O Que Jesus Fez Por Todos Nós
O capítulo cinco de Romanos deve começar com o último verso do capítulo quatro: "[Cristo] foi entregue à morte por nossos pecados, e ressuscitou para nossa justificação" (Rom. 4:25), o que leva ao capítulo cinco. Em seu inspirado pensamento, Paulo vê que a primeira pessoa do pronome plural possessivo "nossa", significa todos — o mundo inteiro, não apenas a igreja. João concorda. Ele diz que "Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito ..."
Uma grande escritora inspirada disse-nos que quando pregamos, devemos pregar "grandes idéias da verdade bíblica".1 Em Romanos 5, o apóstolo Paulo tem uma mui “grande idéia” que quer passar para nós: Jesus Cristo não só morreu por todos nós, Ele fez muito mais! Ele judicialmente [legalmente] justificou a todos nós "em Si mesmo." Sim, o mundo inteiro! Isso significa mais do que apenas salvar-nos para sermos justificados; significa sermos refeitos, em nossos corações e mentes, espiritualmente à imagem de Jesus. É a mudança mais cataclísmica que pode vir a qualquer ser humano, pois significa total unidade de mente2 com o Filho de Deus. Justificação significa a mente e a alma do pecador transformado à semelhança de Cristo.
Paulo não poderia aparecer com uma maior boa-nova que esta: na verdade, Jesus salvou o mundo com a idéia de Paulo de "muito mais" em pleno funcionamento. Isso não quer dizer que todo mundo irá herdar a vida eterna, mas significa que eles podem fazê-lo, se cessarem de resistir a esta “muito mais abundante graça de Cristo.” E só ser salvo é muito menos do que a idéia significa.
Os onze (*apóstolos) não estavam pensando suficientemente "grande" para entender a idéia de Paulo, mas os samaritanos a captaram. Quando Jesus falou com a mulher ao poço de Jacó, e ela foi e disse às pessoas da cidade para virem e conhecê-Lo, eles declararam: "Este é verdadeiramente o Cristo, o Salvador do mundo" (João 4:42). Antes, o apóstolo João expressara a mesma ideia: "Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito ..." (3:16).
Se os samaritanos estavam certos (e estavam!), isto significa que o Senhor Jesus Cristo, em virtude do Seu sacrifício na Sua cruz, justificou cada homem no sentido legal (*judicial), quando Ele morreu na Sua cruz, o que significa mais do que apenas salvar-los para viverem eternamente, eles vivem eternamente justificados.
Vejamos Romanos 5:
Romanos 5:1: "Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo."
No pensamento de Paulo o "nós" é o mundo. Muitos, ou não sabem ou não crêem nisto, mas, no entanto, é verdade que Cristo salvou o mundo num sentido judicial (*legal). Isso significa que Ele se entregou pelo mundo e, portanto, Ele comprou o mundo. Isso não significa que todos vão ser finalmente salvos no reino eterno de Deus se eles não querem, eles poderiam ser se eles recebessem o dom que Cristo lhes deu; mas muitos não humilharão seus corações para receberem o que Cristo lhes deu.
Ellet J. Waggoner, um dos dois "mensageiros" de 1.888, foi capaz de compreender essa verdade, quando a maioria de seus irmãos não conseguiram. Ele disse: “Não há aqui nenhuma exceção. Do mesmo modo como a condenação veio sobre todos os homens, também a justificação. Cristo provou a morte por todos. Deu-se a Si mesmo por todos e a cada um. O dom gratuito veio sobre todos. O fato de ser um dom gratuito é evidência de que não há exceção alguma. Se houvesse vindo somente sobre aqueles que teriam alguma qualificação excepcional, não seria um dom gratuito. Por isso, é um fato claramente estabelecido na Bíblia que o dom da justiça e a vida em Cristo vieram sobre todo homem no mundo. Não há a mínima razão para que todo homem que tenha vivido deixe de ser salvo para a vida eterna, exceto se não receber esse dom” "(Waggoner em Carta aos Romanos, pág. 101)A.
