sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Lição 9, "A liberdade em Cristo", por Jerry Finneman Para a semana de 21 a 27 agosto de 2010

Romanos, capítulo oito inicia com nenhuma condenação em Cristo e termina com nenhuma separação dEle. Condenação é uma sentença legal de um juiz num tribunal. Justificação ou absolvição, é o oposto de condenação.:

E. J. Waggoner escreveu isso em 1891:

"Vamos prover algumas definições para serem mantidas em nossas mentes. A justificação é 'uma demonstração de ser justo, ou de acordo com a lei, retidão, ou decoro.” Condenação é "o ato judicial de declarar (*alguém) culpado, e condenado a uma pena.” As duas palavras são diametralmente opostas em significado, e temos a declaração inspirada de que todo o mundo é culpado (condenado) perante Deus, e que, pelas obras da lei, ninguém pode ser justificado" (Ellet J. Waggoner, Signs of the Times, de 23 de novembro de 1891. Ele usou essas definições legais (*anteriormente) em artigos naquela mesma revista em 25 de março de 1886 e 11 de setembro de 1884).

Ellen White escreveu, no início daquele mesmo ano, relativo à diferença entre justificação e condenação: "Justificação é o oposto da condenação" (Ellen White, Manuscrito 21, 1891, págs. 1 a 11).

A seguir temos uma definição de justificação de um Dicionário bíblico: Justificação,
"Quanto à sua natureza, é um ato judicial de Deus .... É o ato de um juiz e não de uma autoridade soberana. A lei não é abrandada ou posta de lado ... "(Easton, M. (1996, c1897).
Easton's Bible Dictionary, Didionário Bíblico Easton).

A fim de suspender a nossa justa sentença de condenação, por causa de nossas transgressões da lei, Jesus teve que morrer por nós, como nós. Ele é tanto nosso Substituto quanto nosso Representante. Em vez de condenação, a nossa sentença de absolvição foi declarada no Calvário, em Cristo (*Grifamos).

A justificação é tanto um termo judicial — uma palavra das cortes legais — como um termo experiencial. Justificação torna-se experiência pessoal se a pessoa crê. Tem lugar uma mudança na mente e no coração. Quando cremos em Cristo ocorre, "pela fé," uma mudança, o próprio novo nascimento.

No julgamento, a justificação é o ato gracioso de Deus, que Se senta como Juiz, nas altas cortes do céu. Por este ato Ele pronunciou, a respeito da raça humana caída, um decreto de restauração ao favor divino. Isso foi porque Cristo, o Representante da humanidade, pagou a penalidade pelas transgressões da lei pelo homem, no Calvário. A justiça de Deus foi satisfeita com a pena de morte, contida na sentença de condenação, imposta à raça humana decaída, no seu Representante.

"A justiça moveu-se de sua elevada e terrível posição; e as hostes celestiais, os exércitos de santidade, aproximaram-se da cruz, curvando-se com reverência, pois na cruz, a justiça foi satisfeita" (Ellen White, “Signs of the Times,” Os Sinais dos Tempos de 5 de junho de 1893).

A liberação da condenação, em Cristo, vem por causa do que Deus fez em Cristo. Isto é afirmado claramente em Romanos 8:3,

"Porque Deus realizou o que a lei não poderia fazer, porque estava enferma pela carne, ao enviar seu próprio Filho, em semelhança da carne do pecado, e com respeito ao pecado, condenou o pecado na carne" (A Bíblia NET, primeira Edição).

Por causa da nossa natureza pecaminosa, a lei não pode nos livrar da condenação. Ela nunca pode justificar. Ela só pode nos condenar. A fim de nos tornarmos livres da condenação, Deus enviou Jesus e "O fez pecado por nós." Assim podemos ser, não apenas juridicamente justificados, mas, também, justificados em nossa vida, por meio da fé nEle. Jesus nasceu "debaixo da lei, para resgatar os que estavam debaixo da lei" (Gálatas 4:4 e 5). Ele tomou nossa condenação "sob a lei." Jesus foi enviado em carne humana pecaminosa, como a nossa, a fim de condenar o pecado em nossa carne caída.

