O
texto de Hebreus 7: 27 “Jesus (verso 22)
nãos, depois, pelos do povo, porque ele
fez isto uma vez por todas, quando a Si mesmo Se ofereceu tem necessidade, como
os sumo sacerdotes, de oferecer todos os dias sacrifícios, primeiro, por seus
próprios pecados.”
Hebreus
emprega imagens tanto do serviço diário, como em Hebreus 9: 6, quanto anual,
verso 7, e todos acentuam o mesmo ponto, mediante Jesus temos completo acesso
ao Pai.
1ª
Sessão, O serviço diário.
O
autor de Hebreus emprega o santuário do deserto do velho testamento e seus
serviços sacrificiais, como o modelo, o tipo para ajudar a propiciar um lampejo
do ministério de Cristo no santuário celestial, separado desse contexto os
versos a respeito de sangues de bodes e touros, a tenda, o véu, o sumo
sacerdote, e assim por diante, fazem pouco sentido. Paulo emprega as realidades
terrenas para explicar as celestiais, e assim devíamos também fazer. Destarte,
não é de surpreender que em harmonia com o tipo do velho testamento, ele
distinguiu entre um ministério no primeiro compartimento do tabernáculo, o
lugar santo, e o ministério no segundo compartimento, o lugar santíssimo. No
anterior, o sacerdote e o sumo sacerdote, servindo numa base diária, ofereciam
sacrifícios para expiar os pecados do povo; no lugar santíssimo o sumo
sacerdote, fazia a expiação final, e purificava o santuário do pecado
(Levíticos 16). O diário parecia tratar com o pecado numa base individual, no
anual o serviço integral assumia um componente corporativo, tratando com a
nação como um todo. Em hebreus 9: 7, as palavras traduzidas como erros, derivam
de uma palavra grega que significa; pecados cometidos mediante ignorância, ou
falta de meditação. O que o fato de que, mesmo esse tipo de pecado precisava
ser expiado nos diz sobre quão sérios eles eram? Isto indica que Deus está
tratando com pequenos e diminutos detalhes no que tange ao pecado. Assim não
deve haver sequer um traço de iniquidade para contaminar o reino dos Céus de
modo algum.
Em
Hebreus 9: 6 vemos que o sacerdote diariamente entrava de manhã e á tarde no
primeiro compartimento do tabernáculo e oferecia ali incenso. Nos tempos
primitivos, o próprio sumo sacerdote fazia isto (Êxodo 30: 7). Sendo isso
realizado diariamente o incenso chegou a ser chamado; Incenso perpétuo, ou
continuo (v 8). Notem estes textos; primeiro Hebreus 7: 26-27: “Com efeito nos convinha um sumo sacerdote,
assim como Este, santo, inculpável, sem mancha, separado dos pecadores, e feito
mais alto do que os céus, que não tem necessidade, como os sumos sacerdotes, de
oferecer todos os dias sacrifícios, primeiro por seu próprios pecados, depois
pelos do povo; porque fez isto uma vez por todas, quando a Si mesmo Se
ofereceu”.
Cap.
10: 11 e 12: “Ora, todo sacerdote se
apresenta, dia após dia, a exercer o serviço sagrado e a oferecer muitas vezes
os mesmo sacrifícios, que nunca, jamais podem remover pecados; Jesus, porém,
tendo oferecido para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-se à
destra de Deus”.
E
também Hebreus 9: 28: “Assim também Cristo, tendo-Se oferecido uma vez para
sempre, para tirar os pecados de muitos, aparecerá, segunda vez, sem pecado,
aos que O guardam para a salvação”.
De
todas as boas novas encontradas em Hebreus, estes textos contêm algumas das
melhores, que são o fato de que o sacrifício de Jesus foi todo suficiente e
completo; não mais sangue precisa ser derramado, não mais animais precisam ser sacrificados
e não mais mortes para expiar pelo pecado. A morte de Cristo foi suficiente.
Boas novas? Sim, e dizemos amém! No livro “O
Grande Conflito,” nas ultimas páginas do capítulo O Santuário Celestial, Centro de Nossa Esperança, pág. 419, temos
isto:
“O
que se fazia tipicamente no ministério do santuário terrestre, é feito na
realidade, no ministério do santuário celestial. Depois de sua ascensão,
começou nosso Salvador a obra como nosso Sumo Sacerdote. Diz são Paulo: ‘Cristo
não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo
céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus’. (Hebreus 9: 24). O
ministério do sacerdote, durante o ano todo, no primeiro compartimento do
santuário, ‘para dentro do véu’ que formava a porta e separava o lugar santo do
pátio externo, representa o ministério em que entrou Cristo ao ascender ao Céu.
