terça-feira, 1 de outubro de 2013

1/10/13 - JESUS MAIS ELEVADO E MELHOR, por Alexandre Snyman



Veremos a superioridade de Jesus Cristo, sem auto promoção, será um contraste entre a experiência dEle e aquela que caracteriza a de todos nós.
 “Com efeito, nos convinha que tivéssemos um Sumo Sacerdote assim como Este; santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores e feito mais alto do que os Céus” (Hebreus 7:26).
Um espírito de superioridade foi o pecado original, e muitas pessoas hoje são esnobes, mas bem ao contrário a superioridade de Cristo ilumina o caminho de todo o Seu ministério; e nos garante as bênçãos que recebemos dEle e nos atrairá a Ele em fé e obediência se o permitirmos. Textos bíblicos que falam da excelência de Jesus. Primeiramente Hebreus 1:4: “Jesus se tornou tão superior aos anjos, quanto herdou mais excelente nome do que eles”. Capítulo 3:3: “Jesus, todavia, tem sido considerado digno de tanto maior glória do que Moisés quanto maior honra do que a casa tem aquele que a estabeleceu”. Aqui viveu em simplicidade, humildade, negação de Si mesmo e renuncia. Que contraste com nossas egoísticas atitudes pessoais, em nossa experiência tudo parece ser feito com o propósito de nos autogloriarmos, a motivação centralizada no eu é o princípio norteador, instintivo na vida de cada elemento que caiu em pecado, exceto os que foram redimidos. E a lição diz que como cristãos, não estamos imunes a estas influências, nem mesmo no contexto de nossa fé, pois em determinado ponto de nossa carreira, nos consideramos superiores aos outros e cremos que temos o direito de galgar a escada eclesiástica; e não há nada que possamos fazer exceto crer no poder do evangelho para nos transformar a semelhança de Cristo. “De sorte que haja em nós o mesmo sentimento, ou mente (dizem outras versões) que houve em Cristo Jesus” (Filipenses 2:5); e ouçam esta declaração do livro Educação, pág. 15: “Quando Adão veio das mãos do Criador trazia em sua natureza física, intelectual e espiritual uma semelhança com seu Criador; e criou Deus o homem a Sua imagem, (Gênesis 1:27); e era Seu intento que quanto mais o homem vivesse, tanto mais plenamente revelasse esta imagem e mais completamente refletindo a glória do Criador. Todas as sua faculdades era passíveis de desenvolvimento, sua capacidade e vigor deveriam aumentar continuamente. Vasto era o alvo oferecido a seu exercício, e glorioso campo aberto a sua pesquisa. Os mistérios do Universo visível, as maravilhas d’Aquele que é perfeito no conhecimento, (Jó 7:36), convidavam o homem ao estudo. Era o seu elevado privilégio ter comunhão com seu Criador face a face e de todo coração. Houvesse ele permanecido fiel a Deus, tudo isto teria sido dele para sempre. Através dos séculos eternos teria ele continuado a obter novos tesouros de conhecimento; a descobrir novas fontes de felicidade e a obter mais claras concepções de sabedoria do poder e do amor de Deus. Mais e mais amplamente teria ele cumprido o objetivo de sua criação, mais e mais teria ele refletido a glória do Criador”.
Agora note este próximo parágrafo: “Mas pela desobediência isto foi perdido”.
Através do pecado a semelhança divina foi diminuída gradativamente, a Sua imagem desvirtuada, e Seu amor trocado por egoísmo. “O poder físico do homem foi enfraquecido, a condição mental diminuída e a visão divina ofuscada. Tornou-se sujeito à morte, mas não deixado sem esperança; o plano da salvação foi concebido por infinito amor e misericórdia que lhe garantiu um tempo de graça”.
Preste atenção ao que se segue: “Para restaurar no homem a imagem de seu Criador, levá-lo de novo à perfeição em que fora criado, promover o desenvolvimento do corpo, espírito e alma, para que se pudesse realizar o propósito divino de sua criação, tal deveria ser a obra da redenção. Este é o objetivo da educação, o grande objetivo da vida”.
