terça-feira, 1 de outubro de 2013

1/10/13 - Jesus, Nosso Rei, por Alexandre Snyman



JESUS, NOSSO REI  


Hebreus 1:3 “O Filho, é o resplendor da glória do Pai, a expressão exata do Seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do Seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-Se à direita da Majestade, nas alturas”.
Vamos lidar aqui essencialmente com o 1° capitulo do livro de Hebreus. O pastor Jack Sequeira, no sermão: “Cristo, Deus Que Exalta o Homem”, segunda parte, da série sobre o livro de Hebreus diz: ”Se compararmos as genealogias de Jesus, a partir de Davi, dadas em Mateus e Lucas, vemos que são diferentes devido ao fato de um nos dar a linha real, e o outro a sanguínea. Davi tinha, entre outros, dois filhos (II Samuel 5:14). Um era Salomão (Mateus 1:16), o outro era Natã (Lucas 3:31), e estas duas famílias, nunca se encontraram, até os pais de Jesus se unirem em matrimônio. José era descendente de Salomão, (Mateus 1:16) onde nos é dito que era filho de Jacó; Maria procedia de Natã (Lucas 3:23, ú.p.), onde nos é dito que José é filho de Eli. Bem, é que toda descendência era sempre atribuída ao homem; assim, através de Maria, Jesus tomou o sangue de Davi, e por meio de José, que não era seu padrasto, Jesus foi gerado por obra do Espírito Santo (Mateus 1:18 u.p), mas, legalmente, Jesus tinha o direito ao trono de Davi, como vimos duplamente seu ancestral. Assim, quando a plenitude dos tempos veio (Gálatas 4:4), estas duas famílias se juntaram e Jesus nasceu.
     Embora Hebreus repetidamente apresente Jesus como nosso Sumo Sacerdote, ali Ele é também tratado como o Rei. Em “O caminho Consagrado para a Perfeição Cristã”, o Pastor A.T. Jones, na introdução, começando na página 3, diz:
“Na manifestação de Cristo, o Salvador, está revelado que Ele devia aparecer nos três ofícios; Profeta, Sacerdote e Rei,” mas devemos ter uma visão do quadro geral destas três funções, Profeta, Sacerdote e Rei.
“DEle, como Profeta, estava escrito nos dias de Moisés, ‘Eis que lhes suscitarei um Profeta do meio de seus irmãos, como tu, e porei as Minhas palavras na Sua boca, e Ele falará tudo o que Eu Lhe ordenar, e será que qualquer que não ouvir as Minhas palavras, que Ele falar em Meu nome, Eu o requererei dele’ (Deuteronômio 18:18 e 19). Este pensamento prossegue nas passagens seguintes, até à Sua vinda.
“DEle como Sacerdote estava escrito nos dias de Davi: ‘Jurou o Senhor, e não Se arrependerá, Tu és um Sacerdote eterno segundo a ordem de Melquisedeque’ (Salmo 110:4). Este pensamento, também prossegue nas Escrituras, não somente até, mas, também depois da Sua Vinda.
“Dele como rei estava escrito nos dias de Davi: ‘Eu, porém, ungi o Meu Rei sobre o meu santo monte de Sião’ (Salmo 2:6). Este pensamento continua também em toda Escritura, até a Sua vinda, depois da mesma, e até o fim do livro.
    “As escrituras apresentam-No repetidamente nestes três ofícios de Profeta, Sacerdote e Rei.
“Esta tríplice verdade é geralmente reconhecida por todos os que conhecem as Escrituras. No entanto, é verdade que, segundo o que parece, não é tão bem conhecido o fato de que Ele não ocupa esses três ofícios ao mesmo tempo. Os três ofícios são sucessivos. Ele é primeiramente Profeta, depois Sacerdote e finalmente Rei.
