O
texto é de Hebreus 13: 14: “Pois, não
temos aqui cidade permanente, mas buscamos a cidade vindoura”.
Embora
muitos cristãos estejam apreciando o privilégio de ser o povo de Deus aqui e
agora, a grande esperança deles existe em no final cumprimento de todas as
promessas — a segunda vinda de Cristo.
A
primeira parte o tempo do fim. Hebreus
1:1 e 2, diz: “Havendo Deus outrora
falado, muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós
falou-nos, nestes últimos dias, pelo Filho, a Quem constituiu Herdeiro de tudo,
por Quem fez o mundo”. Depois, 9:26, ú.p.): “Jesus, agora, na consumação dos séculos uma vez Se manifestou, para
aniquilar o pecado pelo sacrifício de Si mesmo”. Estas expressões que falam
sobre o fim do mundo, nos últimos dias, e ao se cumprirem os tempos, ou na
consumação dos séculos, precisam ser examinados na perspectiva apropriada. Como
entendemos estas palavras? Talvez assim: A primeira vinda de Cristo foi um
evento culminante que trouxe uma mudança de tempos, uma inteira e nova ordem
espiritual foi inaugurada pelo ministério de Jesus, que teve que sofrer e
morrer antes que ao pecado e sofrimento pudesse ser dado um fim. O supremo
sacrifício foi feito, a penalidade pelo pecado foi paga; tudo que era
necessário para garantir a salvação foi providenciado pelo sacrifício único de
Cristo. Estas coisas tinham que acontecer, antes que a realidade do novo Céu e
da nova Terra pudesse tornar-se efetiva. Neste sentido, e desta perspectiva, o
apóstolo podia falar sobre o seu tempo como o fim do mundo, não importando
quantos séculos mais se passariam antes que Cristo voltasse. Nós temos que
entender esse tipo de pensamento, para coloca na apropriada perspectiva as
expressões que encontramos aqui.
Agora,
nos volvamos para a epístola do apóstolo Pedro, no primeiro capítulo, versos 18
a 20: “Sabendo que não foi com coisas
corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de
viver, a qual, por tradição, recebestes dos vossos pais, mas com o precioso
sangue de Cristo, como de um cordeiro sem defeito e sem mancha, o qual, na verdade,
foi conhecido ainda antes da fundação do mundo, mas manifesto, nestes últimos
tempos, por amor de vós”.
Viram?
Pedro conecta a morte de Jesus com os últimos dias, Porque Jesus tinha que
morrer antes que estes últimos dias pudessem chegar? O autor de Hebreus deseja
que seus leitores saibam que os velhos caminhos tinham passado, e, que algo
novo, uma coisa melhor, traria à fruição todas as esperanças deles através de
Jesus. O autor, ao que parece, não estava tanto tentando colocá-los numa linha
de tempo, mas permitir que soubessem que estavam num novo tempo espiritual. De
Jon Paulien: “Com o advento de Cristo, uma nova era surgiu, ou passou a correr
paralela com a velha. As duas continuarão a existir lado a lado, até o segundo
advento, quando a velha será finalmente destruída. Os cristãos, portanto, vivem
em dois mundos ao mesmo tempo, Jesus podia mesmo combinar os dois conceitos
juntos em uma única sentença: “Em verdade
vos digo, vem a hora, e já agora chegou, quando os mortos ouvirão a voz do
Filho de Deus (João 5: 25).” [What the
Bible Says About the End-time (O que a Bíblia Diz Sobre o Tempo do Fim),
págs. 77 e 78].
Gostamos
de dizer que estamos vivendo nos últimos dias. Como alguns dos versos que lemos
a pouco podem nos ajudar a manter este conceito em apropriada perspectiva?
O
pastor Millian Lauritz Andreasen, na pág. 364 de sua obra: O Livro de Hebreus, comentando o verso 26, do capítulo 9, diz: A
expressão “agora, na consumação dos
séculos,” ou “na consumação das eras,”
é algo diferente de “nestes últimos dias,”
de Hebreus 1:2, que, simplesmente significa, o último período da presente era;
enquanto que a expressão aqui em Hebreus 9:26, significa a consumação, ou
terminação de uma série de eras, que afinal, chega a um clímax, como vimos numa
citação desse mesmo autor.