Era a obra do sacerdote no ministério diário, a fim de apresentar perante Deus
o sangue da oferta pelo pecado, bem como o incenso que ascendia com as orações
de Israel. Assim pleiteava Cristo com Seu sangue, perante o Pai, em favor dos
pecadores, apresentando também, com o precioso aroma de Sua justiça, as orações
dos crentes arrependidos. Esta era a obra ministerial no 1º compartimento do
santuário celeste. Para ali a fé dos discípulos acompanhou a Cristo, quando
diante dos seus olhos ele ascendeu. Ali se centralizara a sua esperança, e essa
esperança, diz são Paulo: ‘temos como
âncora da alma, segura e firme, e que penetra até o interior do véu, onde Jesus
nosso Precursor, entrou por nós, feito eternamente Sumo Sacerdote’. ... ‘Nem
por sangue de bodes e bezerros, mas por Seu próprio sangue, entrou uma vez no
santuário, havendo efetuado uma eterna redenção’ (Hebreus 6: 19 e 20; 9: 12).
Durante dezoito séculos, este ministério continuou no primeiro compartimento do
santuário. O sangue de Cristo, oferecido em favor dos crentes arrependidos,
assegurava-lhes perdão e aceitação perante o Pai; contudo, ainda permaneciam os
seus pecados nos livros de registro”.
2ª
Sessão: O dia da expiação em Hebreus.
No
capítulo 9: 7, é-nos dito que dentro do segundo compartimento, o santíssimo, ia
“o sumo sacerdote, sozinho uma, e só uma vez por ano, no dia da expiação, não
sem sangue”. Nesse dia expiação especial era feita e somente o sumo sacerdote
podia oficiar, o sangue dos touros que ele transportava para o santuário, era
para ele próprio e pelos erros do povo. Mas, o sangue de Jesus purifica o
santuário, e com isto o povo, estas são as boas novas, que o sangue de Cristo é
inteiramente suficiente para expiar e eliminar todo pecado, não importa como os
consideremos. Continuando no Grande Conflito na página 420:
“Como
no serviço típico, havia uma expiação ao fim do ano, semelhantemente antes que
se complete a obra de Cristo, para a redenção do homem, há também uma expiação
para tirar o pecado do santuário. Esse é o serviço iniciado quando terminaram
os 2.300 dias, naquela ocasião, conforme fora predito pelo profeta Daniel,
nosso Sumo Sacerdote entrou no lugar santíssimo, para efetuar a última parte de
Sua solene obra — purificar o santuário. Como antigamente eram os pecados do
povo colocados pela fé sobre a oferta pelo pecado, e, mediante o sangue desta,
transferidos simbolicamente para o santuário terrestre, assim, no novo concerto,
os pecados dos que se arrependem são, pela fé, colocados sobre Cristo e
transferidos de fato, para o santuário celeste. E como a purificação típica do
santuário terrestre se efetuava mediante á remoção dos pecados pelos quais se
poluíra; igualmente a purificação real do santuário celeste deve efetuar-se
pela remoção, ou apagamento, dos pecados que ali estão registrados. Mas, antes
que isto se possa cumprir, deve haver um exame nos livros de registro para
determinar quem, pelo arrependimento dos pecados e fé em Cristo, tem direito
aos benefícios de sua expiação. A purificação do santuário, portanto, envolve
uma investigação — um julgamento, e isto deve efetuar-se antes da vinda Cristo,
para resgatar Seu povo, pois que, quando vier, Sua recompensa estará com ele
para dar a cada um segundo as suas obras (Apocalipse 22: 12). ... Ao passo que
a oferta pelo pecado apontava para Cristo, como um sacrifício, e o sumo
sacerdote representava a Cristo como mediador, o bode emissário tipificava
satanás, autor do pecado, sobre quem os pecados dos verdadeiros penitentes
serão finalmente colocados. Quando o sumo sacerdote, por virtude do sangue da
oferta de transgressão, removia do santuário os pecados, colocava-os sobre o
bode emissário. Quando Cristo, pelo mérito do Seu próprio sangue, remover do
santuário celestial os pecados de Seu povo, ao encerrar-se o Seu ministério,
Ele os colocará sobre satanás, que, na execução do juízo deverá arrostar a pena
final. O bode emissário era enviado para uma terra não habitada, para nunca
mais voltar à congregação de Israel, assim será satanás para sempre banido na
presença de Deus e de Seu povo, e eliminado da existência na destruição final
do pecado e dos pecadores”. Obra citada, págs.. 420 e 421.