E aqui creio, estamos tocando o ponto focal desta matéria da superioridade de Cristo. Em todo o universo há somente um que pode operar esta transformação de seres humanos perdidos em pecado para trazê-los de volta a condição de refletirem o caráter de Deus em tudo o que fazem, em sua vida inteira e eternamente após a redenção vier a ser completada. E, da pág. 16: “O amor como base da criação e redenção é a base da verdadeira educação, isso é tornado claro na lei que Deus deu como guia da vida. O primeiro e grande mandamento é: ‘Amarás ao Senhor teu Deus de todo teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento’ (Lucas 10:27). Amá-Lo, o Ser infinito e onisciente de toda a força, entendimento e coração significa o mais alto desenvolvimento de todas as faculdades; significa que no ser todo, corpo, espírito, bem como a alma, a imagem de Deus deve ser restaurada”.
Ficamos maravilhados ao contemplarmos este plano elaborado, pelo qual o milagre da redenção pode realmente tornar-se uma eterna realidade. Eis aí como devemos entender a superioridade de Jesus em sua inteireza. “Superior a todos, no entanto, servo de todos”. Este foi Jesus! Nos evangelhos ouvimos da simples história contada de um homem, que viveu como ninguém mais, antes ou desde então, uma frágil vida, sem mancha, perfeita do começo ao fim; mas ao lermos o livro de Hebreus, podemos começar a entender porque a superioridade daquele homem, o Filho do Deus vivo é tão importante para cada um de nós, caídos em pecado, e por quem Jesus deu a Sua vida para que possamos verdadeiramente ser transformados à imagem do nosso Criador. A lição diz; “Ninguém é superior ao originador de todos nós, e é nesta capacitação que Hebreus nos refere a Cristo. Sua superioridade não parece ser derivada primariamente da sua pré-existência e divindade, mas, surpreendentemente o apóstolo a liga a sua inferioridade. 
Filipenses 2: 4-9, vemos aqui o sete degraus que Cristo desceu da mais elevada glória do Reino do Eterno, passo a passo, ao mais inferior abismo de humilhação e humildade. Ele estava no ponto mais alto, Ele era Deus (v. 5.e 6)!  Hebreus confirma isto, no cap. 1:9, esta plataforma é a mais alta que pode existir, satanás a ambicionou; “Jesus não teve por usurpação o ser igual a Deus” (V. 6).
Antes de vir a esta terra, depôs aos pés do Pai, os atributos da divindade; partindo daí Ele toma a escada descendente até o profundo, vexatório e humilhante abismo do mal para de lá resgatar um mundo perdido. Ele veio salvar-nos; Ele não espera que nos ergamos por nós mesmos. Parte dos versos 6 e 7 dizem: “Ele, subsistindo na forma de Deus, não entendeu ser um ato de extorsão o continuar como Deus”. E agora note: “A Si mesmo Se esvaziou”. A King James diz algo assim: “Fez-Se de nenhuma importância social, ou não teve estima alguma por Si mesmo”.
O terceiro degrau: Assumindo a forma de um servo. Ele que tinha servido, que conhecia o alegre e desejável serviço de incontável multidão de anjos não caídos, Ele agora está desejoso de se tornar um escravo.
O quarto degrau: Tornando-Se em semelhança de homens; e esta palavra semelhança aparece também em Romanos 8:3, onde nos é dito que “Ele nos foi enviado em semelhança de carne pecaminosa”... e significa igualdade, e não desigualdade como muitos têm tentado nos dizer.
Como estudamos, Ele tornou-Se efetivamente nós. O teólogo britânico C.E.B. Cranfield, (Carta aos Romanos, São Paulo: Paulinas, 1992) diz que “os que dão a expressão semelhança o sentido de desigualdade, perdem o sentido, por que no é dito aqui “Deus, concernente ao pecado, condenou o pecado na carne; assim eles se contradizem porque aqui não está dizendo que Ele condenou o pecado na semelhança da carne pecaminosa, não, diz: Ele condenou o pecado na carne, e só há um tipo de carne neste mundo como aprendemos do pastor A. T. Jones, e é somente a pobre, pecaminosa, perdida carne que os seres humanos têm. E foi esta que Cristo tomou sobre Si. Deveria ser notado em particular que no primeiro e segundo capítulos da epístola aos Hebreus, o pensamento e a discussão concernente à pessoa de Cristo é, especialmente, sobre a natureza e a substância. Em Filipenses 2:5-8 é apresentado o pensamento do parentesco de Cristo para com Deus e o homem e em especial com respeito à natureza e forma.