Todos
os períodos que antecederam, foram preparatórios para a vinda do Salvador. Todas
as eras apontam para este evento, e têm significado somente na medida em que
marcam um caminho para a apoteose. Agora chegou, Cristo apareceu, e uma nova
era está às portas. Esta aparição de Cristo para terminar com o pecado, pelo
sacrifício de Si mesmo, está em contraste com Seu aparecimento à segunda vez,
sem pecado, como mencionado no verso 28.
Devemos
guardar-nos de ir muito longe em um sentido, ou noutro contrário, e é fácil
fazer isso, já nos aconteceu como um povo. Por um longo período falamos sobre a
segunda vinda de Cristo, estando perto, mesmo às portas. O saudoso pastor
Enoque de Oliveira, pregava um sermão cujo título era: “Eu já ouço os passos de um Deus que Se aproxima.” Chegamos mesmo a
ser criticados por alguns evangélicos como “—a
igreja do breve virá.”
Lembro-me
quando me tornei Adventista do sétimo dia, muitos anos atrás, bem mais de meio
século já. Eu nunca pensei que veria o ano 2000; mas veio e se foi e o tempo
está caminhando.
Contra
o que temos que nos guardar aqui? De duas coisas: Primeiro: De ignorar o fato
de que a vinda de Cristo tem sido retardada. E, Segundo: Também do fato de que
parece que há uma tendência para se dizer: “—Meu
Senhor retarda a Sua vinda.”
Evidência
inspirada existe que nos diz que, se os propósitos de Deus tivessem sido
cumpridos em, e por seu povo, o Senhor Jesus teria retornado a esta Terra um
longo, longo tempo atrás.
Ouçamos
esta declaração de Testimonies, volume
9, pág. 29, e que também está no Boletim
da Conferência Geral de 1893, pág. 419; em português, você encontrará, a
segunda metade desta declaração, em Testemunhos
Seletos, volume III, pág. 297:
“O
Senhor intentou que as mensagens de advertência e instrução, dadas através do
Espírito a Seu povo, devesse ir a toda parte; mas a influência que cresceu da
resistência à luz da verdade em Mineápolis, tende a tornar de nenhum efeito a
luz que Deus deu ao Seu povo, através dos testemunhos. Se cada soldado de
Cristo tivesse cumprido o Seu dever, houvesse cada atalaia nos muros de Sião
dado à trombeta o sonido certo, o mundo já teria ouvido a mensagem de
advertência; mas, a obra já está anos atrasada”.
Esta
declaração por ser de 1893 me diz que após a concessão daquela maravilhosa
mensagem na Conferência Geral de 1888, o trabalho poderia ter sido terminado em
quatro anos. Mas, como ouvimos, “a obra está anos atrasada.”
Aqui
outra declaração, agora da Revista Adventista Americana Review and Herald de 6 de outubro de 1896:
“Se
aqueles que dizem que têm uma experiência nas coisas de Deus, tivessem
realizado sua designada tarefa, como ordenou o Senhor, o mundo inteiro já teria
sido advertido muito antes disso, e o Senhor Jesus teria vindo em poder e
grande glória”.
O
que simplesmente significa que nos anos 90 daquele século XIX esta inteira
experiência do homem nesta Terra, poderia ter sido consumada. O fim poderia ter
vindo, Jesus voltado em poder e grande glória. Diversas das declarações que
temos continuam nesta linha, e não são poucas, são muitas, mas o que precisamos
enfatizar é o fato de que Jesus pretendia vir então, mas foi amargamente
desapontado, por não ser-Lhe possível fazê-lo; porque o Seu povo ainda não
estava preparado.
Novamente
da Review and Herald, agora de 15 de
dezembro de 1904, ouvimos:
“O
desapontamento de Cristo está além da descrição”.