Romanos 5:2: "[Por Cristo] também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e nos gloriamos na esperança da glória de Deus." Por causa da obra de Cristo de justificação estamos "exultantes" desde então, e exultaremos para sempre. Justificação é a alegria eterna.
A menos que Jesus tivesse feito esse sacrifício na cruz, não haveria um riso, uma pessoa feliz na terra, não haveria sorrisos. Aqueles que serão perdidos finalmente vão perceber que todo e qualquer traço de alegria que sempre tiveram, foi comprado por eles, por uma angústia, o que corresponde a uma igual angústia do Filho de Deus, em Seu sacrifício sobre a cruz; passaram pela vida, sem conhecerem esta verdade e, assim, perderam o dom eterno. Ninguém poderia conhecer um momento de alegria a menos que Cristo tivesse sofrido um equivalente, equilibrado, igual momento de angústia por eles.
Mas agora nós temos “acesso" diretamente ao trono de Deus. Cristo deu esse “acesso” a toda alma humana, o que significa que a porta para a vida eterna está aberta a todos. Existe uma "vinda", sim, que devemos empreender — mas essa "vinda" é o mesmo que simplesmente crer no evangelho. Mas se nos achegarmos, ou não, Cristo fez algo por cada um e deu a todos o dom da vida eterna, se eles tiverem o que Ele dá. Esta verdade humilha todo coração honesto; ela reconcilia cada alma crente que tenha sido alienada.
Romanos 5:3: As bênçãos começam a fluir imediatamente: "Também nos gloriamos nas tribulações presentes, ... e ... tal esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus [Ágape] está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (v. 5).
Se nós somos "dignos" ou não, isso é o que o Senhor Jesus faz (e, claro, "nós" não somos dignos!). O Espírito Santo é um Dom, dado gratuitamente a todos; o Senhor dá o Dom, mas vão recebê-Lo os que abrirem o coração", que Lhe “dá ouvidos velando às minhas portas cada dia, esperando às ombreiras da Minha entrada” (Prov. 8:34).
Romanos 5: 4: O Senhor tem nos dado ainda o dom da "paciência", que é idêntica à sua aprovação". Ele fica encantado quando nós estimamos a fé e a esperança que Ele nos deu, como um chefe de cozinha fica feliz quando nós expressamos apreço pelo prato que ele nos preparou.
Temos de parar um momento e olhar para aquela palavra Ágape. É a palavra grega para amor, mas ela é uma idéia totalmente diferente do que nós conhecemos, naturalmente. O amor que temos por natureza, ama as pessoas que são boas; o Ágape de Deus ama as pessoas que são más e ruins. Nosso amor depende da beleza ou do valor da pessoa a quem amamos; o amor de Deus cria valor ou bondade
Nosso amor busca uma recompensa; Cristo em Seu amor Ágape desistiu de Sua recompensa e morreu a nossa segunda morte — isto é, Ele não tinha nenhuma luz no fim do Seu túnel. Isso foi para Ele um sacrifício eterno e infinito, razão pela qual Apocalipse retrata tal fim como a "segunda morte" (20: 6). Foi por Jesus um infinito sacrifício quando Ele suportou a terrível culpa de todo o mundo. Jeremias faz a pergunta melancólica: "Não vos comove isto a todos vós que passais pelo caminho?” (Lam. 1:12).
Romanos 5: 5: E a esperança que temos não é fantasia, através do Espírito Santo Ele nos deu, o amor de Deus [Ágape] que inundou nossos corações.
O Ágape "inunda" todos os corações humanos dispostos a receber a bênção. Mas muitas vezes o dom pode ser incompreendido inicialmente, pois com o dom do Espírito Santo sempre vem o dom do arrependimento. Arrependimento é, frequentemente, considerado como uma triste experiência, quando, na verdade, é alegria, porque significa reconciliação com o Senhor. Você não pode imaginar maior alegria!
