domingo, 1 de agosto de 2010

O Concerto Eterno, Capítulo 9.

O Concerto Eterno, capítulo 9.

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O Chamado de Abraão

O Teste da Fé

Avançamos por um período de vários anos. O número de anos não sabemos, mas Isaque, o filho da fé e da promessa, tinha nascido e havia crescido, atingindo o estágio de um jovem1. A fé de Abraão havia se tornado mais forte e mais inteligente, pois havia aprendido que Deus cumpre Suas próprias promessas. Mas Deus é um mestre fiel, e não permite que os Seus alunos deixem uma lição até que a tenham aprendido inteiramente. Não lhes é suficiente que vejam e reconheçam que cometeram um erro na lição que Ele lhes tem dado. Tal reconhecimento, logicamente, assegura o perdão; mas, tendo visto o erro, podem voltar a caminhar pelo mesmo terreno, possivelmente muitas vezes, até que a tenham aprendido tão bem que possam ficar sem tropeçar. Isso é unicamente para o seu próprio bem. Não se trata de bondade da parte de um pai ou professor permitir que seus filhos ou alunos avancem saltando lições que não tenham sido aprendidas, simplesmente por serem difíceis.

Assim, “Sucedeu, depois destas coisas, que Deus provou a Abraão, dizendo-lhe: Abraão! E este respondeu: Eis-me aqui. Prosseguiu Deus: Toma agora teu filho; o teu único filho, Isaque, a quem amas; (76) vai à terra de Moriá, e oferece-o ali em holocausto sobre um dos montes que te hei de mostrar”. Gên. 22:1, 2.

A fim de entender o que essa provação significava, precisamos ter clara idéia do que estava envolvido na pessoa de Isaque,—o que abrangia a promessa que havia sido feita a Abraão, que devia cumprir-se mediante Isaque. Já a estudamos, e assim temos somente que recordar o fato. Deus tinha dito a Abraão, “Em tua semente serão abençoadas todas as famílias da Terra”, e “Em Isaque será chamada a tua semente”. Como temos visto, a bênção era a do Evangelho, a bênção que vem mediante Cristo e Sua cruz. Mas isso, sendo que Deus assim havia dito, devia ser cumprido através de Isaque. A prometida semente, consistindo de Cristo e todos quantos são dEle, devia proceder de Isaque. Destarte, vemos que, por uma perspectiva humana, a exigência de Deus parecia eliminar toda esperança de que jamais se cumprisse a promessa.

Mas a promessa tinha que ver com salvação mediante Jesus Cristo, a semente. A promessa tinha sido muito explícita, “Em Isaque será chamada a tua semente”, e essa semente era primeiro de tudo, Cristo. Portanto, Cristo o Salvador de todos os homens poderia vir somente pela linhagem de Isaque. Todavia, Isaque era ainda um jovem solteiro. Eliminá-lo seria, segundo o raciocínio humano, eliminar a perspectiva do Messias, e assim desfazer toda esperança de salvação. Sob todos os aspectos Abraão foi chamado, virtualmente a por a faca em sua própria garganta, e cortar a esperança da sua própria salvação.

Podemos, pois, ver que não foi apenas o afeto paternal de Abraão que estava sob prova, mas a sua fé na promessa de Deus. Teste mais severo homem nenhum foi jamais chamado a suportar, pois nenhum outro homem jamais poderia achar-se na mesma posição. A esperança inteira de toda a raça humana estava contida em Isaque, e Abraão, aparentemente, tinha a ordem de destruí-la com o golpe de um cutelo. Bem se poderia chamar alguém que suportasse tal teste de “pai dos que têm fé”. Podemos perfeitamente bem crer que Abraão foi fortemente tentado a duvidar que tal exigência teria procedido do Senhor; parecia tão diretamente contrária à promessa divina. 77

Tentações

Ser tentado, e duramente tentado, não é pecado. “Meus irmãos, tende por motivo de grande gozo o passardes por várias provações”. Tiago 1:2. O apóstolo Pedro fala da mesma herança que foi prometida a Abraão, e diz que exultamos grandemente nela, “ainda que agora por um pouco de tempo, sendo necessário, estejais contristados por várias tentações, para que a prova da vossa fé, mais preciosa do que o ouro que perece, e é provado pelo fogo, redunde para louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo; ao qual, sem o terdes visto, amais; no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e cheio de glória, alcançando o fim da vossa fé, a salvação das vossas almas.” 1 Ped. 1:6-9.

