domingo, 1 de agosto de 2010

O Concerto Eterno, Capítulo 14.

O Concerto Eterno, capítulo 14.

117

As Promessas Para Israel

Israel no Egito

Deve-se recordar que, quando Deus estabeleceu o concerto com Abraão, Ele lhe disse que ele próprio morreria sem ter recebido a herança, e que os seus descendentes seriam oprimidos e afligidos numa terra estranha, e que depois disso, na quarta geração, retornariam à terra prometida.

“E deu-lhe a aliança da circuncisão; e assim Abraão gerou a Isaque, e o circuncidou ao oitavo dia; e Isaque gerou a Jacó, e Jacó aos doze patriarcas. Os patriarcas, movidos de inveja, venderam José para o Egito; mas Deus era com ele, e o livrou de todas as suas tribulações, e lhe deu graça e sabedoria perante Faraó, rei do Egito, que o constituiu governador sobre o Egito e toda a sua casa. . . . E José mandou chamar a seu pai Jacó, e a toda a sua parentelasetenta e cinco almas. Jacó, pois, desceu ao Egito, onde morreu, ele e nossos pais; e foram transportados para Siquém e depositados na sepultura que Abraão comprara por certa soma de dinheiro aos filhos de Emor, pai de Siquém. Enquanto se aproximava o tempo da promessa que Deus tinha feito a Abraão, o povo crescia e se multiplicava no Egito; até que se levantou ali outro rei, que não tinha conhecido José. Usando esse de astúcia contra a nossa raça, maltratou a nossos pais, ao ponto de fazê-los enjeitar seus filhos, para que não vivessem”. Atos 7:8-19.

118

O rei “que não tinha conhecido José” pertencia a outra dinastia, um povo do oriente que havia conquistado o Egito. “Porque assim diz o Senhor: Por nada fostes vendidos; também sem dinheiro sereis resgatados. Pois assim diz o Senhor Deus: O Meu povo em tempos passados desceu ao Egito, para peregrinar lá, e a Assíria sem razão o oprimiu. E agora, que acho Eu aqui? diz o Senhor, pois que o Meu povo foi tomado sem nenhuma razão, os seus dominadores dão uivos sobre ele, diz o Senhor; e o Meu nome é blasfemado incessantemente o dia todo! Portanto o Meu povo saberá o Meu nome; portanto saberá naquele dia que sou Eu o que falo; eis-Me aqui”. Isa. 52:3-6.

O que Significa o Egito

Do último texto citado aprendemos que a opressão de Israel no Egito era oposição e blasfêmia contra Deus; que o desprezo por seu Deus e a sua religião tinha muito a ver com o seu rigor. Também aprendemos que sua libertação do Egito foi idêntica com a libertação que vem a todos que são “vendidos sob o pecado”1. “Por nada fostes vendidos; e sem dinheiro sereis resgatados”. “Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver, que por tradição recebestes dos vossos pais, mas com precioso sangue, como de um Cordeiro sem defeito e sem mancha, o sangue de Cristo”. I Pedro 1:18, 19. Portanto um breve estudo do que o Egito representa na Bíblia e a real condição dos israelitas, enquanto ali estiveram, nos permitirá entender o que estava envolvido em sua libertação.

A Idolatria Egípcia

De toda idolatria dos tempos antigos, a do Egito, sem dúvida, era a mais grosseira e completa. O número de deuses do Egito era quase incalculável, mas cada deus tinha uma (119) ligação, mais ou menos direta, com o Sol, como deus principal. “Toda cidade no Egito tinha seu animal sagrado, ou talismã, e toda cidade, suas divindades locais”.Enciclopédia Britânica. Mas “o Sol era o âmago da religião estatal. Em várias formas ele se posicionava à cabeça de cada hierarquia”.1 “Ra, o Sol, é geralmente representado como um homem com cabeça de águia, ocasionalmente como um homem, em ambos os casos geralmente trazendo na cabeça o disco solar”.

A união de Estado e Igreja era perfeita no Egito, ambos sendo realmente idênticos. Isso é exposto em “Religions of the Ancient World” (Rawlinson, ), pág. 20:--

“Ra era o deus-Sol egípcio, e era especialmente adorado em Heliópolis. Os obeliscos, segundo alguns, representavam os seus raios, e eram sempre, ou geralmente, erigidos em sua honra. . . . Os reis, na sua maioria, consideravam Ra o seu especial patrono e protetor, e chegavam até a identificar-se com ele; empregavam os seus títulos como deles próprios, e adotavam o seu nome como prefixo comum para os seus próprios nomes e títulos. Muitos acreditam ser esta a origem da palavra faraó, que era, como se imagina, a forma hebraica de Ph’Ra—o sol”.