Quando Jesus Se esvaziou, tornando-Se homem, foi revelado Deus no homem, apareceu num lado o homem, e no outro lado, Deus; por conseguinte, encontraram-se nEle Deus e o homem tornando-se um só, porque Ele é a nossa paz, O qual, de ambos, Deus e homem, fez um. Aboliu na sua carne a lei dos mandamentos para que dos dois, Deus e homem, criasse em Si mesmo novo homem, fazendo a paz (Efésios 2:14-15). Ele que era na forma de Deus tomou a forma do homem; Ele que era semelhante a Deus, tornou-Se semelhante ao homem; Ele que era Criador e Senhor tornou-Se criatura e servo; Ele que era a semelhança de Deus, foi feito em semelhança dos homens; Ele que era Deus e Espírito, foi feito homem e carne (João 1: 1 e 14).
Isto era verdade não somente segundo a forma, mas sobre tudo quanto à substância; porque Cristo era como Deus no sentido de ser da natureza, da mesma substância de Deus. Ele foi feito semelhante aos homens no sentido de ser como os homens na natureza e mesma substância dos homens. Cristo era Deus; Ele tornou-Se homem, e quando Se tornou homem, foi tão realmente homem como era Deus. Ele tornou-Se homem para poder remir o homem. Este rebaixamento de Si mesmo às mais extremas profundezas que podia ir, foi o maior sinal de Sua superioridade, que podemos ver em Sua inteira experiência de redenção. Ele achegou-Se ao homem, veio onde o homem estava para levar o homem consigo onde Ele estava e está. E para poder remir o homem daquilo que é, foi Ele feito o que o homem é; o homem é carne (Gênesis 6:3; João 3:6); o Verbo se fez carne (João 1:14; Hebreus 2:14). Esta palavra carne, tem um significado amplo, implica que Cristo tomou sobre Si tudo o que a carne é.
O eminente teólogo Karl Barth, talvez o mais respeitado no mundo cristão atual, em sua obra Church Dogmatics, vol. I, parte 2, pág. 151, diz: “Carne é a forma concreta da natureza humana caracterizada pela queda de Adão”. Paulo em Gálatas 5:19 em diante, confirma isto; carne no Novo Testamento é a natureza humana caída; assim quando lemos esta frequentemente palavra usada no Novo Testamento, saibamos que estamos lidando essencialmente com a caída natureza do homem, e é nos dito que esta é a natureza que Cristo assumiu. Iª João 4: 1-3 nos diz: “Nisto conhecereis o Espírito de Deus, todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus”. Se alguém enfatizar isto, então você sabe que a mensagem é de Deus. Quando nos é dito que Cristo veio em carne, isto significa que Ele veio em nossa natureza pecaminosa, caída; e é nos dito que as pessoas que ensinam que Cristo não veio na natureza caída são os que revelam o espírito do anticristo. Este importante ponto é uma solene consideração para nós.
Voltemos agora a A. T. Jones de onde paramos, p. 46 de “O Caminho Consagrado Para a Perfeição Cristã”. “O homem é carne, (Gênesis 6:3 e João 3:6). O Verbo Se fez carne (João 1:14 e Hebreus 2:14); o homem sob a lei (Romanos 3:19). Cristo foi feito sob a lei (Gálatas 4:4); o homem está sob a maldição, (Gálatas 3:10; Zacarias 5:1-4); Cristo fez-Se maldição por nós (Gálatas 3:13); o homem esta vendido sob o pecado, (Romanos 7:14) é carregado com iniquidade, (Isaías 1:4); e o Senhor fez cair sobre Ele a iniquidade de nós todos, (Isaías 53:6); o homem é um corpo de pecado, (Romanos 6:6); e Deus fez a Cristo pecado (IIª Coríntios 5:21).
Por conseguinte, cumpriu-se literalmente que: “Pelo que, convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos: e nunca se deve esquecer, até se deve constantemente e para sempre considerar que em todos os casos, sendo como o homem, sendo carne, sendo pecado e maldição, Cristo nunca foi isto de Si próprio ou de Sua própria natureza inicial ou por Sua culpa. Tudo isto Ele foi feito. Tomando a forma de servo, fazendo-Se semelhante aos homens”.
Foi em Sua inferioridade que Sua tão grande superioridade foi demonstrada por inteiro.
Continuemos os sete passos descendentes que Cristo tomou, segundo vemos em Filipenses 2:5-9.