De
todas as declarações que foram feitas a este respeito, nos parece que o
problema se centraliza em volta da rejeição da mensagem de 1888. O primeiro
texto que ouvimos, do Boletim da
Conferência Geral de 1893, pág. 419, fortemente sugere isto. De O Desejado de Todas as Nações, escrito
em 1898, págs. 633 e 634, ouvimos:
“Tivesse
a igreja de Cristo realizado seu designado trabalho, como o Senhor determinou,
o mundo inteiro já teria sido, antes desse tempo, advertido, e o Senhor Jesus já
teria vindo com poder e grande glória”.
Eis
aí o porquê de eu ter sugerido que devemos ser muito cuidadosos aqui.
Certamente vamos colocar todas as declarações a respeito dos últimos dias, o
fim dos tempos, a consumação dos séculos, etc., em um panorama devidamente
ajustado, à luz desses textos que estamos estudando do livro de Hebreus, mas
não vamos usar isto como base para dizer: “—Bem, o Senhor não veio por muito e
muito tempo, e a expressão últimos dias tem sido usada e na verdade não tem
muito significado; assim Ele talvez não venha pelos próximos 100 anos, quem
sabe 1000?
Há
aqueles que têm esposado esta ideia e eu creio que é uma perigosa posição a ser
adotada. Temos que ser cuidadosos, em verdade, muito cautelosos, a fim de
manter tudo em perspectiva adequada.
A
segunda parte tem por título: O já e o
ainda não.
No
Novo Testamento, e, especialmente nos escritos de Paulo, encontramos o conceito
do “já”, em oposição ao “ainda não”. O que isso significa é que nós já somos
salvos, e ainda não estamos finalmente salvos, Por exemplo: Em João 5: 24
lemos: “Em verdade, em verdade vos digo: Quem
ouve a Minha palavra, e crê naquele que Me enviou, tem a vida eterna, não entra
em condenação, mas passou da morte para a vida”. Portanto nós já somos
salvos, temos a vida eterna, mesmo agora; em contraste, em Mateus 19: 29,
lemos: “E todo aquele que tiver deixado
casa, ou irmãos, ou irmãs, ou pai ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou terras, por
causa de Meu nome, receberá cem vezes mais e herdará a vida eterna”. Em
outras palavras, a salvação final ainda não veio, e por outro contraste, ou por
outro exemplo dessa confrontação, veja Efésios 2:6, onde lemos: “Deus nos ressuscitou juntamente com Cristo,
e nos fez assentar nos lugares celestiais com Ele”. Agora Romanos 8: 22-24:
“Sabemos que toda criação a um só tempo geme, como se estivesse com dores de
parto e suporta angustias até agora; e não somente ela, mas também nós que
temos as primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando
a adoção de filhos, a saber, a redenção do nosso corpo, porque nesta esperança
somos salvos, mas a esperança que se vê não é esperança. Quem aguarda por algo
que já tem? Mas se esperamos o que não vemos, com perseverança o aguardamos”.
O
que podemos ver são contrastes similares nestes textos especiais. Observe, primeiro:
Hebreus 12: 28: “Por isso, recebendo nós
um reino inabalável, retenhamos a graça pela qual sirvamos a Deus, desse modo
agradável, com reverência e santo temor”. E depois Hebreus 11: 13-16:
“Todos estes morreram na fé, sem terem obtido as promessas, vendo-as, porém, de
longe e saudando-as, e confessando que eram estrangeiros e peregrinos sobre a
Terra. Porque os que falam desse modo, manifestam estar buscando uma pátria. E,
se na verdade se lembrassem daquela de onde saíram, teriam oportunidade de
voltar. Mas agora, aspiram a uma pátria superior, isto é, a celestial. Por isso
Deus não Se envergonha deles, de ser chamado o seu Deus, porquanto lhes
preparou uma cidade”.
Como
podemos resolver essa ansiedade? Há toda sorte de tensão ou ansiedade na
Bíblia, que, se apropriadamente compreendidas, na verdade harmonizam-se umas
com as outras, ajudando a completar o grande quadro. O problema vem quando
enfatizamos um aspecto em detrimento do outro; ao invés disso deveríamos tentar
equilibrá-los. A Bíblia é plena de citações que parecem ser opostas umas das
outras, entretanto ambas são verdade. Ouça alguns exemplos: Primeiro: Enquanto
vivendo na Terra, Jesus era completamente divino e completamente humano.