Como Ele fez isso? Em primeiro lugar, Ele nunca cedeu às clamorosas tendências para o pecado, inerentes á nossa natureza. Por conquistar essas tendências Ele condenou-as onde elas residiam — em nossa natureza caída.1 Em segundo lugar, Ele tomou os nossos pecados cometidos sobre Si mesmo, juntamente com a nossa natureza humana decaída. Em Sua morte, Ele condenou os nossos pecados para sempre. A amplitude da condenação de Cristo encontra-se no fato de que Ele condenou o pecado em sua tendência, bem como tomando a condenação que resultou de nossos pecados cometidos. Se Jesus tivesse falhado em condenar o pecado em um único ponto, Ele não poderia ser o Salvador completo.

Alonzo T. Jones comentou sobre isso:

"Oh, Ele é um Salvador completo. Ele é o Salvador dos pecados cometidos por nós, e o Conquistador das tendências para cometer pecados. NEle temos a vitória. Nós não somos mais responsáveis por essas tendências estarem em nós do que pelo sol brilhar, mas cada homem sobre a terra é responsável por estas coisas que aparecerem visivelmente nEle, porque Jesus Cristo fez provisão contra elas se tornarem conhecidas dos outros. Antes de aprendermos de Cristo, muitas delas tinham aparecido publicamente. O Senhor fez cair sobre Ele todas estas, e Ele as removeu. Desde que aprendemos de Cristo, as tendências que não têm surgido, Ele condenou como pecado na carne" (Alonzo T. Jones, Boletim da Conferencia Geral, de 21 de fevereiro de 1895, pág. 267)

Cristo foi condenado como nós merecíamos, para que fôssemos justificados como Ele merece. Ele foi condenado como nós, para que possamos ser livres nEle. "Ele foi ferido pelas nossas transgressões, moído pelas nossas iniquidades: o castigo de nossa paz estava sobre Ele" (Isaías 53: 5). Ele sofreu a condenação que era nossa, para que recebêssemos a liberdade que era Sua. "Pelas Suas pisaduras fomos sarados" (Isaías 53: 5).

É você livre em Cristo?

Jerry Finneman

O irmão Geraldo L. Finneman é um pastor adventista, já tendo atuado nos estados de Michigan, Pensilvânia e Califórnia nos EUA. Ele prepara materiais para encontros evangelísticos, incorporados com os conceitos de Boas-Novas, da Mensagem de 1888, de Justificação pela fé. Além de pastor da IASD ele também já foi presidente do Comitê de Estudos da Mensagem de 1888. Já há alguns anos não me encontro com ele, mas, me parece que, devido à idade, está para, ou, já se aposentou, mas ouvi dizer que continua trabalhando por boa parte do dia, atualmente na área de Battle Creek, a cidade que abrigava a antiga sede da igreja. Há um excelente livro escrito por ele, "Christ in the Psalms” [Cristo nos Salmos], infelizmente não está traduzido para o português.


Nota do tradutor:

1) Se nós acariciarmos o amor ao pecado em nossos corações, ele aparecerá, eventualmente, em atos pecaminosos visíveis , “do que há em abundância no coração, disso fala a boca” (Mat. 12:34).

Jesus possuia as nossas mesmas tendências hereditárias para o pecado porque assumiu a nossa natureza caída. “Por isso convinha [era necesário] que em tudo fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo” (Hebreus 2:17). Entretanto Jesus munca teve as nossas tendências cultivadas, adquiridas, porque não pecou, porque não cedeu às tentações. Como disse o Pr. Jerry Finneman, “Ele nunca cedeu às clamorosas tendências para o pecado, inerentes à nossa natureza. Por conquistar essas tendências Ele condenou-as onde elas residiam — em nossa natureza decaída. Ele nunca cedeu às clamorosas tendências para o pecado, inerentes á nossa natureza.”