Essas tentações causam tristeza, diz o apóstolo. Elas esmagam a pessoa. Se fosse doutro modo, —se não requeresse esforço suportá-las, —não seriam tentações. O fato de que uma coisa é uma tentação significa que é algo que atinge todos os sentimentos, suportá-la quase exige a vida. Portanto, podemos saber, sem lançar a mínima dúvida quanto à fé de Abraão, que lhe acarretou uma tremenda luta obedecer à ordem do Senhor.

Dúvidas foram sugeridas à sua mente. Dúvidas procedem do diabo, e nenhum homem é tão bom para ser livre das sugestões de Satanás. O próprio Senhor teve que suportá-las. Ele “como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado”. Heb. 4:15. O pecado não consiste no fato de que o diabo sussurra dúvidas em nossos ouvidos, mas em nossa reação de aceitação das mesmas. Isso Cristo não fez. Nem o fez Abraão; contudo, aquele que julga que o patriarca partiu em sua jornada, sem primeiro ter uma terrível luta, deve ser indiferente não só do que estava envolvido na proposta prova, mas nos sentimentos de um pai.

O tentador sugeria, “—Isto não pode ser exigência do Senhor, porque Ele te prometeu uma inumerável posteridade, e disse que deve proceder de Isaque”. Vez após vez tal pensamento lhe ocorreria; mas não prevalecia, porque Abraão conhecia muito bem a voz do Senhor. Ele sabia que o apelo para oferecer Isaque procedia da mesma (78) fonte da promessa. A repetição dessa sugestão do tentador somente tornaria mais certo o fato de que a exigência procedia do Senhor.

Entretanto, isso não dava fim à luta. Uma forte tentação de desconsiderar a ordem seria encontrada em sua própria afeição ao filho. A ordem tinha um profundo efeito probatório: “Toma agora teu filho; o teu único filho, Isaque, a quem amas”. E havia ainda uma dedicada e orgulhosa mãe. Como faria com que ela cresse que fora o Senhor que lhe havia falado? Como iria apresentar-lhe a questão? Ou, se partisse para realizar o sacrifício sem dar-lhe conhecimento, como poderia encontrá-la ao retornar? Além disso, havia as demais pessoas. Não iriam acusá-lo de ter assassinado o filho? Podemos estar certos de que Abraão teve uma desesperada luta com todas essas sugestões, o que lhe dominaria a mente e o coração.

Mas a fé obteve a vitória. Seu tempo de hesitação estava há muito no passado, e agora “não vacilou por incredulidade, antes foi fortalecido na fé, dando glória a Deus”. Rom. 4:20. “Pela fé Abraão, quando foi provado, ofereceu Isaque; e aquele que recebera as promessas ofereceu o seu unigênito, de quem se havia dito: Em Isaque será chamada a tua descendência, julgando que Deus era poderoso para até dos mortos o ressuscitar; e daí também em figura o recobrou”. Heb. 11:17-19.

A questão toda, de começo ao fim, envolvia a ressurreição dentre os mortos. O nascimento de Isaque foi realmente o trazer vida a partir da morte. Foi pelo poder da ressurreição. Abraão tinha uma vez, ao dar ouvidos à esposa, deixado de confiar no poder de Deus em conceder-lhes um filho estando mortos2. Ele se arrependera de sua falha, mas precisava ser provado nesse ponto para assegurar que havia aprendido inteiramente a lição. O resultado demonstrou que aprendera.