“Ele era ‘esse Profeta’ [Atos 3:23] quando veio ao mundo, ‘Mestre vindo de Deus,’ [João 3:2] o Verbo que Se fez carne e habitou entre nós, ... cheio de graça e verdade’ [João 1:14]. Mas naquele tempo Ele não era Sacerdote, nem o seria se estivesse mesmo agora na Terra; porque está escrito: ‘Se Ele estivesse na Terra, nem tão pouco Sacerdote seria’ (Hebreus 8:4). Mas, tendo acabado a Sua obra na Terra no Seu oficio profético, e tendo ascendido ao céu, pondo-Se à destra do trono de Deus, é agora ali o nosso ‘grande Sumo Sacerdote’, que vive ‘para fazer a intercessão por nós’. Como está escrito: ‘Serás Sacerdote no trono de Teu Pai, e conselho de paz haverá entre eles ambos’ (Zacarias 6:12 e 13).
“Assim como Ele não era Sacerdote quando estava na Terra, igualmente não é agora Rei, enquanto está no céu, como Sumo Sacerdote. Bem, é verdade que Ele é Rei no sentido e no fato de estar sobre o trono de Seu Pai, sendo, por conseguinte o Sacerdote real e o Rei sacerdotal, segundo a ordem de Melquisedeque, que embora sendo sacerdote do Deus altíssimo, era também rei de Salém, que significa rei de paz (Hebreus 7:1 e 2). Mas, este não é o oficio real, nem o trono a que se refere, a promessa, a profecia a que faz a alusão, é que Ele será Rei sobre o trono de Seu pai Davi, na continuação do reino de Deus sobre esta Terra.
“Este oficio real é a restauração e a continuação nEle do diadema, da coroa e do trono de Davi, que estava interrompido quando por causa da impiedade e maldade do rei e do povo de Judá e Israel, foram levados cativos para Babilônia, e quando tinha sido declarado: “E tu, o profano e ímpio príncipe de Israel, cujo dia vira no tempo da extrema maldade; assim diz o Senhor Jeová: Tira o diadema, e levanta a coroa; esta não será a mesma; exalta ao humilde, e humilha ao soberbo. Ao revés, ao revés, ao revés a porei, e ela não será mais, até que venha Aquele a quem pertence de direito, e a Ele a darei”. (Ezequiel 21:25-27).
“Assim, naquele tempo, o trono, o diadema e a coroa do reino de Davi, foram interrompidos, até que venha Aquele a quem pertence, sendo-Lhe então entregue, e a quem pertence é somente Cristo, filho de Davi; e esta vinda não foi a Sua primeira quando veio em Sua humildade, um homem de dores e acostumado com o sofrimento, mas é a Sua segunda vinda, quando vier na Sua gloria como o Rei dos reis e Senhor dos senhores, quando Seu reino partir em pedaços e consumir todos os reinos da Terra, ocupar toda a terra e permanecer para sempre.
“É verdade que quando Ele nasceu no mundo um bebê em Belém, nasceu como Rei e era e tem sido desde então e sempre o verdadeiro Rei; mas, é igualmente verdade que, Ele não tomou nesta altura esse oficio real, o diadema, a coroa e o trono, indicado na profecia e na promessa, nem os tomou ainda e nem tomará até vir novamente. Será então que, manifestará o Seu grande poder sobre a Terra, e reinará realmente com todo o esplendor do Seu oficio real e da Sua glória; porque na Escritura está relatado que, depois que o juízo se tinha assentado, e que os livros foram abertos, “um, semelhante ao filho do homem, dirigiu-se ao Ancião de Dias e foi lhe dado o domínio e a honra e o reino, para que todos os povos, nações e línguas, O servissem; o Seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o Seu reino, o único que não será destruído” (Daniel 7:13-14). “Então será que Ele tomará realmente o trono de Davi Seu pai, e reinará eternamente na casa de Jacó, e o Seu reino não terá fim” (Lucas 1:32 e 33).