Segundo: A Bíblia foi escrita por autores humanos, mesmo assim, ela é a palavra
de Deus. Terceiro: Deus é independente do tempo, embora Se relacione conosco em
tempo. Quarto: Há uma Divindade, mas o Pai, o Filho e o Espírito Santo são
chamados Deus. Quinto: Somos salvos pela fé, e julgados pelas obras.
E
há muitos outros exemplares de fictícias incoerências nas escrituras. Quando se
trata de Deus e seu plano de salvação, temos que reconhecer que nossa mente
pode captar somente parte da realidade, no máximo poucas fatias. Em tal
contexto temos que notar também que opostos não são necessariamente
contraditórios, mas podem simplesmente ser parte de um quadro muito maior. O
problema vem quando enfocamos demasiado uma única parte em detrimento do todo.
Temos visto alguns exemplos disto, especialmente quando falamos do fato de que
Cristo poderia ter vindo há muito tempo atrás, e há aqueles que vão começar a
pensar que Cristo vai demorar centenas ou milhares de anos para vir.
Essas
tensões não nos ajudam se permitirmos que elas coloquem o quadro fora de
proporção e perspectiva. Observe agora estes textos: O primeiro é João 3:15: “Para que todo aquele que nEle crê não
pereça mas tenha a vida eterna”, e o verso 36 diz: “Todo aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas todo aquele que rejeita
o Filho não verá a vida; pois, sobre ele permanece a ira de Deus”. E então
temos Iª Timóteo 6:12: “Combate o bom
combate da fé, toma posse da vida eterna, para a qual também fostes chamado,
tendo já feito boa confissão diante de muitas testemunhas”. E agora I João
5: 12,13: “Quem tem o Filho tem a vida;
quem não tem o Filho de Deus não tem a vida. Estas coisas vos escrevi, para que
saibais que tendes a vida eterna, vós que credes no nome do Filho de Deus”.
Estes,
entre outros, enfatizam que temos vida eterna agora; embora a plena realização
disso não possa ocorrer até o retorno de Cristo. Como estas promessas nos dão conforto
e segurança para o presente? Bem, obviamente elas nos falam que para prático intento
e propósito, já estamos no reino. O fato de que há um período de espera, o fato
de que há uma ou duas coisas que devem ocorrer, não muda o fato de que, falando
em termos práticos e propósitos, já estamos no reino. É algo como o que ouvi
uma vez, quando um homem estava pregando um sermão numa cerimônia fúnebre, e o
ente querido a ser sepultado jazia ali; estava para todos efeitos e intentos
sendo levado de nós, e do nosso ponto de vista, isso poderia ser talvez, por um
longo, longo período de tempo, antes que ele visse a vida eterna. Mas, o
pregador que oficiava o serviço fúnebre, comentava que na prática, para todos
os efeitos, este ser amado que partia já estava no reino, porque desde o
momento em que fechou os seus olhos na morte, até o momento em que os reabrirá
na ressurreição, não haverá consciência do tempo decorrido. Portanto aqui,
novamente, colocando o quadro numa perspectiva global, vemos sobre outro ponto
de vista, quão diferentes deveríamos viver, sabendo que temos a vida eterna
mesmo agora; a conscientização do fato de que a vida eterna é nossa, mesmo no
tempo presente, deveria nos ajudar a dar-nos conta rapidamente do nosso dever
de testemunhar por Deus, por Cristo Jesus, vivendo o tipo de vida que testifica
o fato de que estamos virtualmente, por intenções práticas e propósitos, já
vivendo no reino de Deus. Tenha em mente o fato de que o tema de nosso estudo é
Jesus o nosso futuro; e lembre-se deste texto, Hebreus 11:16: “Mas, agora, aspiram a uma pátria melhor, isto
é, a celestial, pelo que Deus não Se envergonha deles, de ser chamar seu Deus,
porque já lhes preparou uma cidade”.
Terceira
parte: Eventos Futuros.