Ninguém pode dar início a arrependimento por sua própria conta: "Deus exaltou [Cristo] ... para dar a Israel o arrependimento e o perdão dos pecados" (Atos 5:31). Quando o Espírito Santo lhe der, mesmo o mais fraco toque deste precioso “dom,” aprecie-o, e deixe-o crescer em seu coração.
Romanos 5: 6: Na hora marcada, Cristo morreu pelos ímpios. É humilhante, mas essa é a palavra que descreve aqueles que rejeitaram a reconciliação que Cristo lhes deu em Si mesmo.
"Cristo morreu". O que significa isso? Foi uma morte diferente da que conhecemos. A morte que conhecemos, a Bíblia diz que é um sono. Os dois ladrões crucificados com Cristo morreram, o que significa que apenas foram dormir. “Os que dormem no pó da terra [vão despertar] ressuscitarão" (Daniel 12:2). Qual foi a "morte" que Jesus morreu? Apenas um fim de semana de sono? (Um fim de semana de sono seria maravilhoso depois que alguém sofreu o doloroso horror de ser crucificado!) Não, foi muito mais, pois Jesus morreu a nossa "segunda morte", a morte que envolveu a verdadeira, eterna “maldição” de Deus. Foi da parte de Jesus o amor eterno por nós.
Alguém pode perguntar — não sabia Ele, sempre, que Ele iria ressuscitar ao terceiro dia após a Sua morte na cruz? Sim,B Ele andou na luz desta garantia toda a Sua vida iluminada por todo Seu ministério, até aquele momento na cruz, quando Ele gritou em angústia indizível, "Meu Deus, Meu Deus, por que Me desamparaste?" (Mat. 27: 46).
Por que Ele gritou assim? Porque o Pai realmente O abandonou: "Ao Senhor agradou moê-Lo" (Isaías 53:10), uma declaração inexplicável, exceto quando nos lembramos que a morte que Jesus realmente morreu foi a nossa morte (*eterna) — a segunda morte. É difícil dizer isso, mas a realidade é que o Pai nos amou mais do que Ele amava o Seu único Filho!
O fato de que Ele ressuscitou ao terceiro dia não diminui, no mínimo, o total empenho que Ele fez na Sua cruz; e que o Pai aceita o compromisso para a ação.
Ellen White nos lembra como ele morreu: "O Salvador não podia enxergar para além dos portais do sepulcro. A esperança não Lhe apresentava saída da sepultura como vencedor” (O Desejado de Todas as Nações, pág. 753). Porque o pai aceita o compromisso pela ação, "Deus O exaltou soberanamente, e Lhe deu um nome que é sobre todo o nome" (Filipenses 2:9). Esse compromisso total da parte de Cristo, significa que Ele realmente morreu a “segunda morte” de cada homem. Por conseguinte, o Seu sacrifício permitiu o Pai tratar "cada homem", como se nunca tivesse pecado! Essa é a justificação judicial (*legal) que Cristo conquistou para cada alma na terra!
Toda esta verdade gloriosa temos o privilégio de "compreender" aqui e agora, se nós não resistirmos ao Espírito Santo. Salvação existe na realização desta gloriosa verdade; se nós não resistirmos o Espírito Santo, que nos dá o dom, a nossa eterna felicidade começa imediatamente.
Se nós resistirmos e rejeitarmos o dom (que é mais do que uma mera oferta!), então perante o universo nós escolhemos assumir o nome de "Esaú". Tomamos esse nome porque seu personagem se tornou o nosso; como Esaú, temos resistido à muito mais abundante graça do Senhor. (Você se lembra, Esaú vendeu sua preciosa primogenitura em troca de um prazer terreno, e chorou baldes de lágrimas inúteis o resto de sua vida. Confira Hebreus 12: 16 e 17. Que o Senhor nos salve de fazer isso.)
