em geral prestam pouca atenção a esta admoestação. Estando concentrados em suas próprias obras, deixam de dar a devida consideração às necessidades e bem estar dos outros. Na comunhão cristã não deve haver ilegítima luta por supremacia, os interesses de alguém estão incorporados na prosperidade de todos. Numa corrida de barcos cada elemento da equipe deve empenhar sua força sobre o remo, segundo a medida de sua habilidade, não obstante a vitória é possível segundo todos empenhem força juntos. “Levai as cargas uns dos outros e assim cumprireis a lei de Cristo”; Paulo recomendou em Gálatas 6: 2. Novamente ele diz em Romanos 12: 10: “Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros”.
A verdadeira cortesia Cristã é uma das graças cristãs, tão frequentemente negligenciadas. O princípio de cortesia é reconhecido pelo mundo e praticado por pessoas educadas. De fato, em termos de cortesia os cristãos deviam ser os líderes; cortesia, contudo não é tudo o que está implícito na admoestação de considerar uns aos outros, uma preocupação profunda de coração pelas almas que lutam, um interesse vital nas dificuldades dos pobres, uma atitude de compreensão para com os problemas espirituais daqueles que são novos na fé; uma solicitude em simpatia pelas crianças e jovens do rebanho, os idosos, os doentes, os internados, os solitários, os novatos, tudo isto está incluído no conselho que nos é dado: Provocai ou agi em amor e boas obras.
Não é suficiente que nós mesmos sejamos considerados com outros; devemos provocá-los a seguir o nosso exemplo e fazer com que se unam a nós nas boas obras. Isso fará com que cada membro da igreja trabalhe para o bem de seu irmão e egoísmo e luta por honra e glória pessoal cessarão. Tal igreja, tal comunidade, de fato seriam um milagre. Agora, com respeito a boas obras, ou nobres obras; no grego há duas palavras usadas para bom. Uma delas tem o sentido adicional de belo, nobre, esta é a palavra empregada aqui. As obras a que devemos provocar-nos uns aos outros, não são somente boas em si, mas possuem beleza moral.
Finalmente, não se esquecendo de nos congregar como é costume de alguns (v. 25 p.p.). Conquanto esse conselho tenha uma aplicação geral, tinha um sentido especial para os cristãos ao tempo em que isto foi escrito. Em alguns lugares, somente com dificuldade os cristãos podiam reunir-se para o culto corporativo, perseguição tanto de pagãos e judeus era a regra. Em alguns lugares editos eram emitidos para proibir reuniões e mesmo em Jerusalém haviam muitas dificuldades; guerras rumores de guerras, causavam temor e sentimentos abalados. Em 66 a. D. Séstio começou a cercar Jerusalém e quando Hebreus foi escrito, a guerra era uma ameaça . Era um tempo de perplexidade e dificuldades gerais, e a reunião dos cristãos representava problemas; mas foi exatamente nessa época que precisavam de encorajamento mútuo. Eles precisavam de sua fé fortalecida e sua coragem incentivada; esse tempo não era época para perder os privilégios de reunião na igreja. Alguns ausentavam-se para seu próprio prejuízo e o apóstolo os admoesta a não mais agirem assim.
 Esta admoestação permanece válida para a igreja hoje; não podemos dar-nos ao luxo de nos mantermos distantes da hora do culto.
Conquanto esta Terra não seja o nosso lar final, é onde nos encontramos agora e onde agora vivemos e Deus espera que vivamos segundo o elevado chamado que temos em Cristo Jesus.
Amém!     
Alexandre Snyman



O irmão Alexandre Snyman foi pastor adventista na África por quase toda a sua vida ministerial. Nos últimos anos de sua vida viveu no estado de Tenessee, nos Estados Unidos, e foi credenciado junto à Associação da Igreja Adventista nos estados de Kentucky e Tennessee, como se vê de correspondência que recebi da mesma.
  



Tradução:

"19 de maio de 1998

A quem possa interessar

Esta carta é escrita para confirmar que Alexandre Snyman é um empregado da Associação da Igreja Adventista do 7º Dia para os estados de Kentucky e Tennessee, na América do Norte, servindo como um de nossos pastores.

Respeitosamente,

ass.:

R. R. Hallock

Presidente."

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