Hebreus
9: 23 diz: “Era necessário, portanto, que
as figuras das cousas que se acham nos céus se purificassem com tais
sacrifícios, mas as próprias cousas celestiais com sacrifícios a eles
superiores”. O pastor Andreasen na pág. 356 de sua obra “O Livro de Hebreus”, declara: “À
primeira vista pode parecer estranho que deva haver alguma coisa no céu que
careça ser purificado, contudo, sabemos que satanás foi outrora um anjo e que
ele pecou no céu. Também entendemos que o registro dos pecados dos homens esta
inscrito lá, bem como as suas boas obras e quando chegar o tempo em que pecados
e pecadores devam não mais existir, haverá uma purificação de tudo o que teve
contato com o pecado. Quando finalmente o próprio registro do pecado for
destruído, nada mais haverá para trazer o pecado à lembrança; tal purificação
das coisas celestiais corresponde adequadamente, à purificação do santuário
terrestre, a declaração é definida: Tal como as coisas da terra eram
purificadas, assim é necessário que as coisas no céu também o sejam”. Agora,
referindo-se especificamente ao verso 23, que está sob consideração aqui, o
pastor Andreasen continua: “Era, portanto, necessário pela própria natureza das
coisas, que o santuário terrestre e seus vasos do ministério fossem
purificados; isto era feito antes que o santuário fosse posto em uso, como
questão de dedicação e consagração e era feito anualmente, vez após vez, na
medida em que os serviços do santuário prosseguiam”.
Quando
aquilo que era o resultado da ação humana era usado para serviço de Deus, não é
só eminentemente adequado, mas necessário que seja consagrado e posto à parte
para uso santo. Tal como o serviço no santuário em sua maior parte lidava com o
pecado, e havendo uma continua contaminação em ambos os lugares santos, e as
coisas ali, era imprescindível haver expiação devido à impureza dos filhos de
Israel, e por causa de suas transgressões em todos os seus pecados (Levíticos
16: 16). Assim uma vez ao ano no dia da expiação uma purificação tinha lugar e
que incluía tanto o lugar santo, o santíssimo e o altar (vs. 16-20). Essa
purificação diz o autor era necessária.
O
padrão das coisas no céu.
O
tabernáculo terreno e todas as tarefas era uma cópia e representação das coisas
no céu. A palavra padrão é traduzida como exemplo, e o serviço terreno é
indicado como exemplo e sombra, das coisas celestiais. A melhor tradução aqui
talvez fosse representação. Não há em Hebreus 9: 23, no original, a palavra
coisas e a leitura correta seria. Os próprios céus. Alguns colocam coisas,
outros lugares, e ambos são admissíveis, em vista do fato de que, na
purificação do santuário terrestre no dia da expiação tanto os lugares santos
como as coisas eram purificados, somos levados à crença de que a expressão o
próprio céu é correta, incluindo tanto o santuário e as coisas.
Melhores
sacrifícios.
O
plural sacrifícios, expressa a ideia geral de sacrifício. As muitas formas
usadas no serviço Levítico inclui-se no único grande sacrifício de Cristo. Sobre
a declaração de que há algo no céu que precisa de purificação, “West Cost” em A Epistola aos Hebreus, pág. 271 diz: O
santuário celestial deve necessariamente ser purificado de um modo paralelo à
purificação do santuário terrestre, não só dedicado ou inaugurado. Frans de Lith,
em “Comentário sobre a Epistola aos
Hebreus,” vol. 2, pág. 124, diz que: “A purificação necessária no céu, é,
não em figura somente, mas em verdade pela morte expiatória e sangue de Jesus”.
Ele cita a palavra Katarizestai, isto soa como Katarzi, que é um elemento de limpeza.