Aqui
estão alguns textos que tratam deles, e dependem da intervenção de Jesus como
mencionado em Hebreus: Primeiro, Hebreus 9:28, “assim também Cristo, oferecendo-Se uma só vez, para levar os pecados
de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que O esperam para a
salvação”; segundo, Hebreus 10:25,
“não deixando de congregar-nos, como é
costume de alguns, mas admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais quanto
vedes que se vai aproximando aquele dia”; terceiro, versos 36 e 37, “necessitais
de perseverança, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, alcanceis
a promessa, pois ainda um pouco de tempo, Aquele que há de vir virá e não
tardará”; quarto, Hebreus 6:2, “o ensino do batismo, e da imposição de
mãos, da ressurreição dos mortos, e do juízo eterno”; quinto, Hebreus 9: 27, “e
assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois disto o
juízo ...”, sexto, Hebreus 10:27, “pelo contrário, se certa expectação
horrível de juízo, e ardor de fogo, prestes a consumir os adversários...”; sétimo,
Hebreus 10:30, “ora, nós conhecemos Aquele
que disse: a Mim pertence a vingança, Eu retribuirei, e, novamente, Deus julgará
Seu povo”; oitavo, Hebreus 13:14, “na
verdade, não temos aqui uma cidade permanente, mas buscamos a que há de vir”; nono, Hebreus 11:26, “Moisés considerou o opróbrio de Cristo por
riqueza maior do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa”;
décimo, vs. 39 e 40, “ora, todos estes que
obtiveram bom testemunho por sua fé, não receberam contudo, a concretização da
promessa, Deus havia provido coisa superior a nosso respeito, para que eles,
sem nós, não fossem aperfeiçoados”.
Não
há nenhum tempo marcado, tanto em Hebreus, como em qualquer outra parte da
Bíblia, para estes eventos. Sem dúvida, é mais importante viver uma vida santa,
do que saber exatamente, quando os eventos finais vão acontecer; o que é,
provavelmente, a razão bíblica na ênfase de estar pronto para o retorno de
Cristo, não importa quando isto aconteça. O julgamento futuro é mencionado
frequentemente em Hebreus. Do capítulo 10:27, o julgamento parece referir-se ao
que chamamos de: Juízo executivo, porque o fogo consumidor é mencionado (Mateus
25:41 e Apocalipse 20: 9 e 10).
Quando
isto ocorrerá, e como e quanto tempo levará, não nos é dito, mas de acordo com
Hebreus, alguns pontos são revelados: Primeiro, a função de Deus como juiz
(Hebreus 12:23); segundo, Ele virá recompensar o mal (Hebreus 10: 30); terceiro,
Ele dará um galardão a Seu povo (Hebreus 11:26).
A cidade Celestial, é a quarta parte:
Três
passagens em Hebreus, falam sobre a cidade celestial. Quais são as
similaridades e diferenças nessas passagens?: a primeira está em Hebreus 11:13-16,
“todos estes morreram na fé, não alcançaram
as promessas, viram-nas de longe e as saudaram e confessaram que eram
estrangeiros e peregrinos na Terra, ora, os que dizem tais coisas, claramente
mostram que buscam uma pátria; e se na verdade se lembrassem daquela donde
haviam saído, teriam oportunidade de voltar. Mas agora desejam uma pátria melhor,
isto é, a celestial. Pelo que também Deus não Se envergonha de ser chamado Seu
Deus, pois já lhes preparou uma cidade”. Todos estes morreram na fé.
Aqueles mencionados são: Abel, Enoque, Noé, Abraão, Isaque, Jacó, Sara; sem
dúvida muitos outros encontraram a aprovação de Deus, mas estes são
especialmente mencionados. Eles viram as promessas ao longe; estavam convictos,
abraçaram tais promessas, confessando que eram estrangeiros e peregrinos sobre
a terra. Todos estes morreram, não receberam as promessas, mas eles morreram
crendo nelas.
Quatro
coisas são mencionadas deles: Primeiro, viram as promessas ao longe; segundo, eles
estavam convencidos delas; terceiro, as abraçaram, e quarto, eles confessaram
que eram estrangeiros e peregrinos sobre a Terra.