Em seguida, na segunda ressurreição, quando os “livros” são abertos," aqueles que igualmente resistiram e rejeitaram a oferta da "primogenitura” que lhes foi dada, vão perceber o que fizeram; em horror indescritível eles odiarão a si mesmos. Eles vão chorar de novo e dizer “aos montes e aos rochedos: 'Caí sobre nós, e escondei-nos do rosto dAquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro" (Apoc. 6:16). Eles vão finalmente perceber quem é Jesus, que Ele tem sido o seu infinito Salvador durante toda a vida, e eles confiaram nEle de si mesmos.
Aquela “ira" é o “de que” a justificação pela fé nos salva." É o que Paulo quis dizer: "Sendo agora justificados pelo sangue [de Cristo], seremos por Ele salvos da ira" (Rom. 5:9). O que é esta "ira"?
Cordeiros não exercem "ira". Eles são conhecidos pelo oposto. A expressão "ira do Cordeiro", portanto, é impressionante. Nós sempre retratamos Jesus como doce e suave (Ele não feriria a uma mosca, não é verdade?!), Mas, quando a Sua “ira" é despertada — não atravesse o Seu caminho. A "ira" do Cordeiro de Deus que tem sido resistido e rejeitado — o que resulta na perdição de almas além da nossa — isso desperta Sua intensa indignação. Doce, gentil, humilde, amoroso Jesus se constitui em uma torre de justa ira divina — o mais solene e terrível que o universo pode conhecer.
Romanos 5: 7, "Porque apenas alguém morrerá por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém ouse morrer." Nós pensamos
Romanos 5: 8: "Cristo morreu por nós quando éramos ainda pecadores” (ú. p.), e isto é “a prova de Deus, do Seu amor para conosco" (p.p.). A palavra "pecadores" significa as pessoas que estão em inimizade com Deus, e João, diz que a tal inimizade é sempre assassinato: "Qualquer que odeia a seu irmão [já] é um homicida" (1ª João 3:15). Quando nós nos prostramos diante do Senhor e confessamos os nossos pecados, este é o pecado que terá sido o pano de fundo de todos os nossos pecados!
Nenhum de nós pode afirmar que, se estivesse lá, naquela sexta-feira de manhã, no pátio de Pilatos e a multidão estivesse gritando sobre Jesus: "Crucifica-o!" que teríamos nos levantado na frente deles e dito: se vocês O crucificarem, crucifiquem-me também! Não, nenhum de nós teria feito a si mesmo tão famoso; a nossa "inimizade contra Deus" (Romanos 8: 7) estava lá nos nossos naturais corações pecaminosos. O assassinato do Filho de Deus é pecado inconsciente, mas real do mundo.
Romanos 5: 9: "Logo muito mais agora, tendo sido justificados pelo Seu sangue, seremos todos por Ele salvos” ... “por Sua vida!" (vs. 10). Novamente, Paulo, em seu pensamento, usa o pronome “nós" querendo significar a raça humana; sua idéia sobre Jesus é "grande".
Cristo já fez algo pela raça humana. O Pai O enviou aqui à Terra com uma obra pré-designada — salvar o mundo perdido! E pouco antes de sua morte, o Filho de Deus lhe diz: "Eu glorifiquei-Te na terra, tendo consumado a obra que Me deste a fazer" (João 17:4). Pai, eu salvei o mundo!
Isso não era um vangloriar ocioso, o trabalho já foi feito. E Cristo não morreu em vão; cada alma pode se ajoelhar e agradecer-Lhe por fazê-lo, pois assim fazendo Ele realmente salvou cada alma.