    “Na consideração da Escritura, da promessa e da profecia a respeito de seus três ofícios, de Profeta, Sacerdote e Rei, é evidente que esses ofícios são sucessivos. Eles seguem um após o outro, não exercendo todos, nem dois deles ao mesmo tempo. Primeiro Ele veio como Profeta, Ele é agora Sacerdote e será Rei quando vier outra vez. Ele concluiu Sua obra como Profeta antes de tornar-Se Sacerdote, e conclui Sua obra como Sacerdote, antes de e Se tornar este Rei.” [“O caminho Consagrado para a Perfeição Cristã”, págs. 3 a 6. Na edição de que disponho, impressa na Alemanha, Dickendorf, está às páginas 5 a 8].   
Podemos ver que a mensagem de 1.888 se encaixa perfeitamente a este estudo e ela é vital para entendermos esta.
“E como Ele era, e como é, e como será, assim também deve ser a nossa consideração por Ele.
“Isso quer dizer que, quando Ele estava no mundo como Profeta, o povo tinha que considerá-Lo neste oficio. Não O podiam considerar como Sacerdote nem nós podemos considerá-Lo como Sacerdote, se nos referirmos àquele tempo, porque quando Ele estava na Terra, não era um Sacerdote. Quando, porém esse tempo passou, tornou-Se um Sacerdote, Ele é agora Sacerdote. Atualmente, é tão verdadeiramente Sacerdote, como era Profeta quando esteve na Terra” [“O caminho Consagrado para a Perfeição Cristã”, pág. 6. Na edição de que disponho, está na pág. 8].    
O outro mensageiro de 1.888, Ellet Joseph Waggoner, no seu livro: “Cristo e Sua Justiça”, no 1º parágrafo diz: “Em Hebreus 3:1, temos uma exortação que inclui todos as injunções dadas aos cristãos, e ela é: “Por isso, santos irmãos, que participais da vocação celestial, considerai atentamente o apóstolo e Sumo Sacerdote de nossa confissão — Jesus”. Fazer isto que a Bíblia ordena, considerar a Cristo contínua e inteligentemente, como Ele é, transformará uma pessoa em perfeito cristão, porque, por contemplarmos somos transformados. Esta frase contém os elementos vitais do evangelho, da justificação pela fé. Se formos contemplar a Jesus, como nosso Sumo Sacerdote, para onde olharemos? Bem, instintivamente você dirá; para o santuário! Essencialmente é o que estamos fazendo.
    Agora, voltemos ao Pastor Alonzo Trevier Jones, onde paramos, na página 7: “Não só os Seus três ofícios de profeta, sacerdote e rei são sucessivos, mas, são sucessivos para uma certa finalidade, na ordem exata de sucessão dada, ou seja, profeta, sacerdote e rei. O Seu ofício como profeta era preparatório e essencial para o Seu ofício como sacerdote, e, Seus ofícios de profeta e sacerdote, nesta ordem certa, são preparatórios para o Seu ofício como rei. É-nos essencial considerá-Lo neste três ofícios segundo a sua ordem. Devemos considerá-Lo no Seu ofício como profeta, não somente no sentido de podermos ser ensinados por Ele, que falava como nenhum homem falou, mas também para que estejamos aptos a considerá-Lo no Seu ofício como sacerdote. Devemos considerá-Lo no Seu ofício como sacerdote, não somente para podermos ter o infinito benefício do Seu sacerdócio, mas também para sermos preparados para aquilo que havemos de ser, porque está escrito, “Mas serão sacerdotes de Deus e Cristo e reinarão com Ele 1000 anos” (Apocalipse 20:6). “E, tendo-O considerado no Seu oficio de Profeta, como preparação da nossa própria consideração a respeito dEle com Seu oficio de Sacerdote, é essencial que O consideremos no Seu oficio de Sacerdote para que possamos considerá-Lo no Seu oficio de Rei. Vejam, pois, é essencial que O consideremos na Sua função de Sacerdote a fim de estarmos aptos a considerá-Lo como Rei. Isso é necessário para podermos estar lá e reinarmos com Ele; porque, mesmo de nós está escrito: “Mas, os santos do Altíssimo receberão o reino e possuirão o reino para todo o sempre, de eternidade em eternidade” (Daniel 7:18). “E reinarão para todo o sempre” (Apocalipse 22:5). “Sendo o sacerdócio, o oficio, a obra presente de Cristo, desde a Sua ascensão para o céu, Cristo, no Seu sacerdócio é o estudo mais importante tanto para todos os cristãos como para todas as demais pessoas”.