O quinto passo: Encontrando-Se como homem a Si mesmo se humilhou (versos 7 e 8 p.p.). Pedro havia reconhecido a Cristo como o Filho do Deus vivo, e no entanto encontramos aqui Jesus humilhando-Se, não dizendo: “Agora  vejam povo, Eu pareço com um de vocês, mas vocês tem que se lembrar que Eu Sou Filho do Deus vivo, portanto, vamos ter um certo respeito quanto a tratarem comigo”.
Podem vocês imaginar isto vindo dos lábios de Jesus? È lógico que não. Este quinto degrau que Cristo desceu, salienta o fato de que Ele Se humilhou.
Sexto, Tornando-Se obediente até a morte (v. 8). E nós podemos pensar que isto é o mais baixo que Ele poderia descer, às mais baixas profundezas da humilhação, mas, o apóstolo Paulo, sabe ainda de um passo mais.
O Sétimo e último degrau descendente é: e morte de cruz: a morte de vergonha. Porque como lemos em Gálatas 3:13 Cristo nos resgatou da maldição da lei fazendo-se Ele próprio maldição em nosso lugar; porque está escrito: “Maldito aquele que for pendurado em madeiro”. Naqueles tempos, se um homem era condenado a morrer, por exemplo: Apedrejado, ele sentia que pelo menos poderia ter paz com Deus e esperança de uma vida futura, mas, se ele fosse condenado a ser pendurado em uma cruz ou crucificado, então sua esperança da ressurreição e vida eterna tinham se ido. Ele estava agora sob a maldição de Deus, completa e eternamente. “Aquele que for pendurado no madeiro é maldito de Deus” (Deuteronômio 21:23). Eis porque esta passagem aqui em Filipenses capítulo 2 nos conduz ao mais baixo grau de humilhação, dizendo que Ele morreu, não sendo somente obediente até a morte, mas que era mesmo a morte de cruz. Isto é o que faz dEle o mais alto em superioridade, nenhum outro ser no Universo poderia ter cumprido isto; como lemos a pouco, ao contrário o apóstolo conecta a superioridade de Cristo, à, ... muito interessantemente, vejam, à Sua inferioridade. Mais adiante, isto é real grandeza, infinita importância em extrema inferioridade, e esta nobreza interior se manifesta em superioridade. Pedro cita Provérbios 3:34 e declara: “Deus resiste ao soberbo, contudo, aos humildes concede a Sua graça”. (I Pedro 5:5 u. p.).
Jesus nos diz em Lucas 22:26 u. p. “O maior entre vós seja como o menor e aquele que dirige como o que serve”. O serviço sem igual de Jesus na Terra conduziu-O a uma superioridade em status e consequentemente em Seu atual ministério. Em Jesus todos esses dois aspectos, primazia e posição social, e excelência em mister sacerdotal se fundem.
Os leitores da carta são encorajados a permanecerem fiéis a este Jesus que, embora sendo o Rei, nos serve num modo que ninguém mais o pode. Quais são os resultados do superior status e ministério de Cristo como descrito em Hebreus? E alguns textos: Capítulo 7:19: “Pois a lei nunca aperfeiçoou coisa alguma, e, por outro lado se introduz esperança superior, pela qual nos chegamos a Deus”. Verso 22: “Por isso mesmo, Jesus Se tem tornado fiador de superior aliança”. Capítulo 8:6: “Agora, com efeito, obteve Jesus ministério tanto mais excelente, quanto é Ele também mediador de superior aliança instituída com base em superiores promessas” E finalmente Hebreus 11:16 e 35: “Mas, agora aspiram a uma pátria superior, isto é, celestial. Por isso Deus não Se envergonha deles, de ser chamado o seu Deus, porquanto lhes preparou uma cidade. Mulheres receberam pela ressurreição os seus mortos. Alguns foram torturados, não aceitando seu resgate, para obterem superior ressurreição”.
A maior parte dos resultados da superioridade de Cristo, melhor esperança, melhor promessa, melhor concerto, uma melhor e duradoura possessão, um melhor país e uma melhor ressurreição, são orientadas em direção ao futuro. Jesus proveu um futuro mais brilhante para os seus seguidores, incluíndo aquele futuro, está uma melhor ressurreição, a ressurreição final. Esta é diferente das ressurreições anteriores nos dois testamentos, porque neles as pessoas retornavam para a temporária vida mortal, em contraste, a ressurreição final é para uma vida interminável, em um mundo renovado em seu novo e restaurado estado, ressuscitados e recebendo vida naquela nova terra, significa vida eterna.