O Pastor Andreasen na pág. 359 de seu livro diz que: “As coisas celestiais
mencionadas aqui incluem, como vimos, antítipos celestiais o tabernáculo
terrestre, bem como do santuário, isto é, a purificação inclui o 1º compartimento,
bem como o santíssimo que ele chama o santuário eterno; ambos os compartimentos
do santuário terrestre precisam ser purificados e não somente o santíssimo. É
requerida uma remoção das consequências do pecado humano que os afeta, e a
remoção das ações contra o pecado, ou seja, a ira divina. A purificação do
santuário celestial envolve não só, ou meramente, as consequências do pecado,
mas a remoção do próprio pecado, isto inclui a destruição pela morte daquele
que tem o poder da morte, ou seja: o Diabo. Lembre-se que o titulo de nossa
lição é: “O Ministério de Jesus e o Santuário”, assim, vamos repetir o que uma
frase que lemos do pastor Andreasen na pág. 359 de seu livro que diz: “Devemos
igualmente esperar que após o giro anual de serviços no santuário terrestre,
chegava ao dia da prestação de contas, e todos os pecados eram passados em
revista perante Deus, chamado o dia da expiação, o dia em que o santuário era
purificado de todos os pecados acumulados.” Assim deve haver uma obra paralela
no encerramento do ministério de Cristo no Céu. Isto é exatamente ao que o
nosso texto nos leva a esperar e é o que diz.
Agora
chegamos a uma passagem muito relevante no livro “O Caminho Consagrado Para a Perfeição Cristã”, pág. 69, escrito por
Alonso Trevier Jones, um dos mensageiros de 1888. Ele Cita de Isaías Capítulo
1, começando com o verso 10, nos é dito aqui: “Ouvi a palavra do Senhor, vós príncipes de Sodoma, prestai ouvidos à
lei de nosso Deus, vós, ó povo de Gomorra. De que me serve a Mim a multidão de
vossos sacrifícios? Diz o Senhor: Já estou farto dos holocaustos de carneiros,
e da gordura de animais nédios; e não folgo como o sangue de bezerros, nem de
cordeiros, nem de bodes. Quando vindes para compareceres perante Mim, quem
requereu isto de vossas mãos, que viésseis pisar os Meus átrios? Não tragais
mais ofertas debalde; o incenso é para Mim abominação, e as luas novas, e os
sábados, e a convocação das congregações; não posso suportar iniquidade nem
mesmo o ajuntamento solene. As vossas luas novas e as vossas solenidades as
aborrece a Minha alma; já Me são pesadas: Já estou cansado de as sofrer. Pelo
que, quando estendeis as vossas mãos, estão cheias de sangue. Lavai-vos,
purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos Meus olhos: Cessai
de fazer o mal. Aprendei a fazer o bem; praticai o que é reto, ajudai ao
oprimido; fazei justiça ao órfão, tratai da causa das viúvas. Vinde então, e
arguí-Me, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata,
eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim,
se tornarão com a branca lã (Isaías 1: 10-18).
“O
que isto tudo queria dizer? Estava Deus cancelando o sistema sacrifical? De
modo algum. O problema estava com o povo. Todo o sistema tornou-se sem
significado para eles, porque nada mais era que um enfadonho ritual. Não só
para eles mesmos, mas para Deus também. O Senhor queria que eles tirassem
lições objetivas do derramamento de sangue, que vissem o quadro da cruz que
haveria de vir e para a qual todos esses sacrifícios apontavam. Eis aí porque
Isaías apelou para eles pararem, com esses rituais destituídos de significado,
mesmo assim, porém, não foram consideradas as Suas queixas. Foi por causa de
sua iniquidade que Israel foi levado cativo e o seu país ficou desolado. Havia
também, para ajudar, o perigo de não reconhecer esta grande verdade, apesar de
o Senhor ter Se empenhado em ensinar à nação. Mas, não a tinham aprendido a
manutenção do templo e a presença de Deus nesse templo como sua grande
finalidade. Não reconheceram, porém, que somente através do templo e seu
ministério, podia-se alcançar o cumprimento do perdão e da expiação e que
Aquele que habitava no templo, queria habitar neles. O Senhor clamou outra vez
através de Jeremias ao Seu povo, que queria salvá-los do seu erro, para que
pudessem ver e receber a grande verdade do propósito do templo e do seu
serviço. Assim disse Ele:
“Eis que vós confiais
em palavras falsas, que para nada são proveitosas. Furtareis vós, e matareis, e
cometereis adultério, e jurareis falsamente, queimareis incenso a Baal e
andareis após outros deuses que não conhecestes, e então vireis e vos poreis
diante de Mim nesta casa, que se chama pelo Meu nome, e direis: Somos livres,
podemos fazer todas essas abominações? É, pois esta casa, que se chama pelo Meu
nome, um covil de salteadores aos vossos olhos? Eis que Eu, Eu mesmo, vi isto,
diz o Senhor”,
[Jeremias
7: 8-11]. Jeremias sentiu uma grande responsabilidade pelo seu povo e
ele clamou: “Oxalá a minha cabeça se
tornasse em águas e os meus olhos numa fonte de lagrimas! Então choraria de dia
e de noite os mortos da filha do meu povo” [Jeremias 9: 1]. Lembrem-se
que lemos uns momentos atrás onde foi dito, eis as palavras mentirosas que não
podem ter proveito. O pastor A. T. Jones, pergunta, em que palavras mentirosas
especificamente esse povo confiava? Ei-las:
“Não vos fieis em palavra falsas dizendo: Templo do senhor, templo do senhor,
templo do senhor, é este” (Jeremias 7: 4).