   Atenção para o Salmo 110, mencionado extensivamente no Novo Testamento. O verso primeiro apresenta Cristo sendo chamado de Deus, para assentar-Se no trono de Deus. “Disse o Senhor ao Meu senhor: assenta-Te à minha mão direita”. O verso dois menciona o cetro, símbolo da autoridade de um Rei; no verso quatro a concessão do sacerdócio a Ele para sempre; os demais versos falam de Seu domínio mundial, Deus subjugará Seus inimigos; o Rei partilhará o reino de YHWH, [vertido em português para Javé]. Um Sacerdote Rei! Um conceito significante, porque um Rei da linhagem de Davi, legitimamente servindo como um sacerdote, não pode ser achado na historia de Israel, porque nunca existiu. Assim, achamos aqui uma direta profecia messiânica; a promessa refere-se ao Messias somente. Jesus, em Mateus 22:41-45, para dirigir a atenção dos fariseus para alguns vitais e centrais pontos, concernentes à Sua messianidade, primeiramente perguntou: “De quem pensais ser o Cristo filho? E eles Lhe responderam: De Davi!” Ante o que citou, no vs. 43, o Salmo 110. “Como então é que Davi em espírito lhe chama Senhor, dizendo: Disse o Senhor ao Meu Senhor: Assenta-Te à Minha direita. ... Se Davi, pois, lhe chama Senhor, como pode ser seu filho?” No pensamento judaico antigo, deveria haver dois messias; um real, da tribo de Judá e um Messias sacerdote da tribo de Levi. Em Hebreus eles são unidos em um único Messias, o Sacerdote-Rei, Jesus, um tema que é desenvolvido através de todo o livro de Hebreus.
O reinado de Jesus. Como cristãos, nós cremos na eterna pré-existência de Cristo, Ele não foi criado: desde a eternidade Ele viveu com o Pai, em determinada capacidade como legislador e governante. Entretanto, o autor de Hebreus não estava interessado em discutir a natureza do reino e extensão da jurisdição e autoridade do Filho antes de Sua encarnação. Para ele, ao contrário, o importante era que a final realização do reino de Cristo, começou depois de Sua morte, ressurreição e ascensão ao céu, quando Jesus assentou-Se à mão direita de Deus, após Ele ter feito a purificação de nossos pecados (Hebreus 1:3). Sua humilhação, através da encarnação e morte, foi seguida da ressurreição e exaltação (Hebreus 2:6-9). Primeiro a cruz, depois a coroa (capítulo 12:2).
Vemos a importância do texto que lhes apresentamos de “O Caminho Consagrado”, do Pastor Alonzo Trevier Jones, enfatizando que Cristo tem três ofícios: Profeta, Sacerdote e Rei, e que são sucessivos, não veem ao mesmo tempo e, pelo que vimos na lição, isto é central ao nosso estudo. Nesta mesma seção, voltamos ao Salmo 110, agora é Pedro quem o cita no verso 1 o qual é interpretado como a exaltação de Jesus como rei após Sua ressurreição e ascensão. O visível sinal daquele evento na terra, foi o dom do Espírito Santo no Pentecoste; em Atos 5:30-32, Pedro retorna no mesmo tópico. Assim, Jesus tornou-Se Rei após Ele ter trazido salvação para a humanidade novamente. Vemos aí a mensagem de Jones, quanto aos 3 ofícios sucessivos de Cristo.