Eles
estavam procurando uma pátria. Deve ter sido difícil para Abraão e sua família
subir e descer a terra como estrangeiros, quando eles podiam ter se acomodado
como fez Ló e tido um lar permanente. Viver em tendas pode ser divertido por um
pouco tempo, mas podemos logo entender quão grande deve ter sido a tentação
para eles de terminar suas perambulâncias e fixarem-se; eles buscavam uma
pátria que tinha fundamento. Eles tinham uma boa casa sem dúvida em Harã, eles
poderiam ter retornado, não era mais longe ir até lá do que rumar para o Egito.
Em Harã eles eram conhecidos e poderiam imediatamente fixar-se nas posições
anteriores, eles devem ter tido oportunidade; mas não nos é dito que eles tiveram
a mínima vontade de voltar. Eles tinham partido para a terra de Canaã, e não
iriam retornar. Um valioso exemplo para outros seguirem.
Agora
do pastor Andreasen, pág. 495 de sua obra: O
Livro de Hebreus, com respeito à pátria melhor (Hebreus11: 16): “É natural que cada pessoa ame o país de seu
nascimento ou adoção, mas o cristão jamais deve esquecer que ele tem uma pátria
melhor, e que esta melhor Terra é seu verdadeiro lar”.
Há
um perigo de que nos tornemos tão enamorados das coisas daqui e tão bem satisfeitos
que possamos esquecer a pátria melhor. Isto não quer dizer que nos façamos
miseráveis aqui a fim de que possamos algum dia desfrutar algo melhor, o que
parece ser o cristianismo de alguns, mas devemos ser sempre cuidadosos para que
não armemos nossas tendas tão perto de Sodoma, e então percamos de vista o lar
celestial.
Creiam
meus queridos amigos, a muito tenho sentido que estamos mais perto de Sodoma e
Gomorra hoje, do que nunca dantes. E então, Hebreus 12: 18-24. Aqui temos a
descrição da entrega da lei no Sinai. Este é o cenário da entrega da lei, a
qual Paulo se refere em Hebreus. E aqui é o comentário do pastor Andreasen, Deus
deu uma amostra de seu poder e santidade para vos provar, para que o seu temor
esteja diante de nós, a fim de que não pequeis (Êxodo 20: 20). Verdadeiramente,
nenhuma amostra de glória e majestade jamais tem sido dada. O povo permaneceu
face a face como o legislador e juiz de toda a Terra. Eles compareceram ante o
banco de julgamento de Deus, e conhecendo agora o temor do Senhor (II Coríntios
5:11).
Jamais
eles poderiam pensar levemente do pecado. Tinham vivenciado o terror do
julgamento; ao entregar a lei, Deus cumpriu uma missão mais do que meramente
intimidar o povo e fazê-los temer. Ele mostrou ao povo Seu grande poder de
proteção; com um tal Deus ao seu lado, que razão poderia jamais haver para que
o povo temesse por mais numerosos e fortes que fossem seus inimigos? Deus era
abundantemente capaz para protegê-los.
Esta
descrição da entrega da lei no monte Sinai contém muitas lições para nós. Não
somente temos esta leitura e comentários bíblicos do pastor Andreasen, mas
Ellet Joseph Waggoner, tem muito a dizer em seu livro: The Glad Tidings (As Boas Novas) pág. 77. Ali ele diz: “A lei é
justiça, assim como Deus diz: Ouvi-me vós que conheceis a justiça, vós povo em
cujo coração está a Minha lei” (Isaías 51: 7). Portanto a justiça que a lei
demanda é a única que pode herdar a Terra prometida. Ela é obtida, não por
obras da lei, mas pela fé. A justiça da lei não se consegue por esforço humano,
mas pela fé. Por conseguinte quanto maior seja a justiça que a lei demanda,
maior parece ser a promessa de Deus.