“Assim
foi perfeitamente mostrado que apesar de o povo ter tudo, as formas do culto e
do serviço do templo, passaram por tudo, meramente como forma, falhando por
completo quanto ao propósito do templo e dos serviços, o que seria unicamente
para que Deus pudesse reformar e santificar a vida do povo, habitando neles
individualmente. E como faltava isso tudo, a iniquidade de seus próprios
corações manifestava-se neles cada vez mais, por esta razão todos os seus
sacrifícios, cultos e orações eram somente escárnio e barulho, enquanto seus
corações e vidas continuavam irregeneráveis e ímpios.
Podemos
nós começar a entender, através do erro do povo de Deus no passado, porque o
ministério de Jesus no santuário celestial é tão importante, também, para nós
hoje?
“Por
esse motivo foi dito a Jeremias, cap. 7:1 a 7: “Põe-te à porta da casa do Senhor, e proclama ali esta palavra e dize:
Ouvi a palavra do Senhor, todos de Judá, vós os que entrais por estas portas,
para adorardes ao Senhor. Assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel: Emendai
os vossos caminhos e as vossas obras, e Eu vos farei habitar neste lugar. Não
confieis em palavras falsas dizendo: Templo do Senhor, templo do Senhor, templo
do senhor é este, mas se deveras emendardes os vossos caminhos e as vossas
obras, se deveras praticares a justiça cada um com o seu próximo, se não oprimirdes
o estrangeiro, e o órfão, e a viúva, nem derramardes sangue inocente neste
lugar, nem andardes após outros deuses para vosso próprio mal, Eu vos farei
habitar neste lugar, na terra que dei a vossos pais, desde os tempos antigos e
para sempre”.
“Em
vez de permitir que o grande propósito de Deus, o templo e seu serviço, fossem
encontrados neles próprios o povo corrompeu por completo esse propósito. Em vez
de permitir que o templo e seus serviços que Deus na Sua graça tinha montado
entre eles, para ensinar-lhes como ele verdadeiramente queria habitar entre
eles, a saber, nos seus corações, e fossem santificados em suas vidas, eles
excluíram todo esse verdadeiro propósito do templo e dos seus serviços e o perverteram
numa finalidade completamente errada, sancionando as maiores iniquidades e
acobertando a mais profunda e negra impiedade. Para tal sistema, não havia outro
remédio, senão a destruição. De acordo com isto, a cidade foi sitiada, foi
posta em cativeiro pelos gentios, o templo e sua santa e preciosa casa foi
destruído, e, com a cidade e o templo ficaram um negro amontoado de ruínas,
destruídas pelo fogo. O povo foi levado cativo para Babilônia onde na sua dor e
no profundo sentimento de sua grande privação, procuraram, encontraram e
adoraram ao Senhor duma maneira que reformou a vida deles, que se o tivessem
feito quando o templo ainda existia, este certamente teria existido para sempre
(Salmo 137: 1-6). Deus os trouxe de Babilônia como um povo humilhado e
reformado, o seu santo templo foi reconstruído e os seus serviços foram
restaurados; o povo habitava novamente na sua cidade e no seu país, mas, outra
vez, seguiu-se a apostasia, o mesmo roteiro foi novamente repetido, até que
Jesus, o grande centro do templo e dos seus serviços, veio para o que era Seu,
as mesmas condições antigas prevaleciam (Mateus 21: 12, 13, e 23: 13 a 32). Nos seus corações podiam persegui-Lo
até à morte e exteriormente mostravam-se tão santos, que não podiam atravessar
a soleira do salão de julgamento de Pilatos, para não se contaminarem, João 18:
28. Quando Jesus no templo falou nisto ao povo, referindo-se ao templo do seu
corpo, estava se esforçando como, aliás, durante toda a história do povo de
Israel, para fazer-lhes entender que o grande propósito do templo e os seus
serviços fora sempre que Deus, através do ministério e dos serviços efetuados,
habitasse e andasse no meio deles como habitava no templo; santificar assim a
Sua morada neles como tinha santificado o templo quando nele habitava. Assim
deveriam ter sido seus corpos, templos verdadeiros do Deus vivo, para Deus
poder habitar e andar neles.”