Continuando, salvação e reinado, são portanto ligados. Como os resultados da salvação nunca findam; o mesmo ocorre em Seu reino, Seu trono é para todo o sempre. Entretanto, embora Jesus reine sobre Seus anjos, Seus santos e o mundo celestial, exatamente agora, inimigos existem que eventualmente serão sujeitados a Ele.
    Agora, note novamente a cadeia sucessiva das funções messiânicas, a cósmica realização de Seu reino está ainda no futuro, isto virá no fim, quando pecado e pecadores não mais existirão, quando todos os questionamentos do grande conflito tiverem sidos resolvidos, e quando Deus e Seu governo permanecerão justificados para sempre.
Oh! Espero que tenham visto o grande liame aqui com as considerações de A. T. Jones, ao nos falar dos três ofícios de Jesus como Profeta, Sacerdote e Rei.
Alguns importantes atributos do rei Jesus, como apresentado em Hebreus. Por exemplo: no capítulo 1 vemos o bastão real, emblema, ou sinal de realeza, monarquia (v.8), dito ser cetro de equidade [Salmo 45:6, ú.p.]; um termo essencialmente jurídico, que significa julgar com imparcialidade, igualdade, serenidade e moderação. Ele ama a justiça e odeia a iniquidade, (v. 9, p.p.). Reinará para todo o sempre, os teus anos jamais terão fim (v 12 u.p). Foi coroado com gloria e honra (capítulo 2:7,9 e 10). Testado na escola da provação, não fazendo caso da afronta dos Seus contra Si mesmo (capítulo 12:2 e 3), mas, ao contrario, os santifica (capítulo 2:11).
E, finalmente, Hebreus 7:1-3, que fala de Melquisedeque cinco características básicas: Primeira: Rei de Salém, da paz (V2 u: p). Isto inclui tranquilidade, sossego, serenidade, concórdia, harmonia, repouso, silêncio, quietude, etc. Segunda: É também Rei de justiça — a faculdade de julgar segundo o direito e a melhor consciência. Nos tribunais humanos é “a arte de dar a cada um, o que é seu,” mas Jesus nos dá o que é dEle, a vida e a imortalidade. Em Cristo estas duas características do v3, se fundem; “a justiça e a paz se beijaram” (Salmo 85:10, u: p). Ele julga com imparcialidade; Deus não faz acepção de pessoas (II Samuel 14:14; II Crônicas 19:7 e Atos 10:34). De fato, Ele vai, além disto, Ele não nos trata de acordo com o que merecemos; ó graça sem igual! Ele vai alem da equidade. Ele não procede para conosco de acordo com o que merecemos, mas transcende os limites da nossa concepção do que é justo e equitativo. “Não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos retribui consoante as nossas iniqüidades” (Salmo 103:10). Ó preciosas palavras! Não devemos nós falar ao mundo, de tão boas novas como estas? A terceira característica: é o amor e benignidade que Se auto-sacrifica; e Cristo provou e sofreu a morte por todo homem (Hebreus 2:9, u.p). Depois [Quarta]: Humildade e liderança servil, não Se envergonhando de nos chamar de irmãos (Hebreus 2:11). E, quinta: Invariabilidade, mesmo que O desprezemos Ele ainda nos ama do mesmo modo; é sempre o mesmo (capítulo 1:12). Podemos confiar, nEle sempre; Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e eternamente (capítulo 13:8).
     Agora Jesus Rei por Nós: Isto é, Seu trabalho em nosso favor. Pode salvar completamente todos que se chegam a Deus por Ele, “vivendo sempre para interceder” por nós (Hebreus 7:25). Ele é o “autor e consumador da nossa fé” (Hebreus 12:2). “Ele é o rei de justiça, Rei de Salém, ou seja, Rei de paz” (capítulo 7:2). Ele é quem “santifica” (Hebreus 2:11 e 10:14). Ele é um exemplo (Hebreus 12:2 e 3). Mas, uma melhor passagem para Cristo como exemplo é 1ª Pedro 2:21 “Cristo deixou-nos o exemplo, para seguirmos os Seu passos”. Mas lembre-se, primeiro Ele nos salva, e depois é nosso exemplo. Quem não crê em Jesus, não conseguirá seguir-Lhe o exemplo.