O Filho Unigênito

“. . . aquele que recebera as promessas ofereceu o seu primogênito de quem se havia dito: Em Isaque será chamada a tua descendência, (79) considerou que Deus era poderoso para até dos mortos o ressuscitar”3. Observe a expressão: “o seu unigênito”. Não podemos ler isto sem deixar de nos lembrar que, “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” João 3:16. No ato de Abraão oferecer o seu filho primogênito temos uma figura do oferecimento do Filho unigênito de Deus. E Abraão assim entendeu. Ele já se havia regozijado em Cristo. Ele sabia que, mediante a prometida Semente, dar-se-ia a ressurreição dos mortos; e foi a sua fé na ressurreição dos mortos, que só pode ocorrer mediante Jesus, que o capacitou a suportar a prova.

Abraão ofereceu o seu filho unigênito, em confiança de que seria levantado de entre os mortos, porque Deus ofereceria o Seu Filho unigênito. Não, mais que isso, Deus já havia oferecido o Seu Filho unigênito, “o qual, na verdade, foi conhecido ainda antes da fundação do mundo”, mas que ainda haveria de ser manifesto. 1 Ped. 1:20. Nisso vemos a maravilhosa fé de Abraão e quão completamente ele entendeu o propósito e o poder de Deus. Pois o Messias, a Semente mediante a qual todas as bênçãos deveriam vir aos homens, devia ser nascido da linhagem de Isaque. Isaque seria eliminado sem um herdeiro. Contudo, Abraão tinha tal confiança na vida e poder da palavra do Senhor que cria que esta se cumpriria. Ele cria que o Messias, que haveria de vir pela linhagem de Isaque, e cuja morte somente poderia destruir a morte e trazer a ressurreição, e que não havia ainda vindo ao mundo, tinha poder para ressuscitar Isaque dos mortos, a fim de que a promessa pudesse ser cumprida, para Ele ainda nascer no mundo. Maior fé do que esta de Abraão possivelmente não poderia existir.

A Ressurreição e a Vida

Nisso vemos não só a prova da pré-existência de Cristo, mas também do conhecimento de Abraão disso. Jesus disse, “Eu sou a ressurreição e a vida”. João 11:25. Ele era o Verbo que estava no princípio com Deus, e que era Deus. Ele era a ressurreição e a vida tanto nos (80) dias de Abraão quanto nos de Lázaro. “Nele estava a vida”, a própria vida eterna. Abraão cria nisso, pois ele já havia comprovado o Seu poder, e tinha confiança que a vida do Verbo traria de volta Isaque à vida, a fim de dar-se o cumprimento da promessa.

Abraão partiu para a sua jornada. Três dias ele seguiu pelo penoso caminho, durante o qual o tentador teve tempo suficiente para assaltá-lo com todo tipo de dúvida. Mas toda dúvida estava superada quando “ao terceiro dia levantou Abraão os olhos, e viu o lugar de longe.” Gên. 22:4. Evidentemente algum sinal que o Senhor lhe havia dado, apareceu sobre a montanha e ele soube, sem a menor sombra de dúvida, que o Senhor o estava guiando. A luta havia findado, e ele seguiu adiante para completar a sua tarefa, plenamente seguro de que Deus traria Isaque dentre os mortos.

“E disse Abraão a seus moços: Ficai-vos aqui com o jumento, e eu e o mancebo iremos até alí; e havendo adorado, tornaremos a vós”, verso 5. Se não houvesse nenhuma única linha, no Novo Testamento sobre esta questão, poderíamos saber, com base neste verso, que Abraão tinha fé na ressurreição. “Eu e o mancebo iremos até lá; depois de adorarmos, voltaremos a vós”. No original é tornado muito claro: nós iremos e voltaremos a vós. O patriarca tinha tal confiança na promessa divina que cria plenamente que, conquanto tivesse que sacrificar Isaque como um holocausto, seu filho seria ressuscitado novamente, de modo que ambos retornariam juntos. “A esperança não traz confusão”4. Tendo sido justificado pela fé, ele tinha paz com Deus mediante nosso Senhor Jesus Cristo. O teste de sua fé havia sido pacientemente suportado, pois devemos saber que o amargor da luta agora estava superado, e uma rica experiência de vida que há na palavra tinha-lhe sobrevindo, acompanhada de uma esperança inabalável.