Além do Sol e da Lua, chamados Osiris e Ísis, “os egípcios adoravam um grande número de animais, como o touro, o cão, o lobo, a águia, o crocodilo, o íbis, o gato, etc.” “De todos esses animais, o touro Apis, chamado Epapris pelos gregos, era o mais famoso. Templos magníficos foram erigidos para ele enquanto viveu, e ainda maiores após sua morte. O Egito então entrou numa lamentação geral. As homenagens foram solenizadas com tal pompa que é difícil de se crer. No reino de Ptolomeu Lago, o touro Apis morrendo de idade avançada, a pompa funerária, além das despesas normais, alcançaram acima de cinqüenta mil coroas francesas. Após as últimas honras terem sido prestadas ao falecido, a próxima preocupação foi prover-lhe um sucessor, e por todo o Egito se buscou alcançar tal propósito. Ele era conhecido por certos sinais que o distinguiam de todos os outros animais daquela espécie; sobre a sua fronte deveria haver um ponto branco, na forma de um crescente; nas suas costas, a figura de uma águia; sobre sua língua, a de um besouro. Tão logo (120) ele foi encontrado, o lamento deu lugar a alegria; e nada era ouvido em todas as partes do Egito senão festivais e regozijo. O novo deus foi trazido a Menfis para assumir a sua dignidade, e instalado ali com grande número de cerimônias”. Rollin’s Ancient History, Livro 1, parte 2, cap. 2, sec. 1.

Essas cerimônias, desnecessário é dizer, tinham caráter obsceno; pois o culto ao Sol, quando levado a suas últimas conseqüências, nada mais era do que a prática de vício como um dever religioso.

A superstição tinha uma influência tão forte sobre os egípcios que eles adoravam até alhos e cebolas. Nisso somos lembrados que a superstição e a idolatria abominável não estão necessariamente ligadas a um baixo nível intelectual, pois os antigos egípcios cultivavam as artes e ciências a um alto grau. A prática da idolatria, contudo, era a causa da grande queda de sua alta posição anterior.

O próprio nome Egito é um sinônimo para impiedade e oposição à religião de Jesus Cristo, e é relacionado com Sodoma. É dito das “duas testemunhas”3 do Senhor que “jazerão os seus corpos na praça da grande cidade, que espiritualmente se chama Sodoma e Egito, onde também o seu Senhor foi crucificado”. Apoc. 11:8. Que os israelitas no Egito tomaram parte na impiedade e idolatria, e que foram impedidos pela força de servir ao Senhor, é evidente a partir de vários textos das Escrituras.

Em primeiro lugar, quando Moisés foi enviado para libertar Israel, sua mensagem a Faraó foi, “Assim diz o Senhor: Israel é Meu filho, Meu primogênito; e Eu te tenho dito: Deixa Meu filho, para que ele Me sirva”. Êxo. 4:22, 23. O objetivo da libertação do Egito era que Israel pudesse servir ao Senhor, uma evidência de que eles não O estavam servindo ali.

Assim, novamente lemos que “Porque Se lembrou da Sua santa palavra, e de Abraão, Seu servo. E tirou dali o Seu povo com alegria, e os Seus escolhidos com regozijo. Deu-lhes as terras dos gentios, e eles herdaram o fruto do trabalho dos povos, para que guardassem os Seus preceitos, e observassem as Suas leis”. Sal. 105:42-45.

Mas a evidência mais forte de que Israel tinha participado da idolatria do Egito é encontrada na repreensão por não abandoná-la. (121) “Assim diz o Senhor Deus: No dia em que escolhi a Israel, levantei a Minha mão para a descendência da casa de Jacó, e Me dei a conhecer a eles na terra do Egito, . . . Então lhes disse: Lançai de vós, cada um, as coisas abomináveis que encantam os seus olhos, e não vos contamineis com os ídolos do Egito; Eu sou o Senhor vosso Deus. Mas rebelaram-se contra Mim, e não Me quiseram ouvir; não lançaram de si, cada um, as coisas abomináveis que encantavam os seus olhos, nem deixaram os ídolos de Egito”. Eze. 20:5-8.