Embora as promessas sejam futuras, têm força hoje; ainda que como um prelúdio para a eternidade, esta vida ainda é importante porque provê a oportunidade para ganharmos a eternidade com Jesus. Assim, as melhores promessas, e o melhor concerto nos afetam aqui e agora também. É aqui, e agora, que o Senhor põe sua lei em nossas mentes, e nos dá o desejo de guardá-la. É aqui, e agora, que recebemos o poder para obedecer, amá-Lo e refletir o Seu caráter.
Neste ponto há algo que preciso ressaltar; Gálatas 5:1 diz: “Para a liberdade foi que Cristo nos remiu, ficai pois firmes e não vos submetais de novo a jugo de escravidão”. Foi E. J. Waggoner, em seu pequeno livro “Boas Novas” que, comentando este verso diz: “Onde devamos ficar firmes? Na liberdade do próprio Cristo, cujo prazer estava na lei do Senhor, porque estava no Seu coração” (Salmo 40:8). “Porque a lei do espírito da vida em Cristo te livrou da lei do pecado e da morte” (Romanos 8:2). Permanecemos firmes somente pela fé. Lembre-se: O ponto que aqui queremos salientar: Recebemos o poder para obedecer, amá-Lo e refletir o Seu caráter. Na página 104, ele nos diz: “Nesta liberdade não há vestígio de escravidão, é perfeita liberdade, é liberdade de alma, autonomia de pensamento bem como independência de ação; e por favor, note isto: Não é simplesmente que nos é dada a habilidade para guardar a lei, mas é-nos concedida uma mente que encontra prazer em fazê-lo. Não é que nós nos adequamos à lei porque não vemos outro meio de escapar da punição, isso seria uma enganadora escravidão, é deste cativeiro que o concerto de Deus nos livra.
 A promessa de Deus, quando não rejeitada, põe a mente do Espírito em nós de tal modo que achamos o mais alto prazer em obedecer a todos os preceitos da Palavra de Deus. A alma é livre como um pássaro voando calmamente sobre o topo das montanhas. É a gloriosa liberdade dos filhos de Deus, que têm a completa série da largura e comprimento e profundeza e altura do Universo de Deus É a liberdade daqueles que não têm que ser vigiados, mas que são confiáveis em todo o lugar, dede que cada passo não é senão o movimento da própria santa lei de Deus. Isto quer dizer que nós no reino de Deus, não precisamos ser vigiados, ninguém vai ficar preocupado que estaremos fazendo alguma coisa errada, que vá por em risco a paz do Céu novamente; de modo algum! Não teremos que ser espreitados; anjos não vão estar nos seguindo, observando-nos para terem certeza de que não saímos da linha, e ocasionalmente nos dizendo: “Desfrute as delícias do Reino celestial; mas não se esqueça de uma coisa, eu estou de olho em você! De modo algum isto vai acontecer, nós vamos ser livres e uma liberdade que é difícil para entendermos na nossa presente condição.
O Pastor Frederick Carnes Gilbert, na pág. 215 de seu livro: “O Messias Em Seu Santuário” diz: “Somente Deus era capaz de divisar um plano pelo qual o homem poderia novamente ser restaurado ao favor do Céu”.
Esse propósito de Deus em assim agir é fortemente sugerido em II Samuel 14:14: “Porque temos de morrer e somos como águas derramadas na terra que não se podem juntar; pois Deus não tira a vida mas cogita meios para que o banido não permaneça arrojado de Sua presença”. Deus condescendeu em unir-se ao homem, a fim de levantá-lo do abismo em que havia caído. Nenhum ser criado poderia restaurá-lo, e o substituto do homem deveria ser não somente Deus, mas também homem. Esta combinação de Deus e o homem é lindamente ensinada pelo sonho que Deus deu a Jacó quando este fugia de seu irmão Esaú. Jacó viu uma escada cujo topo estava no Céu e a Bse na terra. (Gênesis 28:10-15). Veja também I Coríntios 15:45 e 47: “O primeiro homem, Adão, foi feito ser vivente; o último Adão, porém, é espírito vivificante. O primeiro homem, formado da terra, é terreno; o segundo homem é do Céu”. Veja também O Desejado de Todas as Nações, pág. 296.