O Sacrifício Completado

Todos sabemos o resultado. Isaque carregou a lenha ao local designado. O altar foi erigido, e ele foi amarrado e colocado sobre o mesmo. Aqui, uma vez mais, temos a semelhança com o sacrifício de Cristo. Deus entregou (81) o Seu Filho Unigênito, contudo o Filho não seguiu com indisposição. Cristo “entregou-Se por nós”. Assim Isaque livremente submeteu-se como um sacrifício. Ele era jovem e forte, e poderia facilmente ter resistido ou fugido se assim quisesse. Mas não o fez. O sacrifício era tanto dele quanto de seu pai. Assim como Cristo transportou Sua própria cruz, igualmente Isaque carregou a lenha para o seu próprio sacrifício, e serenamente submeteu o seu corpo para o cutelo. Em Isaque temos um tipo de Cristo, que foi “como um cordeiro, levado ao matadouro”; e a declaração de Abraão, “Deus proverá para Si o cordeiro” nada mais era do que a sua expressão de fé no Cordeiro de Deus.

“E estendeu Abraão a sua mão, e tomou o cutelo para imolar o seu filho; Mas o anjo do SENHOR lhe bradou desde os céus, e disse: Abraão, Abraão! E ele disse: Eis-me aqui. Então disse: Não estendas a tua mão sobre o moço, e não lhe faças nada; porquanto agora sei que temes a Deus, e não Me negaste o teu filho, o teu único filho. Então levantou Abraão os seus olhos e olhou; e eis um carneiro detrás dele, travado pelos seus chifres, num mato; e foi Abraão, e tomou o carneiro, e ofereceu-o em holocausto, em lugar de seu filho”, Gên. 22:10-13. A vida do filho foi poupada, contudo o sacrifício foi feito tão verdadeira e completamente como se ele tivesse sido posto à morte.

A Obra de Fé

Detenhamo-nos um momento para ler as palavras registradas por Tiago a respeito desse episódio. “Mas, ó homem vão, queres tu saber que a fé sem as obras é morta? Porventura o nosso pai Abraão não foi justificado pelas obras, quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaque? Bem vês que a fé cooperou com as suas obras, e que pelas obras a fé foi aperfeiçoada. E cumpriu-se a Escritura, que diz: E creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado como justiça, e foi chamado o amigo de Deus.” Tiago 2:20-23.

Como é possível que alguém suponha haver qualquer contradição ou modificação da doutrina da justificação pela fé como estabelecida nos escritos do apóstolo Paulo? O apóstolo Paulo (82) ensina que a fé obra. “Fé que opera pelo amor” (Gál. 5:6) é indicada como sendo algo necessário. Ele elogiou os irmãos tessalonicenses por suas “obras de fé”. 1 Tes. 1:2, 3. Assim, o apóstolo Tiago utiliza o caso de Abraão como ilustração da operação da fé. Deus lhe havia feito uma promessa; ele havia crido na promessa, e sua fé foi-lhe contada por justiça. Sua fé era do tipo que opera justiça. Agora aquela fé recebeu uma prova prática, e as obras mostraram que ela era perfeita. Assim, cumpriu-se a Escritura ao dizer: “Abraão creu em Deus e isso lhe foi imputado por justiça”. Essa obra foi a demonstração do fato de que fé tinha-lhe sido imputada por justiça. Era fé que atuava com suas obras. A obra que Abraão cumpriu era uma obra de fé. Suas obras não produziram a sua fé, mas a sua fé produziu as suas obras. Ele foi justificado, não por fé e obras, mas pela fé que opera.

