(Capítulo 4 do livro “Resgate e Reunião Através do Santuário”)
[28] Jesus não é somente o Cordeiro que morre por nós, mas
Ele é também o Sumo Sacerdote que vive por nós. O que um sacerdote faz? Ele “é constituído para oferecer dons e
sacrifícios” (Hebreus 8:3).
Não posso eu apresentar
meus próprios dons? Não, um pecador não pode aproximar-se de Deus diretamente. “As vossas iniquidades fazem separação entre
vós e o vosso Deus, e os vossos pecados encobrem o Seu rosto de vós, para que
vos não ouça” (Isa. 59:2). No capítulo anterior (*capítulo 3º deste livro Resgate e Reunião Através do Santuário)
vimos que o pecado pode ser espiado e o homem trazia de volta para Deus somente
sangue derramado de um substituto inocente. Mas derramar sangue não é
suficiente. Deve ser apresentado no santuário. Entretanto o pecador não pode
fazer isto. Alguém tem que atuar por ele. “Todo
o sumo sacerdote, tomado dentre os homens, é constituído a favor dos homens nas
coisas concernentes a Deus, para que ofereça dons e sacrifícios pelos pecados”
(Heb. 5:1).
O profeta fala aos
homens por Deus. O sacerdote fala a Deus pelos homens. Jesus veio do céu para
representar Deus ao homem. Ele voltou ao céu para “comparecer por nós perante a face de Deus” (Heb.9:24).
O sacerdote que
ministrava no tabernáculo terrestre servia de “exemplo e sombra das coisas celestes” (Heb. 5:8). Ao observarmos
os seus movimentos discernimos em sombra representado o ministério de nosso
grande Sumo Sacerdote acima.
[29] Levítico 4 relata diversos detalhes importantes
concernentes ao trabalho de um sacerdote no antigo santuário. Note a sequência
descrita nos verso 13 a 20. No caso de transgressão por toda a congregação os
anciãos traziam um touro jovem ao altar no pátio. Ao eles colocarem as
mãos sobre a cabeça do novilho, o pecado
era transferido em figura do povo para o substituto. Agora o novilho precisa ser morto, mas era
isto o fim do serviço? Não! O trabalho apenas começou. Note cuidadosamente o
passo seguinte. “O sacerdote ungido trará
do sangue do novilho à tenda da congregação, e o sacerdote molhará o seu dedo
naquele sangue, e o espargirá sete vezes perante o Senhor, diante do véu. E
daquele sangue porá sobre as pontas do altar, que está perante a face do
Senhor, na tenda da congregação; e todo o restante do sangue derramará à base
do altar do holocausto, que está diante da porta da tenda da congregação”
(Lev. 4:16 a 18).
O verso 20 faz o
propósito disto bem claro: “O sacerdote por eles fará propiciação, e lhes será
perdoado o pecado.” O derramamento do sangue do substituto, e o espargir deste sangue em
frente do véu interior e nos chifres do altar de ouro proviam perdão. “Bem aventurado aqueles cujas maldades são
perdoadas, e cujos pecados são cobertos” (Rom. 4:7).
Quando Deus perdoa o
pecado, Ele o cobre com sangue, e “a vida
de toda carne é o seu sangue” (Lev. 17:14). O sangue de Jesus representa
Sua vida perfeita, e o sangue vertido mostra a vida derramada em sacrifício. No
sangue vertido no santuário podemos ver o perdão do pecado provido por um
Salvador que depôs Sua vida por nós. Assim, quando o Pai olha para você e para
mim, Ele não vê as vestes sujas de nossa justiça, mas, ao contrário, a vida de
Jesus.
Assim Wesley canta:
“Ergue-te minh’alma,
ergue-te; sacode seus
temores de culpa:
O sacrifício
sangrento em meu favor aparece:
[30] Perante o trono meu Fiador está de pé,
Meu nome está escrito
em Suas mãos.
“Ele vive para sempre
no céu para por mim interceder;
Seu amor
todo-redentor, Seu precioso sangue para suplicar;
Seu sangue foi
derramado por toda a nossa raça,
E o esparge agora no
trono da graça,”
Este serviço não só
mostra que o pecado é perdoado e coberto pelo sangue espargido, mas também
representa a transferência par o substituto. A vitima carregou pecado quando
morreu. Então o sacerdote carregava aquele sangue portador do pecado para
dentro do santuário, e o espargia em frente do véu, assim transferindo o pecado
para o santuário.
No grande serviço
antitípico, Jesus, nosso Substituto, morreu por nós, carregando nossos pecados.
“O Senhor fez cair sobre Ele a iniquidade
de nós todos” (Isa. 53:6). “Levando,
Ele mesmo, em Seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro” (1ª Pedro 2:24).
Mas Jesus não é somente nosso Cordeiro, Ele é também nosso Sumo Sacerdote.
Na cruz Ele morreu
por nós. No santuário Ele vive por nós. “Mas,
vindo Cristo, o Sumo Sacerdote dos Bens futuros, por um maior e mais perfeito
tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação; nem por sangue de
bodes e bezerros, mas, por Seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário,
havendo efetuado uma eterna redenção” (Heb. 9:11 e 12).
[31] Vemos Jesus no Calvário morrendo por nós com nossos
pecados sobre Ele. Então O vemos ressurgindo dentre os mortos e indo ao céu
como nosso Sumo Sacerdote. Por Seu próprio sangue Ele entra no templo de Deus
lá para cobrir nossas iniquidades com Seu sangue. Assim Ele transfere nossos
pecados de nós para o santuário, da terra para o céu. “Assim como está longe o oriente do ocidente, assim afasta de nós as
nossas transgressões” (Sal. 103:12).