E o pastor Frederico Gilbert na pág. 221 diz mais: “Jesus voluntariamente Se entregou por nós, pois, a qualquer momento poderia ter pedido ao Pai legiões de anjos que O livrariam, (Mateus 26:52-54). Mas, a Escritura declarava que o Cristo deveria morrer (Isaías 53:4-12); Jesus voluntariamente Se deixou ser presa de Seus inimigos, embora sofrendo, Jesus aprendeu a obediência (Hebreus 5:8) até à morte; mas Ele ressuscitou, as chaves da morte e da sepultura que por 40 séculos tinham sido seguradas por satanás, agora passaram às mãos de Jesus, Substituto e Salvador. (Isaías 14:12-17; 24:21 e 22; Apocalipse 1:17, 18). A morte agora estava vencida, o homem podia, a partir de então, através do Senhor Jesus, ser trazido à presença do Pai. O homem agora podia ser unido à família de Deus, o círculo da família do Céu e da terra uma vez mais podia ser restaurado completamente e, do Pai, toda família na Terra toma o nome, tanto no Céu como sobre a Terra. (Efésios 3:14 u. p. e 15).
Na pág. 222 o Pastor Frederico diz: Quando o Salvador morreu na cruz disse: “Está consumado”. (João 19:30). A morte de Cristo foi a segurança de que o homem deveria viver outra vez. O caminho tinha sido aberto pelo qual os filhos de Adão podiam ser restaurados à presença de Deus. A morte e a ressurreição do Salvador, abriuram um novo e vivo caminho através da Sua carne para o homem retornar à família do Pai (Hebreus 10:20).
E na pág. 224 o Pastor Frederico pergunta: “Estará tal pessoa livre das tentações de satanás? E nos dá as seguintes passagens para embasarmos nossa resposta: I Coríntios 10:13: “Não vos sobreveio tentação que não fosse humana, mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentado além das vossas forças, pelo contrário, juntamente com a tentação vos proverá o livramento de sorte que a possais suportar”. I Pedro 5:8: “Sede sábios e vigilantes , o diabo vosso adversário anda em derredor bramando como leão, procurando alguém para devorar”. Apocalipse 12:12 e 17: “Por isso festejai ó Céus e vós os que neles habitais. Ai da terra e do mar, pois o diabo desceu até vós cheio de grande cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta. Irou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar com o restante da sua descendência, os que guardam o mandamentos de Deus e sustentam o testemunho de Jesus”.
Então o Pastor Frederico comenta: O único modo pelo qual um cristão pode alcançar as alturas de um homem perfeito em Cristo é segundo os meios providos por Ele, por nosso Sumo Sacerdote, Jesus Cristo. Quando uma pessoa rende sua vida ao Salvador, ele aprende que sem Cristo, não pode fazer nada. O pecado matou o homem natural (Romanos 7:9), e Cristo veio para resgatá-lo; soprou a vida do Espírito em sua alma, o ressuscitou da morte, do pecado e deu a ele um novo nascimento. Nosso Senhor, através do divino Espírito, soprou em sua alma o poder vivificante e é somente por este mesmo poder divino que o homem é capaz de fazer progresso na vida cristã. Duas passagens importantes: I Pedro 1:3 e II Pedro 1:4: “Bendito o Dei e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que segundo a Sua muita misericórdia  nos regenerou para uma viva esperança mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos”. “Pelas quais nos tem sido dadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis co-participantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo”.
Satanás vai arregimentar suas forças para atormentar este homem e o inimigo, vai fazer tudo que está em seu poder para vencê-lo. Tentações, seduções, fascínio, atração e engodo, irão fortemente perseguir o filho de Deus; às vezes bramando como leão, satanás tentará devorá-lo. (I Pedro 5:8). Para a segurança e salvaguarda do homem, foi provido uma armadura espiritual completa, para defrontar cada dardo do inimigo. Mas, ao você examinar Efésios 6:10-17, na equipagem listada por Paulo, verá que nenhum apetrecho foi provido para a defesa da retaguarda do cristão. Será que Deus foi omisso? Não! Pois não é de se esperar que o soldado de Cristo torne as costas para o inimigo, mas deverá sempre defrontá-lo; “Resisti ao diabo e ele fugirá de vós” (Tiago 4:7 u. p.). Não desanime pelos muitos padecimentos e dificuldades, mas resisti-lhe firmes na fé, certos de que sofrimentos iguais aos vossos estão se cumprindo na vossa irmandade espalhada pelo mundo. (I Pedro 5:9). Ao o fim se aproximar cada vez mais, o incansável inimigo lutará com todo poder, armamento e força. “Porque surgirão falsos Cristos e falsos profetas, operando grandes sinais e prodígios, para enganar se possível os próprios eleitos” (Mateus 24:24). E II Tessalonicenses 2:8-11 diz, então será de fato revelado o iníquo, a quem o Senhor Jesus matará com o sopro de Sua boca, e o destruirá pela manifestação de Sua vinda. Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de satanás, com todo poder, e sinais e prodígios da mentira, e com todo o engano de injustiça aos que perecem, porque não conheceram o amor da verdade para serem salvos. E por este motivo, pois, que Deus lhes manda a operação do erro, para darem crédito à mentira”. Mas nosso intercessor, nos concede a segurança de que Ele nos proverá de poder e graça para defrontar cada desafio. (Hebreus 4:15 e 16). Porque estamos satisfeitos com a escravidão se toda a liberdade é nossa? As portas da  prisão estão abertas, saí para a liberdade de Deus.