O Amigo de Deus

“E ele foi chamado o amigo de Deus”5. Jesus disse a Seus discípulos, “Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de Meu Pai vos tenho feito conhecer”6. Amizade entre duas pessoas significa confiança mútua. Na amizade perfeita cada um se revela ao outro numa forma que não faria ao mundo exterior. Não pode haver amizade perfeita onde haja desconfiança e restrição. Entre amigos perfeitos há perfeito entendimento. Assim Deus chamou Abraão de Seu amigo, porque entendiam perfeitamente um ao outro. Esse sacrifício revelou plenamente o caráter de Abraão. Deus havia dito antes, “Eu o tenho conhecido”7; e agora dizia novamente, “Agora sei que temes a Deus”8. Abraão, por seu turno, compreendeu o Senhor. O sacrifício de seu filho unigênito indicava que ele conhecia o caráter amorável de Deus, que, por causa do homem, tinha já entregue o Seu Filho unigênito. Eles estavam unidos num mútuo sacrifício e mútua simpatia. Ninguém poderia apreciar os sentimentos de Deus tão bem quanto Abraão.

(83) Nenhuma outra pessoa pode jamais ser chamada a suportar a mesma prova que Abraão, porque as circunstâncias nunca poderão ser as mesmas. Nunca novamente pode a sorte do mundo estar envolvida numa única pessoa, e como que a pender na balança. Contudo, cada filho de Abraão será testado, porque somente aqueles que têm a fé de Abraão são filhos de Abraão. Cada um pode ser amigo de Deus, e assim deve ser, se é filho de Abraão. Deus Se manifestará a Seu povo como não o faz para o mundo.

Todavia, não devemos nos esquecer que a amizade baseia-se na confiança mútua. Se quisermos ter o Senhor manifestando-Se a nós, devemos manifestar-nos a Ele. Se confessarmos os nossos pecados confiando-lhe em segredo todas as nossas fraquezas e dificuldades, então Ele Se revelará um fiel amigo, e nos revelará o Seu amor e o Seu poder para nos livrar da tentação. Ele nos mostrará como foi tentado da mesma maneira, sofrendo as mesmas enfermidades, e nos mostrará como vencer. Assim, em amorável intercâmbio de confiança, sentaremos juntos nos lugares celestiais em Cristo Jesus, e podemos cear juntos. Ele nos revelará coisas maravilhosas; pois “O segredo do SENHOR é com aqueles que O temem; e Ele lhes mostrará a Sua aliança”. Sal. 25:14.

The Present Truth, 2 de julho de 1896.

Notas desta edição:

1) Que Isaque não era mais um garoto, como a idéia de “mancebo” poderia levar-nos a supor, é evidente pelo fato de que ele foi capaz de carregar a lenha para o sacrifício montanha acima. O historiador Josefo diz que ele tinha 35 anos de idade, que é indicada pela cronologia na margem de algumas Bíblias. Esta nota é da edição em inglês, de Glad Tidings Publishers, Berrein Spprings, USA, 2002. Em português, pela cronologia anotada à margem da Almeida Contemporânea, entre o nascimento de Isaque, 1897, a.C., e este teste de Abraão, 1872 a.C., temos 25 anos. Entretanto todas estas datas são contestáveis, seguidas que são de um ponto de interrogação, mas pode ser que Josefo tenha razão, como observa Waggoner, porque Sara morreu em 1860 a.C., portanto quando Isaque já tinha 37 anos.

2) Waggoner usa aqui uma simbologia da ressurreição, ao falar que Abraão e Sara estavam "mortos" em termos de idade para gerar filhos, e que o filho veio da morte, nesse sentido. Também a morte certa para Isaque, no sacrifício de Abraão, simbolizava como que um retorno da morte quando Deus interveio e lhe indicou o animal preso pelos chifres;

3) Hebreus 11: 17 e 18;

4) Romanos 5:5, p.p.;

5) Tiago 2:23, ú. p.;

6) João 15:15;

7) Gênesis 18:19, p.p.; na KJV, “Eu o conheço”;

8) Gênesis 22:12;