Aonde estão os seus
pecados exatamente agora? É privilégio seu saber isto. Por isto o Salvador
morreu. Por isto Ele vive. Ou eles permanecem com você (aqui na terra), ou,
através do sangue de Jesus, Deus os transferiu para o santuário celestial.
Culpa, temor, aflição,
preocupação com os pecados, estão levando as pessoas a enfermidades. Milhões
sofrem com úlceras, ataque do coração, ou crises de nervos. Se o fardo da culpa
deprimem sua alma, traga seus pecados ao santuário e coloque-os sobre o
Cordeiro de Deus. Confesse-os. Os dê a Ele. Deixe que Ele seja o portador dos
seus pecados. Deixe que a morte de Jesus tome o lugar da sua morte.
O único meio pelo
qual pecado pode ir para o santuário é o Sacerdote levando-os para lá, mas
Jesus nunca tomará os seus pecados a menos que você os dê a Ele. Ele não vai
arrancá-los de
você. Se Ele coloca-los no santuário e cobri-los com Seu sangue, será por sua
livre escolha de confessar cada pecado a Ele. Então você saberá pessoalmente
que seus pecados foram “transferidos, de fato, para o santuário celestial” (O Grande Conflito, pág. 421). “Bem-aventurado,” sem dúvida, “aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo
pecado é coberto” (Salmo 32:1).
Outra maravilhosa
lição concernente à transferência do pecado aparece em Levítico 4:27 a 35. Aqui
Deus fez provisão para trazer-se uma cabra ou cordeiro quando “qualquer pessoa do povo” (vs. 27)
cometeu pecado. Após o pecado ser transferido para o animal por confissão, o
substituto era sacrificado, e o sacerdote molhava seu dedo no sangue e o
esfregava suavemente nos chifres do [32]
altar das ofertas queimadas. A promessa de perdão aplicado neste caso
exatamente como quando o sacerdote salpicava o sangue no lugar santo: “o sacerdote por ele fará expiação dos seus
pecados que cometeu, e ele será perdoado” (Lev. 4:35).
Como este pecado
penetrou no santuário? Quando o sacerdote não salpicava o sangue no lugar
santo, ele comia uma porção do sacrifício (veja Lev. 6:25 e 26). Relativo a
isto Moisés falou aos sacerdotes, “Deus a
deu a vós, para que levásseis a iniquidade da congregação, para fazer expiação
por eles diante do Senhor” (Lev. 10: 17 e 18).
Similarmente, Cristo
leva nossos pecados em Seu próprio corpo — não somente no calvário, mas no
santuário celestial. Ele foi “oferecido em sacrifício a fim de que Ele possa
carregar os pecados de muitos” (Heb. 9:28, versão Weymouth em linguagem
moderna). Na cruz Ele portou nossos pecados como o cordeiro que morre. No
santuário Ele os porta como o Sacerdote vivo. Por quanto tempo Ele os carrega?
Nós responderemos esta pergunta ao estudarmos os próximos capítulos (*deste
livro “Resgate e Reunião Através do
Santuário”).
-Willmonte Doniphan
Frazee
Willmonte
Doniphan Frazee (1906-1996) foi graduado em ciência médica
na Universidade de Loma Linda, e em evangelismo da saúde pelo legendário físico
britânico John H.N. Tindall. Em 1942, o Pr. Frazee e um time de pioneiros de fé
fundaram o Instituto e Sanatório Médico Missionário em Wildwood, perto de
Chattanooga, no estado de Tennessee, onde médicos, enfermeiros, pastores, e
membros leigos recebiam treinamento em evangelismo médico.
Em 1985 ele fundou um
ministério de sermões gravados, inicialmente em fitas K7 e depois em CDs, com o
nome de Pioneers Memorial [Memorial
dos Pioneiros]. Milhares de sermões gravados são distribuídos cada ano.
Nos anos finais de sua
vida, apesar da doença de Parkinson, ele ainda com clareza e afeição, até bem
perto do dia de sua morte, continuou a escrever pequenas notas encorajadoras a
seus amigos, geralmente incluindo uma fita K7 com sermões. Aqueles que ajudaram
a fortalecer o ministério deste pioneiro creem que Deus o usou através deste
ministério “PIONEERS MEMORIAL.”
Na
contra capa do livro “Resgate e Reunião Através do Santuário” temos
duas recomendações da pessoa do Pastor Frazee:
A
primeira é do Pastor Mark Finley, Vice Presidente de
Evangelismo da Conferência Geral, que, entre outras coisas, nos diz que “Quando
eu o ouvi pregar senti que a mensagem dele vem do Alto Trono da Sala de
Audiência do Altíssimo. Eu sabia que ele era homem de oração e que Deus
impactou a sua mente. ... Suas mensagens são profundas, bíblicas, e
comoventes.”
A
outra recomendação é do Pastor Doug
Batchelor, diretor da instituição de apoio à igreja Amazing Fact, ele diz, “Fiquei impressionado com o seu sincero amor
por Jesus e profundo conhecimento das Escrituras. ... Dois de seus livros
que li tiveram profunda influência em minha vida. ... Eu recomendo de coração
seus livros e suas mensagens.”
Nós de Ágape Edições podemos lhe
garantir que todo o livro é altamente prático para a purificação também do
santuário dos nossos corações. Demonstra claramente como é possível permitir
que Deus faça a Sua obra em nós para que Ele possa cumprir Sua lei em nosso
viver diário (Testemunhos Para Ministros,
pág. 92, 1º parágrafo).
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