Você
vê, Deus não está tentando intimidar as pessoas, amedrontando-as para serem
submissas, Ele está simplesmente demonstrando Seu maravilhoso poder, para dar
direção sabedoria e proteção. Ele prometeu a todos os que creem; Ele tem jurado
isso. Então quando a lei foi proclamada no Sinai, do meio do fogo, da nuvem e
da escuridão com grande voz, acompanhada pelo som da trombeta de Deus, e com a
terra inteira tremendo pela presença do Senhor e Seus santos anjos, a
inconcebível grandeza e majestade da lei de Deus foi mostrada. Para todos os
que se lembravam do juramento de Deus a Abraão, isto foi uma revelação da
assombrosa grandeza da promessa divina. Ele tem jurado dar a justiça que a lei
demanda a todo aquele que confia nele. A voz potente com a qual a lei foi
proclamada é a voz potente que dos altos montes proclama as boas novas da
misericórdia salvadora de Deus. Os preceitos de Deus são promessas, e como tal,
devem necessariamente ser, porque Ele sabe que não tempos poder. Tudo o que
Deus requer é o que Ele dá, quando Ele diz: Não farás; podemos estar seguros de
que se confiarmos nEle, Ele nos preservará de pecar contra o que nos adverte.
“Todas
as Suas ordens são promessas habilitadoras” (Parábolas de Jesus, pág. 333).
Na
pág. 78 do livro Glad Tidings (Boas
Novas) lemos que Gálatas 3:21 mostra que a lei foi dada para enfatizar a
promessa. Todas as circunstâncias em torno da proclamação da lei: o som de
trombeta, a voz potente, o tremor de terra, o fogo, a tempestade, os trovões e
relâmpagos, os limites ao redor do monte, sob pena de morte, tudo falava da lei
que obra a ira aos filhos da desobediência. Mas, o mesmo fato de que a ira das
obras da lei, vem somente aos filhos da desobediência, mostra que a lei é boa,
e que aqueles que a cumprem viverão por ela.
Queria
Deus desanimar o povo? De maneira nenhuma. A lei deve ser observada e os
terrores do Sinai, foram designados para trazê-los de volta ao juramento de
Deus, que havia sido dado 430 anos antes como garantia a todas as pessoas de
todas as épocas, da justificação através do crucificado e eterno Salvador.
E.
J. Waggoner fala mais adiante, na pág.99 de seu livro, The Glad Tidings (As Boas Novas) Se os filhos de Israel que saíram
do Egito tivessem caminhado nas pisadas da fé, que teve Abraão nosso pai
(Romanos 4: 12), eles jamais teriam se gabado de que poderiam guardar a lei
falada no Sinai. Não foi por intermédio da lei que a Abraão ou a sua
descendência coube a promessa de ser herdeiro do mundo, e sim mediante a
justiça da fé (Romanos 4:13).
A
fé justifica. A fé faz justos. Se o povo tivesse tido a fé de Abraão, eles
poderiam ter tido a justiça que ele teve. No Sinai, a lei que fora falada por
causa da transgressão, poderia ter estado no coração deles. Não teria sido
necessário despertá-los pelos trovões, para o senso de sua condição – Deus
nunca esperou e nem espera agora, que pessoa alguma possa obter justiça pela
lei proclamada no Sinai, e todas as coisas relacionadas com o Sinai mostram
isso. Ainda assim, a lei é verdade, e deve ser observada.
Deus
livrou o povo do Egito para que Lhe guardassem os preceitos e Lhe observassem
as leis (Salmo 105:45). Notem isso agora: Nós não obtemos vida pela guarda dos
mandamentos, mas Deus nos dá a vida, a fim de que possamos guardá-los através
da fé nEle. Quando consideramos o tema de nosso estudo – Jesus e o Nosso Futuro, podemos resumir com confiança ao dizer que
envolve nesta vida, justiça através da obediência aos mandamentos de Deus pela
fé e finalmente um lar no reino celeste.
Quinta
Parte: O Santuário e a Segunda Vinda.
De
que maneira o autor de Hebreus conecta o tema do santuário com a segunda vinda
de Cristo nos versos que se seguem? O Primeiro é Hebreus 9:24-28, “Pois Cristo não entrou em santuário feito
por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo Céu, para comparecer agora por
nós perante a face de Deus; nem também entrou para Se oferecer a Si mesmo
muitas vezes, como o sumo sacerdote entra de ano em ano no santo dos santos com
sangue alheio; doutra forma, necessário Lhe fora padecer muitas vezes desde a
fundação do mundo; mas agora, na consumação dos séculos, uma vez por todas Se
manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo. E como aos
homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois o juízo, Assim também
Cristo, oferecendo-Se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá
segunda vez, sem pecado, aos que O esperam para a salvação”.