Romanos 5: 10: "Porque se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus, pela morte de Seu Filho, muito mais, tendo sido já reconciliados, seremos salvos pela Sua vida!" Novamente, o "nós" significa todos os seres humanos; o coração de Paulo não é grande o suficiente para conter a alegria que ele sente por todos nós: maus e vis como somos, por natureza, nós temos sido "reconciliados" com Deus pelo sangue de Cristo — não por um trabalho de medo ou de desejo de recompensa — Não; mas nossa apreciação de coração por seu amor! Tão simples, tão fácil. Mas isso traz lágrimas aos olhos secos.
Romanos 5: 11: "E não somente isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual agora alcançamos a reconciliação." Saber que não há nenhum pecado, nenhuma culpa, nenhuma triste história escura entre você e o Senhor, é uma alegria indescritível!
O Salmo de Davi, que ele escreveu depois de seu pecado com Bate-Seba descreveu "exultante" assim: "Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é apagado! Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa maldade, e em cujo espírito não há dolo" (Salmo 32:1, 2).
Romanos 5: 12: O que isso implica? Foi através de Um só homem que o pecado entrou no mundo, e através do pecado a morte, portanto, “a morte passou a toda a raça humana, na medida em que todos pecaram," (*ou, na versão Almeida Fiel, “por isso que todos pecaram”).
(*Assim, a expressão) "ef ho," ou "eph ho," em grego, traduzida das seguintes formas:
(*1º) “por isso que todos pecaram,” Almeida Fiel, e a Revista e Corrigida;
2º) “porque todos pecaram,” ARA, Almeida contemporânea, Bíblia na Linguagem de Hoje, Nova Versão Internacional e Bíblia católica;
3º) “porquanto todos pecaram," Almeida Revisada da Imprensa Bíblica Brasileira;
4º) “Visto que todos pecaram,” Sociedade Bíblica Britânica);
5º) “Na medida em que todos pecaram;" tradução literal da expressão em inglês
"
inasmuch as.
Todas estas são tentativas de se traduzir a expressão grega "ef ho," ou "eph ho,"mas
como podemos ver, é uma expressão praticamente intraduzível. O que a idéia de Paulo está tentando expressar é que, embora nós possamos culpar Adão pela entrada do pecado, na verdade, devemos culpar a nós mesmos. Todos nós temos pecado à semelhança de Adão. (*isto é, todos escolhemos repetir o ato de rebeldia de Adão).
Romanos 5: 13: O pecado já estava no mundo antes de haver lei [isto é, antes da outorga dela, por escrito, no Monte Sinai], e apesar de, na ausência de lei nenhuma estimativa é mantida do pecado, [e ainda] (*isso ocorre). ...Romanos 5:14: A morte dominou desde Adão até Moisés, mesmo sobre aqueles que não pecaram [exatamente], como Adão, por desobedecerem uma ordem direta - e Adão prefigura o homem que estava para vir [Cristo].
Romanos 5: 15: Agora vem o ponto: "Mas o ato da graça de Deus é fora de qualquer proporção de culpa de Adão [é muito mais abundante!]. Porque, se pela ofensa de um homem, que trouxe a morte a muitos [que é todo mundo], o seu efeito é ultrapassado, em muito, pela graça de Deus e o dom que veio a muitos [ou seja, todo mundo!] pela graça de um só homem, Jesus Cristo. "
"Nosso amado irmão Paulo" está abrindo o seu caminho através da magnífica "grande idéia" que qualquer um pode pensar: o Senhor Jesus Cristo fez algo muito além de simplesmente morrer por todos: Ele justificou a todos!
Ele não simplesmente morreu por uma raça de rebeldes: Ele transformou uma raça de rebeldes em uma raça redimida de justos, cujas mentes e corações foram drasticamente alteradas para sempre: eles já estão agora em harmonia com o próprio CRISTO.
Ele mudou, de fato, um mundo de pecadores em um mundo de justos, um povo que se transformou pela graça muito mais abundante do Salvador. Paulo está com uma “grande idéia” aqui, que nós devemos tratar com cuidado.