Ainda na Escravidão Egípcia

Nem foi isso desfeito até nossos dias. As trevas que dominavam o Egito, ao tempo das pragas, não eram mais densas do que as trevas que o Egito lançou sobre toda a Terra. Aquelas trevas físicas eram apenas uma representação vívida da escuridão moral em que o povo caiu, e que, desde então, tem vindo sobre aquela ímpia nação. A história da apostasia na Igreja cristã é apenas o registro dos erros que foram trazidos do Egito.

Perto do fim do segundo século da Era cristã, um novo sistema de filosofia surgiu no Egito. “Essa filosofia foi adotada por certos eruditos de Alexandria que desejavam ser considerados cristãos, conquanto mantendo o nome, as honras e o nível de filósofos. Em particular, todos aqueles que, nesse século, presidiam nas escolas dos cristãos em Alexandria,Atenágoras, Pantaneus e Clemente Alexandrino, são citados como a tendo aprovado. Esses homens estavam persuadidos de que a verdadeira filosofia, o maior e mais salutar dom de Deus, jaz nos fragmentos espalhados entre todas as seitas dos filósofos; e, portanto, que era o dever de todo homem sábio, especialmente de um mestre cristão, reunir esses fragmentos de todas as partes e usá-los para a defesa da religião e o confronto com a impiedade”.

“Essa forma de filosofar recebeu alguma modificação, quando Ammonius Saccas3, ao final do século, com grande aplauso, abriu uma escola em Alexandria, e lançou os fundamentos dessa (122) seita chamada de Nova Platônica. Esse homem nasceu e foi criado como um cristão, e talvez pretendeu passar-se por cristão toda a sua vida. Sendo possuidor de grande fecundidade de gênio, bem como eloqüência, ele empenhou-se por trazer todos os sistemas de filosofia e religião em harmonia, ou tentou ensinar uma filosofia pela qual todos os filósofos, e os homens de todas as religiões, sem exceção dos cristãos, deviam unir-se e manter comunhão. E aqui, especialmente, jaz a diferença entre essa nova seita e a filosofia eclética que anteriormente havia florescido no Egito. Pois os ecléticos sustentavam que existia uma mistura de bem e mal, verdadeiro e falso, em todos os sistemas; e, portanto, selecionavam dentre todos o que lhes parecia consoante com a razão, e rejeitavam o resto. Mas Ammonius mantinha que todas as seitas professavam um só sistema de verdade, com somente algumas diferenças na forma de declará-la, e algumas diminutas diferenças em suas concepções; de modo que mediante explicações adequadas elas poderiam com pouca dificuldade ser trazidas a um só corpo. Ele, além disso, possuía esse novo e singular princípio, de que as religiões prevalecentes, e a cristã também, devem ser compreendidas e explicadas segundo essa filosofia comum”. Mosheim’s Commentaries, Cent. 2, seção 25, nota 2.

Clemente de Alexandria tem sido mencionado como um dos mestres cristãos que era adepto dessa filosofia. Mosheim nos diz que “Clemente deve ser considerado entre os primeiros e principais defensores cristãos e mestres da ciência filosófica, de fato a ponto de até ser colocado à cabeça daqueles que se dedicavam ao cultivo da filosofia com um ardor que não conhecia limites, pois estavam por demais cegados e desorientados ao se empenharem na inútil tentativa de produzir uma acomodação entre os princípios da ciência filosófica e os da religião cristã”.—Ibidem

Seja lembrado que a única filosofia era a filosofia pagã, e que será bem fácil imaginar o resultado inevitável de tal devoção a ela por parte daqueles que eram os mestres na Igreja cristã. Mosheim nos diz que “pelos discípulos cristãos de Ammonius, e mais particularmente de Orígenes, que, no século seguinte (o terceiro), alcançaram um grau de eminência que mal se pode crer, (123) as doutrinas que haviam captado de seu mestre eram dedicadamente instiladas nas mentes dos jovens de cuja educação foram encarregados, e pelos esforços desses novamente, que foram subseqüentemente chamados ao ministério, o amor da filosofia tornou-se bastante difundido por toda uma considerável porção da Igreja”. Orígenes estava no comando da “Escola Catequética” ou seminário teológico de Alexandria, que era a sede do saber. Ele se postava à frente dos intérpretes da Bíblia naquele século, e era copiado de perto pelos jovens que eram atraídos para aquele seminário. “Metade dos sermões do dia”, declara Farrar, “eram copiados, consciente ou inconscientemente, direta ou indiretamente, dos pensamentos e métodos de Orígenes”.—“Lives of the Fathers”, capítulo 16, seção. 8.