Há também a Sua afinidade, porque também Ele igualmente tomou parte da mesma natureza que temos (Hebreus 2:14). Lemos em Hebreus 4:15 que Ele foi em tudo tentado como nós o somos, entretanto, sem pecado. Isso O traz ao nosso nível, e significa que Ele tomou sobre Si, a mesma natureza que a nossa, como resultado do pecado.
Agora Sua ajuda à raça humana, para o que Ele tomou sobre Si a semente de Abraão (Hebreus 2:16 e 4:16). E, através de tudo isso, Ele nos proveu um melhor futuro, uma pátria superior (Hebreus 11:16); a que há de vir (13 e 14).
 Embora a epístola aos Hebreus seja toda a respeito de Jesus, não o é em um vácuo, mas em seus papéis e obra de salvar-nos das terríveis consequências do pecado. Não é somente a respeito de Jesus nos redimir da 2ª morte, que é a eterna morte, mas do que Ele está fazendo por nós agora, para nos ajudar a lutar neste mundo, nos dar paz, poder e segurança ao combatermos a luta da fé e procurar manter-nos firmes até o fim, quando uma coroa de glória nos espera. Esta é, em muitos modos, a mensagem do livro de Hebreus, foi o que Paulo escreveu aos crentes de então e para nós hoje.
E, nesta linha de raciocínio, tomamos agora alguns pensamentos que nos vêm do “Livro de Hebreus,” escrito pelo pastor Andreasen, na pagina 55: “Cristo voluntariamente tomou sobre Si os nossos pecados, cada tentação que nós temos de defrontar Ele enfrentou até que os dardos do inimigo se esgotaram. Com a ajuda de Deus, que nós também podemos ter, Ele demonstrou que é possível resistir-se ao pecado e obter constante vitoria sobre cada tentação. O templo do Seu corpo, que Satanás tentou contaminar, estava sem mancha. Esta parte de Sua obra Ele terminou antes da cruz.”
Mais adiante o pastor Andreasen nos diz que, “A segunda fase de Seu trabalho começou no Getsêmani, e se completou quando na cruz Ele exclamou, ‘Está consumado!’ (João 19: 30). Devemos lembrar-nos, como já salientamos muitas vezes que, na cruz, Jesus experimentou por inteiro o equivalente ao que a Bíblia chama de a segunda morte, eis ai porque naquelas horas de trevas no Calvário, Ele sentiu-Se eternamente separado de Seu Pai celestial. Quando Cristo encarou o Getsêmani, Ele manteve um diferente relacionamento com o Pai daquele que antes tinha. Lembre-se, ‘na cruz Jesus morreu a segunda morte de cada homem, e pôs em liberdade a raça humana’ (Ciência do Bom Viver, pág. 90). Quando Cristo finalmente clamou: ‘—Está consumado!’ Ele completou a segunda fase da Sua Obra, mas, havia ainda uma terceira fase à Sua frente, que incluía Sua audiência à destra de Deus e a demonstração que deve fazer em Seus santos na terra, um trabalho intimamente relacionado com aquele que Ele devia fazer no santuário celestial, e vital à nossa salvação. Cristo demonstrou, em Seu próprio corpo, que é possível ser completamente vitorioso sobre o pecado. Mas, a pergunta que naturalmente surge é se Seu triunfo foi uma simples demonstração tornada possível pela Sua singular experiência com o Pai, ou se outros podem fazer o que Ele fez. Poderia o homem vencer como Ele venceu? Para completar a obra de Cristo e torná-la eficaz para o homem, tal demonstração deve ser feita; deve ser patenteado que o homem pode vencer como Cristo triunfou. Tal manifestação tem longamente sido esperada, mesmo desde a eternidade [Rom. 8:19], mas a sua execução tem sido adiada; o tempo agora chegou completamente para o aparecimento dos filhos de Deus. Nos 144.000, a final manifestação se fará; ‘seguiram e seguirão o Cordeiro onde quer que for’ (Apocalipse 14:4). Eles estarão sem um mediador, enfrentam a morte e permanecem fiéis.