Oh!
Confio que possam ver o ponto que o pastor Jones está tentando acentuar, seria
diferente hoje com o ministério de Jesus no santuário? Não deveríamos nós
entrar nesta experiência cooperando com Ele, de modo que Ele possa cumprir os
Seus propósitos em nossa vida?
E
Jones continua na página 74: “Mesmo assim não quiseram ver a verdade, não
quiseram ser reformados, não quiseram ter cumprido neles próprios o propósito
do santuário, que era habitar Deus neles. Rejeitaram aquele que veio
pessoalmente para lhes mostrar este verdadeiro propósito e o caminho
verdadeiro. Por conseguinte, mais uma vez não havia remédio senão a destruição;
novamente foi a sua cidade tomada pelos pagãos, novamente o templo, a sua santa
e famosa casa, foi queimada pelo fogo, novamente foram levados cativos, sendo
para sempre espalhados para serem novamente “...vagabundos
andarão entre as nações” (Oséias 9: 17).
“O
verdadeiro santuário do qual aquele era um símbolo, original do qual isto era
um modelo, era naquele tempo existente. Através destas lições ilustradas, Deus
quis dar-lhes o conhecimento da verdade; por conseguinte não era um símbolo de
alguma coisa por vir, que ainda não existia, mas um símbolo no sentido de ser
uma lição e representação visível daquilo que existia naquele tempo, sendo,
porém, invisível; para educá-los numa tal experiência na fé e na verdadeira
espiritualidade de modo a que pudessem ver o invisível. Através disso tudo
estava Deus a revelar-lhes assim como a todos os povos, para sempre, que Ele
através do sacerdócio, ministério e o serviço de Cristo no verdadeiro
santuário, no templo que está nos céus, vive entre os homens.”
Oh!
Como espero que possam ter percebido aquilo a que temos estado apontando. Nossa
lição ao tratar com o ministério de Jesus no santuário é realmente abrangida
neste último parágrafo. Notem agora estes textos: O primeiro é Iª Timóteo 2:5: “Portanto há um só Deus e um só Mediador
entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem”. Daí temos Hebreus 8:6: “Agora, com efeito, obteve Jesus ministério
tanto mais excelente, quanto é Ele também mediador de superior aliança, instituída
com base em superiores promessas”. Também Hebreus 9: 15: “Por isso mesmo, Ele o mediador da nova aliança, a fim de que, intervindo
a morte para remissão das transgressões que havia sob a primeira aliança,
recebam a promessa da eterna herança aqueles que têm sido chamados.” Depois
Hebreus 12: 24: “E a Jesus, o Mediador de
Nova Aliança, e ao sangue da aspersão, que fala coisas superiores ao que fala o
próprio Abel”.
Jesus
como Mediador, não pode ser separado do Jesus do sacrifício e Jesus o nosso
Sumo Sacerdote, tudo é parte do mesmo plano da salvação. Em virtude da Sua vida
perfeita e completo sacrifício, Jesus agora apresenta-se como nosso Sumo
Sacerdote no céu, onde apresenta-se na presença de Deus por nós, como nosso
Mediador. No serviço do Velho concerto, o sacerdote tomava o sangue de animais,
e levava para dentro do santuário terrestre, ele o fazia como representante de
outros e ia a lugares onde outros não podiam ir. O sacerdote tinha que fazer
isto dia após dia, ano após ano. Sob o novo concerto, em lugar dos sacerdotes
terrenos e pecadores, temos a Jesus, o Mediador de um melhor concerto, que é
estabelecido sobre melhores promessas. Os pecadores hoje não precisam encontrar
um animal, não precisam levá-lo a um santuário terrestre, e não precisam que
outro pecador faça mediação desse sangue por nós; tudo foi realizado por nós
mediante Jesus, por quem podemos ter acesso a Deus, a qualquer tempo e em
qualquer lugar.