A habilidade de Orígenes como “intérprete” da Bíblia devia-se à sua perícia como filósofo, que consistia em tornar evidentes coisas que não tinham existência. A Bíblia era empregada, tal como eram os escritos dos filósofos, como uma coisa sobre a qual exibir a sua habilidade mental. Ler uma simples declaração, e crer nela como constava do texto, e estabelecer clara verdade perante a mente dos estudantes, conduzindo a mente das pessoas para a Palavra de Deus, era considerado algo infantil, e absolutamente abaixo da dignidade de um grande mestre. Qualquer um podia fazer isso, pensavam. O trabalho deles parecia ser extrair da Sagrada Palavra algo que o povo comum nunca ali encontraria, pela razão de que ali não se achava, mas era a invenção de suas próprias mentes.

A fim de manter o seu prestígio como profundos eruditos e grandes mestres, eles ensinavam o povo que a Bíblia não quer dar a entender o que diz, e que quem quer que siga o simples texto das Escrituras certamente se desviará; e que ela somente poderia ser entendida por aqueles que haviam exercido suas faculdades pelo estudo de filosofia. Assim eles efetivamente tomavam a Bíblia das mãos das pessoas comuns. Com a Bíblia praticamente fora de suas mãos, não havia meio pelo qual as pessoas pudessem distinguir entre o cristianismo e o paganismo. O resultado não foi só aqueles que já professavam o cristianismo estarem, em grande medida, corrompidos, como os ímpios ingressarem na Igreja sem alterar seus princípios e práticas. “O que veio a se passar é que, na maior (124) parte, esses platonistas, ao compararem a religião cristã com o sistema de Ammonius, foram levados a imaginar que nada poderia ser mais fácil do que uma transição de um para o outro, e, para grande detrimento da causa cristã, foram induzidos a abraçar o cristianismo sem sentir necessidade de abandonar praticamente qualquer dos princípios anteriores”.

Assim deu-se que “quase todas essas corrupções pelas quais, no segundo século, e seguintes, o cristianismo foi desfigurado, e sua primitiva simplicidade e pureza quase totalmente deturpadas, tiveram a sua origem no Egito, sendo dali comunicado a outras igrejas”. “Seja observado que no Egito, bem como em outros países, os adoradores pagãos, adicionalmente às suas cerimônias religiosas públicas, a que todos eram admitidos, tinham certos segredos e ritos muito sagrados a que davam o nome de mistérios, a cuja celebração ninguém, exceto pessoas da fé e discrição mais aprovada tinham permissão de estar presentes, primeiro os Cristãos Alexandrinos, e após eles os outros, tendo sido seduzidos a acatar uma noção de que não poderiam fazer melhor do que tornar a religião cristã acomodada a esse modelo. A multidão que professava o cristianismo era, portanto, dividida por eles em profanos, ou aqueles que não haviam ainda sido admitidos nos mistérios, e os iniciados, ou fiéis e perfeitos. . . . Desse estado de coisas deu-se que não só muitos termos e frases, utilizados nos mistérios pagãos, foram transferidos e aplicados a diferentes partes do culto cristão, particularmente nos sacramentos do batismo e da Ceia do Senhor, mas, em não poucos casos, também os ritos sagrados da Igreja foram contaminados pela introdução de várias formas e cerimônias pagãs.”

O Chamado Para Sair do Egito

Não é necessário enumerar as várias falsas doutrinas e práticas que foram assim introduzidas na Igreja. É suficiente dizer que não houve coisa alguma que não fosse corrompida, e dificilmente haveria um dogma ou cerimônia pagã, que não tivesse ou sido adotado (125) ou, em maior ou menor grau, copiado. A luz da Palavra de Deus, sendo assim obscurecida, a “Idade das Trevas” necessariamente viria como resultado, continuando até o tempo da Reforma e da Bíblia novamente ser colocada nas mãos do povo, para que a lessem por si mesmos.

A Reforma, contudo, não completou a obra. Uma verdadeira reforma nunca termina, mas, quando tem corrigido o abuso pelo qual foi primeiro chamada, deve prosseguir na boa obra. Mas os que vieram após os Reformadores não estavam cheios do mesmo espírito, e se contentaram em crer não mais além do que os Reformadores criam. Conseqüentemente, a mesma história repetiu-se. A palavra dos homens veio a ser recebida como palavra de Deus, e, em conseqüência, erros ainda permaneceram na Igreja. Hoje a correnteza marcha fortemente para baixo, em resultado da difundida aceitação da doutrina da Evolução, e da influência da chamada “Alta Crítica”. Vários anos atrás o historiador Charles Merivale, Reitor de Ely, declarou: “O paganismo foi assimilado, não extirpado, e a cristandade tem sofrido com isso em maior ou menor medida, desde então. --“Epochs of Church History”, pág. 159.