“’Quando Ele deixar o santuário, escuridão cobrirá os habitantes da Terra, naquela terrível hora os justos devem viver na presença de um Deus santo, sem o intercessor’ (O Grande Conflito, pág. 614)”. Assim, o pastor Andreasen nos fala que, “há três fases na obra expiatória de Cristo. Na Primeira fase, Ele defrontou o pecado face a face e venceu. Em instante algum falhou; nenhuma faísca de pecado contaminou sua pura alma, o templo de Seu corpo era santo, um apropriado lugar para Deus habitar; Esta fase terminou no Getsêmani. A Segunda fase inclui o Getsêmani e o Gólgota, ali, os pecados que defrontou e venceu foram postos sobre Ele para que os leve à cruz e os anule, sendo este o significado de aniquilar’ em Hebreus 9:26. Na Primeira fase Ele carregou sobre Si os pecados para o propósito de vencê-los e eliminá-los da vida; na Segunda fase Ele levou os pecados para o propósito de sofrer e morrer por eles, para que em Sua morte, Ele possa destruir aquele que tem o poder da morte, isto é, o diabo (Hebreus 2:14). Na Terceira fase, Ele demonstra que o homem pode fazer o que Ele fez com a mesma ajuda que Ele teve; esta fase inclui a Sua audiência à destra de Deus, Seu elevado ministério sacerdotal e a final exibição dos santos, na última luta deles contra Satanás e sua gloriosa vitoria. Então, a pena de morte que primeiro foi pronunciada sobre a serpente no jardim do Éden, por tanto tempo adiada, será finalmente executada. Isto foi tornado certo, quando Jesus repeliu cada ataque de Satanás na terra. Foi feito duplamente certo quando Ele morreu na cruz do Calvário, destruindo assim a morte e aquele que tem o poder da morte, e será finalmente executado quando Satanás tiver demonstrado que não mudou, que matará os Santos, como matou Cristo, e que não hesitará em atacar a própria cidade de Deus e o próprio Deus.
    “Finalmente, ‘pecado e pecadores não mais existirão’ e o completo fim do pecado virá. É à Primeira e à Segunda destas três fases a que Hebreus 1:3 se refere, estas estão incluídas na purgação pelo pecado. A Terceira fase está agora em processamento no santuário acima e na igreja aqui na terra. Cristo quebrou o poder do pecado na obra de Sua vida na terra, destruiu o pecado e Satanás pela Sua morte, Ele agora está eliminando e destruindo o pecado em Seus santos na terra, isto é parte da purificação do verdadeiro santuário. A posse ou coroação de Cristo realizou-Se logo após Sua ascensão. Ele cumpriu as condições postas sobre Ele, viveu uma vida perfeita e venceu a Satanás. Ele sofreu e finalmente morreu no Calvário, o sangue foi derramado pelo e através do qual Ele entraria nos lugares sagrados no Céu, e agora Ele estava pronto a começar a Sua obra como Sacerdote. Pela coroação Deus reconheceu o Seu direito ao sacerdócio e assentou-O à Sua mão direita, e o Deus-homem, toma Seu lugar ao lado do Pai no trono do Universo. A mão direita da Majestade nos Céus é o lugar de honra ou autoridade, este assento foi dado a Cristo após Ele ter feito purgação pelo pecado. Ele terminou o trabalho dado a Ele para ser realizado; saiu vitorioso onde Adão falhou, e ganhou para Si mesmo a aprovação de Deus e o direito de falar e agir pela humanidade. Gloriosas! Gloriosas boas novas! Como podemos nos alegrar no que Jesus tem feito por nós!”