Quando
pecamos confessamos os nossos pecado a Jesus, por causa de Seus méritos. Sua
perfeita justiça, apresenta-se na presença de Deus por nós, representando-nos,
não com nossa justiça, mas com a Sua própria. Os méritos que Ele próprio operou
por nós, enquanto aqui sobre a terra, os méritos que se tornaram nossos pela
fé. Em Suma, Ele está aplicando em nosso favor os benefícios de Sua perfeita
vida e morte, o único meio pelo qual nós, como pecadores, podemos ser aceitos
por Deus. Portanto neste tempo, que todo crente em Jesus, se erga na força
dessa verdadeira fé confiando implicitamente nos méritos de nosso Grande Sumo
Sacerdote, em Seu santo ministério e intercessão por nós.
E
então na justiça da paz e do poder dessa fé verdadeira, que toda alma que
conheça isto, espalhe a todas as pessoas e aos confins do mundo, as gloriosas
novas do sacerdócio de Cristo da purificação do santuário, da conclusão do
ministério de Deus dos tempos de refrigério que virão e do breve retorno do
Senhor, para ser glorificado em seus santos, e para ser admirado por todos
aqueles que creem naquele dia, e para apresentar-se uma igreja gloriosa, não
tendo mancha ou ruga, mas santa e sem mácula.
E
o pastor Jones conclui o seu livro: “O
caminho Consagrado Para a Perfeição Cristã”, citando: “Ora a suma do que temos dito, é que temos um Sumo Sacerdote tal, que
está assentado no Céus à destra do trono da Majestade, ministro do santuário e
do verdadeiro tabernáculo o qual o Senhor fundou e não o homem. Tendo, pois,
irmãos ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo
caminho que Ele nos consagrou pelo véu, isto é pela Sua carne” (Hebreus 10:
20), e tendo um grande Sacerdote sobre a casa de Deus, cheguemo-nos com
verdadeiro coração, e inteira certeza de fé, tendo os corações purificados da
má consciência e o corpo lavado com água limpa, retenhamos firmes a confissão
da nossa esperança, porque fiel é o que prometeu.
O
pastor Jack Sequeira, no segundo sermão com o título: O Santuário Celestial,
segunda parte, da série sobre o santuário, nos chama a atenção para o fato de
que, em sua grande maioria, os evangélicos entendem que os dois bodes usados no
dia da expiação representavam a Cristo, pois tinham que ser ambos sem mancha;
que ambos tinham de ser puros é evidente, do simples fato de que sobre eles era
lançada a sorte para se escolher qual seria o bode do Senhor. Bem, precisamos
primeiramente entender que bode na Bíblia, representa o pecado, em Mateus 25: 33,
Cristo dirá a estes, apartai-vos de Mim. (vs. 41).
Escolásticos
judeus concordam que azazel representa satanás. A King James trás Scapegoat, bode
expiatório. Os críticos dos Adventistas, erroneamente dizem que fazemos de
satanás salvador do crente. Para sustentarem tal tese mudam para interpretação
de que o bode que permanece vivo, também representa a Cristo; assim fazem de
Cristo um agente tanto do bem como do mal. Que ligação há entre a luz e as
trevas? Entre a verdade e o erro? Azazel, sempre entendiam eles, era, e sempre
foi satanás. O manuscrito Siríaco, um dos mais antigos e confiáveis, para
azazel tem esta frase: O anjo que revoltou-se. Significativamente esclarecedor,
não é verdade? A maioria dos Escolásticos Cristãos interpretam azazel como bode
expiatório. Os críticos e Escolásticos evangélicos contemporâneos, no afã
exclusivo de combaterem os Adventistas abandonaram esta interpretação que era
quase unânime, o que lhes causará maiores problemas e incômodo que teriam em
defrontar a clara verdade Adventista da purificação do santuário. O problema é
que quando você lida com o pecado, no sentido legal como transgressão da lei,
defronta três consequências envolvidas: Primeiramente: Há a culpa; em segundo
lugar: Há a punição; e, finalmente, terceiro: Há a responsabilidade. Se você atropela uma pessoa que se jogou na
frente do seu carro, você esteve envolvido na morte daquele indivíduo, embora
não seja responsável pelo ocorrido. A lide, no processo expiatório será: Quem é
responsável pelo pecado? A expiação lida com este aspecto, que não foi
resolvido na cruz.