Pode ser facilmente visto, desse breve esboço, que as trevas que, em qualquer ocasião, cobrem a Terra, e as densas trevas que envolvem os povos, são derivadas do Egito. Não foi meramente da escravidão física que Deus Se apresentou para libertar o Seu povo, mas da escuridão espiritual que era de caráter muito pior. E, sendo que essas trevas persistem em grande extensão, essa obra de libertação está ainda em prosseguimento. Os do antigo Israel “voltaram ao Egito em seus corações”. Ao longo de sua história inteira eles foram advertidos contra o Egito, uma evidência de que nunca estiveram inteiramente livres por qualquer medida de tempo de sua perversa influência. Cristo veio à Terra para livrar os homens de toda espécie de escravidão, e para esse fim Ele Se colocou na mais plena extensão da posição do homem. Havia, portanto, um profundo significado em seu descer ao Egito, para que pudesse cumprir-se o que havia sido dito pelo Senhor mediante o profeta, “Do Egito chamei o Meu Filho”5. Sendo Cristo chamado do Egito, todos quantos são de Cristo, ou seja, toda a semente de Abraão, deve igualmente ser chamada para fora do Egito, e fazer isso é a obra do Evangelho.

The Present Truth, 6 de agosto de 1896.

Notas desta edição:

1) Romanos 7:14, ú. p.;

2) —“Sun Images and the Sun of Righteousness” (Imagens do Sol e o Sol da JustiçaI, em O. T. Student, janeiro de 1886). Ver em http://www.jstor.org/pss/3157121;

3) Apoc. 11:3;

4) Os objetivos que Ammonius Saccas, o grande filósofo de Alexandria, tinha em vista eram os mesmos que os de Helena Petrovna Blavatsky ao fundar a ocultista esotérica Sociedade Teosófica em 1875. A inquietude espiritual deste século se iniciou certamente com a senhora H. P. Blavatsky.

Conexão história com o movimento da Nova Era:

(Rawlinson, George, 1812-1902), Em 1844 surge no Irã a fé Bahá’í, estabelecida em 1863, que, como o movimento Nova Era, prega a unificação mundial, sob um único governo, com um líder que estabelecerá a paz mundial. (Revista Ano Zero n° 2, Rio de Jan., junho de 1991, pág 17, no artigo “A Maldição dos Templários.``

No século XlX, Helena P. Blavatsky, chamada a avó da Nova Era, por ter sido a mentora de Pierre Teilhard Chardin, foi decisiva no movimento Nova Era através da sociedade teosófica.

Em 1931 Pierre Teilhard Chardin, padre Jesuíta, chamado o pai do movimento Nova Era, escreveu O Espírito da Terra. Nele prega que o homem está evoluindo para um ápice a que chamou de Ponto Ômega, que seria a conspiração mundial”, que levará, segundo ele, o homem a compreender o seu verdadeiro poder da mente (ibidem, grifamos).

“Teilhard Chardin sonhou com a humanidade mergulhada em ‘Deus’ e cada pessoa realizando a sua própria divindade (o ponto Omega)”. Ele escreveu: ‘O mundo precisa de uma convergência geral das religiões sobre um cristo universal que satisfaça a todos: esta me parece ser a única possível conversão do mundo.’ Isto significa que este cristo deve satisfazer aos islamitas, que negam a divindade de Jesus Cristo, e pregam uma diferente doutrina de salvação pelas ... [obras], como fazem todos os outros; ‘e é a única forma na qual a religião do futuro possa ser concebida.” Pierre Teilhard Chardin, 1971, Cristianity and Evolution, Colins, pág. 130.

“Assim este cristo não pode ser Jesus Cristo, e o Jesus Cristo do cristianismo vai ter que concordar com o cristo deles.” (Quarta conferência do Dr. Walter J. Veith, professor da Universidade do Cabo, cientista sul-africano, premiado pela Royal Society of London, realizada no auditório da Igreja Adventista de Setúbal, Portugal, em Maio de 2005.)

5) Oséias 11:1 e Mateus 2:15