  O pastor Jack Sequeira, no sermão: “O Evangelho em Três Dimensões,” o primeiro da série do santuário, nos fala que, “o mesmo era uma ajuda visual de Deus para entendermos o plano da salvação. Através dele, o evangelho foi pregado aos judeus do Êxodo, bem como a nós (Hebreus 4:2). Ouça essa gloriosa mensagem cantada pelo salmista, Salmo 77:11-15: “Recordo os feitos do Senhor, pois me lembro das Tuas maravilhas da antiguidade. Considero também nas Tuas obras todas , e cogito dos Teus prodígios. O Teu caminho, ó Deus, está no santuário. Que Deus é tão grande como o nosso Deus? Tu és o Deus que opera maravilhas e entre os povos, tens feito notório o Teu poder. Com o Teu braço remiste o Teu povo, os filhos de Jacó e de José”.
   O caminho divino de salvação é revelado através do santuário, portanto, irmãos tenhamos “ousadia para entrarmos no Santo dos Santos pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminhos que Ele nos consagrou pelo Véu, isto é pela Sua carne” (Hebreus 10:19 e 20). Salmos 29:9, u.p, na Almeida antiga diz: “No Seu templo tudo diz glória!” O mobiliário, os rituais, os animais sacrificados, etc., etc. Em outras versões temos, “no Teu templo, todos dizem Glória!” O povo ao participar das festas, os sacerdotes ao exercerem as suas funções, todos falam da glória de Cristo”. 1ª Coríntios 2:9 e 10 diz: “Mas, como está escrito: Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que O amam. Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito, porque o Espírito a todas as coisas perscruta até mesmo as profundezas de Deus”. Está além da compreensão humana o que nos espera. Em II Coríntios 8:9 diz “Pois conhecemos a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, Se fez pobre por amor de nós, para que pela Sua pobreza nos tornássemos ricos.”
     Em Hebreus 1 Jesus é apresentado como maior do que os anjos, mas, começando com o capítulo 2:5, a comparação é agora primordialmente entre homens e anjos. Por criação fomos feitos menores do que os anjos, mas por redenção estaremos acima deles. Assim, devido à queda, estaremos em melhor posição do que se Adão nunca tivesse caído; E há um episódio da notável experiência que será marcharmos para o reino do nosso Senhor Jesus, de Testemunhos para a Igreja, vol. I p. 68:
“Vi outro campo, repleto de todos os tipos de flores, e ao colhê-las exclamei: elas nunca murcharão, depois eu vi um campo de grama, glorioso para se contemplar. Era de um verde vivo, e tinha reflexos de prata e ouro ao se balançarem como que orgulhosamente para a glória do Rei Jesus. Então entramos numa área cheia de todos os tipos de animais, o leão, o cordeiro, o leopardo e o lobo, todos juntos em perfeita união; passamos pelo meio deles e eles procederam pacificamente. Entramos então numa mata não como as escuras e fechadas que temos aqui, não! Mas clara iluminada e toda gloriosa. Os galhos das árvores balançavam-se para lá e para cá e nós exclamamos: nos sentimos seguros aqui, e dormiremos na floresta; mas a atravessamos porque estávamos a caminho do monte Sião!”.

Alexandre Snyman



O irmão Alexandre Snyman foi pastor adventista na África por quase toda a sua vida ministerial. Nos últimos anos de sua vida viveu no estado de Tenessee, nos Estados Unidos, e foi credenciado junto à Associação da Igreja Adventista nos estados de Kentucky e Tennessee, como se vê de correspondência que recebi da mesma.
 

Tradução:
"19 de maio de 1998
A quem possa interessar
Esta carta é escrita para confirmar que Alexandre Snyman é um empregado da Associação da Igreja Adventista do 7º Dia para os estados de Kentucky e Tennessee, na América do Norte, servindo como um de nossos pastores.
Respeitosamente,
ass.:
R. R. Hallock
Presidente."
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