Vejamos
isto de outro ângulo: Algo claro nas escrituras é a soberania de Deus, isto
implica que nada ocorre no Universo, sem que Ele o permita. Sabia Deus que Lúcifer
pecaria? Então, porque o criou? Se Deus é Soberano, então Ele permitiu a
superveniência do pecado. A verdade de fato, é que Deus assume a culpa de tudo
o que ocorre até o dia da purificação, quando este aspecto da responsabilidade
pela origem e desenvolvimento do pecado será finalmente resolvida; sem o que
Deus não pode dar por encerrado o grande conflito entre o bem e o mal. Porque
Ele é Soberano e permite as coisas acontecerem, Ele tem que assumir a culpa até
o dia da expiação. Os dois bodes, representam dois seres puros, Cristo e
Lúcifer. Dois seres puros. Um originou a existência do pecado, o outro solveu o
problema do pecado. Ezequiel 28: 15 mostra-nos que Lúcifer era perfeito.
Na
cruz, Cristo solveu o problema do pecado, porém, para encerrá-lo Ele deve
defrontar-se com Lúcifer e este deve confessar que Deus estava certo. Dois
seres santos militavam nos lugares celestiais. Um, Lúcifer, inexplicavelmente
originou o pecado em si, por si e para si mesmo; é o princípio do ego. Ele é,
pois, o grande responsável pelo pecado, a expiação resolverá este último efeito
do pecado. Ele não será eliminado sumariamente, mas terá 1000 anos para pensar
no que realizou. Note que o bode azazel não é morto, mas levado ao deserto por
alguém especialmente selecionado para isto; este alguém é Jesus. E é
previamente selecionado para tal tarefa pelo princípio Ágape, que se destacou
em negação de si mesmo. Solveu o problema que o outro ser, Lúcifer, criara.
Então
satanás e seus anjos terão mil anos para meditar no que fizeram. Estarão presos
por uma cadeia de circunstâncias. (Apocalipse 20: 2), não terem a quem tentar
(v.3). E finalmente admitirão que Deus estava certo, porque todas as
evidências, estarão claramente demonstradas. Todo joelho se dobrará diante de
Mim, e toda a língua confessará a Deus (Romanos 14: 11); uma citação de Isaías
45: 23 última parte. Estarão convencidos ante a clara evidência dos fatos,
porém, não arrependidos, e findando-se os mil anos, os ímpios ressuscitarão
(v.5), e satanás sairá a enganá-los (v.8), sitiarão a grande cidade, mas
descerá fogo do Céu e os consumirá.
O
propósito do dia da expiação é colocar a responsabilidade aonde e sobre quem
pertence, sem o que o grande conflito entre o bem e o mal, nunca poderá
terminar. A expiação tem este propósito, tratar com o último aspecto legal do
pecado, a responsabilidade. Note que o bode sorteado para ser o bode do Senhor
é que era oferecido em sacrifício. Sem o
derramamento de sangue não há remissão. Cristo fez isto no calvário, Ele
ali lidou com a culpa.
O
sumário: O livro de Hebreus, empregando como seu modelo os serviços do
santuário terrestre emprega imagem dos serviços diário e anual. Tudo isto
aponta a grande e melhor esperança que temos em Jesus, nosso Intercessor,
Mediador, e Sumo Sacerdote no Céu. Também isto, Hebreus nos dá uma boa
descrição de como o santuário terrestre, representava o celeste. Conquanto
ambos tivessem papéis similares, o fator delineador é a intercessão de Cristo
em nosso favor. O que podemos dizer senão Amém!?
Alexandre Snyman
O irmão Alexandre Snyman foi pastor
adventista na África por quase toda a sua vida ministerial. Nos últimos anos de
sua vida viveu no estado de Tenessee, nos Estados Unidos, e foi credenciado junto
à Associação da Igreja Adventista nos estados de Kentucky e Tennessee, como se
vê de correspondência que recebi da mesma.
Tradução:
"19 de maio de 1998
A quem possa interessar
Esta carta é escrita para confirmar que Alexandre Snyman é um empregado da Associação da Igreja Adventista do 7º Dia para os estados de Kentucky e Tennessee, na América do Norte, servindo como um de nossos pastores.
Respeitosamente,
ass.:
R. R. Hallock
Presidente."
_________________________________
"19 de maio de 1998
A quem possa interessar
Esta carta é escrita para confirmar que Alexandre Snyman é um empregado da Associação da Igreja Adventista do 7º Dia para os estados de Kentucky e Tennessee, na América do Norte, servindo como um de nossos pastores.
Respeitosamente,
ass.:
R. R. Hallock
Presidente."
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