Sem dúvida podemos ver onde a superioridade de Cristo repousa, um que desceu ao nível do homem e então eleva este mesmo homem ao estado de um ser não caído ao reino de Deus. Deus através de Cristo revelou maravilhosas verdades para Seu povo, entretanto, captaram eles estas verdades em fé confiando em melhores promessas, melhor esperança, melhor país, ou eles desviam os olhos destas coisas e retornam para onde uma vez estiveram.. Este foi o desafio para os hebreus e é um repto para nós também hoje; notem agora Hebreus 11:13-16: “Todos estes morreram na fé, sem ter obtido as promessas, vendo-as, porém, de longe, e saudando-as, e confessando que eram estrangeiros e peregrinos sobre a terra. Porque os que falam desse modo manifestam estar procurando uma pátria, e, se, na verdade, se lembrassem daquela de onde saíram, teriam oportunidade de voltar. Mas aspiram a uma pátria superior, isto é, celestial. Por isso Deus não se envergonha deles, de ser chamado o seu Deus, porquanto lhes preparou uma cidade”.
Assim enfatizemos o ponto novamente. Apega-se o povo de Deus a estas verdades com fé? Com confiança nas melhores promessas, melhor esperança, país superior, ou tiram eles os olhos destas coisas e voltam para onde estavam antes? O ponto logicamente é que nós também, olhando adiante para melhores coisas, um melhor país, a cidade preparada para nós, devemos estar preocupados com eternas realidades, ao invés de ser pegos na armadilha das presentes coisas em volta de nós hoje, as preocupações desta vida. O Senhor nos deseja despertar para termos a mais elevada visão. Às vezes tenho pensado na experiência de Moisés, quando lhe foi dada a visão da terra prometida, e ponderado se ele estava vendo a Canaã terrena que mana leite e mel ou se lhe foi mostrado o Reino de Deus, a cidade que seria preparada para aqueles que fossem fiéis até o fim. Eu pessoalmente creio que ele viu muito mais do que simplesmente a terra prometida do Oriente Médio.
A reação humana para a superioridade de Cristo, sempre terá dois aspectos. Alguns vão crer nEle como o Senhor deles, não O impedirão de atuar neles; outros o rejeitarão por ignorância ou conscientemente. Alguns sabem quem o Senhor é, e o que tem feito em suas vidas, mas decidiram-se contra Ele de qualquer maneira. O livro de Hebreus é um apelo especificamente para estes que sabem a respeito de Jesus e o que Ele fez por eles, para que não o rejeitem. Ao longo de todo o livro, este mesmo apelo ocorre, vejam quem é Jesus e o que Ele fez, como então vocês podem se desviar dele?

Alexandre Snyman



O irmão Alexandre Snyman foi pastor adventista na África por quase toda a sua vida ministerial. Nos últimos anos de sua vida viveu no estado de Tenessee, nos Estados Unidos, e foi credenciado junto à Associação da Igreja Adventista nos estados de Kentucky e Tennessee, como se vê de correspondência que recebi da mesma.

Tradução:
"19 de maio de 1998
A quem possa interessar
Esta carta é escrita para confirmar que Alexandre Snyman é um empregado da Associação da Igreja Adventista do 7º Dia para os estados de Kentucky e Tennessee, na América do Norte, servindo como um de nossos pastores.
Respeitosamente,
ass.:
R. R. Hallock
Presidente."
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