Não, na verdade, a raça humana de rebeldes sobre a terra não é agora, verdadeiramente, uma raça de pessoas justas, mas Deus diz a todos em seu vasto universo não caído, que eles são uma raça de resgatados, pessoas justas se não resistirem ou rejeitarem o que Ele fez e faz atualmente por eles!
Cristo fez Sua obra corretamente, Ele diz ao Pai: "Eu ... tenho consumado [terminado] o trabalho que Tu me deste para fazer" (João 17:4). Sua justificação de seu povo é real, o trabalho está feito; mas o homem ainda tem a sua liberdade de escolha (*seu livre arbítrio) de anular e rejeitar tudo o que seu Salvador realizou — tão depravado e rebelde é o homem caído, o homem criado mesmo "à imagem de Deus".
Romanos 5: 16: E, novamente, o dom de Deus não deve ser comparado em seus efeitos com o pecado daquele homem; pois a ação judicial (*legal), seguida de um delito, resultou numa sentença [um veredicto] de condenação, mas o ato de graça, seguido a tantos crimes, resultou um veredicto de absolvição. Paulo está obcecado com a idéia de graça "muito mais" (*abrangente)!
Romanos 5: 17: Se, pela ofensa de um só homem, a morte estabeleceu o seu reino através deste único homem, ... muito mais deverão aqueles que, numa medida bem maior receberam a graça e o dom da justiça, vivida, e reinando por um só homem, Cristo Jesus.
Romanos 5: 18: Segue-se, então, [um pensamento brilhante!] Que, assim como o resultado de um delito foi condenação de todas as pessoas, assim o resultado de um ato justo é absolvição e vida para todos.
Romanos 5: 19: "Porque, como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos [o grego diz," constituídos"] pecadores, assim pela obediência de um [só homem] muitos serão feitos [constituídos] justos,” [embora não sejam!].C
Romanos 5:20: ... onde o pecado se multiplicou, a graça infinitamente se excedeu,
Romanos 5:21: a fim de que como o pecado estabeleceu o seu reino por meio da morte, também a graça de Deus possa estabelecer o seu reino em justiça, e resultar em vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.
O evangelho que surpreendeu o universo não caído e ainda deverá iluminar a terra com sua glória (cf. Apoc. 18:1-4), reluz claro e brilhante no capítulo cinco de Romanos, de Paulo!
— Robert J. Wieland
O irmão Roberto J. Wieland é um pastor adventista que foi, a vida inteira, missionário na África, em Nairobe e Kenia. É autor de inúmeros livros. Foi consultor editorial adventista do Sétimo Dia para a África. Ele deu sua vida pela África. Hoje, jubilado, vive na Califórnia, EUA, onde ainda é atuante na sua igreja local.
Notas do autor:
1) Ellen G. White, Evangelismo, pág. 169; Manuscrito 7, de 1894.
2) O expressão acima, “total unidade de mente” é, tecnicamente, a palavra expiação em inglês, ou seja, “atonement,” um termo que significa, literalmente, em-uma-mente, “at-one-ment,” ou, com a mesma mente.
Notas do tradutor:
A) Veja a postagem que fizemos neste blog em 9 de julho de 2010 do capítulo 5 de Carta aos Romanos, escrito por Ellet J. Waggoner. O texto acima está logo após o meio do arquivo, no § do subtítulo Justificação e vida.
B) Ele sabia disto, porque era constante pesquisador da Palavra de Deus. Isto estava profetizado no Velho Testamento, que Cristo estaria morto por três dias e ao terceiro dia ressuscitaria. Oséias 6:2 diz: “Depois de dois dias nos dará a vida; ao terceiro dia nos ressuscitará. E viveremos diante dEle.”
C) Veja o artigo que postamos hoje de madrugada, “Lição de 5ª Feira, 5 de agosto de 2010 — “Feitos ou Constituídos?”
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