O
segundo texto está em Hebreus 10:11-13: “Todo
o sacerdote se apresenta dia após dia, ministrando e oferecendo muitas vezes os
mesmos sacrifícios, que nunca podem tirar pecados; mas Este, havendo oferecido,
para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-Se à destra de Deus, daí
por diante espera que os Seus inimigos sejam postos por estrado de Seus pés”.
Depois
Hebreus 12: 22-24: “Mas tendes chegado ao
monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, e aos muitos
milhares de anjos; à universal assembléia e igreja do primogênitos inscritos
nos céus, tendes chegado a Deus o juiz de todos e aos espíritos dos justos
aperfeiçoados; a Jesus, o Mediador de uma Nova Aliança, e ao sangue da aspersão
que fala melhor que o de Abel”.
A
segunda vinda de Cristo é a consumação do que Jesus fez na cruz e do que Ele
está fazendo como Sumo Sacerdote no santuário celestial. Ambos, Sua morte e Seu
ministério, como Sumo Sacerdote, seriam sem valor sem a segunda vinda. A
salvação final será uma realidade quando Jesus retornar e levar Seu povo ao
monte Sião para a futura cidade, a Jerusalém celestial, onde eles podem viver
na direta presença de Deus.
O
ensino sobre o santuário, e o ensino sobre os últimos acontecimentos vão juntos,
e não poderiam ser separados.
A
nota de encerramento nos vem de uma citação de Testimonies, vol. 9, págs. 287 e 288, e que em português, pode ser
encontrada em Testemunhos Seletos, vol.
3 pág. 434.
“Caminhamos
em direção ao lar. Aquele que tanto nos amou, a ponto de morrer por nós,
construiu uma cidade para nós, a Nova Jerusalém é nosso lugar de descanso. ... ‘Tendes
necessidade de perseverança para que havendo feito a vontade de Deus, alcanceis
a promessa. Porque ainda dentro de pouco de tempo, Aquele que vem virá e não
tardará’ (Hebreus 10:35 a 37). Contemple, contemple e deixe que sua fé cresça
continuamente. Deixe esta fé guiá-lo através da estreita senda que leva por
entre os portais da cidade de Deus, ao grande além, o amplo futuro sem limites
da glória que é para os redimidos”.
“Ora, a suma do que
temos dito é que temos um Sumo Sacerdote tal, que está assentado no Céu à
destra do trono da Majestade, Ministro do santuário, e do verdadeiro
tabernáculo o qual o Senhor fundou e não o homem” (Hebreus 8: 1 e 2).
“Tendo
pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, pelo novo
e vivo caminho que Ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela Sua carne” (Hebreus
10: 20). “E tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, cheguemo-nos com
verdadeiro coração, em inteireza de fé; tendo os corações purificados da má
consciência, e o corpo lavado com água limpa, retenhamos firmes a confissão da
nossa esperança; porque fiel é o que prometeu (Hebreus 9: 19-23).
Tudo
que podemos dizer é Amém!
Tradução:
"19 de maio de 1998
A quem possa interessar
Esta carta é escrita para confirmar que Alexandre Snyman é um empregado da Associação da Igreja Adventista do 7º Dia para os estados de Kentucky e Tennessee, na América do Norte, servindo como um de nossos pastores.
Respeitosamente,
ass.:
R. R. Hallock
Presidente."
_______________________________
Alexandre Snyman
O irmão Alexandre Snyman foi pastor
adventista na África por quase toda a sua vida ministerial. Nos últimos anos de
sua vida viveu no estado de Tenessee, nos Estados Unidos, e foi credenciado junto
à Associação da Igreja Adventista nos estados de Kentucky e Tennessee, como se
vê de correspondência que recebi da mesma.
Tradução:
"19 de maio de 1998
A quem possa interessar
Esta carta é escrita para confirmar que Alexandre Snyman é um empregado da Associação da Igreja Adventista do 7º Dia para os estados de Kentucky e Tennessee, na América do Norte, servindo como um de nossos pastores.
Respeitosamente,
ass.:
R. R. Hallock
Presidente."
_______________________________